Itália deixa Wall Street abaixo da linha de água

Comentários anti-Euro de alto responsável italiano deixam investidores nervosos na Europa. Do outro lado do Atlântico, as bolsas americanas também cedem, mas as perdas são mais contidas.

Itália volta a estar esta terça-feira sob os holofotes dos investidores pelas más razões. Do outro lado do Atlântico, Wall Street abriu a sessão em baixa ligeira perante os comentários anti-Euro de um alto responsável da Liga Norte, partido que apoia o Governo italiano, e que vieram intensificar o nervosismo do mercado em relação ao projeto da moeda única.

Itália teria condições económicas mais favoráveis se estivesse fora da Zona Euro, disse Claudio Borghi, que preside ao comité do orçamento da câmara baixa do Parlamento italiano. Estas palavras incendiaram os mercados, impulsionando os juros da dívida do país para máximos de muitos anos e provocando uma pressão vendedora que castigou sobretudo o setor da banca.

Neste cenário, o S&P 500 cai 0,03% para 2.923,80 pontos, tendo subido na sessão de anterior com o otimismo dos investidores em relação ao novo acordo de comércio livre nos EUA, México e Canadá. Cedem também terreno os índices Nasdaq e Dow Jones, com quedas ligeiras de 0,16% e 0,01%, respetivamente.

Em termos macroeconómicos, os investidores vão estar atentos ao discurso de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana, sobre “O outlook para o emprego e inflação” que decorre esta terça-feira em Boston.

Na semana passada, a Fed anunciou o terceiro aumento das taxas de juro do ano, fixando-a num intervalo entre 2% e 2,25%, prevendo promover mais subidas das taxas a cada três meses no próximo ano.

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