Guterres critica impunidade “indefensável” desde o Médio Oriente até Europa

  • Lusa
  • 24 Setembro 2024

Guterres traçou um cenário sombrio do mundo atual, que está "num estado insustentável", onde "guerras acontecem sem nenhuma pista de como terminarão"

O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou esta terça-feira o nível de impunidade “politicamente indefensável e moralmente intolerável” praticado por “um número crescente de Governos” em todo o mundo, desde o “Médio Oriente” até ao “coração da Europa” ou no “Corno de África”.

No seu discurso de abertura do Debate da 79.ª sessão da Assembleia Geral da ONU (UNGA79, na sigla em inglês), Guterres traçou um cenário sombrio do mundo atual, que está “num estado insustentável”, onde “guerras acontecem sem nenhuma pista de como terminarão” e a “postura nuclear e novas armas lançam uma sombra escura” sobre o planeta.

“Estamos a caminhar em direção ao inimaginável — um barril de pólvora que corre o risco de engolir o mundo”, afirmou o líder das Nações Unidas (ONU), recordando que 2024 é o ano em que metade da humanidade vai às urnas e em que todos “serão afetados”.

Avaliando que a impunidade, desigualdade e incerteza estão ligadas e em colisão, o ex-primeiro-ministro português focou-se na ausência de punição em algumas geografias, onde “um número crescente de Governos” e outros atores “se sentem no direito de ter ‘um cartão de saída livre da prisão'”, ou seja, de cometerem crimes impunemente.

“Eles podem atropelar o direito internacional. Podem violar a Carta das Nações Unidas. Podem fechar os olhos a convenções internacionais de direitos humanos ou decisões de tribunais internacionais. Podem fazer pouco caso do direito internacional humanitário. Podem invadir outro país, devastar sociedades inteiras ou desconsiderar completamente o bem-estar do seu próprio povo. E nada vai acontecer”, criticou Guterres.

“Assistimos a essa era de impunidade em todos os lugares — no Médio Oriente, no coração da Europa, no Corno de África e mais além”, especificou.

O debate de alto nível da UNGA79 arrancou hoje, em Nova Iorque, com a presença de dezenas de chefes de Estado e de Governo de todo o mundo, e irá prolongar-se até ao próximo dia 30.

Sobre o conflito na Ucrânia, o líder da ONU repetiu que é hora de uma paz justa baseada na Carta da ONU, no direito internacional e nas resoluções aprovadas pelas Nações Unidas.

Gaza, afirmou, “é um pesadelo ininterrupto que ameaça levar toda a região com ele” e “basta olhar para o Líbano”.

“Deveríamos todos ficar alarmados com a escalada. O Líbano está à beira do abismo. O povo do Líbano — o povo de Israel — e o povo do mundo — não se podem dar ao luxo de que o Líbano se torne outra Gaza”, disse Guterres, suscitando aplausos da audiência.

O secretário-geral sublinhou que a velocidade e a escala da matança e destruição em Gaza, um conflito que já matou mais de 200 dos funcionários das Nações Unidas, são diferentes de tudo o que já viu ao longo dos seus dois mandatos como líder da ONU.

Guterres aproveitou a presença na Assembleia-Geral da ONU de dezenas de chefes de Estado e de Governo para prestar uma homenagem especial à Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinianos (UNRWA) – alvo constante de ataques de Israel – e a todos os trabalhadores humanitários em Gaza.

O líder da ONU apelou à comunidade internacional para que se mobilize em prol de um cessar-fogo imediato no enclave palestiniano, da libertação de todos os reféns e de um processo irreversível no sentido de uma solução de dois Estados.

Numa mensagem aparentemente dirigida a Israel, que tem promovido milhares de colonatos na Cisjordânia, Guterres questionou: “Para aqueles que continuam a minar esse objetivo com mais colonatos, mais apropriação de terras, mais incitação, eu pergunto: Qual é a alternativa? Como é que o mundo poderia aceitar um futuro de um Estado que inclui um número tão grande de palestinianos sem nenhuma liberdade, direitos ou dignidade?”.

O ex-primeiro-ministro português abordou ainda o conflito no Sudão, onde uma luta brutal pelo poder desencadeou uma “violência horrível”, incluindo violações e agressões sexuais generalizadas.

“Uma catástrofe humanitária está a desenrolar-se à medida que a fome se espalha. No entanto, potências externas continuam a interferir sem uma abordagem unificada para encontrar a paz”, lamentou.

