Trump deitou por terra “relação de confiança” entre Bruxelas e EUA, diz Teresa Ribera

  • ECO
  • 18 Fevereiro 2025

Responsável pela pasta da Concorrência na União Europeia defende que Bruxelas se deve concentrar em oferecer previsibilidade e estabilidade.

A vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pela pasta da Concorrência, Teresa Ribera, disse que o Presidente dos Estados Unidos deitou por terra o “relacionamento de confiança” entre Bruxelas e Washington e defendeu que o bloco regional se deve concentrar em oferecer previsibilidade.

Em declarações à Reuters, Teresa Ribera defendeu que, embora a Europa precise de negociar com a Casa Branca e de ouvir as suas preocupações sobre comércio, não deve ser pressionada a fazer mudanças em leis que foram aprovadas pelos legisladores.

Precisamos ser flexíveis, mas não podemos transacionar direitos humanos nem vamos transacionar a unidade da Europa, e não vamos transacionar democracia e valores“, afirmou.

Teresa Ribera considerou que se existem problemas, os Estados Unidos devem identificá-los, mas “não é com intimidação” que se irá resolver, numa alusão às tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump.

O Chefe de Estado norte-americano anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre aço e alumínio a partir de 12 de março, tarifas recíprocas a partir de abril e tarifas autónomas sobre carros, produtos farmacêuticos e chips dos semicondutores.

De acordo com a Reuters, a responsável comunitária considerou que existe falta de certeza e previsibilidade do outro lado do Atlântico em comparação com a Europa. “Não vejo nenhuma previsibilidade, estabilidade ou viabilidade nesses anúncios, o que é um pouco chocante“, disse.

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Como acelerar os megaprocessos? Magistrados lançam propostas

O grupo de trabalho “Megaprocessos e processo penal: carta para a celeridade e melhor justiça” apresenta esta terça-feira as suas conclusões sobre os desafios e soluções para casos complexos.

Limitar a instrução ao debate instrutório e respetiva decisão, permitir o recurso a inteligência artificial para elaborar acórdãos, criação do assessor virtual para juízes, assessores técnicos privativos para juízes nos megaprocessos, taxas de justiça mais altas para os megaprocessos, multas contra “as demoras abusivas dos processos”, criação de equipas especiais de funcionários judiciais, tradução imediata de testemunhos ou peças processuais que não sejam em português, peças processuais distribuídas por módulos e salas de audiência com computadores, monitores e sistemas de som adequados.

Estas são as principais alterações propostas pelo grupo de trabalho “Megaprocessos e processo penal: carta para a celeridade e melhor justiça”, que apresenta esta terça-feira as suas conclusões sobre os desafios e soluções para a tramitação dos chamados “megaprocessos”, apesar de ter alargado o estudo aos processos penais, no geral. A apresentação conta com a presença do presidente do Supremo Tribunal de Justiça e do Conselho Superior da Magistratura (CSM). Este relatório resulta de um ano de trabalho dedicado à análise das razões para a morosidade dos megaprocessos e à proposta de soluções para tornar a justiça penal mais célere e eficiente. As suas conclusões foram recentemente apresentadas ao Plenário do CSM e remetidas à ministra da Justiça.

O grupo inclui seis juízes e Rui Cardoso, procurador-geral adjunto e atualmente diretor do DCIAP e é coordenado por Helena Susano, atualmente a magistrada responsável pelo julgamento do caso BES/GES, que julga Ricardo Salgado, ex-homem forte do BES.

Todos devem ser chamados, pois, a concorrer para a eficácia e eficiência da Justiça, aportando, objetivamente, ao nível do articulado e do texto, o seu contributo facilitador para o resultado final: a clareza, a transparência e a evidência da sua perspetiva quanto à matéria a decidir”, pode ler-se nas conclusões do relatório. “O tempo excessivo é inimigo da aplicação da Justiça, quer na perspetiva da acusação, quer na da defesa de boa-fé, que se deseja. Há, pois, que conjugar esforços, desenhando comportamentos processuais que impeçam que o processo seja, não um fio processual linear e escorreito, que compõe a tarefa no seu tempo razoável e útil, mas um emaranhado de fios que se entrelaçam e enodam, impedindo que o julgador, qual tecelão diligente, cumpra o desiderato que é a decisão final”.

