Mais uma semana, mais um caso de racismo provocado por um sistema automatizado desenvolvido por uma empresa líder de tecnologias digitais.
Desta vez foi o Facebook, que
sugeriu “ver mais vídeos de primatas”na sequência de um clip que mostrava um grupo de pessoas negras. Claro que o Facebook é conhecido pelo desrespeito sistemático pelos direitos humanos e por isso já surpreende pouco. Mas está longe de ser o único: os casos de discriminação provocados por sistemas de identificação automática repetem-se constantemente e deixam poucas dúvidas sobre a discriminação deliberada que ocorre nas grandes empresas de tecnologia americanas. Tudo isto, convém notar, ocorre em empresas que nascem numa sociedade racialmente diversa e sujeita aos mais conhecidos problemas de racismo quotidiano. Não é por falta de reconhecimento nem de exemplos que estas coisas deixam de acontecer – é, simplesmente, porque as aplicações são desenhadas por
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