No Sahel, disse Guterres, a expansão dramática e rápida da ameaça terrorista requer uma abordagem conjunta, enraizada na solidariedade, sem que a cooperação regional e internacional funcione.

Também Myanmar, República Democrática do Congo, Haiti e Iémen registam níveis assustadores de violência e sofrimento humano, perante uma “falha crónica” em encontrar soluções, apesar de que “os desafios que enfrentamos são solucionáveis”, assumiu o secretário-geral.

A Cimeira do Futuro, que decorreu nos últimos dois dias em Nova Iorque, “é um primeiro passo, de um longo caminho a percorrer”, adiantou.

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Preços das casas nos EUA batem novo recorde em julho

Embora o mercado imobiliário dos EUA continue a bater recordes, há sinais claros de um abrandamento no ritmo de crescimento.

O mercado imobiliário norte-americano continua a surpreender, com os preços das casas a renovarem novos recordes em julho de 2024, de acordo com o mais recente relatório do S&P CoreLogic Case-Shiller publicado esta terça-feira.

O Índice Nacional de Preços de Habitação dos EUA, que abrange todas as nove divisões regionais do país, registou um aumento anual de 5% em julho, embora tenha desacelerado face ao crescimento de 5,5% observado no mês anterior.

Brian Luke, responsável da S&P Dow Jones Indices, destaca a consistência deste crescimento: “Considerando a sazonalidade das compras de habitação, testemunhámos 14 máximos recordes consecutivos no nosso Índice Nacional”.

No entanto, Brian Luke alerta para sinais de abrandamento: “O crescimento teve um custo, com todos os mercados, exceto dois, a desacelerarem no mês passado, oito mercados a registarem declínios mensais, e o crescimento anual nacional mais lento em 2024“.

De acordo com sub-índice composto pelas dez maiores cidades dos EUA verificou-se um aumento anual de 6,8% dos preços, enquanto o Índice Composto de 20 Cidades registou um crescimento de 5,9%.

Nova Iorque continua a destacar-se como o mercado mais dinâmico, liderando o crescimento pelo terceiro mês consecutivo. A cidade registou um impressionante aumento anual de 8,8% em julho.

Brian Luke sublinha o desempenho excecional do segmento de baixo preço em Nova Iorque: “O índice de baixo preço de Nova Iorque, que inclui valores de casas até 533 mil dólares, ajudou a impulsionar esse crescimento com ganhos anuais de 10,8%”.

Apesar destes números robustos, o relatório indica uma tendência de desaceleração no crescimento dos preços. O Índice Nacional aumentou apenas 0,1% relativamente ao mês anterior, antes do ajuste sazonal.

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Pedro Nuno Santos acusa Montenegro de falta de sentido de Estado nas negociações do OE

  • Joana Abrantes Gomes
  • 24 Setembro 2024

Líder socialista diz ainda que, ao contrário do que diz o Governo, o PS não é o parceiro preferencial nas negociações do Orçamento, tendo em conta as reuniões de Montenegro com a IL e o Chega.

O secretário-geral do PS acusou esta terça-feira o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de falta de “sentido de Estado” e de “vontade de criar um bom ambiente” para viabilizar o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

O primeiro-ministro, em vez de revelar sentido de Estado e vontade de criar um bom ambiente para viabilizar o Orçamento, temos visto o contrário“, atirou Pedro Nuno Santos, em declarações transmitidas pela RTP3 durante uma visita a Mangualde, um dos municípios afetados pelos incêndios da última semana.

O líder da oposição avisa que, por isso, não se pode depois concluir que os socialistas sejam os culpados em caso de chumbo do documento no Parlamento, pois “o PS não tem interesse nenhum em que o Orçamento do Estado seja inviabilizado“.

Pedro Nuno Santos espera, ainda assim, que o atual “clima de hostilidade” mude até à reunião agendada com Luís Montenegro para sexta-feira, dia 27 de setembro. “Em vez de olharmos para o PS como o elemento que não quer viabilizar o Orçamento, temos mesmo é de olhar para o Governo, que é quem tem desde logo a primeira responsabilidade de procurar condições para viabilizar o Orçamento que vai apresentar”, afirmou, apontando que “não se constrói um bom ambiente negocial” com “intervenções como as que se fizeram ontem [no Conselho Nacional] ou o comunicado no domingo”.