Cerimónia de abertura do ano judicial 2020 - 06JAN20

Alterações na fase da instrução e porquê?

O grupo de magistrados alerta para o facto da fase de instrução muitas vezes servir para produzir a contraprova reunida no inquérito, com violação do objetivo inicial para a qual foi criada, o que resulta, nos processos de excecional complexidade, “adurações excessivas e à alocação de meios humanos e materiais que não lhe deveriam estar afetos”.

A instrução é uma fase facultativa do processo penal, que tem lugar após o encerramento do inquérito. Pode preceder o julgamento, se houver despacho instrutório de pronúncia. Pode fazer terminar o processo, se houver despacho de não pronúncia. Tem como finalidade verificar se a acusação ou o arquivamento se justificavam.

Por isso, propõem a restrição dos atos de instrução ao debate instrutório, com a possibilidade excecional de produção de prova mas apenas em situações concretas. “Com efeito, são variados os procedimentos judiciais que a conformaram numa fase meramente contraditória à do inquérito, com produção de prova ex novo, cujo escopo é o de contraditar os factos apurados em inquérito, com a perversidade processual que resulta da observância do princípio da imediação, perante o decisor, apenas quanto a essa nova prova”, Os juízes defendem que muitas vezes é usada como um pré-julgamento, “distorcendo a sua finalidade de confirmação da decisão de acusar ou de arquivar com base na prova adquirida em inquérito, o que, em rigor, se não consente na estrutura conceptual do nosso processo penal. Em concreto:

  • Consagra-se que a instrução será constituída apenas pelo debate instrutório, que deve ser agendado no despacho que admite o requerimento de abertura da instrução. E é nesse debate que se praticam os atos excecionais de produção de prova, se se justificarem;
  • Sinalizando-se de que não se trata de uma fase de contraprova da prova já adquirida, “mas tão-só, se necessário e nessa exata medida, da complementação desta última, para habilitar o julgador a ultrapassar a sua dúvida com vista à boa decisão da causa”.
  • Deixa-se, a título excecional, a possibilidade, seja pela natureza do ato, seja por outro motivo justificado, de que essa produção seja prévia ao debate instrutório.
  • Passa-se a prever a possibilidade de o despacho de pronúncia ou de não pronúncia ser notificado aos sujeitos processuais, sem obrigatoriedade de agendar diligência de leitura, o que não obsta a que o juiz, se o entender conveniente, a agende.
  • Deve então manter a instrução, mas limitando-a à discussão de questões de direito que tenham a virtualidade de evitar que o arguido vá a julgamento, e bem assim à análise da prova indiciária que sustenta a acusação ou que determinou o arquivamento;
  • Entende-se que o processo pode seguir para julgamento, mesmo no caso de alteração substancial de factos, permitindo ao arguido um prazo razoável para se defender, mais dilatado. Dizem os magistrados que se trata “de verdadeira alteração de factos (ainda que substancial) e não de um objeto processual (verdadeiramente) novo. Neste último caso só uma investigação do Ministério Público seria legítima”.

Quais as principais soluções propostas?

