Vítimas dos fogos têm até 31 de março para receber apoios

Dentro de cinco dias abrem as candidaturas ao Fundo de Emergência Municipal (FEM) para apoio à reposição e reparação de infraestruturas e equipamentos públicos das autarquias locais.

Com vista a “assegurar a recuperação económica e social das regiões atingidas” pelos fogos de setembro de 2024, o Governo já publicou, esta segunda-feira, em Diário da República, o decreto de lei que permite às vítimas, que perderam casas e fábricas, candidatarem-se a apoio financeiro até 31 de março.

No final de 2024, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, já tinha anunciado essa intenção de prorrogar o prazo devido ao reduzido número de candidaturas apresentadas aos apoios do Estado pelas vítimas dos fogos de setembro que perderam casas e fábricas. Segundo o ministro, só houve cinco candidaturas, apesar de terem sido identificadas dezenas que arderam total ou parcialmente.

A prorrogação do prazo pelo Governo deve-se, assim, “à inevitável complexidade inerente à reconstrução de habitações danificadas, nomeadamente, nos casos de habitações que se encontram com processo de legalização em curso ou quando se mostre difícil identificar e localizar os proprietários ou coproprietários”, lê-se na portaria publicada nesta segunda-feira.

O Governo constatou ainda a “necessidade de incluir um mecanismo específico para apoiar a reconstrução de infraestruturas e a reposição de bens móveis de pessoas coletivas de direito privado sem fins lucrativos, que desempenham um papel essencial na coesão social das comunidades afetadas”. Nesse sentido, serão lançados avisos específicos, de modo a garantir uma maior abrangência e eficácia das medidas de apoio.

EPA/Paulo NovaisPaulo Novais/EPA 12 Agosto, 2017

De acordo com esta portaria, as freguesias afetadas pelos incêndios são, à semelhança dos municípios, elegíveis para os apoios à reposição e reparação de infraestruturas e equipamentos públicos.

A abertura das candidaturas ao Fundo de Emergência Municipal (FEM) para apoio à reposição e reparação de infraestruturas e equipamentos públicos das autarquias locais, de suporte às populações que foram destruídos pelos incêndios rurais, deve acontecer dentro de cinco dias.

Nesse sentido, as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR) vão celebrar protocolos de colaboração com as autarquias locais dos respetivos territórios afetados.

Serão ainda lançados avisos dedicados ao financiamento de infraestruturas e bens móveis sinistrados de pessoas coletivas de direito privado sem fins lucrativos localizados nos territórios abrangidos.

Este decreto já foi aprovado em Conselho de Ministros de 16 de janeiro de 2025 e promulgado a 29 de janeiro de 2025.

Para a reconstrução das casas, o Estado concede um apoio a 100% para danos até 150 mil euros e a 85% para o restante. O valor máximo por metro quadrado para construção, reconstrução, reabilitação e aquisição de habitação corresponde “a 75% do último valor da mediana nacional das vendas por metro quadrado de alojamentos familiares novos, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística, à data da aprovação da candidatura”, de acordo com a portaria que define as regras de atribuição dos apoios.

A 17 de outubro o Conselho de Ministros aprovou o aumento do teto do apoio por projeto às empresas do Norte e Sul do país afetadas pelos incêndios, de 200 para 300.000 euros.

As chamas causaram a morte de nove pessoas, ferimentos em 170 e consumiram cerca de 135.000 hectares de floresta no Norte e Centro de país, entre 15 e 20 de setembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

pbbr assessora espanhola Gavari na entrada no mercado português

A equipa da pbbr envolvida nesta operação foi liderada pelo sócio da área de Imobiliário Pedro Pinto.

A pbbr assessorou a espanhola Gavari Asset Managment na sua entrada no mercado português através da compra de um lote de terreno para construção no Monte da Caparica, em Almada. A aquisição foi no valor de seis milhões de euros, revelou o escritório em comunicado.

“A aquisição visa o desenvolvimento de uma residência de estudantes. O futuro edifício terá uma área de cerca de 10 mil metros quadrados e contará com 400 camas, bem como zonas ao ar livre para a prática de desporto“, explicam.

O projeto visa reforçar a oferta de alojamento estudantil de naquela zona do concelho de Almada, onde estão instalados vários polos universitários, um segmento em crescimento devido ao aumento da procura por parte de estudantes nacionais e internacionais.

