BRANDS' TRABALHO Recrutar – reforçar ou transformar?

  • PESSOAS + EY
  • 23 Novembro 2020

Marta Santos, Associate Partner EY, People Advisory Services, fala do verdadeiro desafio do recrutamento de hoje e do futuro.

A cultura é um elemento fundamental das organizações. Podendo ter várias nuances na sua definição, a cultura organizacional é um conjunto de valores, princípios e hábitos que guiam as ações e as decisões das pessoas. O propósito, a visão, os valores, o tipo de liderança e a estrutura organizacional são fatores chave. São estes que mantêm uma mesma identidade cultural transversal nas organizações.

O Recrutamento é assim, um poderoso aliado da cultura. A preocupação do fit cultural dos candidatos é cada vez maior – as empresas sabem que colaboradores que partilhem os seus valores e propósitos serão colaboradores mais integrados, mais dedicados e mais produtivos.

A procura de maior visibilidade para o talento externo, sendo visto como um empregador de referência é uma preocupação crescente. A guerra pelo talento é uma realidade e a necessidade de ser uma primeira escolha para os candidatos faz uma enorme diferença, principalmente quando falamos em competências críticas para o negócio.

"Mais do que na vertente de reforçar, a vertente de transformar traz o verdadeiro desafio ao recrutamento de hoje e do futuro.”

Marta Santos

Associate Partner EY, People Advisory Services

A experiência dos candidatos e cada vez mais um foco de atenção. Sabemos que os candidatos de hoje são os colaboradores de amanhã. Sabemos que mesmo que não sejam os selecionados, os candidatos podem ser embaixadores da empresa se tiverem uma experiência positiva ao longo do processo.

O onboarding – ou processo de integração dos novos elementos recrutados – tem uma componente cultural muito forte. O alinhamento com a cultura organizacional é trabalhada em sessões de formação, no acompanhamento inicial dos novos colaboradores, na comunicação. Começa antes do primeiro dia de trabalho e, se for bem feito, não tem sequer de terminar depois da saída do trabalhador. A cultura organizacional é o que mantém o alumni ligados às organizações. Colaborativos, cooperantes, aliados, parceiros.

O recrutamento é, nesta perspetiva, um aliado que promove, transmite e reforça a cultura organizacional. Mas, e se o objetivo não for reforçar, mas sim transformar? Será o recrutamento importante nesta outra forma de ver a cultura?

Sabemos que vivemos num mundo em constante transformação. A velocidade com que assistimos a mudanças sociais, económicas e tecnológicas é cada vez maior. Não falando especificamente da situação pandémica que vivemos – que obrigou as organizações a um enorme teste de capacidade de adaptação e resiliência, pondo em causa a sustentabilidade – a verdade é que a transformação, a disrupção, faz parte do nosso quotidiano de trabalho.

Para transformar é preciso que consigamos alinhar fatores internos e externos. Nestes últimos, o recrutamento tem uma palavra muito importante a dizer.

A procura de talento alinhado com o futuro desejado, que possa trazer novas competências, novas formas de estar, novas tendências, novas influências, novas formas de trabalhar e de estar no trabalho, é uma responsabilidade do recrutamento.

Esta vertente é ainda mais desafiante, porque exige um conhecimento profundo da organização, da sua operação, da sua estratégia. Exige ainda uma capacidade de previsão (até predição…!) de necessidades futuras. Por fim, exige também uma capacidade de alinhar todos estes vetores com a avaliação de candidatos que são diversos, diferentes, dispersos e exigentes.

É preciso reinventar o recrutamento para o capacitar para as novas exigências do mercado. Mais do que na vertente de reforçar, a vertente de transformar traz o verdadeiro desafio ao recrutamento de hoje e do futuro.

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