  • Com o objetivo de munir o sistema processual penal de mecanismos que permitam contrariar a dedução, na fase de recurso, de requerimentos e incidentes manifestamente infundados, utilizados como estratégia para evitar o cumprimento julgamento ou do trânsito em julgado, importa-se para o processo penal “a figura da defesa contra as demoras abusivas consagrada no artigo 670.º do Código de Processo Civil”. Pode assim o juiz condenar o visado no pagamento de uma soma entre 2 e 100 Unidades de Conta (UC). Ou seja, de cerca de 200 euros a 100 mil euros;
  • Aumentar os limites máximos da taxa de justiça em processo penal a pagar, com o objetivo de ajustar a tributação ao custo efetivo e às particularidades de cada processo de especial complexidade. Os limites mínimos devem permanecer inalterados;
  • Afetação de funcionários mais competentes e com mais experiência aos processos de especial complexidade, através da criação de equipas com preparação para o exercício de funções nesse contexto, a servirem o processo em exclusividade;
  • Valorização da cultura da síntese e clareza na redação das peças processuais e nas decisões judiciais;
  • Sistema automatizado de tradução de documentos que garanta a produção imediata de traduções, sem a demora e custos inerentes à contratação de profissionais para o efeito;
  • Interpretação linguística em tempo real, solução já em funcionamento noutros países como a Suécia, permitindo que, em audiência ou outra diligência processual, os participantes se exprimam na sua própria língua, podendo os restantes visualizar a interpretação em tempo real;
  • Criação do assistente virtual do juiz, que permita a recolha e agregação da informação relevante para a realização da decisão judicial, sobretudo no que toca a tarefas instrumentais que atualmente condicionam o seu tempo de execução. Em concreto, no quotidiano do juiz, há tarefas que podem ser realizadas de forma automatizada e que não requerem as especiais qualificações do magistrado;
  • Ferramentas de pesquisa para o juiz e assessores, com sistemas de inteligência artificial transparentes, rastreáveis e suscetíveis de serem controlados, permitindo pesquisas avançadas (isto é, não se cingindo à pesquisa por termos, datas ou códigos), através da interpretação dos elementos processuais, perceção do respetivo contexto e estabelecimento de relações entre os mesmos;
  • Novo modelo de elaboração e apresentação de peças processuais de elevada dimensão (acórdãos e decisões instrutórias), que permita a sua decomposição por módulos, de forma a simplificar a sua construção, bem como a comunicação ao cidadão;
  • Equipamento das salas de audiência com computadores, monitores e sistemas de som adequados, bem como de telemóveis capazes de estabelecer ligação com intervenientes processuais;
  • Disponibilização de computadores ágeis e ecrãs múltiplos aos magistrados, possibilitando a eficiente execução das aplicações informáticas e a consulta de processos em formato digital, com a ligação dos meios de prova;
  • Assessoria jurídica: Os juízes terão de ter um assessor de ciências jurídicas privativo. Esse assessor deve, sob a supervisão do juiz, realizar tarefas de mero expediente e de gestão quotidiana, a fim de libertar o juiz para a sua função jurisdicional;
  • Torna-se possível a delegação no assessor jurídico de funções específicas relativas ao agendamento das sessões de julgamento e das inquirições de testemunhas, da organização de ficheiros de prova, de recursos pendentes ou já concluídos, listagens temáticas, mas também a elaboração de projetos de despacho ou a pesquisa da legislação, jurisprudência e doutrina necessárias à preparação das decisões judiciais;
  • Assessoria técnica de especialistas, a constarem de uma lista de assessores. O assessor técnico, com previsão expressa no Código de Processo Civil, pode ser convocado a acompanhar o juiz pontualmente ou durante a audiência de julgamento;
  • Esclarecer expressamente que o MP pode arquivar o inquérito nos crimes particulares (ponderar a descriminalização da injúria e difamação, com reforço dos meios civis);
  • Garantir que o arguido tem o direito de se sentar junto do advogado durante o julgamento;
  • Reforçar o controlo do segredo de justiça, quando seja imposto.

