Filipe Garcia apresenta-se pela IL em Matosinhos contra carga fiscal “elevada e injustificada”

Candidato liberal apresenta-se ao lado dos candidatos às dez juntas de freguesia do município e da cabeça de lista à Assembleia Municipal.

O candidato da Iniciativa Liberal (IL) em Matosinhos apresenta a sua candidatura neste sábado. Sob o lema “Transformar Matosinhos”, Filipe Garcia acentua o facto de, ali, a IL se apresentar em lista própria. Uma diferença face ao que sucede no Porto e em Gaia, onde o partido se coligou com o PSD e CDS-PP.

O evento serve ainda para apresentação da cabeça de lista a Assembleia Municipal, Beatriz Vieira (coordenadora da IL local), e para a divulgação do nome dos candidatos às dez juntas de freguesia do município.

Para a autarquia liderada pela socialista Luísa Salgueiro desde 2017, o candidato liberal propõe-se governar “simplificando serviços, reduzindo burocracia, garantindo ruas limpas e seguras, escrutinando os gastos públicos e aliviando, responsavelmente, a carga fiscal. A Câmara Municipal de Matosinhos é cada vez maior, gasta mais e gasta pior“, considera o economista, denunciando o que considera uma “elevada e injustificada carga fiscal”.

Filipe Garcia critica “décadas de governação socialista, com uma oposição muitas vezes conivente”, o que, diz “apenas produziram políticas reativas e eleitoralistas. Apesar do seu potencial e do seu crescimento, Matosinhos é hoje um concelho sem rumo, cada vez mais desequilibrado e que não sabe o que quer para o seu futuro”, aponta.

Com 50 anos, o economista e professor do ISCAP/PEA, em Matosinhos, cidade onde vive há duas décadas, é presidente da IMF – Informação de Mercados Financeiros.

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Ventura diz ter “princípio de acordo” com AD sobre linhas para mudar lei da nacionalidade

  • Lusa
  • 12 Julho 2025

"Foi firmado entre Chega e AD um princípio de acordo sob algumas linhas orientadoras para a alteração da legislação em matéria de nacionalidade", disse André Ventura.

O presidente do Chega disse que tem um “princípio de acordo” com a AD quanto a algumas linhas orientadoras para mudar a lei da nacionalidade, assumindo houve o “compromisso de bloquear uma série de audições” pedidas pela esquerda.

Numa conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, André Ventura começou por enfatizar “o entendimento” e “a negociação” entre Chega e AD nas alterações à lei de estrangeiros e a criação da nova Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras, na PSP, aprovadas em sede de especialidade, na sexta-feira, no parlamento.

Referindo que, no caso da lei da nacionalidade, esta ficou para o “início da próxima sessão legislativa porque há muitas audições para fazer, obrigatórias algumas delas”, o presidente do Chega deixou uma garantia.

“Também aqui foi firmado entre as duas lideranças parlamentares [Chega e AD] um princípio de acordo sob algumas linhas orientadoras para a alteração da legislação em matéria de nacionalidade, que esperamos poder concretizar já no início de setembro”, disse.

Ventura referiu que, quer o seu partido quer os que sustentam o Governo, “chumbaram uma série de audições pedidas pela esquerda nesta matéria”.

“Fizemo-lo não porque não queremos ouvir associações de imigrantes, sejam elas de cabo-verdianos, de brasileiros, de chineses, de indianos, seja o que for, mas porque a esquerda não queria fazer estas audições como forma de melhorar o texto da lei, queria fazê-lo como forma de expediente dilatório para atrasar o processo até eventual nova crise política que pudesse reconfigurar a Assembleia da República e impedir que estas normas entrassem em vigor”, justificou.

O presidente do Chega enfatizou que já tinha dito na reunião com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, que era preciso “avançar rápido” nesta matéria e que era preciso acabar com esta prática de se começar “os projetos-lei e depois pará-los pela crise política que acontece”.

“Por isso, o Chega e o PSD assumiram o compromisso de bloquear uma série de audições para que este processo seja rápido e esteja feito nas próximas semanas, ou seja, nós queremos que a mudança à lei da nacionalidade seja uma realidade, no máximo, no início da próxima sessão legislativa”, apontou.

Ventura antecipou que esta legislação “terá que ter intervenção do Presidente da República”, e provavelmente também a do Tribunal Constitucional, e por isso é preciso avançar e conseguir resultados rápido.

