“Gostaria que houvesse menos tumultos no PSD”, diz Rui Rio
O líder do PSD confessa que gostaria de ver o seu partido "melhor" e que houvesse menos "tumultos". Na radiografia do país, Rio considera que o estados dos serviços públicos é "preocupante".
No rescaldo da legislatura de António Costa, Rui Rio faz um balanço do estado da Nação e, também, do estado do PSD. Em entrevista à Renascença, o líder social-democrata diz que o país está “aparentemente” melhor na economia, mas está pior nos serviços públicos. Já quanto ao PSD, Rio refere que os tumultos continuam a ser demasiados para os interesses do líder, do partido e até do país.
“Estou na presidência do PSD há um ano e tal e seria hipócrita se não reconhecesse que tem havido tumultos a mais no PSD para aquilo que é o desejo, não só dos militantes do PSD, como dos portugueses como um todo”, afirma, admitindo que “gostaria que dentro do partido houvesse menos tumultos”. No fundo, “que o PSD estivesse melhor”, admite.
Questionado sobre as razões para os “tumultos”, o líder do partido remete a pergunta para quem os provoca. “Isso tem de perguntar a quem faz tumultos. Da minha parte, faço tudo o que está ao meu alcance para os evitar. Sendo que as pessoas quando estão na política têm de se reger por convicções, não pode ser simplesmente por táticas e oportunismo”, diz.
Olhando para o estado da Nação — que é o tema do debate desta quarta-feira na Assembleia da República — o líder do PSD diz que Portugal está “aparentemente” melhor, mas não o suficiente. “Se pensarmos em termos de futuro do país, a economia não está bem. Tem tido taxas de crescimento fracas, mas acima de tudo essas margens orçamentais não têm sido usadas para o futuro do país. Aquilo que a economia tem de oferecer aos portugueses é mais emprego e melhores salários. Temos tido mais emprego, é verdade, mas não temos tido melhores empregos”, defende.
Contudo, a seu ver, o pior é mesmo o estado dos serviços públicos. “Aquilo que elegeria como mais preocupante é a degradação completa que tem havido nos serviços públicos”, destacando as filas para renovar o Cartão de Cidadão, os atrasos nas pensões, os a falta de oferta nos transportes públicos e a “degradação” no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
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