O grupo de trabalho é composto por Ana Paula Conceição, juíza desembargadora no Tribunal da Relação de Lisboa, António Gomes, juiz desembargador no Tribunal da Relação do Porto e membro do GATEP e do ALTEC, Graça Pissarra, juíza de direito no Tribunal de Execução de Penas de Lisboa (atualmente em comissão de serviço no CSM), João Ferreira, juiz desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa e membro do GATEP e do ALTEC, José Carlos Ramos, juiz de direito no Tribunal Central de Instrução Criminal (atualmente afeto ao ALTEC), Rui Cardoso, procurador-geral adjunto no Tribunal da Relação de Évora (atualmente diretor do DCIAP) e Helena Susano, juíza de direito no Juízo Central Criminal de Lisboa (coordenadora do grupo de trabalho).

Estas conclusões estão alinhadas com as Grandes Opções do Plano para 2024-2028, publicadas em Diário da República em janeiro, que identificam os megaprocessos como um dos maiores desafios para a justiça penal e reforçam a necessidade de alterações legislativas para acelerar a ação dos tribunais. O programa Governo também já sublinhou a importância de reformar a fase de instrução criminal e implementar medidas que garantam maior celeridade e eficiência, como a simplificação das notificações e a gestão processual mais eficaz. O relatório final será enviado à ministra da Justiça, aos grupos parlamentares e ao presidente da Assembleia da República.

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Campo de Tiro de Alcochete vai mudar-se para Mértola

  • ECO
  • 18 Fevereiro 2025

Com a construção do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, a infraestrutura da Força Aérea deve mudar-se para o sudeste alentejano.

O campo de tiro da Força Aérea deverá sair de Alcochete para Mértola, há vários anos considerada a localização mais provável. Segundo o Jornal de Negócios, a decisão do Governo sobre a mudança da infraestrutura, para dar lugar à construção do novo aeroporto, já está tomada.

O ECO contactou o Ministério das Infraestruturas para confirmar a informação, e ainda aguarda resposta. Pelo menos desde 2007 que a zona de Mértola é apontada como destino provável do campo de tiro, nomeadamente por ter uma muito baixa densidade populacional.

Conforme a ANA aponta no Relatório Inicial entregue em dezembro ao Governo, e já confirmado pelo próprio Executivo, caberá ao Estado custear a desminagem do Campo de Tiro de Alcochete e a sua transferência para a nova localização. Uma operação que, no passado, foi orçada entre 200 a 250 milhões de euros.

O Campo de Tiro de Alcochete tem aproximadamente 7.560 hectares e é usado para instrução e treino operacional da Força Aérea. Alberga ainda a Base Aérea n.º 6, onde está sediada a frota de aviões de transporte C130 e outras aeronaves.

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UTAO alerta que proposta de excluir gastos em Defesa das regras orçamentais da UE é “perigosa”

  • ECO
  • 18 Fevereiro 2025

Rui Baleiras lembra que, independentemente da contabilidade feita por Bruxelas, os europeus terão de pagar estes gastos, seja por mais impostos, dívida ou redução da despesa.

A possibilidade avançada pela Comissão Europeia de excluir os gastos com Defesa da contabilidade para as regras orçamentais comunitárias é “perigosa”, por retirar aos cidadãos parte da noção do seu impacto financeiro para as contas públicas dos Estados-membros, alerta o coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), Rui Baleiras.

Criar uma exceção à regra é criar uma ilusão aos cidadãos, que terão de a pagar, seja através de impostos acrescidos no presente, seja por menor despesa ou por mais impostos no futuro para pagar dívida”, disse o responsável, em declarações ao Jornal Económico (acesso pago).

Segundo Rui Baleiras, a economia define-se por ter “recursos escassos”, pelo que “não podemos iludir a necessidade de fazer escolhas”, mesmo em cenários como o atual, em que há várias prioridades a que a Europa terá de acorrer. Por isso, lembra que “não contar para a regra [orçamental europeia] não evita que essa despesa conte para quem tem de a pagar, que são os contribuintes”.