“A não ser que, querendo viabilizar o OE2025, não seja com o PS”, ressalva o secretário-geral socialista, numa referência aos encontros do chefe do Governo com os líderes da Iniciativa Liberal e do Chega, na segunda-feira. Para Pedro Nuno Santos, ao contrário do que foi sendo dito, o PS não é o “parceiro preferencial” para negociar uma viabilização do Orçamento, visto que o Executivo “está a procurar outras vias”.

O líder do PS sublinha que o “foco” do partido é “conseguir que o Orçamento do Estado seja melhor do que o que Governo quer fazer”, substituindo “medidas que são muito caras e injustas” por “medidas que resolvem problemas aos portugueses”, como nas áreas da Saúde e da Habitação.

“Em matéria do Orçamento, estamos meses e meses a discutir a sua viabilização ou não, e o mais importante é sabermos se vamos ter ou não um bom Orçamento. O PS contribuirá para melhorá-lo e esperamos que o Governo não diga que não a propostas que vão ser muito boas para os portugueses“, reiterou Pedro Nuno Santos.

(Notícia atualizada às 14h32)

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Taça de Portugal passa a Taça Generali Tranquilidade

  • ECO Seguros
  • 24 Setembro 2024

CEO da Generali Tranquilidade acredita que a seguradora alcança "todos os recantos de Portugal e a uma maior proximidade das populações" através da competição de futebol português.

A Generali Tranquilidade e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) estabeleceram um acordo que atribui à seguradora o patrocínio principal da Taça de Portugal, atribuindo à empresa direitos de naming sobre a competição de futebol português. Segundo comunicado pelas entidades, as Taças de Portugal masculina e feminina são agora Taça de Portugal Generali Tranquilidade.

Com este investimento, o CEO da seguradora, Pedro Carvalho, acredita alcançar e aproximar-se da população.É também com a prova rainha, agora Generali Tranquilidade, que chegamos a todos os recantos de Portugal e a uma maior proximidade das populações, que vivem com grande entusiasmo as conquistas do seu clube. A Generali Tranquilidade quer viver esta intensidade desportiva ao lado das nossas populações”, afirma Pedro Carvalho.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol assinalou que “a associação àquela que todos consideram a prova rainha do futebol nacional será muito produtiva e prestigiante para ambas as partes”. Para Fernando gomes, “a Taça de Portugal Generali Tranquilidade é, sem dúvida, uma prova especial porque envolve todos os clubes do nosso país e apaixona todas e todos os portugueses.”.

Fitas do troféu da Taça de Portugal Generali Tranquilidade.

O CEO da Tranquilidade Generali, Pedro Carvalho, assinala a importância para a empresa de reforçar a sua associação com o desporto “através de mais esta parceria com a Federação Portuguesa de Futebol”. Adicionando esta parceria às já estabelecidas desde março com as Seleções Nacionais A de futebol, futsal e futebol de praia (masculinas e femininas), assim como a de sub-21.

“A Taça de Portugal, para além de representar valores com os quais estamos totalmente alinhados: trabalho em equipa, fairplay, meritocracia e superação de objetivos, é o expoente máximo da equidade no desporto”, assinalou Pedro Carvalho.

Por seu lado, o presidente da FPF, Fernando Gomes diz-se satisfeito por estabelecer mais uma parceria com a empresa. “É com grande satisfação e orgulho que a FPF estabelece mais uma parceria com a Generali Tranquilidade, que agora dá nome à Taça de Portugal”, refere.

Antes desta parceria, foi a Placard, jogo de apostas gerido pelos Jogos Santa casa, que dava nome à competição desde 2016.

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Decisão do processo Tancos adiada, depois da anulação do primeiro acórdão

O Tribunal de Santarém adiou a leitura do acórdão do caso Tancos que estava prevista para o dia 4 de outubro. A razão do adiamento prende-se com a lei dos metadados.

O Tribunal de Santarém adiou a leitura do acórdão do caso Tancos que estava prevista para o dia 4 de outubro, avança a Sic Notícias. A razão do adiamento prende-se com a lei dos metadados que levou à anulação da primeira sentença. Assim, no dia 4 de outubro haverá novas alegações das defesas por causa da proibição de prova com metadados e mais tarde será marcada data para o acórdão.

