Sinistros do ramo Vida custaram mais 548,3 milhões às seguradoras até março

  • ECO Seguros
  • 26 Abril 2021

Cerca de 813 milhões de euros foram sacados dos PPR de janeiro a março, mais 25% do que em igual trimestre de 2020, indicam dados das seguradoras.

As seguradoras desembolsaram 2,21 mil milhões de euros para compensar sinistros no negócio Vida nos primeiros três meses do ano (1ºT), uma subida de 548,28 milhões ou mais 33% de variação (sem descontar inflação) relativamente aos custos assumidos em igual período de 2020, revela informação da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), apontando desaceleração na variação homóloga face ao acréscimo de 51% registado até fevereiro nos custos com sinistros.

Globalmente, os sinistros Vida e não Vida originaram compensações por um total acumulado superior a 2,96 mil milhões de euros, mais 21% em comparação com o desembolsado pelas seguradoras no mesmo período do ano passado.

Decompondo os números, a subida mais pronunciada aconteceu nos produtos não ligados a fundos de investimento, que custaram 1,55 mil milhões de euros às seguradoras, um incremento nominal de 47,4% face à despesa do trimestre homólogo em 2020.

Fonte: APS- março 2021.

 

Os PPR (Planos Poupança-Reforma), beneficiando das condições atrativas de resgate – por conta das medidas de excecionalidade temporária aplicadas pelo regulador (ASF) no quadro da pandemia – registaram custo acumulado 25% superior ao de um ano antes, com um total próximo de 813 milhões de euros em desembolsos a favor dos aforradores.

De acordo com os indicadores da APS, com base na habitual amostra representativa do setor, os sinistros do ramo não Vida ascenderam a 751,35 milhões de euros, a abrandar de quebra verificada até fevereiro (-6,47%) e a diminuir 5,3% em comparação com o custo estimado no primeiro trimestre de 2020. Não Vida também perdeu peso na estrutura de custos com sinistros ao representar 25,3% da despesa global com sinistralidade (32,3% um ano antes).

Os sinistros do ramo automóvel obrigaram a desembolso de 267,3 milhões de euros, menos 14,4% em comparação com o que pesaram um ano antes. Parcela importante do ramo, Acidentes e Doença representaram menos 3,5% face ao período comparável de 2020, representando pagamentos de 338,12 milhões de euros, com destaque para Doença, que cresceu 1,4%, para cerca de 172,2 milhões de custo para as seguradoras.

Quanto à evolução dos prémios adquiridos (com período de cobertura decorrido), os indicadores agregados indicam crescimento de 2,8%, totalizando perto de 1,6 mil milhões de euros, sendo que o valor dos prémios emitidos (por cobrar) rondou 2,8 mil milhões de euros em todo o trimestre, menos do que os cerca de 2,97 mil milhões que a indústria suportou com sinistros no mesmo período.

Por ramos, Vida reforçou 0,6 p.p. na estrutura de mercado, com o valor acumulado de prémios adquiridos a aproximar-se de 261,36 milhões de euros (+6,8% face ao 1ºT de 2020), enquanto não Vida cresceu 2% para 1 335,3 milhões, representando 83,6% da estrutura, contra 84,2% um ano antes.

No negócio não Vida, as linhas Acidentes e Doença, Incêndio e Outros Danos e Responsabilidade Civil Geral, destacaram-se com progressões de 9,5%, 4,1% e 3,7%, respetivamente.

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