Wall Street em alta com dados animadores do emprego e retalho
Os mercados norte-americanos festejaram os bons resultados do retalho e a evolução positiva do desemprego, na sessão desta quinta-feira. Dados do setor financeiro também deram alento.
Os mercados norte-americanos terminaram a penúltima sessão da semana acima da linha de água, com o S&P e o Dow Jones em máximos históricos. A animar Wall Street esteve a evolução do desemprego — o número de inscrições atingiu o nível mais baixo desde o início da atual crise –, a forte recuperação das vendas a retalho — fruto dos estímulos adicionais concedidos pelo Governo norte-americano — e o recuo das taxas de juro das obrigações do Tesouro dos Estados Unidos.
O índice de referência nos mercados norte-americanos, o S&P 500, terminou a sessão a valorizar 1,06% para 4.168,35 pontos. Também no verde, o industrial Dow Jones somou 0,85% para 34.019,09 pontos e o tecnológico Nasdaq avançou 1,27% para 14.034,18 pontos.
Depois das perdas de quarta-feira, as cotadas tecnológicas destacaram-se, esta quinta-feira. Os títulos da Apple subiram 1,87% para 134,50 dólares, os da Microsoft somaram 1,53% para 259,50 dólares e os do Facebook valorizaram 1,65% para 307,82 dólares.
A explicar este bom desempenho das tecnológicas (e dos mercados, no geral) esteve as garantias deixadas pela Reserva Federal norte-americana de que irá manter a política monetária favorável, apesar do agravamento da inflação — que até chegou a pressionar Wall Street, no início da semana. Por outro lado, esta quinta-feira, as taxas de juro das obrigações do Tesouro dos EUA a 10 anos dez caíram abaixo da fasquia dos 1,6%, pela primeira vez desde 25 de março, o que trouxe também algum alívio aos mercados.
Outros fatores que contribuíram para o sentimento de alento em Wall Street foram os dados das vendas a retalho, que, no mês de março, registaram uma forte recuperação, depois do Governo dos Estado Unidos ter distribuído mais estímulos extraordinários pelos cidadãos. Além disso, a evolução do desemprego trouxe otimismo aos investidores, tendo as inscrições atingido, na última semana, segundo se soube esta tarde, os níveis mais baixos desde o início da crise pandémica.
“É o melhor dos dois mundos, uma vez que temos os juros a recuar e bons dados económicos. É exatamente isso que quereríamos ver”, sublinha Tim Murray, estrategista da T. Rowe Price Associates, citado pela Reuters.
Esta quinta-feira foi dia também do Bank of America, do Citigroup e do BlackRock apresentarem os seus resultados trimestrais, que foram animadores, dando otimismo quanto à recuperação da economia. Os títulos do BlackRock valorizaram, assim, 2,09% para 817,84 dólares. Por outro lado, as ações do Bank of America caíram 2,86% para 38,74 dólares. No vermelho, também ficaram os títulos do Citigroup, recuando 0,51% para 72,54 dólares.
À Reuters, o analista Randy Frederick, da Charles Schawb, explica que as expectativas para os resultados trimestrais eram melhores do que é tradicional. Logo, o que daria ânimo agora aos mercados seriam números muito melhores do que os projetados. Apesar das quebras referidas, o analista defende que o setor, no todo, “está bem”.
Nas criptomoedas, os títulos da Coinbase Global Inc caíram 0,5%, no dia seguinte à estreia desta empresa no Nasdaq.
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