Esta nova decisão surge depois de o Tribunal da Relação de Évora ter anulado o acórdão do julgamento que condenou 11 dos 23 arguidos em janeiro de 2022. Em fevereiro de 2023, a Relação de Évora declarou o acórdão nulo por omissão de pronúncia, bem como a nulidade da utilização de prova obtida através de metadados, considerando que os factos dados como provados em muitos pontos do processo se encontravam irremediavelmente afetados e deviam ser reequacionados. Esta decisão resultou dos recursos apresentados por 20 dos 23 arguidos.

O processo do furto e recuperação de material militar dos Paióis Nacionais de Tancos tinha terminado com os autores materiais a receberem prisão efetiva. Foram condenados a penas de prisão efetiva o autor confesso do furto, João Paulino, com a pena mais grave, e os dois homens que o ajudaram a retirar o material militar na noite de 28 de junho de 2017, João Pais e Hugo Santos. Os três foram condenados pelo crime de terrorismo, praticado em coautoria material, e João Paulino e Hugo Santos também por tráfico e outras atividades ilícitas, tendo o cúmulo jurídico resultado numa pena de prisão efetiva de oito anos para João Paulino, de cinco anos para João Pais e de sete anos e seis meses para Hugo Santos.

O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, um dos 23 acusados no processo, foi absolvido dos crimes de denegação de justiça, prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário e abuso de poder. O furto das armas foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a recuperação de algum material sido feita na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a Polícia Judiciária Militar em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

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Taxas Euribor caem em todos os prazos para novos mínimos

  • Lusa
  • 24 Setembro 2024

Taxa Euribor desceram em todos os prazos e a três e a 12 meses para novos mínimos desde maio de 2023 e dezembro de 2022, respetivamente.

As taxa Euribor desceram esta terça-feira em todos os prazos e a três e a 12 meses para novos mínimos desde maio de 2023 e dezembro de 2022, respetivamente.

Com as alterações desta terça-feira, a taxa a três meses, que baixou para 3,402%, continuou acima da taxa a seis meses (3,196%) e da taxa a 12 meses (2,858%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, recuou para 3,196%, menos 0,016 pontos que na anterior sessão. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,1% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,2% e 25,4%, respetivamente.
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, caiu hoje, para 2,858%, menos 0,044 pontos que na segunda-feira e um novo mínimo desde 9 de dezembro de 2022.
  • A Euribor a três meses também desceu, ao ser fixada em 3,402%, menos 0,029 pontos e um novo mínimo desde 18 de maio de 2023.

Na mais recente reunião de política monetária, em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado dez aumentos desde 21 de julho de 2022.

Na quarta-feira, a 18 de setembro, foi a vez da Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que é a primeira descida desde 2020.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em agosto voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,137 pontos para 3,548% a três meses (contra 3,685% em julho), 0,219 pontos para 3,425% a seis meses (contra 3,644%) e 0,360 pontos para 3,166% a 12 meses (contra 3,526%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Universo realça aposta numa oferta alargada de produtos em campanha

  • + M
  • 24 Setembro 2024

É a primeira campanha após a joint-venture entre a Sonae e o Bankinter Consumer Finance. A criatividade é da Fuel, enquanto a produção ficou a cargo da FastFoward e o planeamento de meios da Arena.

“Em que Universo é que vives?”, pergunta o Universo numa campanha que tem por objetivo realçar a aposta da marca numa oferta alargada de produtos, que vai muito além do cartão de crédito e que permite satisfazer as necessidades e desejos dos clientes.

“O Universo é hoje muito mais do que um cartão de crédito, tendo uma oferta que inclui muitas outras opções, como soluções de crédito, seguros e instrumentos de poupança. A campanha pretende dar a conhecer aos clientes e potenciais clientes esta abrangência da oferta e o valor acrescentado que podemos trazer, com um toque de boa disposição. Além disso, destaca também os valores da marca, que se distingue pela aposta na inovação e na tecnologia, bem como pela sua agilidade e simplicidade”, explica Joana Ramos, diretora de communication & brand do Universo, citada em comunicado.

“Apostamos na proximidade com os portugueses, pois esse é um dos valores da marca. Pretendemos continuar a diferenciar o Universo de muitas das marcas concorrentes, afastando-nos do formalismo e tradicionalismo do setor financeiro”, acrescenta.

A primeira campanha institucional do Universo após a criação da joint-venture acionista entre a Sonae e o Bankinter Consumer Finance transmite então esta mensagem, “de forma leve e bem-humorada”, através de três spots.

