Rio considera “normal” haver “muitas listas” para o Conselho Nacional do PSD

  • Lusa e ECO
  • 17 Dezembro 2021

"Normalmente nos Conselhos Nacionais há sempre muitas listas. É normal", disse Rui Rio, à entrada da reunião magna social-democrata.

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou esta sexta-feira normal haver “muitas listas” para o Conselho Nacional do partido, à entrada para a reunião magna social-democrata, que vai decorrer até domingo em Santa Maria da Feira.

“É normal, normalmente nos Conselhos Nacionais há sempre muitas listas, uns metem mais, outros metem dois, outros metem um, outros metem dez. É normal”, respondeu Rui Rio quando interrogado sobre a diversidade de listas para os órgãos nacionais do PSD. O líder social-democrata falava aos jornalistas à entrada para o Europarque, em Santa Maria da Feira (Aveiro), onde arranca esta sexta-feira o 39.º Congresso do PSD, que termina no domingo.

Pouco tempo antes do seu discurso na abertura do congresso, Rui Rio afirmou que “dá trabalho” e que “demorou tempo” a escrever os seus dois discursos – o líder social-democrata fará também o discurso de encerramento, no domingo –, recusando-se, no entanto, a alongar-se sobre o seu conteúdo, afirmando que “daqui a bocadinho” iria desvendá-lo.

Na quinta-feira, Rui Rio anunciou as suas primeiras escolhas para os órgãos nacionais do partido, com o histórico militante Pedro Roseta a substituir Paulo Rangel como o primeiro nome na lista da direção ao Conselho Nacional.

Esta sexta-feira, foi também anunciado que o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, vai encabeçar uma lista ao Conselho Nacional do PSD que tem como primeiros subscritores o antigo candidato à liderança Luís Montenegro e o líder da distrital de Braga Paulo Cunha.

O deputado Carlos Eduardo Reis vai também encabeçar uma lista ao Conselho Nacional do PSD, tal como nos anteriores Congressos, que tem entre os proponentes vários cabeças de lista do partido à Assembleia da República.

Além destas, é já é certa outra apoiada por Miguel Pinto Luz (que deverá mesmo ser encabeçada pelo vice-presidente da Câmara de Cascais) e a também já várias vezes protagonizada por Joaquim Biancard da Cruz e Duarte Marques, entre outras, algumas promovidas por apoiantes de Rio.

Para o Conselho Nacional, o chamado ‘parlamento do partido’, é habitual a apresentação de muitas listas (no último Congresso foram dez).

O 39.º Congresso do PSD arranca hoje pelas 21hh00 em Santa Maria da Feira (Aveiro), com o discurso de abertura do presidente reeleito, Rui Rio, que derrotou Paulo Rangel em eleições diretas por 52,4% dos votos.

Além das listas ao Conselho Nacional, o deputado e antigo líder da JSD Pedro Rodrigues, que ficou fora das listas de candidatos à Assembleia da República, anunciou que é candidato a presidente da Mesa do Congresso, numa lista alternativa à da direção, encabeçada por Paulo Mota Pinto.

Habitualmente, existe apenas uma lista à mesa do Congresso, afeta à direção. Neste caso, as duas listas terão de ser votadas em alternativa.

Montenegro diz que período de recato acabou e confia em vitória nas legislativas

O ex-candidato à liderança do PSD Luís Montenegro manifestou-se esta sexta-feira confiante de que o partido vai ganhar as legislativas e disse que o seu período de recato “acabou”, sem nunca responder sobre novas disputas da presidência do partido.

“Espero um PSD motivado, mobilizado e empenhadíssimo em poder disputar e vencer as próximas legislativas. Espero eu, todos os militantes e a população portuguesa”, afirmou à entrada do 39.º Congresso do PSD.

Questionado se admite disputar novamente a liderança do partido, se os sociais-democratas não tiverem um bom resultado em 30 de janeiro, respondeu: “O PSD vai ter um bom resultado”.

Luís Montenegro disse estar disponível para fazer campanha ao lado de Rui Rio e “de todos os candidatos” do PSD nas legislativas, e admitiu que o seu período mais silencioso dos últimos dois anos – desde que disputou a liderança, em janeiro de 2020 – “acabou”.

“Acho que esse período acabou, não vejo necessidade de se prolongar. Entendi neste período que o recato favorecia a unidade interna, era preciso erradicar do PSD fenómenos de crispação muito acentuados, quase de ódios pessoais”, justificou.

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