“Também aqui, Chega e PSD têm princípios base de entendimento para trabalhar, como a perda de nacionalidade de quem comete crimes, onde se discute se será automático ou não será automático, em que prazo pode ser ou em que prazo não pode ser. Deixaremos isso mesmo para o início da próxima sessão legislativa”, remeteu.

A Comissão de Assuntos Constitucionais votou na sexta-feira favoravelmente, na especialidade, alterações à lei de estrangeiros, com voto contra da esquerda, que alegou atropelos à lei pela falta de pareceres obrigatórios.

Em votação esteve uma proposta de lei do Governo e alterações requeridas pelo Chega, que incidem sobre matérias como reagrupamento familiar e tempos de permanência legal em território nacional, que foram aprovadas por toda a direita parlamentar (PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal).

Segundo a esquerda, neste processo de especialidade faltam pareceres do Conselho Superior da Magistratura (CSM) e do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF).

Foi ainda aprovada a proposta do Governo que cria a nova Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras, na PSP, com os votos a favor do PSD, Chega, IL e CDS e a abstenção da esquerda.

Apesar de este diploma ter sido aprovado sem votos contra, a sua votação foi adiada por cerca de três horas por causa de um impasse político entre o Chega e PSD em torno da questão do eventual pagamento de um suplemento aos agentes dessa nova unidade da PSP.

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Trump anuncia tarifas de 30% contra UE e México a partir de 1 de agosto

  • Lusa e ECO
  • 12 Julho 2025

Trump anunciou as tarifas a impor a partir de 1 de agosto em cartas publicadas na sua plataforma Truth Social. UE diz estar estar disposta a negociar, mas não descarta contramedidas.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 30% sobre todos os produtos da União Europeia (UE) e do México, a partir de 1 de agosto. A Comissão Europeia já reagiu, dizendo estar preparada para negociar, mas sem descartar a adoção de contramedidas.

Trump anunciou as tarifas sobre dois dos maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos em cartas publicadas na sua plataforma Truth Social.

“A partir de 01 de agosto de 2025, cobraremos da União Europeia uma tarifa de apenas 30% sobre os produtos da UE enviados aos Estados Unidos, independentemente de todas as tarifas setoriais”, lê-se na carta publicada na Truth Social e endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Nesta carta, Trump afirmou também que o défice comercial dos EUA representava uma ameaça à segurança nacional. “Tivemos anos para discutir a nossa relação comercial com a União Europeia e concluímos que precisamos de nos afastar desses défices comerciais de longo prazo, grandes e persistentes, gerados pelas políticas tarifárias e não tarifárias e barreiras comerciais”, escreveu o Presidente dos EUA.

Assim como fez em dias anteriores com outros países, Trump anunciou que reverterá a sua decisão “se a União Europeia ou as suas empresas decidirem fabricar produtos nos Estados Unidos”.

“Na verdade, faremos todos os esforços para obter aprovações de forma rápida, profissional e rotineira — ou seja, em poucas semanas”, acrescenta-se na carta, antes de se alertar, também seguindo o formato usual, que se, por qualquer motivo, a UE decidir aumentar as tarifas e retaliar, “o valor que decidir aumentá-las será adicionado aos 30%” já anunciados.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já reagiu a esta decisão na rede social X, afirmando que “tarifas de 30% sobre as exportações europeias vão penalizar empresas e consumidores dos dois lados do Atlântico”. Promete, por isso, “continuar a trabalhar para se chegar a um acordo até 1 de agosto”.

Von der Leyen alerta, contudo, que também “tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar” os interesses europeus, “incluindo a adoção de contramedidas proporcionais, se necessário”.

Já na carta para o líder mexicano, Trump reconheceu que o país tem ajudado a conter o fluxo de migrantes sem documentos e fentanil para os Estados Unidos. No entanto, disse que o país não fez o suficiente para impedir que a América do Norte se transformasse num “recreio do narcotráfico”.

“Não haverá tarifas se o México ou empresas mexicanas optarem por construir ou fabricar produtos nos Estados Unidos e, de facto, faremos todo o possível para que isso seja aprovado de forma rápida, profissional e rotineira em questão de semanas”, afirmou Trump, repetindo o apelo feito aos outros países.

Na terça-feira, o presidente norte-americano afirmou que estaria “provavelmente a dois dias de enviar a carta da UE” a divulgar as tarifas sobre as exportações europeias para os EUA.

