BRANDS' TRABALHO O futuro na experiência do colaborador

  • BRANDS' TRABALHO
  • 10 Agosto 2020

Patrícia Vicente, Manager EY, People Advisory Services explica a importância de as empresas refletirem sobre a estratégia de promoção de experiências durante o ciclo de vida do colaborador.

Temos acompanhado, nos últimos anos, uma preocupação crescente por parte das empresas com a experiência do colaborador, acompanhando o ciclo das pessoas nas empresas. Há uma crescente preocupação com a necessidade de criar experiências positivas ao longo desse percurso, reconhecendo-se nestas um forte impacto na atração e retenção de talento, processo que vai desde o onboarding até ao último dia do colaborador na organização.

Naturalmente que os efeitos da atual pandemia estão a refletir-se neste processo. Por um lado, com forte impacto na integração dos novos colaboradores, que agora têm o seu primeiro dia numa nova empresa mas num formato diferente do habitual, na maior parte das vezes remoto, não existindo contacto presencial com a equipa, com os recursos humanos, com o espaço e com a liderança. A ausência de um acompanhamento estruturado e presente pode refletir-se negativamente a curto prazo. Por outro lado, há toda uma experiência contínua do colaborador que é afetada e que não pode ser esquecida, por forma a manter e até reforçar a permanente preocupação da empresa com o bem-estar, com os estímulos ao desenvolvimento e à criatividade e com o “espaço de trabalho” do colaborador, com as ferramentas a utilizar, que no final do dia, sabemos que têm forte impacto no desempenho e na produtividade individual e coletiva.

"Neste contexto [pandemia], o futuro remete-nos para uma experiência do colaborador mais “energizante”, mesmo que remota. Uma energia positiva que fomente um ambiente de trabalho saudável.”

Patrícia Vicente

Manager EY, People Advisory Services

O futuro do trabalho é aqui e agora e sabemos que mudou bastante nos últimos meses. Primeiro com novas metodologias de trabalho imprevistas, maioritariamente remotas, que nos mostraram quão bem-sucedido o trabalho remoto pode ser. Depois, a transformação da vida nos escritórios e nos espaços de trabalho também foi alterada, para necessariamente adaptar-se a uma nova realidade: por um lado às novas metodologias de trabalho, com formatos mistos ou totalmente remotos e, por outro, através de uma otimização dos espaços que assegure o distanciamento social e garanta, fundamentalmente, a saúde de todos. O fluxo de viagens em trabalho também foi reduzido (e naturalmente revisto), remetido para um fluxo de trabalho mais digital com plataformas que promovam um ambiente igualmente próximo e produtivo.

Tudo isto remete a uma reflexão das empresas e das equipas que gerem as pessoas, sobre aquela que é a estratégia de promoção de experiências durante o ciclo de vida do colaborador, que logicamente necessita de ser revista e exige um processo mais humano e mais próximo em alguns casos, a começar pelo já referido onboarding, onde tudo é novo e desconhecido – e não há segunda oportunidade de causar uma boa primeira impressão!

Se uma parte significativa das experiências do colaborador se ligam habitualmente ao espaço físico, este deverá ser o primeiro ponto de reflexão, no sentido de garantir que aqueles que trabalham remotamente não são colocados de parte neste processo.

Neste momento, embora em Portugal estejamos a acompanhar ao regresso de alguma normalidade nas empresas, as medidas e planos de emergência continuam e necessitam de ser continuadas. Vão naturalmente ser permanentes até podermos olhar para trás e dizer que esta pandemia é “coisa do passado”.

Neste contexto, o futuro remete-nos para uma experiência do colaborador mais “energizante”, mesmo que remota. Uma energia positiva que fomente um ambiente de trabalho saudável, com base num plano assente nas dinâmicas e ferramentas disponíveis, promovendo o entusiasmo e a motivação, que, num cenário de incerteza social, imprimem uma maior atenção e exigência. Uma experiência mais presente e humana, em que os colaboradores se sintam acompanhados, de forma individual e em equipa, e onde as suas questões, dúvidas e inseguranças são respondidas e levadas a análise. Investir nas pessoas continua a ser essencial e a chave do sucesso, para uma empresa que se queira posicionar de forma diferenciadora, com equipas orgulhosas por dela fazerem parte.

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