Subida da Nos sustenta bolsa de Lisboa. Europa cai

O otimismo com que as bolsas europeias entraram em março foi de pouca dura, com os principais índices a negociarem esta esta terça-feira em baixa. Os receios sobre o impacto do novo confinamento nas economias e alertas vindos da China estão a penalizar o sentimento dos investidores. Lisboa está, no entanto, a contrariar e após uma abertura no vermelho, o índice português PSI-20 entrou em terreno positivo e ganha 0,15% para 4.799,96 pontos.

A impulsionar Lisboa estão a Nos, que avança 1,75% para 2,798 euros e a EDP Renováveis, que ganha 0,65% para 18,78 euros. A Mota-Engil valoriza 0,27% para 1,50 euros após ter fechado um novo contrato na Polónia no valor total de 150 milhões de euros que irá decorrer num período máximo de 36 meses. Já a Sonae, que concluiu a venda de 17 lojas em Espanha à Media Markt com um encaixe de cinco milhões de euros para a Worten, avança 0,07% para 0,69 euros por ação.

O BCP negocia entre perdas e ganhos ligeiros, próximo de 0,12 euros por ação. Entre as cotadas que mais caem estão as estrelas da última sessão. É o caso da Galp Energia (que perde 1,73% para 9,438 euros) e da EDP (que desliza 0,12% para 4,817 euros).

Lisboa assim a contrariar o sentimento que se vive na Europa, onde dados económicos pouco animadores estão a pesar nas bolsas. O Stoxx 600 perde 0,14%, o alemão DAX e o francês CAC 40 recuam 0,3% e o espanhol IBEX 35 e o britânico FTSE 100 cedem 0,4%. As vendas do retalho na Alemanha caíram 8,7% em janeiro face ao período homólogo, o que compara com a expectativa do mercado de um crescimento de 1,7%. Em simultâneo, o crédito concedido às famílias espanholas diminuiu 0,3% no mesmo mês.

A par destes dados, o regulador dos mercados chinês fez também avisos sobre uma eventual bolha especulativa a gerar-se no preço dos ativos. “Os mercados financeiros estão a negociar em níveis muito elevados na Europa, nos EUA e em outros países desenvolvidos, o que é contrário à economia real“, avisou Guo Shuqing, presidente do China Banking and Insurance Regulatory Commission numa conferência, de acordo com a Reuters.