Donald Trump disse que a Comissão Europeia tem tratado Washington muito bem durante as negociações, mas que “trataram muito mal” os Estados Unidos até recentemente. O presidente norte-americano também sublinhou que as tarifas finais são uma decisão do próprio. “Os acordos são, em grande parte, o meu acordo com eles”, disse, acrescentando que está a “ser justo”.

“Estamos a escolher um valor menor do que, na maioria dos casos, nos cobraram”, acrescentou ainda Donald Trump.

A Comissão Europeia defendeu que, “quanto mais depressa se chegar a um acordo, melhor” para acabar com a guerra tarifária entre União Europeia e Estados Unidos, apontando que um eventual adiamento até agosto “daria um pouco mais tempo”.

Notícia atualizada às 15h23 com reação da Comissão Europeia

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Lactogal lamenta situação no rio Onda e fala em barreira regulamentar

  • Lusa
  • 12 Julho 2025

Os resultados preliminares da análise da APA indicaram que a "alteração significativa" da qualidade da água do rio Onda está "presumivelmente associada" a descargas da empresa Lactogal.

A Lactogal lamentou a situação no rio Onda, após uma análise concluir que a má qualidade da água estava associada a descargas da empresa, apontando que existe uma barreira técnica e regulamentar na gestão de resíduos.

Os resultados preliminares da análise da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), divulgada esta sexta-feira, indicaram que a “alteração significativa” da qualidade da água do rio Onda está “presumivelmente associada” a descargas da empresa Lactogal em Vila do Conde, distrito do Porto.

A Lactogal reagiu às notícias, em comunicado, lamentando a situação e reiterando o “total compromisso em colaborar com as autoridades competentes para a célere e eficaz resolução desta ocorrência causada por resíduos orgânicos”.

A empresa agroalimentar salienta que a Unidade Fabril de Modivas, tal como outras unidades de processamento alimentar, “gera resíduos de natureza orgânica” e “esses resíduos, embora biodegradáveis e decorrentes exclusivamente do seu processo industrial, requerem um tratamento adequado para serem devolvidos ao meio ambiente”.

Apesar de ter em vista o encaminhamento adequado dos fluxos, a Lactogal diz que, “tal como muitas empresas do setor agroalimentar, tem sido impactada pelo facto de a gestão de resíduos orgânicos em Portugal representar um desafio complexo”.

Após a procura de parceiros em Portugal ter encontrado limitações, a empresa procurou parceiros em Espanha, mas “depara-se com uma barreira técnica e regulamentar”.

“Enquanto os resíduos são, do ponto de vista da sua composição, considerados ‘verdes’ — ou seja, passíveis de tratamento biológico — a classificação atribuída pela APA é ‘cor-de-laranja’. Esta classificação impõe restrições significativas ao seu tratamento em algumas infraestruturas, nomeadamente em Espanha, que apenas aceitam efluentes com a classificação ‘verde'”, explicou.

Neste contexto, a Lactogal apela às entidades responsáveis para que “esta divergência de classificação seja resolvida e não represente um obstáculo inesperado e limitativo na procura por soluções de tratamento externas”.

A empresa assegura ainda que “está a trabalhar incansavelmente para resolver esta situação, de forma duradoura e eficaz, uma vez que a sua atividade, que decorre da ordenha de animais com periodicidade diária, não pode parar”, sendo que a “interrupção total da produção significaria a morte de muitos animais”.

Estas descargas no rio Onda já tinham levado a APA a desaconselhar desde esta sexta-feira banhos nas praias de Angeiras Norte, em Matosinhos, e Labruge, em Vila do Conde, ambos concelhos do distrito do Porto.

Em comunicado, a agência do ambiente referiu que os “resultados preliminares [da análise] revelaram uma alteração significativa da qualidade da água do rio Onda, presumivelmente associada à descarga de águas residuais provenientes da Unidade Fabril de Modivas”, em Vila do Conde, da empresa Lactogal.

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Alves Ribeiro assina contrato para construir hotel e comércio no CCB

  • Lusa
  • 12 Julho 2025

O grupo foi o vencedor de um concurso internacional para a construção de um hotel de luxo, apartamentos turísticos e lojas no CCB. O projeto envolve investimento de cerca de 80 milhões de euros.

O Grupo Alves Ribeiro vai assinar contrato na terça-feira para construir um hotel de luxo, apartamentos turísticos e lojas no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, com a abertura prevista para julho de 2029.

O grupo foi o vencedor do concurso internacional para a construção destes módulos, em dezembro de 2024 e, na sequência disso, será assinado no próximo dia 15 de julho o contrato de subcessão do direito de superfície para edificação e exploração de hotel e área de comércio, por um período de 65 anos, anunciou hoje o CCB.