A equipa da pbbr envolvida nesta operação foi liderada por Pedro Pinto, sócio da área de Imobiliário, contando ainda com Isabel Brazão de Castro, associada coordenadora da mesma área, Tânia Osório e André Bernardo Alves, sócia e associado da área de Urbanismo e Construção, e Mário Silva Costa, sócio da área de Fiscal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor cai para novo mínimo de 2 anos a três meses, recua a 12 meses e mantém-se a seis

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

Com as alterações desta segunda-feira, a taxa a três meses, que desceu para 2,526%, continuou acima da taxa a seis meses (2,468%) e de 12 meses (2,372%).

A Euribor voltou a descer esta segunda-feira a três meses para um novo mínimo desde fevereiro de 2023, tendo recuado a 12 meses e permanecendo inalterada a seis meses, face a sexta-feira.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que desceu para 2,526%, continuou acima da taxa a seis meses (2,468%) e da de 12 meses (2,372%).

  • A Euribor a três meses desceu, assim, para novos mínimos, de 01 de fevereiro de 2023, recuando 0,001 pontos face a sexta-feira, para 2,526%. A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%. A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.
  • Já a Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, manteve-se esta segunda-feira inalterada face a sexta-feira, em 2,468%. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.
  • A Euribor a 12 meses recuou, em relação a sexta-feira, 0,0012 pontos, para 2,372%.

Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair.

Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de março em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Famílias Martinavarro e Ballester vendem terrenos no Alentejo

Grupo ibérico Bolschare Agriculture, com sede na Eurocidade Elvas-Badajoz-Campo Maior, fica a gerir as propriedades em Beja.

O grupo espanhol Agrihold, das famílias Martinavarro e Ballester, vendeu um terreno com uma área de 700 hectares no Alentejo, onde se localiza a Herdade da Zambujeira, a um investidor internacional. Os ibéricos da Bolschare Agricultura arrendaram os ativos em Beja e vão ficar com a gestão a partir de agora.

A operação envolveu a venda de uma entidade legal espanhola, que por sua vez detém a sociedade portuguesa Valenciagro e outros ativos em Portugal, com uma superfície total de 700 hectares de plantação de tangerinas, amendoal e olival.

“A continuidade do projeto a longo prazo é mantida, incluindo a empregabilidade de todos os funcionários atuais, com a venda da empresa a um investidor internacional e do subsequente arrendamento à Bolschare Agriculture, um parceiro local deste investidor na região e o mais importante operador agrícola do sul da Europa”, garantem os assessores imobiliários.

O negócio, cujo valor não foi publicado, dá por terminado o projeto agrícola da família Martinavarro em Portugal, que iniciou com outros acionistas em 2000. Os Martinavarro são fundadores da Citri&CO, que faz produção de citrinos, melão, melancia e fruta de caroço na Europa.

“Após mais de 20 anos desde o início deste projeto agrícola, atingimos um ponto de maturidade que nos permitiu tomar a decisão estratégica de alienar os nossos ativos em Portugal para nos concentrarmos em outros projetos que estamos a lançar na Península Ibérica”, explicou o diretor geral da Citri&Co e acionista da Marmoagro, José Luis Martinavarro Ferrer.

O CEO da Bolschare considera que a Herdade da Zambujeira “é um ativo agrícola excecional”, portanto merecedor que a operação tenha continuidade. “O nosso compromisso com a sustentabilidade e práticas agrícolas eficientes continuará a ser um pilar fundamental neste projeto a longo prazo”, acrescentou Pedro Foles.

Entre os advisors jurídicos e financeiros estiveram ainda os escritórios de advogados Garrigues (grupo Agrihold), PLMJ, Baker McKenzie e consultora KPMG (ao lado do investidor). Segundo a equipa de assessoria da CBRE, liderada pelo diretor de Agribusiness [Agronegócio] para o sul da Europa, Manuel Albuquerque, a promotora conseguiu “maximizar o valor dos ativos num ambiente de mercado desafiante, mantendo a sustentabilidade e a eficiência operacional como fatores chave”.

A CBRE garante que, nos últimos anos, o sector agrícola ibérico profissionalizou-se ao ponto de facilitar a entrada de investidores institucionais devido aos rendimentos atrativos e à possibilidade de desenvolvimento de carteiras diversificadas, o que minimiza a volatilidade e reduz a relação risco/rendimento das mesmas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal anula venda de terreno à Lusorecursos que restitui a baldios em Montalegre

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

O Tribunal de Vila Real deu razão à Comunidade Local de Baldios, declarou ineficaz a escritura de justificação de compra e venda e declarou que o terreno é baldio.