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“Eu conto com o turismo, porque mudou Portugal para melhor”

  • Conteúdo Patrocinado
  • 18 Fevereiro 2025

Luís Garção, piloto especializado em voos turísticos, explica como é que o turismo melhorou a sua atividade profissional e também a economia portuguesa.

Luís Garção, piloto especializado em voos turísticos e acrobáticos, depende diretamente do turismo para o sucesso do seu negócio. A crescente procura por adrenalina tem impulsionado a expansão da sua atividade, atraindo visitantes de diferentes países e culturas ao longo de todo o ano. O turismo não só sustenta o seu trabalho, mas também promove uma conexão especial entre os turistas e a beleza dos céus de Portugal, garantindo momentos inesquecíveis e contribuindo para o desenvolvimento da atividade.

O que é o projeto Eu conto com o Turismo?

Um empresário do têxtil, uma varina da Nazaré, um vendedor de bolas de Berlim, a proprietária de uma loja de produtos dos Açores, um piloto de voos de recreio, uma empresária do setor vinícola… e tantos, tantos outros. Todos nós, na verdade. Todos somos beneficiários do turismo e contamos com o turismo para melhorar as nossas vidas.

O turismo tem vindo a assumir um papel crescente na economia portuguesa e é o principal responsável pela maioria dos indicadores positivos dos últimos anos. Cria emprego, anima o tecido empresarial, revitaliza as cidades.

O projeto Eu conto com o Turismo tem como objetivo dar voz a pessoas, mais e menos conhecidas, das mais variadas atividades e regiões, que, de alguma forma, beneficiam do turismo.

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Subscrição de certificados pela App CTT subiu 80% em janeiro para 600 mil euros/dia

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Valor médio de subscrições de certificados de aforro através da 'app' (aplicação) CTT rondou os 600 mil euros em janeiro, registando uma subida de mais de 80% face ao mês anterior.

O valor médio de subscrições de certificados de aforro através da ‘app’ (aplicação) CTT rondou os 600 mil euros em janeiro, registando uma subida de mais de 80% face ao mês anterior.

Estes dados foram adiantados, em resposta à Lusa, por fonte oficial dos CTT, numa altura em que mais de 35 mil clientes associaram a sua conta aforro a esta aplicação, que foi lançada em meados de julho do ano passado e através da qual os aforristas podem fazer subscrições e consultas de saldo.

Até 31 de janeiro, o valor global de certificados de aforro subscritos através do Aforro Digital ascendeu a 40 milhões de euros, segundo a mesma fonte oficial, que acrescenta que desde o seu lançamento foram efetuadas cerca de 200 mil operações através da App CTT.

“Em operações a app representou 6,1% do total das operações nas lojas “, precisou.

Os certificados de aforro terminaram o ano de 2024 com um total de 34.743 milhões de euros investidos, sendo este o valor mais elevado de sempre.

A procura por certificados intensificou-se a partir de julho de 2022, acompanhando a subida da remuneração deste tipo de poupança na sequência da subida das Euribor.

O encerramento da série então em comercialização (E) e a abertura de uma nova (F) com uma taxa de juro menos generosa no verão de 2023, refreou a colocação de dinheiro nestes títulos de dívida pública com a queda do volume global aplicado em certificados de aforro a registar vários meses de quedas consecutivas, entre novembro daquele ano e setembro de 2024.

A situação inverteu-se no último trimestre de 2024, e os certificados de aforro voltaram a captar a atenção dos aforradores e a registar volumes mensais de entradas de dinheiro (emissões) superiores às saídas (amortizações), terminando o ano a bater novo recorde.

Esta inversão da queda coincidiu com a entrada em vigor, em 7 de outubro, de novas regras que vieram aumentar de 50 mil para 100 mil euros o limite máximo de subscrição da série F e a subida do limite máximo conjunto das séries F e E de 250 mil para 350 mil euros.

Os 34.743 milhões de euros de saldo contabilizados em janeiro traduzem uma subida de 352 milhões de euros face ao valor do mês anterior e de 684 milhões de euros face ao mês homólogo de 2023.

