Porto vai ser ‘capital da Indústria 4.0’ com 500 especialistas na Alfândega

Profissionais da eletrónica, semicondutores, dispositivos médicos e equipamentos industriais aterram no Porto para cimeira da transformação digital na indústria organizada pela Critical Manufacturing.

O Porto vai transformar-se na capital mundial da Indústria 4.0 nos dias 12 e 13 de junho com a realização da segunda edição da MES & Industry 4.0 International Summit (MESI 4.0 Summit). No edifício da Alfândega deverá juntar mais de 500 participantes, como profissionais dos setores da eletrónica, semicondutores, dispositivos médicos e equipamentos industriais.

Organizada pela portuguesa Critical Manufacturing, esta cimeira internacional dedicada à transformação digital na indústria juntará decisores, especialistas em tecnologia e líderes de opinião, garantindo aos participantes “acesso privilegiado” a estratégias práticas, casos de estudo reais e uma visão aprofundada sobre o futuro da manufatura inteligente.

A organização destaca como oradores principais o presidente e arquiteto de soluções da 4.0 Solutions, Walker Reynolds, reconhecido como uma das vozes mais influentes na área da automação industrial; e Thomas Kaufmann, vice-presidente executivo e Chief Operations Officer da divisão Automóvel da Infineon, que abordará a convergência entre transformação digital, descarbonização e resiliência das cadeias de abastecimento.

Na cidade Invicta vão estar igualmente os líderes de algumas das empresas globais que estão a construir o futuro da indústria, como a TDK Electronics, amsOSRAM, Red Hat, Alfa Laval Group Digital, Vandewiele, Medtronic, Jabil, Keysight, HCL Tech, LTTS, Imec, Danfoss e ASMPT. Rick Franzosa, presidente de investigação para a indústria na Tech-Clarity e ex-analista da Gartner, é outro dos nomes que vai subir também ao palco principal.

“A MESI 4.0 Summit foi concebida como uma plataforma aberta para profissionais da indústria partilharem experiências, trocarem ideias e fomentarem o pensamento inovador. Ao reunir diferentes perspetivas, estamos a criar um espaço de diálogo construtivo que promove soluções eficazes. Esta cimeira é sobre aprendermos uns com os outros, questionar o status quo e impulsionar a digitalização da produção de forma significativa”, aponta Francisco Almada Lobo, CEO da Critical Manufacturing.

Francisco Almada Lobo, cofundador e CEO da Critical Manufacturing

No mesmo comunicado de imprensa, a multinacional com sede na Maia, onde tem mais de 450 funcionários, destaca o workshop “Missão: Indústria 4.0 – Adoção de Novas Tecnologias Digitais”. Conduzido por Jeff Winter, um dos maiores influenciadores da Indústria 4.0 no LinkedIn, vai explorar aplicações concretas de tecnologias como inteligência artificial, digital twins, plataformas de dados e MES (manufacturing execution system).

Sublinhando que “a maior barreira à transformação digital não é a tecnologia, mas sim saber utilizá-la de forma eficaz”. Jeff Winter, que é vice-presidente de estratégia de negócio da Critical Manufacturing, salienta que a MESI 4.0 Summit “existe precisamente para colmatar essa lacuna, reunindo quem está a liderar esta mudança” e que os participantes “podem esperar conversas francas, lições práticas e estratégias para aplicar diretamente na sua fábrica”.

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Guerra comercial não trava receitas da Nvidia e ações disparam 6%

A Nvidia continua a desafiar o cerco dos EUA à China com um aumento de 69% das receitas e uma subida de 5% das ações. A guerra tecnológica aquece e a liderança americana parece cada vez mais em jogo.

Num trimestre marcado pelo endurecimento das restrições às exportações de tecnologia para a China, a Nvidia alcançou um crescimento de 69% nas receitas, atingindo 44,1 mil milhões de dólares e superando as estimativas dos analistas de 43,3 mil milhões de dólares.

As ações da empresa liderada por Jensen Huang abriram a subir cerca de 5%, mas já estão a valorizar 6%, num efeito que se está a alastrar também às restantes empresas de semicondutores.

O forte desempenho da Nvidia deve-se, em grande parte, à procura “incrivelmente forte” por produtos que alimentam aplicações de inteligência artificial, segundo o CEO Jensen Huang, apesar do impacto direto das novas regras de exportação aplicadas pelo governo dos EUA.

Jensen Huang criticou publicamente as limitações de exportação, defendendo que proteger os fabricantes chineses apenas os torna mais fortes a longo prazo.

Em abril, a empresa incorreu numa provisão de 5,5 mil milhões de dólares devido ao excesso de inventário e a obrigações de compra do chip H20, cuja exportação para a China passou a exigir licença especial, reduzindo em 2,5 mil milhões de dólares as vendas previstas naquele mercado.