O Tribunal de Vila Real ordenou a restituição de um terreno aos baldios de Rebordelo que dois agricultores venderam à Lusorecursos e a retirada de máquinas e vedações pela empresa que quer explorar lítio em Montalegre.

A sentença do Tribunal Central Cível de Vila Real data de 29 de janeiro e foi hoje consultada pela agência Lusa.

Um casal de agricultores, o homem de 68 e a mulher de 64 anos, vendeu um terreno em Rebordelo, concelho de Montalegre, à empresa Lusorecursos, propriedade que o conselho diretivo da Comunidade Local dos Baldios reclamava ser sua, denunciando uma venda indevida.

O processo que opunha os baldios ao casal e à empresa começou a ser julgado em dezembro e, na altura, o agricultor alegou que o terreno era uma herança dos seus pais, que sempre ali colheu milho, batata e centeio e que nunca viu lá ninguém da Comunidade Local de Baldios a reclamar a posse. A sua mulher acrescentou que o terreno era o sustento do casal e que o cultivaram desde 1977, um ano depois de casarem, até o venderem à empresa Lusorecursos.

No entanto, o Tribunal de Vila Real deu razão à Comunidade Local de Baldios, declarou ineficaz a escritura de justificação de compra e venda e declarou que o terreno é baldio, propriedade comunitária dos compartes de Rebordelo.

O tribunal ordenou ainda a restituição da propriedade por parte da Lusorecursos à comunidade local e condenou a empresa a retirar máquinas, materiais, equipamentos e vedações, deixando-o livre de pessoas e bens e repondo o terreno no estado em que se encontrava.

Ordenou ainda o cancelamento do registo realizado a 20 de março de 2020 relativamente a este terreno, condenou o casal a respeitar o direito dos baldios e a abster-se, no futuro, de praticar quaisquer atos de apropriação. Por fim, condenou os agricultores, como “litigantes de má-fé”, no pagamento de uma multa de 510 euros (cinco unidades de conta).

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou a exploração de lítio em Montalegre emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em setembro de 2023.

A Lusorecursos propõe uma exploração mista, primeiro a céu abertura passando depois para túnel, e a concessão tem uma área total de 825,4 hectares abrangendo áreas das localidades de Morgade, Rebordelo e Carvalhais, no concelho de Montalegre, distrito de Vila Real.

O projeto inclui zonas de exploração e de deposição de resíduos de extração e uma refinaria, onde o minério bruto será beneficiado. Os opositores à mina alertam para as consequências a nível do ambiente, saúde, água, agricultura e o impacto no Barroso Património Agrícola Mundial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Exportações invertem tendência e crescem 2,5% em 2024. Importações sobem 1,9%

Exportações e importações inverteram a tendência de queda. Défice da balança comercial agravou-se em 78 milhões de euros, para 27.887 milhões de euros.

As exportações portuguesas recuperaram em 2024, após a queda de 1,4% registada no ano anterior. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a venda de bens ao exterior avançou 2,5% no ano passado, enquanto as importações cresceram 1,9%, invertendo a queda de 4% registada em 2023.

Apesar do ritmo de crescimento das exportações ter sido superior ao das importações, registou-se um agravamento de 78 milhões de euros do défice da balança comercial face a 2023, para 27.887 milhões de euros, bem como uma subida de 0,4 pontos percentuais (pp.) na taxa de cobertura, para 74%.

Descontando as transações com vista a, ou na sequência de, trabalhos por encomenda (sem transferência de propriedade), o crescimento em ambos os fluxos foi menor: 1,7% nas exportações e 1,2% nas importações. Os dados do INE revelam ainda que as exportações sem transferência de propriedade representaram 4,3% do total das exportações, correspondendo a um acréscimo de 0,8 pp. face a 2023, e registando um acréscimo de 26,7% face ao ano anterior.

Neste caso, o défice da balança comercial recuou 39 milhões de euros face ao ano anterior, totalizando 28.348 milhões de euros.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Excluindo combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 2% em 2024 e as importações 3%, o que compara com as taxas de 0,7% e 1,7%, respetivamente, registada em 2023. Neste caso, o défice da balança comercial situou-se em 21.909 milhões de euros, aumentando 1.328 milhões de euros face ao ano anterior.

