Altos e baixos de quatro dias de Web Summit, segundo Inês Sequeira

Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, faz o balanço dos pontos altos e baixos da Web Summit. A cimeira tecnológica encerrou esta quinta-feira.

Demasiado ruído, maior igualdade em termos de representatividade de género e maior visibilidade aos temas da sustentabilidade são os pontos baixos e altos que Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa retira de quatro dias de Web Summit, cimeira tecnológica que terminou esta quinta-feira, no Parque das Nações.

Comecemos pelo menos bom. “A Web Summit é uma conferência que atrai milhares de pessoas de todos os cantos do mundo, que estão concentradas em quatro pavilhões e no palco central durante quatro dias. O ruído, poluição sonora leva à indisponibilidade por parte dos participantes, acabando muitas vezes por não conseguir tirar proveito das oportunidades de networking geradas pela conferência“, diz Inês Sequeira, que não hesita em classificar este aspeto da cimeira como “mau”.

Mais positivo é o aumento do número de mulheres na cimeira, que, pela primeira vez, superou o dos homens. “Ainda não podemos falar em igualdade representativa na conferência, mas há cada vez mais diversidade nos palcos a todos os níveis”, diz. “Ao nível do empreendedorismo e startups, sinto que ainda temos um grande caminho a percorrer no que toca ao investimento de impacto: já há muitos investidores exclusivamente de impacto e outros que também investem em negócios sociais e ambientais, mas não chega para o que o futuro nos exige. Há muito mais espaço na sustentabilidade para inovar e investir, obviamente com retorno, do que nós imaginamos e devem ser criados espaços para impulsionar a área do investimento de impacto”, argumenta.

Mas, ressalva, “de ano para ano a sustentabilidade tem ganho terreno na Web Summit. Se antes se tratava de um tema menor e que envolvia apenas os nichos, hoje todos concordamos que a par com a tecnologia (o grande foco da conferência) deve andar a sustentabilidade — social e ambiental –, para um futuro que é de todos”, refere.

“A Web Summit tem trazido players de grande renome na área, como é o caso da Obama Foundation, que trouxe para o palco Future Societies o tema “How to lead from the grassroots up”, salientando a questão da liderança de jovens e a importância de trabalhar a empatia nos líderes para envolver as comunidades, criar diálogo sem tensões e mudar mentalidades”, destaca. Evolução que considera um dos pontos altos da cimeira.

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