Nem greve nem feriado travam saída de camiões de Aveiras de Cima

  • Lusa
  • 15 Agosto 2019

Os serviços mínimos estão a ser cumpridos na CLC em Aveiras, de onde saíram, até às 08H00, cerca de 20 camiões para o aeroporto e para os postos da REPA".

Os camiões de transporte de matérias perigosas estão a sair, esta quinta-feira, com normalidade da Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em Aveiras de Cima, Lisboa, e segundo um sindicato dos motoristas os serviços mínimos estão a ser cumpridos.

Entre as 05H00 e as 08H00 “saíram cerca de 20 camiões para o aeroporto e para os postos da REPA (Rede Estratégica de Postos de Abastecimento)”, disse à Lusa um dos motoristas que hoje de manhã coordena o piquete de greve junto à CLC.

De acordo com os motoristas concentrados junto à empresa “os serviços mínimos estão a ser cumpridos, apesar de ser feriado”.

Os camiões cisterna que saíram em direção ao aeroporto de Lisboa seguiram escoltados pela GNR, sendo alguns deles também conduzidos por militares.

Os motoristas de transportes de matérias perigosas e de mercadorias cumprem esta quinta-feira o quarto dia de uma greve por tempo indeterminado, que levou o Governo a decretar uma requisição civil na segunda-feira à tarde, alegando incumprimento dos serviços mínimos.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

Na terça-feira, o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, disse que 14 trabalhadores não cumpriram a requisição civil decretada pelo Governo.

Na quarta-feira o porta-voz do sindicato dos motoristas de matérias perigosas, Pardal Henriques, disse que os trabalhadores não iriam cumprir serviços mínimos nem a requisição civil, em solidariedade para com os colegas que foram notificados por não terem trabalhado na terça-feira.

Pardal Henriques desafiou também a Antram para uma reunião às 15:00 desta quinta-feira, mas a associação que reúne as empresas de transportes recusou, alegando que não negoceia enquanto durar a greve, convocada por tempo indeterminado.

A Antram assinou na quarta-feira à noite um acordo relativo ao contrato coletivo de trabalho com a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), afeta à CGTP e que não participa na greve de motoristas.

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