A campanha aborda situações da vida real, sendo que os filmes “Casamento” e “Obras”, mais genéricos, “realçam o portefólio da marca, que tem soluções para as mais variadas necessidades de uma família”. “O outro filme está centrado na solução de seguro de saúde, relembrando que o Universo tem também um conjunto de opções para quem procura proteção para si, para a sua família e para os seus bens”, lê-se em nota de imprensa.

A criatividade é da agência Fuel, enquanto a produção ficou a cargo da FastFoward e a realização de João Teixeira. A campanha marca presença em televisão (em canais abertos e no cabo), em meios digitais e em alguns autocarros, nas cidades de Lisboa e Porto. A Arena foi a responsável pelo planeamento de meios.

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Petrobras interessada em 40% do projeto da Galp na Namíbia

  • Capital Verde
  • 24 Setembro 2024

"A Galp ofereceu a operação, e ninguém opera com menos de 40%", indicou uma responsável da Petrobras, de acordo com a Reuters.

A Petrobras está de olho numa participação de 40% no projeto de exploração de petróleo que a Galp detém na Namíbia, e não abdica de arrecadar este total, avança a Reuters, esta terça-feira.

De acordo com a agência de notícias, a Petrobras quer comprar a fatia de 40% por inteiro de forma a lançar as mãos à operação da exploração, indicou Sylvia dos Anjos, diretora a petrolífera brasileira, à margem de uma conferência de petróleo e gás que está a decorrer no Rio de Janeiro, a ROG.e.

A mesma fonte alegou que a Petrobras terá feito uma oferta não vinculativa no âmbito de um procedimento concorrencial aberto pela Galp, no sentido de ser responsável pela operação do projeto, mas que não se registam avanços nessa frente até ao momento. “A Galp ofereceu a operação, e ninguém opera com menos de 40%”, indicou a diretora, de acordo com a Reuters.

Desde abril, quando foi anunciada a viabilidade comercial e o potencial dos ativos da Galp na Namíbia, que a petrolífera portuguesa está disposta a vender uma participação de 40% no bloco de exploração, noticiou na altura a Reuters. A Galp é dona de 80% do bloco, com os restantes 20% a serem detidos em partes iguais pela Corporação Nacional do Petróleo da Namíbia (NAMCOR) e pela Custos Energy.

Além da Petrobras, também a Shell e a Exxon terão mostrado interesse em comprar a mesma fatia de 40% no projeto na Namíbia, recorda a Reuters. A agência noticiou, entretanto, a 9 de setembro que a Exxon terá desistido da corrida.

A licença de exploração do bloco PEL 83 foi concedida em 2016 ao consórcio liderado pela Galp, mas foi apenas no início deste ano que a Galp reuniu provas mais concretas de que a Namíbia poderia traduzir-se num investimento lucrativo.

Em janeiro, a empresa descobriu petróleo leve na bacia de Orange, ficando a faltar dados sobre a viabilidade comercial. Foram anunciados a 21 de abril, na forma de um número: a estimativa de conseguir extrair pelo menos 10 mil milhões de barris de petróleo.

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Advogados vão receber 7,5 euros para tratar processos de imigrantes

Até ao final do mês, as Ordens dos Advogados e dos Solicitadores e Agentes de Execução têm aberto concurso para "prestação de serviços" para a instrução de processos pendentes da AIMA.

A Ordem dos Advogados assinou um protocolo com a AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo) para prestação de serviços por advogados, ao preço contratual de 7,5 euros por processo. Ou seja, cada advogado receberá este montante por cada processo, incluindo deslocações e custos incluídos, para ajudar imigrantes na concessão de autorizações de residência e renovações de autorização de residência pendentes. O objetivo é o de uma resolução rápida dos 400 mil pedidos, em que os advogados e solicitadores recebem uma avença de um mínimo de 150 euros e um máximo de 1400 euros por mês num processo que é meramente administrativo.

De acordo com o regulamento, as funções dos advogados nestes casos serão mais direcionadas para a instrução de processos administrativos, como instrutores de processos administrativos. Ou seja: a análise da informação comprovativa, a promoção da audiência prévia e a elaboração da proposta de decisão administrativa.

“O preço indicado inclui todos os custos, encargos e despesas cuja responsabilidade não esteja expressamente atribuída à AIMA, nele se considerando incluídas, nomeadamente, todas as despesas de alojamento, alimentação e deslocação de meios
humanos, aquisição, transporte, armazenamento e manutenção de meios materiais, bem como quaisquer encargos decorrentes da utilização de marcas registadas, patentes ou licenças”, segundo o Regulamento de Seleção de Advogados, Advogados Estagiários e Solicitadores.