Para o segundo trimestre fiscal, a Nvidia prevê receitas de 45 mil milhões de dólares, um valor que já incorpora uma estimativa de perda de 8 mil milhões de dólares em vendas na China, mas que ainda assim poderá ficar ligeiramente abaixo dos 45,5 mil milhões de dólares apontados pelos analistas. Mesmo assim, o guidance da empresa reflete a confiança da empresa na capacidade de reorientar parte da procura para outros clientes, incluindo contratos recentemente anunciados com “soberanos de inteligência artificial” na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos.

Efeito de Trump transversal no mercado

O impacto das restrições comerciais espelha-se numa perda potencial de 50 mil milhões de dólares em vendas anuais na China, um dos maiores mercados de semicondutores, que a Nvidia classificava antes como “inacreditavelmente subexplorado”.

Jensen Huang criticou publicamente as limitações de exportação, defendendo que proteger os fabricantes chineses apenas os torna mais fortes a longo prazo e apelando a uma revisão das regras que, diz ele, fragilizam a liderança norte-americana em inteligência artificial.

Apesar destes constrangimentos, a margem bruta ajustada da Nvidia manteve-se em 71%, em linha com as expectativas comunicadas em fevereiro e com as estimativas de mercado, mesmo após excluída a contribuição negativa da provisão de abril. Para o atual trimestre, a empresa antecipa uma ligeira melhoria para cerca de 72%, acima das projeções médias dos analistas de 71,7%.

O otimismo dos investidores relativamente à Nvidia reflete-se também no efeito de contágio para as ações de outras empresas de semicondutores, que acumulam também ganhos esta quinta-feira em bolsa, beneficiando de uma perceção generalizada de que o ciclo de compras para inteligência artificial continua em fase de aceleração e não em arrefecimento.

Esta dinâmica chega num momento em que os EUA intensificam medidas protecionistas, com tarifas e limitações de licenciamento, na tentativa de conter o avanço tecnológico da China, mas acabam por reforçar o apetite por fornecedores alternativos fora do mercado chinês.

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FMI identifica reformas urgentes para Europa reduzir fosso de 30% da riqueza face aos EUA

A União Europeia arrisca ficar presa à sombra dos EUA se não avançar já com reformas estruturais profundas, alerta o Fundo Monetário Internacional, que vê Portugal entre os mais atrasados.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta esta quinta-feira para uma “grande e persistente diferença de rendimento per capita” da Europa face aos EUA que, no ano passado, se situava “próximo dos 30% para muitas economias europeias avançadas e ainda maior para outras”. Portugal, por exemplo, apresenta um rendimento por habitante em paridade do poder de compra 40% abaixo dos EUA.

Num relatório intitulado “Prioridades da Europa em matéria de reformas estruturais a nível nacional”, que analisa as prioridades de reforma estrutural ao nível nacional para a Europa, os analistas do FMI identificam deficiências críticas na produtividade total dos fatores, e a utilização da mão-de-obra e a intensidade de capital como as principais causas desta disparidade económica.

A análise do FMI surge num momento em que Portugal prepara uma nova legislatura sob a liderança da AD – Coligação PSD/CDS, cujo programa eleitoral para 2025-2029 apresenta várias medidas que se alinham com as recomendações da instituição internacional para acelerar o crescimento económico europeu.

O estudo do FMI é claro na identificação do problema central: “deficiências na utilização da mão-de-obra, intensidade de capital, e mais importante – produtividade total dos fatores desempenham um papel” na explicação do gap económico europeu face à maior economia do mundo. Esta análise é particularmente relevante para Portugal, que integra o grupo de países europeus com maiores distâncias face à fronteira económica.

Segundo o relatório, “estas deficiências de longa data irão agravar-se com perspetivas demográficas que podem mecanicamente reduzir a taxa de participação agregada e também enfraquecer a inovação”. Uma realidade que Portugal conhece bem, enfrentando um dos mais acelerados processos de envelhecimento populacional da Europa.

Reformas do mercado de trabalho lideram prioridades

O FMI identifica cinco áreas prioritárias para reformas estruturais, sendo que as reformas do mercado de trabalho e construção de capital humano lideram a lista de prioridades em termos de frequência e urgência. Esta área representa quase um terço de todas as prioridades identificadas entre os países europeus analisados, destacam os analistas do Fundo.

As recomendações específicas incluem “construir capital humano através da melhoria dos sistemas educativos e ampliação de programas de formação”, mas também “incentivar a participação da força de trabalho de vários grupos populacionais (mulheres, jovens e seniores), e atrair e integrar trabalhadores estrangeiros, especialmente aqueles com competências valiosas”.