Para estes módulos está prevista uma unidade hoteleira com 161 quartos duplos e um aparthotel com 126 unidades, além de um centro de comércio e novos serviços, numa área de construção de cerca de 32.500 metros quadrados. A abertura desta nova área do CCB está prevista para julho de 2029.

A futura receita da subconcessão “irá permitir aumentar a qualidade da oferta cultural do CCB, contribuindo em larga escala para o reforço da sustentabilidade financeira da instituição”, lê-se no comunicado.

A Fundação Centro Cultural de Belém defende também que este “projeto estratégico irá dotar a cidade de Lisboa de uma nova centralidade, convidando habitantes e visitantes a uma permanência mais prolongada na área monumental Belém-Ajuda”.

O projeto foi lançado em outubro de 2023 e envolve um investimento de cerca de 80 milhões de euros.

O Grupo Pestana e a construtora Alves Ribeiro eram as duas empresas cuja candidatura tinha sido aceite para apresentar propostas de construção dos Módulos 4 e 5 do CCB, tendo acabado por ser a última a vencer o concurso, cujo critério de escolha teve em conta “a proposta economicamente mais vantajosa” para o CCB.

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Mariana Leitão confia em crescimento da IL nas autárquicas mas conquistar câmaras será “muito difícil”

  • Lusa
  • 12 Julho 2025

Mariana Leitão, candidata única à liderança da IL, diz que o objetivo do partido nas eleições autárquicas de 12 de outubro vai ser crescer, mas não quis fixar uma meta eleitoral.

A candidata única à liderança da IL, Mariana Leitão, considera que conquistar uma câmara municipal nas próximas autárquicas vai ser “muito difícil”, mas manifesta-se convicta de que o partido vai ter um resultado “bastante melhor” do que em 2021.

Em entrevista à agência Lusa antes da X Convenção Nacional da IL, em 19 de julho em Alcobaça, Mariana Leitão disse que o objetivo do partido nas eleições autárquicas de 12 de outubro vai ser crescer, mas não quis fixar uma meta eleitoral.

Questionada se conquistar uma presidência de câmara lhe parece exequível, Mariana Leitão respondeu: “Presidente de Câmara nesta fase acho muito difícil”.

“Agora, uma coisa é certa: nós vamos conseguir eleger. (…) Vamo-nos candidatar a mais câmaras, a mais assembleias municipais, a mais assembleias de freguesia do que há quatro anos. Portanto, parece-me que, comparativamente com há quatro anos, o nosso resultado será bastante melhor”, disse.

A candidata única à liderança da IL observou ainda que o partido vai integrar algumas coligações autárquicas — por exemplo, no Porto — e espera, por isso, estar presente em executivos camarários.

Sobre as eleições presidenciais, Mariana Leitão disse que o partido pretende apoiar alguém que represente “os ideais liberais” e recusou que tenha de ser necessariamente um membro da IL.

Não acho que seja obrigatório ser um membro do partido ou não membro do partido. O que interessa é que seja alguém que tenha estas características, perceba a responsabilidade do cargo, o que é exigido a um Presidente da República, que saiba quando é que deve falar”, disse, remetendo uma decisão para depois da convenção.

Questionada se está descartado o apoio a qualquer dos candidatos presidenciais já anunciados, Mariana Leitão reiterou que “o objetivo primordial” da IL é ter alguém que represente os valores liberais. “Nenhum dos candidatos que se apresentou até agora o faz e, portanto, tão pouco representa este espaço. E, portanto, à partida estarão sempre excluídos”, disse.

Numa análise às razões para o resultado do partido nas últimas legislativas – nas quais a IL só obteve mais um deputado do que em 2024, o que precipitou a demissão do ex-líder de Rui Rocha –, Mariana Leitão considerou que se deveu em parte a “fenómenos externos”, designadamente “episódios que foram acontecendo durante a campanha”, e ao facto de ter havido um foco grande na Spinumviva.

A nível interno, Mariana Leitão considerou que o partido pode não ter conseguido passar bem a sua mensagem, que às vezes é “tecnicamente complexa” e insiste na necessidade de reformas e mudança, o que “traz sempre alguma apreensão” e “precisa de ser desmistificado”.

Em termos de prioridades para a sua liderança, Mariana Leitão afirmou que pretende manter as bandeiras principais do partido — como a simplificação fiscal, a reforma do Estado ou o plano para a saúde –, mas também “abraçar outras áreas”.