Exportações de produtos alimentares e bebidas crescem 8,3%

O INE adianta que a maioria dos bens exportados apresentou acréscimos, sendo os mais significativos os registados nos produtos alimentares e bebidas e fornecimentos industriais, com aumentos de 8,3% e 2,3%, respetivamente. No entanto, excluindo as exportações sem transferência de propriedade, a venda de fornecimentos industriais caiu 0,5% face ao ano anterior, enquanto a variação nos produtos alimentares e bebidas pouco se alterou (+8,4%).

As exportações de combustíveis e lubrificantes foram a terceira categoria que mais aumentou em 2024, com um aumento de 10,2%, principalmente para Bélgica, Gibraltar e Países Baixos. “As variações nesta categoria de bens foram, não só influenciadas pelo aumento da procura global deste tipo de produtos, mas também pelo comportamento dos preços deste tipo de bens nos mercados internacionais, em especial da cotação do petróleo bruto (brent), cuja cotação média anual (em euros) diminuiu 2,6% em 2024”, explica o organismo de estatística.

Por outro lado, o material de transporte foi a categoria que registou o maior decréscimo das exportações, ao cair 0,6%, principalmente devido à diminuição das exportações de veículos e outro material de transporte para França, Turquia e Japão. Descontando as exportações sem transferência de propriedade, o decréscimo das exportações acentuou-se (-1,2%).

Em termos de estrutura, os fornecimentos industriais continuaram a ser a categoria mais exportada em 2024, com um peso de 31,8%, menos 0,1 pp. face ao ano anterior, seguidos pelo material de transporte e pelos bens de consumo.

Alemanha é o principal impulsionador das exportações

A Alemanha foi o destino que mais contribuiu para o aumento das exportações de bens, com um peso de 12,3%, embora ocupe o segundo lugar no ranking de clientes de Portugal. As exportações para este país aumentaram 17,8%, essencialmente fornecimentos industriais, material de transporte e máquinas e aparelhos.

Espanha garantiu o segundo maior contributo para o aumento das exportações nacionais em 2024, continuando como principal destino, com um peso de 26%. O INE assinala que as exportações para o país vizinho aumentaram 3,5%, principalmente produtos alimentares e bebidas e fornecimentos industriais.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Espanha, Alemanha e França continuaram, assim, a ser os principais clientes externos em 2024. No seu conjunto, concentraram mais de metade do total das exportações nacionais (50,5%, +1,0 pp. face a 2023). Os Estados Unidos mantiveram-se como principal destino fora da União Europeia, com um peso de 6,7% (-0,1 pp. que em 2023), seguido do Reino Unido, que foi o quinto principal destino, com um peso de 4,6% (-0,1 pp. face ao ano anterior).

Importações de combustíveis caem 6,1%

Em 2024, as importações de todas as grandes categorias económicas cresceram, exceto de combustíveis e lubrificantes, que caíram 6,1% face a 2023, em grande medida, devido aos decréscimos nas transações com Espanha. No entanto, excluindo as sem transferência de capital do valor das importações, também os fornecimentos industriais decresceram face ao ano anterior (-1,7%).

O maior contributo para o acréscimo global das importações resultou do aumento das importações de bens de consumo, que registou um crescimento de 7,3% face ao ano anterior, “o que se ficou a dever, essencialmente, às transações com Espanha, China e Países Baixos”. Já as importações de material de transporte registaram o segundo maior acréscimo face a 2023, com uma subida de 4,9%, provenientes de França, principalmente.

(Notícia atualizada às 11h44)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Programa para atrair eventos para Portugal reforçado em 20 milhões de euros

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Fevereiro 2025

Portaria publicada esta segunda-feira eleva de 10 milhões para 30 milhões a dotação do programa cujo objetivo é captar eventos que contribuam para o reforço da notoriedade das regiões e do país.

A dotação do programa Portugal Events foi aumentada em 20 milhões de euros, para 30 milhões de euros, de acordo com uma portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República. O programa passa também a suportar “eventos de base regional”.

O reforço das verbas deste programa, que visa captar eventos que contribuam para o reforço da notoriedade das regiões e do país, estava previsto na Agenda Acelerar a Economia.

Na portaria, assinada pelo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, os 30 milhões de euros, provenientes “exclusivamente” das receitas próprias do Turismo de Portugal, incluem 16 milhões de euros para os anos de 2025 e 2026.

Além do Convention Bureaux, associações, fundações, instituições de Ensino Superior e Agências Regionais de Promoção Turística reconhecidas pela Confederação do Turismo de Portugal, as entidades beneficiárias passam a incluir “entidades públicas, incluindo aquelas em cuja gestão as entidades da administração central do Estado, regional e local tenham posição dominante”.