Para fomentar a competitividade do tecido empresarial, o FMI recomenda “cortar burocracias, reduzir barreiras à entrada e saída de empresas, e facilitar obstáculos estruturais à construção”.

O programa da AD demonstra alinhamento com estas prioridades. Segundo o programa eleitoral, o partido de Luís Montenegro propõe-se a “continuar a aumentar o salário mínimo com a meta de 1.100 euros e o salário médio para 2 mil euros”, além de continuar a promover medidas específicas para os jovens já em vigor, como o IRS Jovem reduzido e isenção de IMT e de Imposto de Selo na compra da primeira casa.

As reformas fiscais estruturais ocupam o segundo lugar nas prioridades identificadas pelo FMI na maioria dos países europeus. A instituição liderada por Kristalina Georgieva destaca que estas reformas “podem reduzir distorções e encargos administrativos, levando a uma alocação mais eficiente de recursos, maior produtividade e, em alguns casos, melhor utilização da mão de obra”.

A AD apresenta uma estratégia fiscal que vai ao encontro destas recomendações, prometendo reduzir IRS em dois mil milhões de euros, dos quais 500 milhões já em 2025, baixando a carga fiscal sobre os rendimentos, em especial para a classe média. Esta medida alinha-se com a recomendação do FMI de reduzir distorções fiscais sobre o trabalho.

Regulamentação empresarial e inovação

O relatório do FMI identifica também como prioritárias “as reformas de regulamentação empresarial, o aprofundamento dos mercados de crédito e capital domésticos, e o melhoramento do desenho das políticas de inovação”. Para fomentar a competitividade do tecido empresarial, o FMI recomenda “cortar burocracias, reduzir barreiras à entrada e saída de empresas, e facilitar obstáculos estruturais à construção”.

O programa da AD responde também a estas recomendações com o “Plano de Ação Prioritária para um Estado ao Serviço das Pessoas”, que promete “modernizar a máquina do Estado, para um serviço mais ágil, centrado nas pessoas e empresas” e “simplificar e acelerar os licenciamentos”, lê-se no programa eleitoral. Adicionalmente, propõe uma redução transversal de IRC sobre as empresas, com diminuição gradual até 17% e uma simplificação fiscal.

O FMI alerta que “a implementação bem-sucedida das prioridades exigirá esforços políticos significativos”. Portugal, como um dos 27 membros da União Europeia e economia mais desenvolvida, beneficia de um contexto institucional mais favorável, mas o relatório sublinha a importância da “coordenação entre reformas domésticas e ao nível da União Europeia” para maximizar os ganhos.

Para Portugal, que se enquadra no grupo de economias avançadas, um ganho próximo dos 5% do PIB por via da implementação das reformas prioritárias sugeridas pelo FMI, representaria um impulso significativo para convergir com os níveis de rendimento dos parceiros europeus mais desenvolvidos.

O Fundo estima ganhos substanciais da implementação das reformas prioritárias, sublinhando que a implementação de todas as reformas prioritárias poderia elevar o nível do PIB no médio prazo em mais de 9% nas economias dos Balcãs Ocidentais, próximo de 7% na região da Europa Central, Oriental e do Sudeste (CESEE), e quase 5% nas economias avançadas excluindo CESEE.

Para Portugal, que se enquadra no grupo de economias avançadas, um ganho próximo dos 5% do PIB por via da implementação das reformas prioritárias sugeridas pelo FMI, representaria um impulso significativo para convergir com os níveis de rendimento dos parceiros europeus mais desenvolvidos.

O relatório enfatiza ainda que “as reformas domésticas e ao nível da União Europeia interagem de múltiplas formas”, sendo frequentemente complementares. Os analistas destacam, por exemplo, que o aprofundamento dos mercados de capitais através de reformas domésticas seria difícil sem o completar da União dos Mercados de Capitais ao nível da União Europeia.

A AD reconhece esta dimensão europeia no seu programa, reafirmando o “compromisso firme com a pertença à União Europeia” e a “participação ativa no processo de integração europeia”. O alinhamento entre as recomendações do FMI e as propostas do programa eleitoral da AD sugere uma estratégia coerente para reduzir o gap económico face aos parceiros mais desenvolvidos, embora o sucesso dependa da capacidade de execução e da coordenação com as iniciativas europeias.

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Trump recorre de decisão judicial que bloqueia nova política tarifária

  • Lusa
  • 29 Maio 2025

Presidente norte-americano decidiu recorrer após ter tido conhecimento da decisão do tribunal federal, que considerou a sua política tarifária ilegal.

O Governo dos EUA recorreu esta quinta-feira de uma decisão judicial que bloqueia a maioria das tarifas de importação impostas pelo Presidente Donald Trump, argumentando que este extrapolou a sua autoridade ao adotar a medida.

