CP não precisará de “um único euro” de compensação pelo passe verde, diz ministro Pinto Luz

  • Lusa
  • 14 Abril 2025

Pinto Luz diz que “a manter-se esta tendência, a CP não precisará dos 19 milhões de euros que o Governo lá colocou no Orçamento do Estado para precaver essa potencial perda de receita".

O ministro das Infraestruturas disse esta segunda-feira que, a manter-se a tendência de aumento de receitas dos primeiros dois meses do ano, a CP não vai precisar de qualquer compensação pelo Passe Ferroviário Verde (PFV) de 20 euros.

“A manter-se esta tendência, a CP não precisará dos 19 milhões de euros que o Governo lá colocou no Orçamento do Estado para precaver essa potencial perda de receita, a CP vai aumentar a sua receita e não vai precisar de um único euro daquele investimento extra”, afirmou Miguel Pinto Luz, que foi o orador convidado de um almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal, em Lisboa.

Na sua intervenção, o ministro das Infraestruturas e Habitação fez o balanço de um ano da atividade governativa, destacando como uma das principais medidas na área da mobilidade o PFV, e criticou os “profetas da desgraça”, que consideraram que aquela medida iria pôr em causa a sobrevivência da transportadora ferroviária.

Segundo dados avançados pelo Ministério das Infraestruturas em 1 de abril, a CP – Comboios de Portugal transportou 32 milhões de passageiros nos primeiros dois meses do ano, mais 2,5 milhões do que no mesmo período de 2024, e as receitas aumentaram 3,9%, para 35,2 milhões de euros.

Naquele período, segundo a mesma fonte, o serviço Regional registou um aumento da procura de 121,4%, o Intercidades uma subida de 54,3% e no serviço Alfa Pendular, onde não é possível usar o PFV, registou-se uma subida de 2,4% do número de passageiros. O PFV de 20 euros mensais entrou em vigor em 21 de outubro do ano passado e, até ao início do mês, tinham sido vendidos 220 mil títulos, dos quais 40% representam novos clientes.

Esta segunda, Miguel Pinto Luz reiterou que a CP vai ter o material circulante novo que pediu para o serviço de alta velocidade, mas sem adiantar números, e que é atualmente uma empresa “preparada para a concorrência”.

Não temos medo nenhum de concorrer seja com quem for que venha para o mercado nacional concorrer nas nossas linhas”, garantiu o ministro.

Relativamente ao problema da habitação, que considerou “um flagelo nacional”, Pinto Luz salientou que se mantém o compromisso de baixar o IVA da construção para 6%, dentro de certos limites, caso a Aliança Democrática (PSD e CDS-PP) obtenha maioria nas próximas eleições legislativas, em 18 de maio, uma vez que esta proposta foi anteriormente ‘chumbada’ no parlamento.

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Margem de refinação da Galp cai 53% no primeiro trimestre

A Galp fez esta segunda-feira uma atualização sobre a sua atividade operacional ao longo do primeiro trimestre.

As margens de refinação da Galp afundaram 53% no primeiro trimestre deste ano, face ao período homólogo. A informação é partilhada pela empresa no trading update da Galp, comunicado esta tarde através da página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Neste documento a empresa divulga alguns dados aos investidores em antecipação da próxima apresentação de resultados, agendada para 28 de abril, antes da abertura das bolsas.

Nos primeiros três meses de 2025, a Galp registou uma margem de refinação de 5,6 dólares por barril, que comparam em baixa com os 12 dólares por barril correspondentes ao primeiro trimestre do ano anterior. Já em relação ao último trimestre de 2024 há uma evolução positiva, uma vez que a margem de refinação de outubro a dezembro do ano passado foi de 5,2 dólares, 7% abaixo da atual.

A produção também desacelerou, neste caso 3%, com a Galp a registar uma produção de 104 mil barris de petróleo ou equivalente por dia, abaixo dos 107 mil barris homólogos. 87% desta produção corresponde a petróleo.

Entre outubro e dezembro, a produção working interest da companhia que deixou de ser liderada por Filipe Silva ficou-se pelos 110 mil barris de petróleo ou equivalente por dia. Significa uma descida de 13% em relação ao mesmo período do ano passado e também face aos três meses anteriores, ainda que mais ligeira (-2%).