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Preço dos solos rústicos está a subir, mas incerteza com a nova lei trava vendas

  • ECO
  • 18 Fevereiro 2025

Imobiliárias apontam para aumento dos preços dos terrenos rústicos no arranque deste ano, antecipando que a subida se intensifique ao longo do ano.

Pouco mais de um mês após terem sido publicadas as alterações à chamada lei dos solos, Remax, ERA e Imovirtual dão conta de um aumento dos preços dos terrenos rústicos no início de 2025 ou antecipam que essa subida venha a intensificar-se ao longo deste ano, revela o Público (acesso pago).

A ERA estima uma subida de 71% dos preços médios anunciados dos terrenos rústicos desde o início deste ano. Por sua vez, a Remax não tem, para já, dados disponíveis sobre esta evolução, mas espera registar um desempenho semelhante. Já a Imovirtual aponta para um aumento de 3% no preço médio dos terrenos rústicos anunciados para venda no início deste ano face ao mesmo período do ano passado, enquanto o preço médio de terrenos urbanos subiu 1% neste período.

Não obstante, as imobiliárias consideram que é cedo para tirar conclusões, por não haver operações suficientes para fazer já um retrato fiável da evolução da oferta e da procura, até porque as alterações que a lei dos solos ainda irá sofrer trazem incerteza ao mercado. Para os representantes do setor imobiliário, o efeito que o novo regulamento terá sobre a crise habitacional é “nenhum”.

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“Prospeção de lítio será feita sobretudo com meios aéreos”, diz ministra do Ambiente

  • ECO
  • 18 Fevereiro 2025

Ministra do Ambiente garante que o Executivo não vai desistir da construção da barragem do Pisão, travada por uma decisão judicial.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, disse, em entrevista Rádio Renascença (acesso livre), que este ano vão acontecer apenas ações de mapeamento das riquezas existentes no território nacional, sobretudo com recurso a meios aéreos.

Precisamos de saber o que temos, se temos concentrações que justifiquem avanços de projetos”, afirmou a governante, prometendo “fazer sempre o mínimo possível de impacto na natureza e na qualidade de vida, nos menores impactos ambientais possíveis”. Graça Carvalho reconheceu que “quando os projetos começam assim, é difícil decorrer de uma forma suave e tranquila”, mas considera que “é impensável, nos dias de hoje, qualquer projeto — de mineração, de energias renováveis, um projeto industrial ou mesmo uma construção — não envolver a população”.

A ministra do Ambiente garantiu ainda que o Executivo não vai desistir da construção da barragem do Pisão, travada por uma decisão judicial. Os atrasos no projeto obrigaram a retirar o projeto do financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sendo a ideia assegurar as verbas necessárias através do Portugal 2030. “Não havia dinheiro a fundo perdido, era um empréstimo. Agora o Pisão vai, em grande parte, ser financiado pelo Programa Operacional Sustentável, pelo fundo de coesão. Pode ir até aos 85%, agora vamos começar com 45%, e o resto continua a ser empréstimo. Se o Pisão absorver bem o financiamento, pode ter o financiamento até 85%”, disse Graça Carvalho, acrescentando que a barragem “não terá” de sofrer uma grande reformulação.

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Podcast Advocatus. Entrevista a Victor Alves Coelho e a rubrica Quid Juris

  • ADVOCATUS
  • 18 Fevereiro 2025

No quinto episódio o presidente da CPAS é o grande entrevistado. Na rubrica Quid Juris falamos sobre o mecanismo de perda alargada de bens, com a participação da advogada Raquel Caniço.

No quinto episódio do Podcast Advocatus, a diretora executiva Filipa Ambrósio de Sousa entrevistou Victor Alves Coelho, presidente da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS).