Entre essas áreas, Mariana Leitão destacou a legislação laboral, frisando que a IL quer “tornar o mercado de trabalho mais flexível” por considerar que, atualmente, é “rígido” e faz com que a “maior parte das empresas opte por contratar em situações de maior precariedade”.

Outra das matérias nas quais a IL pretende igualmente investir é nas alterações à lei da greve, com Mariana Leitão a salientar que o partido não vai pôr em causa o direito à greve, “que está constitucionalmente garantido”, mas pretende garantir que as pessoas deixam de ser “constantemente prejudicadas pela greve”.

“Tem de haver uma lógica de serviços mínimos garantidos que permitam que as pessoas consigam, por exemplo, quando há uma greve de transportes públicos, chegar aos seus trabalhos”, disse, considerando injusto que, “por uma reivindicação de um conjunto de trabalhadores, todas as outras pessoas fiquem prejudicadas”.

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LaLiga participa no LIV Golf Andaluzia com um circuito de FootGolf inaugurado por Figo e Aduriz

  • Servimedia
  • 12 Julho 2025

Os embaixadores da LaLiga, Luis Figo e Aritz Aduriz, inauguraram este fim de semana o circuito de três buracos de FootGolf, projetado especialmente para a ocasião.

A LaLiga está presente este fim de semana no LIV Golf Andalucía, que se realiza no Real Club Valderrama de Golf de Cádiz, com a inclusão da disciplina FootGolf no âmbito do torneio, aproximando a bola de futebol dos greens num dos eventos de golfe mais reconhecidos no panorama desportivo nacional e internacional.

Os embaixadores da LaLiga, Luis Figo e Aritz Aduriz, inauguraram este fim de semana o circuito de três buracos de FootGolf, projetado especialmente para a ocasião. Um evento em que também estiveram presentes os golfistas Taylor Gooch e Juan Sebastián Muñoz, formando equipas de dois contra dois com os dois ex-futebolistas, demonstrando a sua surpreendente técnica, e que experimentaram a surpreendente disciplina de precisão com os pés com uma bola de futebol.

O percurso alternativo permanecerá aberto durante todo o fim de semana para que os participantes, tanto fãs de golfe como de futebol, possam testar a sua pontaria. Quem conseguir um hole-in-one receberá como prémio uma das duas bolas oficiais da temporada 2025-26 assinadas por Figo e Aduriz.

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Crédito de 6,5 mil milhões do FEI vai financiar 40 mil empresas. A bola está do lado dos empresários

Garantia do FEI permitirá aos bancos parceiros oferecer condições de financiamento mais vantajosas através de juros mais baixos e menores exigências de colaterais e entradas iniciais reduzidas.

As PME portuguesas vão poder aceder a 6.500 milhões de euros de crédito acessível, garantido pelo Fundo Europeu de Investimento (FEI), para investirem em projetos de inovação, competitividade e sustentabilidade. O acordo foi assinado esta sexta-feira e a meta é financiar projetos desenvolvidos por mais de 40 mil empresas. Agora a bola está do lado dos empresários.

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Têm de ser os empresários a encontrar a melhor forma de tirar partido destes apoios que lhes permite fazer uma modernização e reforçar a sua capacidade competitiva”, disse ao ECO o presidente executivo do BCP. “É um desafio que envolve todos: o BPF, os bancos comerciais e, sobretudo, os empresários”, acrescentou o Miguel Maya.

“Hoje já temos os instrumentos financeiros. Agora tem de haver o apetite das empresas”, disse ao ECO, por seu turno, o antigo ministro da Economia. António Costa Silva considera que Portugal tem “um tecido empresarial que precisa de fazer esses investimentos, mas as empresas têm de se mobilizar e ver se conseguem fazer a aplicação de todos esses instrumentos”.

“No fundo, é preciso que os empresários tenham projetos capazes de ser apoiados e que esgotem este modelo de financiamento”, acrescentou.

Para o atual ministro da Economia não há dúvidas: há apetite para estes 6,5 mil milhões e muito mais. “Estou confinante” que as empresas terão capacidade para absorver estas verbas e “já estamos a pensar que estas linhas possam ser reforçadas”, disse ao ECO, Manuel Castro Almeida.

O entusiasmo é partilhado pelo chairman do Banco de Fomento. Carlos Leiria Pinto disse ao ECO que estão “confiantes” porque “os resultados destes primeiros programas são excelente”. “A adesão das empresas tem sido enorme e temos de criar esta sequência de novos produtos para continuara injetar liquidez na economia portuguesa”, sublinhou o responsável.