Estes serviços, prestados remotamente, serão assegurados por advogados, advogados estagiários ou solicitadores, que “integrarão bolsas e equipas a constituir em função da tipologia dos processos” atribuídos, pode ler-se no concurso.

“Numa situação de urgência e de flagrante violação dos direitos humanos dos cidadãos migrantes, a OA entendeu colaborar com a AIMA para a resolução rápida dos 400 mil pedidos em atraso. Uma avença de um mínimo de 150 e um máximo de 1400 euros por mês será possível à Advocacia (querendo) inscrever-se”, explica Lara de Roque Figueiredo, vice do Conselho Geral da Ordem dos Advogados. “Isto em nada se confunde com o SADT até porque se a ele fosse possível recorrer era exatamente isso que os cidadãos faziam. Este procedimento é meramente administrativo e não necessita de ser efetuado por advogado. Mas ainda assim a OA entendeu que era o momento de ajudar os milhares de cidadãos que se encontram sem resposta do Estado. Aqui o foco não foi o valor (ainda que obviamente tenha sido sempre considerado insuficiente), mas sim o apoio a quem dele precisa”, concluiu.

No comunicado, as duas ordens destacam “a honra e o privilégio de poder, assim, contribuir para a resolução de um tão grave problema, que afeta atualmente milhares de pessoas no nosso país, defendendo os direitos, liberdades e garantias” dos cidadãos e empresas.

No regulamento, a AIMA salvaguarda o risco de incompatibilidades levantado por alguns sindicatos, impondo regras apertadas aos candidatos. Os prestadores de serviços estão “impedidos de ter quaisquer interesses ou ligações com os processos em tratamento ou com os respetivos requerentes” de modo direto ou indireto, através de sociedades de advogados e colegas com quem partilhem escritório ou com quem “possam ter relações pessoais, familiares ou profissionais”.

Sede da Ordem dos Advogados.Hugo Amaral/ECO

Além disso, os prestadores “ficam também impedidos de prestar aos requerentes qualquer serviço por si, por via da sociedade de que façam parte, por meio de colegas de escritório ou de outros com quem possam ter relações pessoais, familiares ou profissionais, nos 12 meses subsequentes à prestação do serviço”.

Os requisitos para a inscrição serão verificados pelas respetivas Ordens e inclui a “frequência de uma ação de formação prévia, a ser disponibilizada pela Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes na AIMA”.

A 5 de março, foram celebrados acordos entre a AIMA e as duas ordens, mas só agora é que o protocolo está a ser concretizado. O período de candidaturas teve início às 18:00 de segunda-feira e termina no dia 30 de setembro.

No final de 2023, as autoridades portuguesas estimavam em 400 mil o número de imigrantes com processos pendentes. Em julho, o Governo alterou a lei de estrangeiros, impondo novas restrições, entre as quais o fim das manifestações de interesse, um recurso que permitia a um cidadão estrangeiro, com visto de turista, iniciar em Portugal o seu processo de regularização.

Eduardo Serra Jorge e Associados foi o único concorrente no concurso público de agosto

Em agosto deste ano, perante os milhares de processos em que é ré por não decidir os pedidos de autorização de residência dos imigrantes dentro do prazo legal, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) contratou uma firma de advogados por 200 mil euros para se defender em tribunal. Em causa estão intimações para a defesa de direitos, liberdades e garantias desencadeadas pelos candidatos a autorização de residência e resposta a providências cautelares, mas também outras ações judiciais decorrentes de pedidos de autorizações de residência para atividade de investimento.

De acordo com o portal da contratação pública Base, a adjudicação, feita através de um concurso público que só esteve aberto durante três dias, devido ao seu caráter urgente, foi feita ao escritório lisboeta Eduardo Serra Jorge e Associados, sendo que não houve mais concorrentes, refere o Público.

A incumbência da sociedade de advogados Eduardo Serra Jorge – que trabalha também com outras instituições do Estado, como a PSP – é a de despachar quatro mil processos judiciais até ao final do ano, à razão de 50 euros cada um. Embora o contrato assinado tenha uma duração de cinco meses, o mesmo contém uma disposição que o mantém em vigor “até ao termo de todos os processos judiciais sobre os quais” esta sociedade tenha sido mandatada pela AIMA.