Na rubrica Quid Juris, um segmento que pretende clarificar situações jurídicas, atuais e diárias, e conduzida pelo jornalista Frederico Pedreira, analisamos o mecanismo de perda alargada de bens. Para falar sobre todos os contornos jurídicos desta estrutura contamos com a participação da advogada Raquel Caniço.

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Veja aqui o vídeo.

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Governo planeia criar mais sete consulados, cinco no Brasil

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

O Governo português planeia criar mais sete consulados, cinco dos quais no Brasil, e talvez um no Recife, anunciou o Presidente da República.

O Governo português planeia criar mais sete consulados, cinco dos quais no Brasil, e talvez um no Recife, anunciou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiando por isso o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Marcelo Rebelo de Sousa falava perante o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, durante um encontro com representantes da comunidade portuguesa, no Gabinete Português de Leitura de Pernambuco, no Recife.

“Tinha aqui uma coisa escrita, mas não sei se o senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros me autoriza a dizer, mas acho que isto foi aprovado. Puseram-me aqui que há a ideia de criar mais sete consulados, dos quais cinco no Brasil”, declarou o Chefe de Estado.

Dirigindo-se a Paulo Rangel, Marcelo Rebelo de Sousa perguntou: “Posso dizer ou é melhor não dizer?”.

O Presidente da República interpretou a resposta do ministro como um “assim-assim” e prosseguiu: “E, eventualmente, um no Recife. Pronto, quer dizer, já não há silêncio”.

O Chefe de Estado considerou que as suas palavras se enquadravam na “cooperação institucional” e referiu estar convencido de que “isto foi discutido no Parlamento”.

“Bom, é importante, mas bem merece. Só quer dizer que temos um Ministério de Negócios Estrangeiros muito atento àquilo que se passa“, elogiou.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao Recife no domingo, para uma visita oficial ao Brasil, a convite do Presidente Lula da Silva, que o receberá na terça-feira no Palácio do Planalto, em Brasília.

Pela parte do Governo, está acompanhado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. Não se tratando, na classificação da Presidência da República Portuguesa, de uma visita de Estado, a comitiva não inclui deputados.

Na quarta-feira, dia em que Chefe de Estado estará de regresso a Portugal, será o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a reunir-se com Lula da Silva, durante a 14.ª Cimeira Luso-Brasileira, à qual levará 11 dos 17 ministros do Governo PSD/CDS-PP, seguindo depois de Brasília para São Paulo, para um fórum económico.

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Advogados defendem que tribunais não devem sair do Campus de Justiça

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

O questionário foi realizado entre 16 de janeiro e 12 de fevereiro e contou com a resposta de 825 profissionais, cerca de 5% dos inscritos dos advogados do Conselho Regional de Lisboa da OA.

A falta de salas adequadas para advogados, a dimensão das salas de audiência e o cruzamento nos corredores entre magistrados, arguidos e vítimas são os principais problemas identificados pelos advogados no Campus de Justiça de Lisboa, segundo um inquérito recente realizado pelo Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados.

O questionário foi realizado entre 16 de janeiro e 12 de fevereiro e contou com a resposta de 825 profissionais, cerca de 5% dos inscritos naquele órgão.

De acordo com os resultados do inquérito, a que a Lusa teve acesso, 52% dos inquiridos consideraram que as instalações do Campus de Justiça de Lisboa “reúnem as condições de trabalho adequadas” para todos os operadores judiciários, enquanto os restantes 48% evidenciaram a falta de condições.

Entre estes últimos, 117 causídicos afirmaram que “nenhum dos tribunais tem as condições necessárias”, com o Tribunal Central de Instrução Criminal a ser o mais referido pelos que indicaram somente um espaço.

Os advogados auscultados dividem-se também quanto à necessidade de os tribunais e outros serviços judiciários abandonarem o Campus de Justiça de Lisboa, com 54% a defenderem que tal não deve acontecer e 46% que sim.