Com este diploma, as entidades regionais de turismo passam também a poder promover a apresentação de planos integrados de eventos de base regional, adequando a atuação do Portugal Events às necessidades de desenvolvimento de cada região.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aliança internacional “Current AI” tem 400 milhões para desenvolver inteligência artificial

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

França, Chile, Finlândia, Nigéria, Marrocos, Quénia, Alemanha, Eslovénia e Suíça lançaram parceria de inteligência artificial com um investimento inicial de 400 milhões de dólares.

França e mais oito países, associações e empresas vão lançar uma iniciativa de inteligência artificial (IA) “de interesse público”, patrocinada por 11 líderes tecnológicos, segundo um comunicado divulgado no domingo, véspera da abertura de uma cimeira sobre IA em Paris.

Denominada “Current AI”, a parceria conta com o apoio de responsáveis como Arthur Mensch, da start-up francesa Mistral AI, e Fidji Simo, diretor da plataforma americana de entrega de compras Instacart, e tem um investimento inicial de 400 milhões de dólares.

A iniciativa espera angariar um total de 2,5 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos para desenvolver o acesso a bases de dados privadas e públicas em áreas como a saúde e a educação, e investir em ferramentas e infraestruturas de código aberto para tornar a IA mais “transparente e segura”, refere o comunicado.

O projeto pretende também desenvolver “sistemas para avaliar o impacto social e ambiental” da IA, acrescenta.

“A Current AI contribuirá para o desenvolvimento dos nossos próprios sistemas de inteligência artificial em França e na Europa para diversificar o mercado e promover a inovação em todo o mundo”, disse o Presidente francês Emmanuel Macron, citado no comunicado.

Os países fundadores da parceria incluem o Chile, a Finlândia, a Nigéria, Marrocos, o Quénia, a Alemanha, a Eslovénia e a Suíça.

Do lado empresarial, a Google, a Salesforce e o grupo “AI Collaborative”, do fundador do eBay, Pierre Omidyar, estão a participar na iniciativa.

O anúncio antecede a abertura da cimeira sobre IA que reunirá em Paris, na segunda e terça-feira, líderes políticos e empresariais para debater os grandes desafios colocados por esta tecnologia, que está a revolucionar a sociedade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Central de Biomassa do Fundão já fornece energia a cerca de 20 mil casas e cria 100 postos de trabalho

  • Conteúdo Patrocinado
  • 10 Fevereiro 2025

A operar desde 2019, a Central de Biomassa do Fundão tem vindo a incrementar a sua contribuição para a produção de energia verde, para além de ter um papel relevante na criação de emprego.

A Central de Biomassa do Fundão (CBF), central de produção de energia elétrica de origem renovável, já alimenta perto de 20 mil casas, gera mais de 100 postos de trabalho, diretos e indiretos, e contribui com cerca de 70% da sua faturação para a economia local, numa região de baixa densidade e com pouca oferta de trabalho.

Para Manuel Pitrez de Barros, Diretor Geral da Central, “a CBF é uma das maiores indústrias da região do Fundão, contribui para a estabilidade da rede elétrica, e valoriza resíduos que antes ficavam a apodrecer nos terrenos, ou eram queimados em queimadas não controladas, potenciando incêndios, ou ao abandono nos terrenos”.

O responsável aponta ainda que a Central “contribui diretamente para uma floresta forte e ordenada, o que se reflete numa biodiversidade florestal saudável e resistente às alterações climáticas, bem como para que Portugal atinja as metas estipuladas pela UE e o Governo relativas à transição energética e à neutralidade carbónica”, acrescentando que “desde que a CBF começou a laborar, notamos que o número de fornecedores de biomassa começou a aumentar porque os seus resíduos florestais passaram a ser valorizados”.

Mais recentemente, e com vista a promover um maior envolvimento da CBF na comunidade e economia local, foi alcançado um acordo com os vizinhos da Central, o qual consiste em “a CBF ir verificando que cumpre com as condições gerais do ruído, sendo que caso isso não se verifique a CBF tem um ano para implementar medidas de mitigação”, refere Manuel Pitrez de Barros.

Manuel Pitrez de Barros, Diretor Geral da Central

A CBF compromete-se igualmente a, nos prazos definidos no acordo, deixar de triturar biomassa dentro do perímetro da Central, de modo a minimizar a produção de poeiras, assim como a minimizar a propagação de cinzas, através da implementação de uma cobertura na zona das cinzas.