O Presidente norte-americano decidiu recorrer após ter tido conhecimento da decisão do tribunal federal, que considerou a sua política tarifária ilegal, apesar da insistência do Governo na necessidade destes impostos, argumentando que existem défices comerciais significativos que criaram uma “emergência económica nacional”.

O recurso foi interposto no Tribunal de Recurso dos Estados Unidos, de acordo com documentos judiciais obtidos pela cadeia de televisão norte-americana CNN.

Esta rápida ação do Governo de Trump criou incerteza para as empresas e para os consumidores do país, abrindo caminho para uma batalha comercial que se pode prolongar.

A decisão judicial de bloqueio afeta as chamadas tarifas do “Dia da Libertação”, quando Trump anunciou a imposição de tarifas contra a China, o México e o Canadá, para combater a entrada de fentanil nos Estados Unidos.

Estas tarifas podem agora ficar congeladas enquanto os recursos são resolvidos em tribunal, mesmo antes de os Estados Unidos conseguirem fechar acordos comerciais com países terceiros.

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Sabseg reforça proteções aos enfermeiros da Ordem

O protocolo renovado entre a corretora e a Ordem dos Enfermeiros prevê extensão de coberturas base e facultativas e tem como parceiros aa companhias Ageas Seguros e Caravela.

A corretora de seguros Sabseg reforçou o protocolo institucional com a Ordem dos Enfermeiros (OE), que assegura aos seus membros com inscrição ativa o acesso a condições preferenciais em soluções de proteção pessoal e profissional, com aconselhamento gratuito, acompanhamento especializado e apoio permanente, em todo o território nacional.

Em parceria com as seguradoras Ageas Seguros e a Caravela, a Sabseg refere que o protocolo “traduz-se numa resposta concreta às necessidades específicas da classe de enfermagem, procurando apoiar quem diariamente assegura os cuidados de saúde da população, através de segurança contratual, consultoria especializada e processos simplificados”.

“Este é um protocolo que se traduz em valor real para os profissionais de enfermagem”, sublinha Miguel Machado, CEO da Sabseg, “colocamos à disposição dos membros da Ordem soluções concretas, eficazes e acompanhadas de aconselhamento gratuito”, conclui.

O protocolo oferece condições exclusivas em seguros seguro de Saúde com possibilidade de extensão a cônjuge e dependentes, de Acidentes Pessoais e de Trabalho, de Multirriscos Habitação e Automóvel.

O protocolo confere condições particulares para seguro de Vida ligados ou não ao crédito habitação e Seguro para cães e gatos, com cobertura de responsabilidade civil e despesas veterinárias.

Melhoria da cobertura de Responsabilidade Civil Profissional

O seguro de Responsabilidade Civil Profissional recebe melhoramento com possibilidade de reforço face à cobertura base contratada pela Ordem dos Enfermeiros que assegura apenas a cobertura mínima legal para o exercício da profissão.

O protocolo permite agora, por iniciativa por parte do membro da OE, a realização de um upgrade facultativo a essa apólice incluindo aumento dos capitais cobertos, redução ou eliminação de franquias, cobertura de funções de coordenação, ensino, direção clínica ou atuação no estrangeiro, Proteção jurídica complementar, tanto em sede civil como disciplinar e inclusão de retroatividade para atos clínicos anteriores à subscrição.

O aconselhamento gratuito, considerado pela Sabseg como elemento diferenciador, é assegurado por consultores especializados, com experiência na mediação de seguros para profissionais de saúde e inclui a análise individualizada da situação do membro da OE, simulação comparativa de soluções ajustadas ao seu perfil, apoio na leitura e compreensão das coberturas, explicação clara das exclusões, franquias e condições particulares e assistência permanente na gestão da apólice e, se necessário, na tramitação de sinistros.

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IGAS abre inspeção na ULS de Gaia/Espinho sobre cirurgias ‘fora de horas’ depois de denúncias contra ex-presidente

Processo foi instaurado no início de junho de 2024 e agrega várias denúncias sobre a Unidade Local de Saúde de Gaia/Espinho, incluindo o anterior presidente do conselho de administração.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) instaurou um processo de averiguação à Unidade Local de Saúde de Gaia/Espinho por suspeitas de acumulação de funções, conflito de interesses e atividade cirúrgica realizadas fora do horário regular. Em causa estão denúncias contra o anterior presidente do conselho de administração, Rui Guimarães.

A informação consta de uma nota divulgada no site daquela entidade e revela que o processo foi instaurado em 4 de junho de 2024 por despacho do inspetor da IGAS, encontrando-se em fase de desenvolvimento.

“O processo de inspeção 057/2024-INS agrega várias denúncias recebidas nesta Inspeção-geral sobre a referida entidade, incluindo o anterior presidente do conselho de administração”, refere.