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Viseu “saliva” retorno de cinco milhões com competição mundial de queijos

O evento deverá gerar um retorno económico superior a cinco milhões para a cidade de Viseu. Vão ser avaliados quase cinco mil queijos de 47 países, um recorde de sempre nos "Óscares" do queijo.

O World Cheese Awards realiza-se pela primeira vez em Portugal e vai transformar Viseu na capital mundial do queijo de 15 a 17 de novembro. O evento vai reunir mais de 4.500 queijos oriundos de 47 países. A organização estima um retorno económico para a região superior a cinco milhões de euros.

“Já batemos todos os recordes. O maior número de queijos que já participaram no World Cheese Awards eram 4.502, e Portugal já tem assegurados 4.784. Em 38 anos de concurso nunca tinha chegado a estes números”, afirma ao ECO/Local Online Bruno Filipe Costa, food expert e impulsionador da vinda do evento para Portugal. Espanha, Reino Unido, Itália, Brasil e Japão são alguns dos principais mercados com presença confirmada em Viseu.

O maior número de queijos que já participaram no World Cheese Awards eram 4.502, e Portugal já tem assegurados 4.784. Nunca chegou a estes números em 38 anos de concurso.

Bruno Filipe Costa

Responsável pela organização do World Cheese Awards

Bruno Filipe Costa adianta ainda que o evento vai contar com 182 produtores portugueses, sendo que o recorde anterior tinha sido de 56 produtores na edição que decorreu em 2021 em Espanha, em Oviedo. “É um aumento de 225% da melhor representação portuguesa no evento”, realça o responsável pela edição de 2024 do World Cheese Awards.

A organização projeta um retorno económico em Viseu superior a cinco milhões de euros só nos setores da hotelaria e restauração. O responsável avança que a “capacidade hoteleira está preenchida nesses dias e já não é possível encontrar quartos disponíveis na cidade“. “Estamos a falar no impacto direto só dos visitantes internacionais, não está calculado o retorno dos turistas nacionais”, destaca Bruno Filipe Costa.

No evento, que decorre no Pavilhão Multiúsos em Viseu, são esperados mais de 10 mil visitantes, e a entrada é gratuita. “Quem nos visitar terá a oportunidade de provar os melhores queijos do mundo”, assegura Bruno Filipe Costa.

O júri é composto por 250 especialistas de cerca de 40 nacionalidades, com destaque para o maior contingente de jurados portugueses na história da competição, com 35 profissionais. A iniciativa irá também trazer a Portugal mais de uma centena de jornalistas de publicações especializadas, influencers e apreciadores dos quatro cantos do mundo.

Bruno Filipe Costa revela ao ECO que a organização britânica Guild of Fine Food garantiu que “Portugal tem a porta aberta para voltar a receber mais uma edição dos World Cheese Awards”. “É demonstrativo da qualidade das nossas pessoas”, afirma.

Desde colaboradores a empresas de som e imagem, a organização decidiu recorrer apenas a empresas locais na produção do evento. “Queremos criar impacto na economia local”, afirma o responsável, assegurando ainda que o evento vai ter uma componente de solidariedade. Neste campo, todos os frigoríficos que foi necessário adquirir para guardar os queijos “vão ser oferecidos a instituições de solidariedade da região de Viseu”.

Conhecido como os Óscares do Queijo, o evento é organizado há mais de três décadas pela Guild of Fine Food e representa o maior evento do mundo para o setor de produção de queijos artesanais, tendo-se tornado na maior competição de queijos do planeta. Os World Cheese Awards unem produtores, agricultores, chefes, afinadores, críticos gastronómicos, influencers, compradores, importadores e distribuidores de queijos.

Ao longo de mais de 30 anos, o evento ultrapassou fronteiras e saiu do Reino Unido, tendo sido recebido em cidades como a italiana Bergamo, a espanhola San Sebastian e Bergen, na Noruega.

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Centros de dados disparam procura por renováveis, mas também querem gás, diz CEO da EDP

  • Capital Verde
  • 24 Setembro 2024

Centros de dados estão a exigir muita energia. "Quer seja eólica ou solar, tem de ser pronto a construir nos próximos dois anos. O gás é algo que também está a ser muito discutido", diz Stilwell.

O CEO da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, afirma que os centros de dados estão a estimular a procura por renováveis, mas o gás também é uma opção largamente discutida para responder a estas novas necessidades.