O chairman do BPF recorda que este é “um programa em linha com o mandato” do banco, “que é apoiar as PME e os grandes projetos estruturantes para Portugal” e que vai “permitir ter poder de fogo para ajudar as empreas portuguesas a investir”. “É preciso dizer que este já vai ser o terceiro programa do nosso mandato. No primeiro semestre, lançámos um primeiro programa que teve imenso êxito, o InvestEU, e há três semanas lançámos o primeiro programa dirigido às empresas exportadoras, de forma a ajudá-las a enfrentar estes enormes desafios por causa das taxas da Administração Trump”, recorda o responsável.

“A economia portuguesa precisa de muito investimento que há-de vir de capitais próprios das empresas ou da banca. A banca, por sua vez, tem limites ao crédito que concede e aos riscos que corre”, afirmou o responsável.

“O Banco de Fomento vai ter o papel de garantir uma parte dos riscos, para que seja mais fácil aos bancos emprestar às empresas, a juros mais baixos, porque há uma parte do crédito que não tem risco nenhum porque a Europa cobre completamente o risco e da mesma forma como empresta com menos risco pode emprestar mais dinheiro”, sublinha o responsável que acumula agora a pasta da Economia e da Coesão.

“Podemos ter as empresas a ter o dobro do dinheiro a metade do preço, metade da taxa de juro, em números redondos”, rematou.

Além da redução da taxa de juro, a garantia do FEI permitirá aos bancos parceiros oferecer condições de financiamento mais vantajosas através de menores exigências de colaterais e entradas iniciais reduzidas”. As empresas vão ainda poder “disponibilizar prazos de reembolso mais longos, montantes de financiamento mais elevados e apoiar segmentos habitualmente excluídos, como as startups”, explicou o Ministério da Economia numa nota à imprensa.

As linhas de financiamento destinam-se a empresas que invistam nas áreas da inovação, digitalização, sustentabilidade, competitividade e agricultura.

Para os bancos comerciais portugueses poderem avançar, com estas linhas de crédito, terão agora de concorrer. E, segundo a nota do Ministério da Economia, o FEI já fez sair um aviso com um convite para “selecionar os bancos portugueses que irão operacionalizar os empréstimos garantidos ao abrigo do programa, sendo expectável que a assinatura das primeiras operações decorra antes do final de 2025”.

O “InvestEU Fomento-FEI” é apoiado por 450 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), resultado da reprogramação da bazuca, 50 milhões de euros de garantia pública do Orçamento do Estado e 490 milhões de euros de recursos do FEI. Com este montante será possível mobilizar 6,5 mil milhões de euros em investimento.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, revelou que as empresas vão ter disponíveis 50 milhões de euros, nestes produtos, para ajudar a suportar os juros.

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TAP: Modelos europeus mostram vias distintas de privatização de companhias aéreas

  • Lusa
  • 12 Julho 2025

Especialistas dizem que a experiência de outros países mostra que o sucesso na privatização de companhias aéreas depende de processos estruturados e da gestão cuidadosa das relações laborais.

A experiência de países como Alemanha, França e Itália mostra que o sucesso na privatização de companhias aéreas depende de processos estruturados, equilíbrio entre controlo estatal e investimento privado e gestão cuidadosa das relações laborais, segundo especialistas ouvidos pela Lusa.

A Alemanha, através da Lufthansa, seguiu um modelo de privatização faseada e precedida por uma reestruturação interna profunda.

“A Lufthansa seguiu um modelo de privatização total, cuidadosamente faseado e precedido por uma forte reestruturação interna”, afirma Rui Quadros, especialista em aviação comercial e antigo gestor da Iberia e da PGA. Nesse processo, o Estado regressou ao capital apenas em contextos extraordinários, como durante a pandemia, através de um fundo de estabilização, sem interferência na gestão de longo prazo.

Por sua vez, a Air France manteve o Estado francês como acionista minoritário, com influência estratégica em momentos cruciais, como na fusão com a KLM ou no acesso a apoios públicos. Segundo Rui Quadros, este modelo “conferiu capacidade de influência em momentos críticos”.

Já a professora do ISEC Lisboa Maria Baltazar, acrescenta que “a Air France manteve o Estado francês como acionista minoritário durante vários anos, assegurando influência estratégica e apoio em momentos críticos, como durante a pandemia”.

A Alitalia representa o oposto: uma trajetória instável, com sucessivos apoios estatais, privatizações falhadas e, finalmente, a sua substituição pela ITA Airways em 2021.

