Programa INOV Contacto: promover conhecimento para internacionalizar

  • Céu Carvalho
  • 27 Setembro 2017

Está a decorrer até ao próximo dia 4 de Outubro a fase de candidaturas para estagiários e para entidades de acolhimento no âmbito da 22.ª edição do programa INOV Contacto.

O programa de estágios internacionais INOV Contacto – iniciativa promovida pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (“AICEP”) e que conta com o apoio do Fundo Social Europeu (“FSE”) – visa desenvolver nos jovens com qualificações superiores novas competências através de uma experiência de trabalho remunerado num contexto de internacionalização.

Através desta nova edição do Programa INOV Contacto, as entidades voltam a ter ao seu dispor um instrumento que poderá contribuir para a respectiva estratégia de internacionalização e competitividade através da possibilidade de acolhimento de recursos humanos altamente qualificados vocacionados para criar valor no domínio dos processos de internacionalização.

Desde a sua criação (em 1997) até ao momento, foram realizados no âmbito do Programa INOV Contacto mais de 5.000 estágios em 1.100 empresas e em 80 países distintos, abrangendo diversos sectores de actividade, como o vitivinícola, turismo, consultoria ou tecnologias de informação. O sucesso deste Programa tem vindo a ser reconhecido por várias entidades internacionais, como é o caso da OCDE ou a Entreprise and Industry Directorate – General (da Comissão Europeia). Em 2015/2016, o Programa foi também reconhecido pelo FSE como um caso de sucesso no domínio dos projectos apoiados por programas comunitários.

Para a edição de 2017/2018, cujas candidaturas para estagiários e para entidades de acolhimento estão abertas até ao próximo dia 4 de Outubro, está prevista a realização de 250 estágios.

Os estágios, com duração global entre seis a nove meses, são dirigidos a jovens NEET (jovens que, à data do início do estágio, não se encontram a estudar nem a trabalhar) que tenham até 29 anos, licenciatura ou mestrado integrado concluídos e domínio de português, de inglês e, preferencialmente, de uma outra língua estrangeira. De entre as áreas de formação preferenciais destacam-se a economia/gestão, engenharia e tecnologias de informação.

As bolsas de estágio, bem como o subsídio de alojamento, as viagens de ida e de regresso do estagiário para o país onde decorrerá o estágio e, ainda, o seguro de acidentes pessoais do estagiário (incluindo a cobertura de riscos políticos e seguro de saúde), entre outros custos, são integralmente comparticipados pela AICEP.

As entidades de acolhimento serão seleccionadas pela AICEP de acordo com o interesse estratégico para Portugal, numa óptica de dinamização e de internacionalização da economia do nosso país, sendo ponderados vários critérios ao nível dos planos de estágio, tais como o carácter inovador das acções e a disponibilidade para a integração dos estagiários no final do Programa. Podem candidatar-se empresas portuguesas cuja estratégia de crescimento futuro passe pela aposta na internacionalização e pela presença em mercados externos, seja com estruturas já existentes seja com outras que estejam previstas implementar. Podem, ainda, concorrer empresas multinacionais com presença relevante em Portugal ou de elevado interesse estratégico para o país, bem como organizações e entidades internacionais com especial impacto nas áreas de internacionalização.

Este instrumento pretende fomentar a criação de uma rede de network que permita a interacção dos diversos actores económicos, entre os quais empresas, entidades com competências no domínio da promoção da internacionalização e recursos humanos altamente qualificados a uma escala global, contribuindo para facilitar o processo de internacionalização das empresas e o reforço da sua competitividade nos mercados externos.

Para além de permitir acolher recursos humanos altamente qualificados, este programa tem vindo a evidenciar outras vantagens para as empresas que acolhem estagiários, nomeadamente no que respeita à criação de parcerias com empresas internacionais, o que tem permitido reforçar a sua capacidade de penetração nos mercados externos. Ao privilegiar o vector inovação nas acções propostas ao concurso, o INOV Contacto propicia o surgimento de novas ideias e soluções de negócio que sistematicamente potenciam o valor acrescentado na economia portuguesa.

Nota: Por opção própria, a autora não escreve segundo o novo acordo ortográfico.

  • Céu Carvalho
  • Partner da KPMG

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