Manuel Barros reforça que “a CBF cumpre com as normas do ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), tem um plano de aprovisionamento a 10 anos, conforme exigido aquando do concurso da CBF em 2016, e temos conversado com a Câmara Municipal do Fundão para cooperarmos na gestão das áreas florestais e florestamento para aumentar a área de floresta da região”.

A Central de Biomassa do Fundão e a economia circular

Constituindo-se como um agente ativo da economia circular, “a CBF valoriza resíduos que antes eram abandonados e queimados na floresta, para gerar energia renovável, onde as suas cinzas são usadas para produzir fertilizantes orgânicos, o pó da biomassa é usado para substrato pelos agricultores locais e o CO2 biogénico poderá ser usado para produzir E-Fuels, contribuindo assim para a economia circular e a descarbonização de Portugal”, sublinha o responsável.

Sobre a relevância da biomassa, o Diretor Geral da Central aponta que “esta é a fonte de energia renovável mais utilizada em Portugal, sendo que, nos últimos dados da DGEG de 2022, representa quase 40% da energia utilizada em Portugal”, acrescentando que “quando falo em energia, refiro-me a energia térmica e elétrica”.

Para o responsável, “Portugal precisa de acelerar o processo do concurso de centrais de biomassa lançado após os incêndios de 2017, mas deve fazê-lo de forma bem estruturada, em zonas de alta densidade florestal, afastado de outras centrais de biomassa e em regiões com risco de incêndio”.

Sobre o futuro, Manuel Barros não tem dúvidas, acreditando que “a biomassa vai continuar a ser a primeira fonte de energia renovável em Portugal e vai começar a contribuir para os projetos de grandes dimensões, nomeadamente em Sines, para se produzir metanol ou amónia verde”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Os engenheiros gostam de seguir aquilo que a ciência diz”

  • Conteúdo Patrocinado
  • 10 Fevereiro 2025

A PROFORUM discute a engenharia nacional há 30 anos. Em relação à transição energética, o presidente da associação, António Martins da Costa, diz que há soluções e é preciso aceitar a ciência.

Atrair mais jovens para o estudo da engenharia, refletir sobre as grandes transformações no setor e pensar sobre a transição energética são três das preocupações de António Martins da Costa, presidente da PROFORUM, Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Portuguesa. Nesta conversa, o professor catedrático convidado e assessor do Conselho de Administração da EDP explica algumas das implicações que as novas tecnologias poderão ter no mundo laboral, no clima ou na competitividade nacional, entre outros temas.

A PROFORUM foi criada em 1995 por 28 empresas que procuravam promover discussões e refletir sobre o setor da engenharia. No início, a associação estava centrada nas áreas mais tradicionais da construção de infraestruturas ou da mecânica. Ao concluir 30 anos, a organização tem agora um âmbito muito vasto e também mais associados, nomeadamente da área financeira, consultores e escritórios de advogados. As novas preocupações incluem a transição digital e a questão energética, mas também a retenção de talento.

“Há ramos de engenharia que deixaram de ter a atratividade que tiveram no passado”, explica António Martins da Costa. “A engenharia civil era a aspiração de muito jovens, mas estes viram-se mais para o domínio digital, para as novas tecnologias”. Segundo diz o Presidente da PROFORUM, Portugal tem escolas de engenharia muito boas e o ramo encontra-se em expansão, o problema está na retenção dos novos engenheiros no País. “A Europa tem maior capacidade para contratar estes jovens”, considera Martins da Costa, que alerta para “a falta de competitividade do tecido empresarial português”, nomeadamente nos salários. Na sua opinião, também é preciso fazer um trabalho nas escolas secundárias para estimular o interesse dos jovens nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

Novas tecnologias

Uma das áreas de reflexão da Associação dirigida por António Martins da Costa é a transição digital, onde as transformações estão a ocorrer a grande velocidade, havendo mudanças demasiado recentes para serem inteiramente compreendidas, por exemplo o anúncio do investimento de 500 mil milhões de dólares no projeto americano de inteligência artificial Stargate ou o inesperado aparecimento da DeepSeek chinesa. “Este mundo está a mudar permanentemente e ainda não conseguimos avaliar todas as implicações”, diz o presidente da PROFORUM, que lembra os avisos do relatório de Mario Draghi sobre a União Europeia, segundo o qual existe um atraso europeu na inovação e produtividade face aos EUA, além de excesso de burocracia.

