TieSports: a rede social que liga os atletas aos campos de jogo

  • Guilherme Monteiro
  • 7 Fevereiro 2019

A startup algarvia criou uma rede social que reúne jogadores e prestadores de serviços. O produto, em desenvolvimento desde 2014, foi agora reconhecido internacionalmente.

Unir o melhor de dois mundos nem sempre é possível, mas Diogo Mascarenhas conseguiu juntar a paixão pelo ténis à do software. Foi nessa interceção que nasceu a TieSports, uma startup que criou uma rede social para unir jogadores e facilitar aos clubes a organização dos eventos desportivos.

Foi o contacto direto com o mundo do desporto que levou Diogo Mascarenhas, CEO da TieSports, a aperceber-se de que poderia haver uma necessidade — e uma oportunidade — no mercado. “Eu próprio jogava ténis, tinha contacto direto com os clubes e sabia quais eram as suas necessidades”, conta, ao ECO. Criou a TieSports, uma rede que funciona como um “laço”, uma espécie de elo de ligação entre todos os intervenientes do sistema.

“Tudo isto acaba por estar interligado. Há uma rede social, um software de gestão de clube, tudo no mesmo ecossistema”, explica Diogo Mascarenhas, acrescentando que, “no fundo, o projeto acaba por abranger a parte do negócio e a parte do consumidor enquanto jogador”. Em termos práticos, os clubes ganham a possibilidade de gerir “todos os eventos e todas as infraestruturas” e “os membros do clube podem promover atividades e gerir treinos”.

Foi o caso da Federação Portuguesa de Ténis que, em 2016, contratou os serviços da TieSports. A partir dessa altura, os rankings nas competições da Federação, por exemplo, passaram a estar a cargo do software desenvolvido pela startup algarvia. A entidade desportiva organiza cerca de 1100 provas por ano e tem inscritos quase 20 mil jogadores federados.

Eu próprio jogava ténis, tinha contacto direto com os clubes e sabia quais eram as suas necessidades.

Diogo Mascarenhas

CEO da TieSports

Com uma equipa de oito pessoas a trabalhar na criação de uma plataforma, a TieSports pretende “integrar as pessoas que jogam ténis, servir o universo dos clubes mas, também, produzir notícias para a região, as federações e o país”. E, apesar de Diogo reconhecer que existe um “atraso” do mundo desportivo no que toca ao “caminho para a informatização”, o empreendedor acredita que o projeto que lidera está a contribuir para preencher muitas das lacunas do setor.

Todas as funcionalidades da plataforma estão disponíveis através de uma rede social alocada num site e que integra nove áreas de negócio específicas — Tie Club, Tie Coach, Tie Player, Tie Performance, Tie Booking, Tie Scores, Tietennis.com, Tiepadel.com, Tie Advisor –, cada uma das quais dedicada a treinadores, jogadores, clubes, federações ou até mesmo a produzir rankings e disponibilizar a localização de clubes.

 

2018, ano de crescimento

Ao longo do último ano, contudo, a empresa tem-se dedicado principalmente ao aprimorar da plataforma para conseguir conquistar mais atletas. Para os tenistas, a rede social é um instrumento através do qual conseguem encontrar outros jogadores, clubes, ou torneios, mas não só. Além da possibilidade de “desafiar outros jogadores para jogar, reservar os campos e aulas nos locais favoritos e manter-se a par das notícias de amigos”, a plataforma permite “receber, em tempo real, as notícias sobre os jogos, os torneios e outros eventos”, detalha o CEO ao ECO.

"No fundo, o projeto acaba por abranger a parte do negócio e a parte do consumidor enquanto jogador.”

Diogo Mascarenhas

CEO da TieSports

Quanto aos preços para usufruir do serviço, variam consoante os benefícios requisitados. Os clubes com até 400 membros podem subscrever o serviço por 89 euros por mês, enquanto os que têm 1.000 já terão que desembolsar 249 euros mensalmente. Para os jogadores, a vida está mais facilitada. O acesso aos serviços básicos da plataforma TiePlayer, que possibilita, por exemplo, o encontro de outros jogadores ou a reserva de campos, é gratuito.

Além de aumentar a rede, outra das perspetivas de crescimento para 2019 passa pelo mercado internacional. A TieSports foi escolhida para integrar o QatarSportsTech, um dos programas de aceleração para startups de desporto mais conhecidos do mundo . A portuguesa foi escolhida entre mais de quatro centenas e meia de concorrentes de 60 países. O programa é, afirma Diogo, uma oportunidade “para o exterior e que acaba por ser também uma janela a partir dali [do Qatar] para outra parte do mundo”.

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