De acordo com o Observador, Rui Guimarães faturou cerca de 52 mil euros em três anos em cirurgias fora do horário regular ao abrigo do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), mecanismo para reduzir o excesso de doentes em lista de espera. Segundo aquele jornal, o médico trabalhava aos sábados no Hospital de Gaia quando, ao mesmo tempo, liderava a própria unidade hospitalar. Por cada sábado ganhava cerca de 1.700 euros.

Rui Guimarães foi um dos presidentes de conselhos de administração afastado pelo Governo em fevereiro. O médico foi nomeado diretor clínico do Hospital de Barcelos durante o Governo de Pedro Passos Coelho, tendo sido nomeado CEO do Centro Hospital de Gaia/Espinho durante o Governo de António Costa.

Em declarações ao site da AESE como alumnus do PADIS – Programa de Alta Direção de Instituições de Saúde, Rui Guimarães apontou como principais conquistas “sentir o privilégio de ver o” seu “centro hospitalar reconhecido pelo que tem feito durante a pandemia”.

“Sentir orgulho em vestir a mesma camisola que as nossas equipas. Reduzir os tempos de espera dos doentes. Criar melhores infraestruturas, nomeadamente novo serviço de medicina intensiva construído em 90 dias. Sentir o reconhecimento e apreço da nossa população pelos nossos profissionais”, afirmou o médico.

O peso das cirurgias no SNS realizadas fora do horário regular disparou nos últimos cinco anos e, em 2024, já representavam 32,6% do total das operações nos hospitais públicos, tendo superado as 239 mil intervenções, de acordo com dados da Direção Executiva do SNS disponibilizados ao ECO.

Nos últimos cinco anos (terminados em 2024), as cirurgias realizadas fora de horas representaram cerca de 26% das cirurgias totais realizadas nos hospitais públicos, tendo registado um aumento todos os anos ao longo deste período. Os dados revelam que o número de cirurgias “fora de horas”, contratualizada pelo Conselho de Administração com os diretores de serviços, aumentou 21% em 2024 face a 2023 e 170,36% face a 2020.

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Oposição chumba contas da Câmara de Évora com acusações de falta de controlo

  • Lusa
  • 29 Maio 2025

A oposição na autarquia de Évora chumbou a prestação de contas referente a 2024, acusando a gestão CDU de falta de controlo Presidente relaciona a decisão com a proximidade das eleições autárquicas.

A oposição na Câmara de Évora chumbou a prestação de contas referente a 2024, acusando a gestão CDU de falta de controlo, mas o presidente do município relacionou a decisão com a proximidade das eleições autárquicas.

“As contas são o que são e traduzem aquilo que foi a realidade da câmara durante o ano de 2024”, afirmou o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, eleito pela CDU, em declarações à agência Lusa nesta quinta-feira.

Escusando-se, para já, a comentar as razões de ordem política da oposição, o autarca comunista considerou que os argumentos utilizados “não justificam o voto contra as contas” e assinalou a proximidade das eleições autárquicas.

“Estamos em ano eleitoral”, lembrou, defendendo que esta decisão tem “uma componente política fundamental”, que resulta da proximidade das autárquicas conjugada com algumas dúvidas sobre as contas municipais.

A proposta de prestação de contas de 2024 foi chumbada na mais recente reunião de câmara, realizada na quarta-feira, com os votos contra de PS, PSD e Movimento Cuidar de Évora, tendo recolhido apenas votos favoráveis da CDU.

Contactada pela Lusa, a vereadora do PS Lurdes Pratas Nico justificou o voto contra por considerar que se mantêm as razões pelas quais os socialistas votaram desfavoravelmente a prestação de contas referente a 2023.

“A falta de controlo interno, inconformidades com o regulamento interno, ausência de processos de reestruturação e, um dos aspetos mais importantes, o facto de as reconciliações bancárias de 2024 não estarem concluídas”, enumerou.

Também em declarações à Lusa, o vereador do PSD Henrique Sim-Sim assumiu que, “desta vez, era impossível deixar passar as contas”, apontando à gestão CDU “falta de transparência e falta de rigor nas contas públicas”.

“Reconciliações bancárias por fazer desde 2021, o equilíbrio financeiro em causa e um peso muito excessivo no que diz respeito aos custos com o pessoal, que aumentaram 12 milhões de euros entre 2021 e 2024”, deu como exemplo.

Já Florbela Fernandes, vereadora do Movimento Cuidar de Évora, contactada pela Lusa, alegou que os resultados das contas de 2024 “são péssimos para Évora e muito preocupantes” e explicou que o voto desfavorável “tem a ver com a falta da ação” da gestão CDU.