"Não há dúvida de que a inteligência artificial vai levar a novos métodos de trabalho e de comunicação. Haverá uma recomposição do tecido laboral, tal como o conhecemos”

António Martins da Costa, presidente da PROFORUM

“Não há dúvida de que a inteligência artificial vai levar a novos métodos de trabalho e de comunicação”, explica Martins da Costa, nesta entrevista. “Haverá uma recomposição do tecido laboral, tal como o conhecemos”. Na sua análise, haverá funções a desaparecer, outras serão difíceis de substituir, nomeadamente aquelas que envolvem contacto humano.

A questão climática

Em relação à transição climática, o presidente da PROFORUM considera que a “engenharia tem soluções”, diz que a “eletrificação vai avançar” e também sublinha que será necessário “produzir eletricidade de fontes limpas”. Segundo explica, “os engenheiros gostam de seguir aquilo que a ciência diz”, ou seja, as alterações climáticas estão a ser provocadas por gases com efeito de estufa e o aumento destes gases está ligado à atividade humana, nomeadamente uso de combustíveis fósseis.

"São as empresas que criam a riqueza. O Estado não é criador de riqueza, cria os incentivos para que ela apareça”

António Martins da Costa, presidente da PROFORUM

Além destes temas, a PROFORUM tem debatido problemas ligados a projetos nacionais de engenharia, como o novo aeroporto, a rede ferroviária ou a gestão hídrica. A ideia é discutir como poderá a engenharia contribuir para criar mais riqueza. Há pobreza e problemas de redistribuição, também é preciso que os salários subam, “especialmente para as novas gerações qualificadas”, afirma António Martins da Costa. A associação procura estudar todos estes assuntos e ajudar a sociedade a fazer boas escolhas. “São as empresas que criam a riqueza. O Estado não é criador de riqueza, cria os incentivos para que ela apareça”.

Assista à conversa completa aqui:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Taxas e taxinhas, tabaco e ciberguerra

  • ECO
  • 10 Fevereiro 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

No último ano, a cobrança de taxas, multas e outras penalidades pelo conjunto das Administrações Públicas rendeu quase 4,5 mil milhões de euros aos cofres do Estado. O número de grossistas de tabaco diminuiu para metade nos últimos 20 anos, após os cortes nas margens comerciais da Tabaqueira. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

“Taxas e taxinhas” rendem 4,5 mil milhões às contas públicas

A receita com taxas, multas e outras penalidades cobradas pelo conjunto das Administrações Públicas foi de quase 4,5 mil milhões de euros no ano passado, um aumento de 2,3% (ou de 110 milhões de euros) face a 2023. De acordo com a síntese de execução orçamental da Direção-Geral de Orçamento (DGO) referente ao acumulado dos 12 meses, “este aumento é justificado pelo nível de cobrança da Administração Local, de taxas específicas das autarquias, e os juros de mora da Segurança Social, recebidos de diversas entidades que se encontravam em dívida na respetiva conta corrente”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Grossistas caem para metade após corte nas margens pela Tabaqueira

O número de grossistas de tabaco diminuiu para metade nos últimos 20 anos, na sequência do esmagamento progressivo, imposto unilateralmente, das margens comerciais da Tabaqueira. A empresa detida pela Philip Morris Europa deparou-se, em janeiro, com uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que abre a porta a uma possível indemnização dos intermediários da Tabaqueira. As indemnizações decididas por acórdão do Tribunal da Relação superam os 20 milhões de euros, mas a “fatura” pode aumentar se for estendida a todos os grossistas prejudicados pelo corte das margens.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Consórcio com americanos forma militares portugueses para a ciberguerra

Um consórcio formado por uma empresa norte-americana com sede na Virginia e duas empresas portuguesas venceu o concurso para formar militares portugueses em ações de ciberguerra, pelo valor de 7,5 milhões de euros. Fonte oficial do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) confirmou que esse treino já está a decorrer, sem revelar o nome das empresas em causa. O requisito da ciberguerra é assumido pela empresa norte-americana, cujo CEO, de origem portuguesa, fez serviço militar na Força Aérea dos EUA na área das informações, refere o Diário de Notícias. Além disso, no seu LinkedIn revela vasta experiência de consultoria e treino para entidades governamentais como a CIA, a NSA e outras do setor da inteligência.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Reforma antes dos 60 “tem servido para financiar rescisões” amigáveis nas empresas