Rui Quadros destaca que “o Estado italiano deixou a Alitalia colapsar e criou, em 2021, uma nova transportadora integralmente pública (ITA Airways)”, iniciando depois uma privatização parcial (41%) com a Lufthansa em 2023.

O fundador da consultora SkyExpert, Pedro Castro, acrescenta que “o Estado italiano foi obrigado a fechar por completo a Alitalia e a criar uma sucedânea menor, a ITA Airways”.

Em comum, os especialistas identificam a gestão das relações laborais como um fator crítico para o sucesso.

“A British Airways e a Lufthansa optaram por modelos negociados (…), enquanto a Air France enfrentou forte resistência sindical. A transição para a ITA Airways resultou em despedimentos em massa”, lembrou Rui Quadros.

Maria Baltazar sublinha que “todos estes processos demonstram que o diálogo com os sindicatos e a proteção dos trabalhadores são condições essenciais para uma privatização bem-sucedida”.

Uma posição semelhante à de Pedro Castro, que acrescenta que os desafios laborais não desaparecem com a privatização, mas tendem a ser mal geridos quando as companhias permanecem públicas.

Quanto à TAP, destacam que o atual modelo português inspira-se em algumas destas experiências, ao prever uma venda de até 44,9% do capital, mantendo o Estado como acionista maioritário e exigindo compromissos estratégicos ao investidor. Além disso, prevê um acordo parassocial para garantir a gestão operacional do dia a dia ao futuro comprador e, ao mesmo tempo, o Estado continuar a ter uma palavra a dizer nas decisões críticas.

“Estes princípios seguem boas práticas de referência”, refere Rui Quadros. No entanto, alerta: “É difícil de imaginar que um grupo internacional aceite investir avultadas quantias, assumir riscos operacionais e reputacionais, e ainda assim não possa participar plenamente nas decisões estratégicas da empresa”.

Maria Baltazar defende uma abordagem gradual e estratégica: “Portugal deve aprender com o que funcionou — e com o que falhou — noutras geografias. “Portugal não precisa apenas de privatizar — precisa de privatizar com inteligência, com estratégia e com responsabilidade”, diz.

Por fim, Pedro Castro lembra que nenhum processo está concluído sem propostas reais em cima da mesa e que o valor da TAP pode diminuir com o novo aeroporto. “Nenhuma privatização vive de intenções. Enquanto Lisboa for a Portela, esse é também o maior valor da TAP, que detém 50% dos movimentos desse aeroporto dito ‘congestionado’, e isso é muito valioso. Mesmo assim, a TAP não é a última coca-cola do deserto”, comenta.

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Área ardida este ano quase triplicou face a 2024 e fogos aumentaram 68%

  • Lusa
  • 12 Julho 2025

Entre 1 de janeiro e 11 de julho, deflagraram 3.202 incêndios rurais que consumiram 9.974 hectares. No mesmo período do ano passado, tinham ocorrido 1.902 fogos e 3.246 hectares de área ardida.

A área ardida este ano quase que triplicou em relação ao mesmo período de 2024 e o número de incêndios rurais aumentou 68%, segundo as estatísticas do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR).

O SGIFR, da responsabilidade da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), tem um novo portal com informações para a população e comunicação social sobre o risco de incêndios, ocorrências de fogo ativas e medidas de proteção, bem como estatísticas sobre os incêndios e a área ardida.

O novo portal indica que, entre 1 de janeiro e 11 de julho (sexta-feira), deflagraram 3.202 incêndios rurais que consumiram 9.974 hectares. No mesmo período do ano passado, tinham ocorrido 1.902 fogos e 3.246 hectares de área ardida.

Os dados mostraram que a maioria dos incêndios rurais registou-se este ano na região Norte, com 1.761, seguido de Lisboa e Vale do Tejo (521), Centro (460), Alentejo (334) e Algarve (127).

Já os valores mais elevados da área ardida foram no Alentejo (4.616 hectares) e no Norte (4.591), seguido do Centro (602), Lisboa e Vale do Tejo (145) e Algarve (21 hectares).

Segundo as estatísticas do SGIFR, 28% dos fogos ocorreram este ano em dias de risco ‘muito elevado’ de incêndio e 10% em dias de risco “máximo”, enquanto as chamas consumiram mais área ardida em dias de risco ‘máximo’ (29%) e ‘extremo’ (17%).

