CML cria agência de empregabilidade para lisboetas em situação de exclusão social

Câmara municipal de Lisboa investe 150 mil euros para lançar "Porta Aberta", agência para pessoas em situação de exclusão. Quer promover a autonomia e a reinserção social.

A câmara municipal de Lisboa apresentou esta quinta-feira a “Porta Aberta”, uma agência de empregabilidade para residentes em Lisboa em situação de vulnerabilidade. O objetivo é garantir a autonomia e independência económica enquanto membros da sociedade. Com um apoio da autarquia de 150 mil euros, a agência quer criar estágios de integração profissional, colocação direta no mercado de trabalho, atividade ocupacional temporária e promoção do autoemprego.

Gerida pelo consórcio de associações Bairro Associação de Desenvolvimento Local – do qual faz parte a Associação Crescer, promotora do É um restaurante –, a “Porta Aberta” destina-se a pessoas que consumam de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas, pessoas em situação de sem-abrigo, trabalhadores do sexo e migrantes, mesmo em situação documental irregular.

“Numa perspetiva moderna, digna do século XXI, acreditamos que a câmara tem de ser o garante dos direitos de quem vive nesta cidade”, sublinhou Manuel Grilo, vereador do BE e responsável pela pasta dos direitos sociais na CML, durante a cerimónia de lançamento. “As respostas simplificadas e caritativas a problemas sociais complexos têm-se mostrado úteis mas insuficientes. Os problemas sociais precisam de ter uma visão inovadora e de respostas integradas. No entanto, as políticas públicas no combate à desigualdade têm de ir mais longe e é para isso que aqui estamos”, acrescentou.

Criada para promover a colocação direta no mercado de trabalho — para pessoas com um nível de autonomia e competências compatíveis com as exigências atuais do mercado de trabalho — e em funções desenhadas à medida dos candidatos, destinada a pessoas “com níveis de auto-estima reduzidos associados a um elevado estigma social, que não se enquadram no funcionamento atual do mercado de trabalho, mas com efetiva capacidade de trabalho diário e/ou semanal, regular, a Porta Aberta vai atuar em várias frentes.

Os estágios de integração profissional, por outro lado, destinam-se a pessoas com um nível de autonomia e competências muito próximo das exigências atuais do mercado de trabalho, refere a autarquia. A autarquia quer promover, ainda, atividades ocupacionais pontuais e o autoemprego, para pessoas que tenham oportunidade de gerar rendimentos através de uma atividade independente ou negócio próprios.

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“Precisamos de iniciativas que, mais do que combater a desigualdade, garantam a igualdade de acesso aos direitos sociais. É isto que o Porta Aberta, esta Agência de Empregabilidade, quer garantir. Sejam pessoas em situação de sem abrigo, migrantes sem papéis, pessoas com consumo de substâncias lícitas ou ilícitas, trabalhadoras do sexo, terão aqui o primeiro passo para reconstruir a sua autonomia e independência económica enquanto membros da sociedade“, rematou o vereador.

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