“Corremos o risco de não cumprir o saneamento financeiro e voltarmos ao PAEL [Programa de Apoio à Economia Local] e isso tem graves consequências para o concelho”, pois “a lei diz que já estamos em incumprimento há dois anos consecutivos”, referiu.

Nas declarações à Lusa, o presidente do município disse que a câmara tem “feito um esforço para resolver o problema da reconciliação bancária” e que “a maior parte dos assuntos foi resolvida”, garantindo que o que falta “não oferece preocupação”.

“Tem a ver, essencialmente, com problemas de capacidade interna para podermos dar resposta” à questão da reconciliação bancária, devido “à saída de funcionários e entrada de novos”, adiantou.

Para o autarca, “a generalidade das contas de 2024 tem indicadores positivos e, se comparados com o ponto de partida, em 2013”, quando a CDU venceu as eleições e assumiu a gestão do município, “são indicadores muito positivos”.

A dívida global do município passou de 95 milhões de euros, em 2013, para 50,3 milhões, no final de 2024, enquanto o prazo médio de pagamento desceu de 755 dias para 104, no mesmo período, salientou.

Ainda assim, Pinto de Sá reconheceu como aspeto negativo das contas de 2024 “os pagamentos em atraso na ordem de 2,5 milhões de euros”.

Carlos Pinto de Sá cumpre o terceiro e último mandato na presidência da Câmara de Évora, cujo executivo é composto por dois eleitos da CDU, dois do PS, dois do PSD e um do Movimento Cuidar de Évora.

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Super Bock mostra a importância de se estar atento aos amigos “porque nem sempre estamos super”

  • + M
  • 29 Maio 2025

Com criatividade d’O Escritório, a campanha estende-se ao packaging. As garrafas têm rótulos especiais onde não consta a palavra "super".

É sob o mote “porque nem sempre estamos super” que a Super Bock alerta em campanha para a “importância de estar atento a quem nos rodeia“, mostrando que “a amizade autêntica se manifesta nos gestos simples e nos momentos mais necessários”.

A campanha mostra diferentes grupos de amigos que, “entre conversas, brindes e trocas de olhar, encontram o momento ideal para mostrar que os amigos existem para todas as ocasiões” Através da assinatura “Olha pelo teu pack” a marca reforça assim a ideia de que “cuidar dos nossos é essencial”.

“Este ano, voltamos a brindar à amizade. A essa ligação que se sente nos brindes, nas conversas sem filtros, nos reencontros que sabem bem e nos silêncios cúmplices. Porque os verdadeiros amigos fazem a diferença: nos dias bons e nos dias em que nem tudo está super. Às vezes, basta estarem lá com aquele discreto apoio que muda tudo“, diz Bruno Albuquerque, diretor de marketing de cervejas e patrocínios do Super Bock Group, citado em comunicado.

Com criatividade d’O Escritório, a campanha marca presença em televisão, digital, out of home (OOH) e redes sociais. O planeamento de meios ficou a cargo da Initiative, enquanto a Live Content assegurou a amplificação digital e a LPM a comunicação.

A campanha estende-se ao packaging da marca de cerveja, pelo que garrafas selecionadas dos formatos 33cl, 30x25cl e 6x33cl exibem rótulos especiais onde não consta a palavra “super” (de Super Bock), enquanto as caixas e packs ganham destaque com elementos gráficos inspirados no mote “porque nem sempre estamos super”.

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Supremo reconhece contrato de trabalho entre estafeta e a Glovo

Supremo Tribunal de Justiça entende que Glovo não conseguiu provar a não existência de subordinação de estafeta, pelo que decidiu confirmar a existência de um contrato de trabalho entre essas partes.

O Supremo Tribunal de Justiça decidiu reconhecer um contrato de trabalho entre um estafeta e a plataforma digital Glovo. Na base desta decisão está a lei em vigor desde 2023, que admite que os estafetas sejam considerados trabalhadores das plataformas digitais, desde que sejam identificados indícios de subordinação, como a a definição de limites de retribuição e o controlo da prestação da atividade.

“O Supremo Tribunal de Justiça, através da Secção Social, reconheceu ontem (28 de maio) a existência, no caso concreto, de uma relação de trabalho entre a plataforma digital Glovo e um estafeta“, foi anunciado esta quinta-feira, numa nota enviada às redações.

De acordo com esse comunicado, numa fase anterior desse processo, já se tinha identificado cinco dos seis elementos que “indiciam uma relação de trabalho” — os tais indícios de subordinação.

O Supremo acrescenta que o recurso pretendia que se decidisse “se a Glovo apresentava factos suficientes para refutar a existência de contrato de trabalho”. “Depois de analisar os factos, o STJ entendeu que a Glovo não logrou provar o contrário e, por isso, reconheceu a existência de uma relação de trabalho entre a empresa e o estafeta em questão“, é sublinhado na nota enviada.