A procura parece mesmo estar a disparar, motivada em grande parte pela inteligência artificial e pelos centros de dados” e “a procura é tão grande que o que vemos é algumas destas gigantes tecnológicas a assinarem tantos contratos de fornecimento quantos conseguem”, afirmou Stilwell de Andrade, numa entrevista televisiva à agência de notícias Bloomberg. “Quer seja energia eólica ou solar, tem de ser pronto a construir nos próximos dois anos. O gás é algo que também está a ser muito discutido“, acrescentou.

Recentemente, a EDP tem vindo a comunicar vários contratos assinados com nomes reconhecidos do panorama tecnológico, como a Microsoft, em agosto, ou a Google, em julho. O CEO da energética portuguesa afirma que já não está tão dependente da participação em leilões para conseguir contratos: a EDP está a ser diretamente contactada pelos clientes.

Nos últimos dois meses, o CEO afirma ter recebido “muitas chamadas” para averiguar se a EDP tem capacidade para vender. “Em termos de preço, estamos a falar de preços muito saudáveis”, assinalou. No mercado norte-americano, por exemplo, e dependendo da região, os preços podem oscilar entre os 60 e os 70 dólares por megawatt-hora, sendo que 40% do investimento previsto pela empresa tem como destino os Estados Unidos.

Em maio passado, a EDP baixou a meta de adição de nova capacidade renovável para três gigawatts por ano, um corte de cerca de um quarto, no período entre 2024 e 2026, justificado pela quebra os preços da eletricidade e taxas de juro mais altas. Entretanto, as taxas de juro iniciaram uma trajetória descendente, o que é descrito por Stilwell como “muito importante” para o negócio da EDP, que é intensivo em capital,

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Águeda cria gabinete de apoio às vítimas dos incêndios

Pelo menos 30% do território do concelho foi consumido pelas chamas que destruíram, por completo, nove habitações, causando ainda avultados prejuízos em equipamentos, viaturas e área florestal.

Com o propósito de ajudar as pessoas afetadas pelos fogos que lavraram na última semana, em Águeda, e que perderam casas e outros bens, a autarquia criou o Gabinete de Apoio às Vítimas do Incêndio (GAVI). Por enquanto, ainda não é possível calcular o valor dos prejuízos, que o município antecipa serem avultados. Entre os prejuízos identificados contam-se nove habitações completamente destruídas pelas chamas.

Decidimos criar este gabinete para prestar um apoio mais abrangente, para que as pessoas possam voltar à normalidade, na recuperação das suas casas ou na reorganização das suas vidas após uma situação devastadora”, explana Jorge Almeida, presidente da autarquia. A funcionar nas instalações do município, o GAVI é constituído por uma equipa de técnicos e profissionais de diversas áreas, para prestar aconselhamento psicológico e social, orientação jurídica e apoio à reintegração.

Jorge Almeida já tinha antecipado ao ECO/Local Online “um impacto brutal” dos fogos na economia do concelho e região aveirense, onde existe “uma floresta de produção intensiva que cria muito rendimento a pessoas e empresas que vivem do eucalipto”.

O município está a levar a cabo o levantamento e medição da área ardida, estimando que 30% do concelho tenha sido percorrido pelas chamas. No imediato, os técnicos municipais prestaram “socorro às pessoas que perderam as casas nos incêndios, para que ninguém ficasse sem teto, comida e fosse rapidamente encontrada uma solução, que era a necessidade mais premente no momento”.

Decidimos criar este gabinete para prestar um apoio mais abrangente para que as pessoas possam voltar à normalidade, na recuperação das suas casas ou na reorganização das suas vidas após uma situação devastadora.

Jorge Almeida

Presidente da Câmara Municipal de Águeda

Este gabinete conta com a colaboração da delegação de Águeda da Ordem dos Advogados, que vai prestar orientação sobre o modo de lidar com questões legais, designadamente seguros, compensações por danos materiais e questões judiciais, assim como o método para solicitar apoio financeiro ou reaver documentos perdidos.

“Esta é mais uma resposta que o município proporciona aos cidadãos, com uma equipa onde estão as nossas assistentes sociais e psicólogas, com um conjunto de soluções para que ninguém fique sem o apoio de que precisa neste momento difícil das suas vidas”, completa, por sua vez, Marlene Gaio, vereadora da Ação Social do Município.

Os incêndios que lavraram entre os dias 15 e 20 de setembro no país, sobretudo as regiões Norte e Centro, e consumiram cerca de 135.000 hectares, tiraram a vida a nove pessoas e provocaram ferimentos a mais de 170. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.

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