BRANDS' TRABALHO Longe da vista, mas perto do coração da operação

  • BRANDS' TRABALHO
  • 22 Junho 2020

Marta Santos, Associate Partner EY, People Advisory Services, fala da importância de as organizações terem um barómetro contínuo da força de trabalho, que guie as decisões sobre a gestão de pessoas.

O trabalho remoto, ou híbrido (equipas rotativas entre trabalho remoto e presencial), que há alguns meses eram perspetivas longínquas para muitos de nós, fazem hoje parte do vocabulário e do dia a dia de uma parte muito significativa da nossa força de trabalho.

Os receios iniciais – que se prendiam essencialmente com a capacidade de utilização das ferramentas colaborativas, com as dúvidas relativas à capacidade de manter os níveis de produtividade esperados, à capacidade de articulação do trabalho num espaço-casa “invadido” por escritórios, escolas e creches – foram sendo atenuados pelos resultados consistentemente positivos apresentados pela maioria dos casos.

teletrabalho

À medida que o tempo foi passando, e que conseguimos um maior grau de confiança face às necessidades iniciais, tal como na pirâmide de necessidades de Maslow, também as necessidades dos trabalhadores – e das empresas – que adotaram trabalho remoto ou híbrido, foram evoluindo. Surgiram as questões de motivação, de capacidade de liderar e gerir equipas remotas, de desenvolvimento das pessoas mesmo à distância, de manter fortes índices de cultura organizacional, de sentimento de pertença.

  • Como conseguimos manter a motivação dos nossos colaboradores à distância?
  • Como manter níveis de equidade entre equipas remotas e equipas híbridas, ou mesmo presenciais?
  • Como conseguimos manter uma identidade cultural se não partilhamos espaços, se não vivemos a aculturação como (quase) sempre a conhecemos?
  • Como conseguimos manter os trabalhadores no coração da operação?

Estas foram algumas das questões que as empresas nos colocaram ao longo das últimas semanas. A nossa resposta foi sempre que a EY não tinha a resposta… mas sim as ferramentas para a procurar, no coração de cada uma das empresas!

"É preciso perceber como a situação que vivemos está a influenciar as pessoas.”

Marta Santos

Associate Partner EY

Sim, há algumas respostas one size fits all… a capacitação digital das equipas, o reforço da capacidade das lideranças para um mundo digital colaborativo, algumas regras de comunicação que são transversais para a promoção do envolvimento dos colaboradores. Todas estas respostas são extremamente válidas e a sua adoção será, com toda a certeza, uma mais-valia para qualquer empresa.

Mas o que será a resposta certa para a sua organização? O que a distingue das restantes? O que será o verdadeiro “coração” da sua operação? Para estas perguntas, as respostas têm de vir de dentro! É preciso ouvir quem diretamente é impactado por todas estas questões: os trabalhadores da sua empresa. Todos!

É preciso perceber como a situação que vivemos está a influenciar as pessoas. Desde a sua capacidade de lidar com a organização doméstica para ser possível ser produtivo em trabalho remoto, passando pelas questões mais diretas de impacto na saúde que poderão derivar da pandemia, até às questões de impacto da forma como as decisões do seu líder, ou as decisões de gestão da empresa estão a ser percecionadas.

Conhecer as respostas a estas questões dá às empresas a capacidade de tomar decisões sustentadas, atempadas e consequentes – um Barómetro da nossa Força de Trabalho, que guia as decisões sobre a gestão de Pessoas.

Ao olhar para um futuro em que muitas empresas equacionam manter o trabalho remoto como parte da sua realidade, é preciso perceber que esta auscultação, de forma continuada, é uma ferramenta essencial para acompanharmos a evolução da experiência dos nossos colaboradores. Longe da vista, mas no coração da operação.

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