"Depois de analisar os factos, o STJ entendeu que a Glovo não logrou provar o contrário e, por isso, reconheceu a existência de uma relação de trabalho entre a empresa e o estafeta em questão.”

STJ

Contactada pelo ECO, a Glovo garante que vai continuar a defender a legalidade do seu modelo operacional, sublinhando que esta decisão analisou um caso em particular e “não é, de todo, uma decisão uniformizadora”.

“Neste momento os tribunais de primeira instância, que apreciam a prova e têm contacto direto com o modo de funcionamento da aplicação, já proferiram mais de trezentas sentenças favoráveis à Glovo. Os Acórdãos de segunda instância também são maioritariamente a favor da Glovo”, salienta o porta-voz.

Questionada sobre se estas decisões afetam as decisão da plataforma em Portugal, a Glovo afirma que mantém o “compromisso com Portugal e com as centenas de milhares de parceiros, clientes e estafetas que utilizam a tecnologia diariamente“.

Desde 1 de maio de 2023 que o Código do Trabalho contém um mecanismo que permite aos estafetas serem considerados trabalhadores dependentes das plataformas digitais, desde que haja indícios de subordinação, como a organização do tempo de trabalho e a fixação das retribuições.

Com base nessa lei, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) levou a cabo uma ação de fiscalização no terreno, que resultou em centenas de processos nos tribunais portugueses pelo reconhecimento de contratos de trabalho entre os estafetas e as plataformas digitais. Mas as decisões têm estado longe do consenso.

De acordo com o relatório enviado pela ACT ao Parlamento, a que o ECO teve acesso, até ao final de 2024 já eram conhecidas 16 decisões de tribunais de primeira instância que reconheceram contratos de trabalho com 31 estafetas, mas também 53 decisões que foram no sentido oposto (relativamente a 66 estafetas).

E mesmo nos tribunais de segunda instância, não há concordância. Até ao final de 2024, de um lado, estavam 12 decisões que reconheceram um contrato de trabalho a 12 estafetas. Do outro, três decisões que o rejeitaram relativamente a 33 estafetas.

(Notícia atualizada às 14h06 com reação da Globo)

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Draycott compra empresa de embalagens para perfumes Verescence por 490 milhões

A sociedade portuguesa de capital de risco e ‘private equity’ adquiriu a fabricante de embalagens de vidro para a área da beleza e cosmética de luxo.

A Draycott voltou às compras e, desta vez, realizou o maior investimento de sempre: quase 500 milhões de euros para França. A sociedade portuguesa de capital de risco e private equity anunciou esta quinta-feira que adquiriu a empresa francesa Verescence 490 milhões de euros.

Este é o segundo investimento internacional da Draycott em menos de um ano e recaiu sobre uma multinacional centenária que se dedica à produção de embalagens de vidro para o segmento da beleza e cosmética de luxo.

Fundada em 1896 e com sede e Puteaux, Île-de-France, a Verescence tem fábricas na Europa, América do Norte e Ásia-Pacífico, bem como escritórios para vendas em Paris, Madrid, Nova Iorque e Janghang. A vidreira tem uma quota de mercado mundial de cerca de 21%, sendo também uma parceira estratégica de marcas de luxo como Chanel, LVMH, Hermès e L’Oréal.

“A Verescence representa muito mais do que uma transação. É uma afirmação clara da ambição da Draycott em posicionar-se como um player de relevância. Esta operação evidencia o papel crescente dos investidores locais no panorama internacional, refletindo a nossa capacidade de originar e estruturar investimentos complexos além-fronteiras”, afirmou João Coelho Borges, sócio fundador da Draycott.

A entrada da multinacional gaulesa no portefólio da Draycott é vista como uma oportunidade, tendo em conta que o segmento do luxo está a crescer a uma taxa anual de 6,7% (CAGR 2023-2028). “Apresenta um perfil de retornos muito atrativo, consolidando a estratégia de atuação da gestora de ativos em setores premium, com ativos líderes, e uma abordagem global altamente disciplinada”, defendem os investidores.

Para este negócio, a Draycott angariou a Movendo Capital. “Reflete o que está no centro da nossa atuação na Draycott: identificar ativos globalmente diferenciados, em setores com dinâmicas estruturais favoráveis, e executar investimentos de elevado impacto com rigor. Liderar uma operação desta dimensão – cruzando geografias, stakeholders e cronogramas — reforça a solidez e disciplina da nossa equipa”, comentou Vanessa Moura Brás, sócia de investimento na Draycott.

Em 2024, a gestora de ativos – que combina capital próprio com património familiar selecionado – comprou o controlo exclusivo da Purever.