O Governo criou, em novembro de 2024, um grupo de trabalho para elaborar, até 31 de março de 2025, um “plano estratégico” de saída dos tribunais do Campus de Justiça de Lisboa. Desse grupo faz parte o Conselho Regional de Lisboa da OA.

A retirada deverá ficar concluída até 30 de abril de 2034, data em que termina o contrato de arrendamento dos edifícios localizados no Parque das Nações, na zona ribeirinha da cidade.

“O contrato de arrendamento do Campus de Justiça de Lisboa, celebrado a 03 de junho de 2008, representa, na presente data, um encargo para o Estado de valor superior a 222 milhões de euros”, referiu, no despacho de criação do grupo de trabalho, a secretária de Estado da Justiça, Maria José Barros.

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Young Lions regressam ao ritmo de José Pinhal

  • + M
  • 18 Fevereiro 2025

O conceito e identidade visual da campanha foram desenvolvidos pela Tangity, agência que faz parte da consultora NTT Data e que é também naming sponsor da competição. A Trix assina o filme.

“A vida dura muito pouco para dares palco a outro” é o mote dos Young Lions deste ano. “A competição está de volta para desafiar toda uma geração de profissionais a demonstrarem o seu potencial criativo para representar Portugal num dos palcos mais prestigiados de setor”, aponta Ana Paula Costa, representante dos Lions Festivals em Portugal, junto com a MOP, sublinhando que “as competições Young Lions são um verdadeiro trampolim para as carreiras”.

O conceito criativo da edição deste ano é inspirado na figura e estilo de José Pinhal, apresentando uma imagem kitsch-pop. O conceito e identidade visual da campanha e do site foram desenvolvidos pela Tangity, agência criativa que faz parte da consultora NTT Data e que é também naming sponsor da competição, e a Trix assina a realização do filme.

“Falar para os mais jovens é sempre um desafio, porque as marcas têm de encontrar a linguagem e a forma certa de o fazer. Nesta campanha, creio que encontrámos um eixo verdadeiramente autêntico, porque os Tangity Young Lions Portugal prometem fazer exatamente o que José Pinhal não conseguiu no seu tempo: dar o devido reconhecimento ao talento, algo que acabou por só acontecer décadas após a sua morte. É o exemplo perfeito pela história, pela letra da sua música e pela estética para transmitirmos a ideia de que a vida dura muito pouco para darmos palco a outro, mais ainda no registo imagético kitsch que emergiu com o cantor, graças às novas gerações“, descreve citado em comunicado antecipado ao +M André Sentieiro, diretor criativo da Tangity Portugal.

Com inscrições a decorrer desde esta segunda-feira e até dia 6 de março, são chamados a participar profissionais até 30 anos nas categorias de imprensa/OOH, filme, digital, media, design, relações públicas e marketing. As candidaturas serão avaliadas e votadas por um coletivo de jurados nomeados pelas principais associações das áreas de marketing, publicidade e comunicação, que vão selecionar 70 jovens profissionais para passarem ao bootcamp.

Neste, terão 48 horas para responder a um briefing, apresentado pelas marcas patrocinadoras, sendo no final selecionadas as duplas vencedoras que viajam até ao Festival de Criatividade Internacional Cannes Lions, em representação de Portugal na competição internacional.

No top 3 dos países mais premiados nesta competição, em 2024 as duplas portuguesas ganharam uma medalha de bronze em Digital — Tomás de Matos Almeida e João Chicau – e duas shortlists – em Filme, com Francisco Machado e Daniel Gordon, e em Design, com David Canaes e Francisco Roque do Vale.

A Central de Informação é a agência responsável pela assessoria de imprensa e pela amplificação no digital da edição desta dos Tangity Young Lions Portugal, agora também no TikTok e LinkedIn, e a IPG Mediabrands a agência de media. A iniciativa conta ainda com a colaboração da 29 Graus, da Carma e NewsSearch e da Sagres. O +M, Público e RTP são os parceiros de media.

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