Taxas do seguro cibernético cresceram 39% no primeiro trimestre

  • ECO Seguros
  • 9 Setembro 2021

Os ataques de ransomware representaram 32% dos sinistros cibernéticos em 2020 – mais do dobro do observado no período entre 2016 e 2020.

Os ataques cibernéticos maliciosos representaram cerca de 80% dos sinistros cibernéticos ocorridos na Europa Continental, durante o ano passado, a comparar com os 70% do ano anterior. “Os ataques de ransomware representaram 32% dos sinistros cibernéticos em 2020 – mais do dobro do registado de 2016 a 2020” quando significavam 14%, indica a Marsh, líder em consultoria de risco e corretagem de seguros, com base em estudo produzido em colaboração com a Microsoft e outras empresas.

Em geral, os sinistros de seguros cibernéticos na Europa Continental aumentaram cerca de 8% em 2020, quantifica um comunicado da Marsh Portugal.

O relatório The Changing Face of Cyber Claims 2021 analisa os sinistros de seguros cibernéticos geridos pela Marsh na Europa, entre os anos 2016-2020. “Entre a crescente frequência e severidade dos ataques cibernéticos, as taxas de seguro cibernético aumentaram, em média, 39% em todos os setores de atividade no primeiro trimestre de 2021, comparando com os 37% do quarto trimestre de 2020,” refere a companhia.

Os setores de atividade mais afetados – instituições financeiras; manufatura; comunicação, media & tecnologia e serviços profissionais – “permanecem sem alterações desde a pesquisa de 2019”, mas os sinistros entre os quatro principais setores cresceram significativamente em 2020, com aumentos de três dígitos: manufatura (104%); comunicação, media & tecnologia (153%) e serviços profissionais (200%).

Em comentário às conclusões do relatório, Luís Sousa, Cyber Risk Specialist da Marsh Portugal, afirma que: “Os ataques maliciosos e de ransomware estão a tornar-se cada vez mais prejudiciais, à medida que os cibercriminosos tentam explorar as fracas defesas das organizações, bem como as fragilidades humanas. Simplesmente, a questão não é ‘se’ uma organização está sujeita a um incidente cibernético, mas ‘quando’.”

À medida que a pandemia tomou conta da Europa durante março e abril em 2020, os cibercriminosos rapidamente “capitalizaram a ansiedade das pessoas para criar socialmente uma onda de ataques sobre a temática do COVID-19, juntando táticas bem definidas e malware com o aumento da procura de informação sobre a pandemia”, detalha o relatório.

O responsável da corretora e consultora de risco acrescenta ainda: “Estabelecer planos de emergência e protocolos, e criar equipas de resposta aos incidentes que rapidamente consigam gerir a crise, é crucial. Enquanto uma cibersegurança melhorada e a preparação representam a primeira linha de defesa, o seguro cibernético pode ajudar a mitigar a severidade de um incidente, apoiar na interrupção de negócio e na sua recuperação, aumentando a sua resiliência.”

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