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Câmara de Felgueiras apontada pelo TdC por alegada ilegalidade em contrato superior a 1,5 milhões de euros

  • Lusa
  • 29 Maio 2025

Relatório do TdC concluiu haver indícios de ilegalidade na celebração pelo município de Felgueiras de um contrato adicional, superior a 1,5 milhões de euros, na empreitada numa zona empresarial.

Um relatório do Tribunal de Contas (TdC) concluiu haver indícios de ilegalidade na celebração pelo município de Felgueiras de um contrato adicional, superior a 1,5 milhões de euros, à empreitada de construção de uma zona de acolhimento empresarial no concelho.

De acordo com o relatório de 20 de maio, consultado pela Lusa, em causa está a realização de “trabalhos complementares”, previstos num contrato de fevereiro de 2023, à empreitada original, de setembro de 2021. A obra, designada “Áreas de Acolhimento Empresarial — Loteamento Industrial do Alto das Barrancas”, teve um preço de 3,28 milhões de euros, mais IVA

O relatório do TdC decorre de uma auditoria à execução do contrato de empreitada e respetivo contrato adicional.

No relatório conclui-se que a modificação do contrato inicial de empreitada, titulada pelo contrato adicional, “não se reconduz a trabalhos complementares, pois os trabalhos adjudicados não visaram completar os trabalhos inicialmente contratualizados, de modo a permitir a conclusão da empreitada”.

Refere-se, ainda, que tais trabalhos decorreram “da vontade de ampliar o objeto da empreitada de forma a incluir 46 lotes (em vez de 12)” e aumentar a área de implantação de indústria, de 6.200 metros quadrados para 96.557 metros quadrados, entre outras alterações.

No âmbito da auditoria, em sede de exercício de direito do contraditório, o município de Felgueiras defendeu que os trabalhos executados ao abrigo do contrato adicional estavam abrangidos pelo regime legal. Alegou também não ter havido “desvirtuamento do objeto do contrato ou da obra executada, concluindo que o seu comportamento se pautou pela legalidade”.

O TdC não considerou procedentes aquelas alegações, concluindo que a adjudicação dos trabalhos complementares “desrespeitou o disposto no n.º 1 do artigo 370.º do CCP e, como tal, devia ter sido precedida de concurso público ou concurso limitado por prévia qualificação”.

“O que não aconteceu, sendo, assim, ilegal”, destaca-se nas conclusões do relatório.

De acordo com o tribunal, a alegada ilegalidade apurada é suscetível de configurar a prática de infração financeira geradora de responsabilidade financeira sancionatória”.

Para o tribunal, “a eventual responsabilidade financeira sancionatória” em apreço é imputável, apenas, aos técnicos do município que subscreveram e concordaram com a proposta de adjudicação de trabalhos complementares, com base na qual foi tomada a deliberação de adjudicação “considerada ilegal”.

O TdC recomendou ao município de Felgueiras o “rigoroso cumprimento de todos os normativos legais relativos à adjudicação de trabalhos complementares e à contratação pública, assim como remeter o processo ao Ministério Público.

A Lusa solicitou uma reação ao Município de Felgueiras, mas não obteve resposta até ao momento de publicação desta notícia.

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CMS aposta no mercado indiano através da integração da induslaw

Os advogados da induslaw passam a assessorar os clientes multinacionais da CMS que querem entrar no mercado indiano e os advogados da CMS apoiarão os clientes que desejam expandir-se para a Índia.

A sociedade de advogados CMS apostou no mercado indiano com a integração da firma full service induslaw. Em comunicado, o escritório assume que este passo representa uma “evolução natural” para ambos, “combinando pontos fortes e estilos de trabalho complementares”.

“É, ainda, um marco significativo na estratégia de crescimento global da CMS, reforçando as suas capacidades num dos mercados jurídicos mais dinâmicos e em rápida expansão do mundo“, refere a firma em comunicado.

Com esta integração, os advogados da induslaw passam a assessorar os clientes multinacionais da CMS que pretendem entrar e operar no mercado indiano. Por outro lado, os advogados da CMS apoiarão os clientes que desejam expandir-se para a Índia.

“Este é um passo significativo na nossa expansão na Ásia que cimenta a posição da CMS enquanto player global. Trata-se da entrada numa das economias mais pujantes do mundo, que se encontra num processo de abertura muito significativo“, sublinha o managing partner da CMS José Luís Arnaut.

A induslaw tem escritórios em Bangalore, Deli e Mumbai e conta com 60 sócios e mais de 400 advogados.

“Este é mais um marco na história da nossa sociedade. A adesão à CMS não só está em linha com os nossos objetivos estratégicos, como também aumenta o valor que oferecemos aos nossos clientes e aos nossos profissionais”, assumem os sócios fundadores da induslaw Avimukt Dar, Gaurav Dani, Kartik Ganapathy e Suneeth Katarki.

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