Presidente da APROSE: Bancos tratam mal os seguros

  • ECO Seguros
  • 29 Janeiro 2020

David Pereira aproveitou o Fórum organizado em Lisboa pelo INESE para reiterar críticas à distribuição de seguros por parte dos bancos.

O presidente da APROSE reiterou as críticas ao canal bancos na distribuição de seguros, durante a sua apresentação no Fórum de Gestão Sénior de Seguros, organizado pela INESE Insurance School de Madrid que reuniu em Lisboa gestores do setor segurador de Espanha e Portugal.

O fórum teve início com José Galamba de Oliveira, presidente da APS – Associação Portuguesa de Seguradores, que ofereceu à assistência os primeiros resultados da atividade em Portugal em 2019 e as suas perspetivas para 2020, referindo o substancial crescimento dos ramos Não Vida, bem como a quebra da produção no ramo Vida no último semestre de 2019.

Em seguida, o presidente da APROSE, David Pereira, afirmou ser a mediação profissional um serviço fundamental ao setor, salientando que os profissionais estão “permanentemente em formação e adaptação aos novos tempos”, estando “na linha da frente do conhecimento técnico, sempre com o superior objetivo de servir melhor o seu Cliente”.

No lado negativo David Pereira referiu estar a mediação exercida pelo balcões bancários “no espetro oposto da Mediação Profissional”. Afirmou que “assistimos diariamente a situações caricatas em que os empregados bancários revelam um desconhecimento, quase total, sobre os Seguros que são obrigados a vender”, acrescentando “duvido que algum empregado bancário tenha alguma vez acompanhado um Cliente num Processo de sinistro no CIMPAS (Centro de Informação, Mediação, Provedoria e Arbitragem de Seguros)”. Continuando, salientou a dúvida de que “alguma vez um empregado bancário tenha, através da análise sobre o enquadramento do sinistro ou através da relação comercial com a Seguradora, alterado a posição da Seguradora num determinado Sinistro”.

O orador seguinte, Cormac Galvin da RGA RE, falou da visão do Reino Unido e do inevitável Brexit e suas consequências, tema que foi também abordado por Juan Arsuaga do Lloyd’s Iberia, que se referiu à criação e ao funcionamento do Lloyd’s em Bruxelas, numa seguradora juridicamente diferente da londrina.

O Consorcio de Compensación de Seguros de Espanha foi descrito em todas as suas atribuições funções e resultados pelo seu diretor de Operações Alejandro Izuzquiza. Salientou que a instituição conta com um fundo superior a 8 mil milhões de dólares para fazer face a imprevistos como catástrofes naturais.

Oscar Herencia, Vice presidente da MetLife para o sul da Europa expôs os drivers da empresa de seguros no futuro, do ponto de vista de um CEO.

Uma mesa redonda que juntou Duarte Amaral, da ACP Mediação de Seguros, Alberto de Lope, da NIBW, Pedro Rego, CEO da corretora F.Rego e Joaquin Tabernero, diretor geral da Finsa, abordou semelhanças e diferenças entre os mercados português e espanhol e os percursos que estas empresas ibéricas estão a percorrer, debate moderado por Juan Carlos Muñoz, CEO da ARAG Portugal.

Andrew Stevens, da Quadient, explicou os processos de Costumer Experience conducentes à inovação e ao desenvolvimento tecnológico no setor.

Susana Pérez, diretora do INESE, abriu e encerrou os trabalhos.

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