Especulação financeira agrava risco de crise alimentar
A FAO alerta que os governos têm de estar preparados para alargar apoios sociais, nomeadamente porque os preços elevados vão ter impacto sobre a população com menores rendimentos.
Tendo em conta o aumento dos preços que se está a observar, particularmente depois da invasão à Ucrânia, a Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO, na sigla em inglês) alerta que os governos “devem estar preparados para alargar os apoios sociais”, de acordo com o Público (acesso condicionado).
A FAO salienta também que se o cenário se mantiver, poderemos mesmo “entrar numa crise alimentar”. Apesar de se terem verificado correções em baixa nos preços das matérias-primas negociadas em bolsa nos últimos tempos, a volatilidade deverá prolongar-se durante vários meses. Além disso, os valores atuais continuam mais de 20% acima dos registados antes do início da guerra.
Olhando para Portugal, é pouco provável que um cenário de prateleiras de supermercado vazias ocorra no futuro próximo, segundo defende uma economista da FAO. Mesmo assim, “os preços elevados vão ter impacto sobre a população com menores rendimentos, que gastam uma grande parte do seu rendimento em comida, e os governos devem estar preparados para alargar as redes de segurança social para proteger as pessoas mais vulneráveis”, avisa Monika Tothova.
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