O mecanismo que permite que uma pessoa se reforma antecipadamente aos 57 anos “tem dado origem a abusos”, alerta o economista Armindo Silva. Em entrevista ao Público, o ex-funcionário da Comissão Europeia, que fez parte da comissão que elaborou o Livro Verde para a Sustentabilidade do Sistema Previdencial, dá conta de que a Segurança Social tem estado a “financiar rescisões combinadas entre a entidade patronal e o trabalhador”. “Durante uns anos, o trabalhador recebe subsídio de desemprego e, ao mesmo tempo, está a acumular direitos para a sua reforma, sem descontar”, explica Armindo Silva, acrescentando que a reforma antecipada representa “um incentivo à inatividade das pessoas que ainda estão perfeitamente capazes de dar o seu contributo”.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago).

“Números da garantia pública são dececionantes”, diz CEO do Banco Montepio

O CEO do Montepio, Pedro Leitão, diz que os números da garantia pública do banco que lidera “são dececionantes”. “Fizemos cerca de duas mil simulações nas primeiras semanas. Em propostas concretas e entradas para análise está um pouco abaixo da centena”, detalha, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1. O gestor critica a quota de cinco milhões de euros atribuída ao Banco Montepio, considerando ser menor do que deveria ser. Se o único fator para a distribuição do montante da garantia fosse a quota de mercado, a do Montepio “deveria estar mais próxima dos 60 ou 70 milhões do que dos 5 milhões”, atirou.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Margarida Almeida: “Nos momentos maus é muito importante saber reagir e dar a cara”

  • ECO
  • 10 Fevereiro 2025

Margarida Almeida, CEO da Amazing Evolution, revela como transformou os desafios em oportunidades e criou uma referência no setor da hotelaria com foco na resiliência e qualidade.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

No mais recente episódio do podcast E Se Corre Bem?, Margarida Almeida, CEO da Amazing Evolution, partilhou a sua trajetória desde o direito à gestão hoteleira. Fundada há 12 anos, a Amazing Evolution é uma empresa especializada na gestão independente de hotéis e projetos residenciais, que oferece soluções para investidores individuais que não pertencem a grandes grupos hoteleiros.

Antes de criar a sua empresa, Margarida Almeida desenvolveu a sua carreira na Imocom, onde alcançou o cargo de administradora e liderou o processo de revitalização da empresa após a insolvência. Foi nesse momento que testou a sua resiliência: “Nos momentos maus, é muito importante saber reagir, não perder o sentido de responsabilidade e dar a cara. Dizer a verdade às pessoas”, conta.

A ideia de criar a Amazing Evolution nasceu quase por instinto. Depois de liderar a gestão do Conrad Algarve em plena crise, recebeu um telefonema inesperado: “Ligaram-me de Londres a dizer que tinham ouvido falar muito bem da minha empresa. Mas eu não tinha empresa nenhuma. Liguei a um grande amigo e disse-lhe: ‘Temos de ir constituir uma Empresa na Hora’”, explica. O que começou como uma necessidade tornou-se numa referência na hotelaria nacional, com 30 hotéis em operação e mais de 800 pessoas sob gestão.

"Os erros não me chateiam, chateia-me a falta de compromisso. Acho que as pessoas tendem a esconder quando algo corre mal”

Margarida Almeida, CEO da Amazing Evolution

A liderança é um tema central para Margarida Almeida, que defende um modelo horizontal, mas com momentos de decisão estruturados. “Temos uma organização muito horizontal, mas às vezes temos de a verticalizar. Para assumir responsabilidades é importante verticalizar”, refere.

Uma boa comunicação e resiliência são valores essenciais no seu percurso. “Os erros não me chateiam, chateia-me a falta de compromisso. Acho que as pessoas tendem a esconder quando algo corre mal. Há coisas que nós controlamos e sobre essas temos de dar o nosso melhor. Eu sou incapaz de me chatear com alguém se a pessoa deu tudo o que tinha para dar”, explica Margarida Almeida.

Para a gestora, a hotelaria portuguesa tem um nível elevado e um posicionamento de destaque, especialmente no segmento boutique. “Acho que estamos à frente de Espanha no detalhe e na qualidade do serviço.” No entanto, acredita que há espaço para evolução: “Estamos a começar a ter consciência de que aquilo que nos diferencia tem de ser a qualidade.”

Com um percurso marcado por desafios, a CEO da Amazing Evolution reforça a importância da paixão e da perseverança, valores que quer manter na sua empresa: “Todos os dias tentamos fazer mais e melhor – como pessoas e como profissionais”, diz.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.