Apesar de muitos fogos ainda estarem a ser investigados, os dados indicam que 24% das ocorrências de incêndio tiveram como causa o uso do fogo e 12% o incendiarismo.

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APA assume Lactogal como responsável por descargas em Vila do Conde e manda reduzir produção de leite

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

A "alteração significativa" da qualidade da água do rio Onda, com danos nas praias, está "presumivelmente associada" a descargas da empresa Lactogal em Vila do Conde, aponta a APA.

A “alteração significativa” da qualidade da água do rio Onda está “presumivelmente associada” a descargas da empresa Lactogal em Vila do Conde, distrito do Porto, de acordo com resultados preliminares da análise da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Estas descargas no rio Onda já tinham levado a APA a desaconselhar desde banhos nas praias de Angeiras Norte, em Matosinhos, e Labruge, em Vila do Conde, ambos concelhos do distrito do Porto.

Em comunicado divulgado na noite desta sexta-feira, a agência do ambiente referiu que os “resultados preliminares [da análise] revelaram uma alteração significativa da qualidade da água do rio Onda, presumivelmente associada à descarga de águas residuais provenientes da Unidade Fabril de Modivas”, em Vila do Conde, da empresa Lactogal.

“Com o objetivo de mitigar os impactes ambientais decorrentes desta descarga, a APA notificou a referida empresa para proceder, de imediato, à redução da produção na instalação de processamento de leite e bebidas vegetais”, revelou ainda.

Esta medida visa adequar os volumes produzidos à atual capacidade de tratamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), acrescentou.

A situação foi detetada após uma ação de fiscalização do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR de Matosinhos, onde foram recolhidas várias amostras de água, posteriormente analisadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), explicou ainda a agência.

“A APA continuará a acompanhar de forma rigorosa esta situação, em estreita articulação com as entidades competentes, nomeadamente o SEPNA da GNR”, garantiu ainda.

Na quinta-feira, a Câmara Municipal de Matosinhos exigiu à APA e à GNR que atuassem imediatamente perante o “grave foco de poluição” detetado na praia de Angeiras Norte.

“A Câmara de Matosinhos exige que as entidades competentes, nomeadamente o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e a APA, assim como aos demais organismos com responsabilidade nesta matéria, que atuem com eficácia e urgência porque não basta monitorizar, é preciso agir”, referiu a autarquia liderada pela socialista Luísa Salgueiro, num comunicado enviado à Lusa.

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TAP. Marcelo foi previamente informado e considera posição do Estado salvaguardada

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

"Agora é uma solução, primeiro, que salvaguarda a posição dos trabalhadores. Segundo, que salvaguarda a prevalência de Portugal e do Estado português, porque é minoritária a parte estrangeira", disse.

O Presidente da República afirmou esta sexta-feira que foi previamente informado pelo primeiro-ministro do processo de privatização de 49,9% da TAP e considerou que a posição do Estado na empresa está salvaguardada, assim como a dos trabalhadores.

Interrogado pelos jornalistas, em São Tomé e Príncipe, se este processo de privatização tem o seu apoio, Marcelo Rebelo de Sousa começou por responder: “Eu, quando se colocou a questão em governos anteriores, achei que, na situação vivida naquela altura, já era uma situação não só a única possível como quase inevitável. E esteve praticamente para se concretizar”.

Agora é uma solução, primeiro, que salvaguarda a posição dos trabalhadores. Segundo, que salvaguarda a prevalência de Portugal e do Estado português, porque é minoritária a parte estrangeira, seja de um ou de dois dos candidatos ou três, os que forem. Depois, porque há certamente uma preocupação de encontrar uma solução que seja rápida, mas também muito respeitadora de procedimentos”, acrescentou.

Questionado se teve conversas com o Governo sobre esta matéria, o Presidente da República referiu que foi previamente informado por Luís Montenegro: “Claro, claro. O senhor primeiro-ministro foi – como o primeiro-ministro anterior tinha sempre sido – impecável. Isto é, apresentou o plano todo antes de, primeiro, o submeter ao Conselho de Ministros e, depois, de o anunciar aos portugueses”.

Quanto à possibilidade de se recuperar o dinheiro investido na companhia área, o chefe de Estado defendeu que “é prematuro estar a falar em valores”, tendo em conta a conjuntura internacional, e que é preciso “esperar para ver”, mas argumentou que a companhia aérea portuguesa tem um “valor estratégico”, pela “localização portuguesa”, com “rotas que são muito especiais e muito únicas, que é o caso por exemplo do Brasil ou de África”.

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