Já no segmento comercial, a Galp deu um salto de 17% nas vendas de eletricidade a clientes, de 13% nas vendas de gás natural e de 2% nas vendas de produtos petrolíferos.

Em relação à capacidade renovável instalada, a petrolífera notou um salto de 8% em termos homólogos, com o primeiro trimestre deste ano a atingir os 1,5 gigawatts de capacidade instalada, que comparam com os 1,4 GW homólogos. O preço ao qual a petrolífera vendeu a respetiva eletricidade renovável foi 23% superior ao dos primeiros três meses de 2024, atingindo os 70 megawatts-hora até março de 2025.

(Notícia atualizada com mais informação às 17h05)

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Alexandre Jardim é o novo sócio da Cerejeira Namora, Marinho Falcão

O advogado é especialista em questões deCapital de Risco, Fusões e Aquisições, Direito Societário e Direito Bancário e Financeiro, destacando-se igualmente na vertente de contencioso nestas áreas.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão reforçou a sua equipa de sócios com a entrada de Alexandre Jardim, que transita da pbbr. Com mais de 35 anos de experiência, o advogado é especialista em questões ligadas a Capital de Risco, Fusões e Aquisições, Direito Societário e Direito Bancário e Financeiro, destacando-se igualmente na vertente de contencioso nestas áreas.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa) em 1985, e advogado inscrito na Ordem dos Advogados desde 1987, o novo sócio da Cerejeira Namora, Marinho Falcão tem sido distinguido em diretórios internacionais como a Chambers & Partners e o Legal 500, nas áreas de Corporate and M&A, Banking and Finance e Private Equity.

Foi sócio da sociedade Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, tendo igualmente desempenhado funções como membro do Departamento Jurídico, Secretário do Conselho de Administração e membro do Conselho de Investimentos do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. Exerceu ainda funções de assessor jurídico na Presidência do Conselho de Ministros e integrou a Assessoria Jurídica do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo.

Pedro Marinho Falcão, sócio fundador, destaca que “a experiência no setor bancário e financeiro, aliada ao profundo conhecimento nas áreas de Direito Societário, faz do Alexandre um reforço estratégico para a nossa equipa, reforçando a capacidade de resposta às necessidades dos nossos Clientes nestas áreas.”

O mais recente sócio da Cerejeira Namora, Marinho Falcão defende que “é com vivo entusiasmo que integro a Cerejeira Namora, Marinho Falcão, realidade incontornável na advocacia portuguesa, com mais de trinta anos de atividade, e com um projeto de e com futuro”.

Nuno Cerejeira Namora sublinha também que “o projeto da sociedade continua a crescer e a consolidar a sua presença no mercado nacional. A entrada de profissionais de excelência, como o Alexandre Jardim, é essencial para garantir a qualidade, inovação e diferenciação dos nossos serviços”, acrescentando ainda que esta contratação “reflete a ambição de reforçarmos a atuação a nível nacional, com uma presença cada vez mais sólida e abrangente”.

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Provedora de Justiça recusa enviar desagregação de freguesias ao Tribunal Constitucional

  • Lusa
  • 14 Abril 2025

A Iniciativa Liberal pediu à Provedora de Justiça que requeresse, junto do Tribunal Constitucional, a fiscalização abstrata da legalidade da desagregação de 135 uniões para repor 302 freguesias.

A provedora de Justiça decidiu não enviar para o Tribunal Constitucional um pedido da Iniciativa Liberal (IL), que pretendia a declaração da ilegalidade da desagregação freguesias, segundo uma decisão a que a Lusa teve acesso esta segunda-feira.

“Não obstante a pertinência da questão colocada, concluímos que não se justifica suscitar, junto do Tribunal Constitucional, as ilegalidades identificadas na queixa”, considerou a provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, na decisão enviada à Iniciativa Liberal, na qualidade de queixosa.

A Iniciativa Liberal pediu em 18 de março à Provedora de Justiça que requeresse, junto do Tribunal Constitucional, a fiscalização abstrata da legalidade da desagregação de 135 uniões para repor 302 freguesias, revertendo o processo de agregação destas autarquias durante a reforma administrativa de 2013.

O principal argumento da IL tem base no Regime Jurídico da Criação, Modificação e Extinção de freguesias, uma lei-quadro que impede alterações ao mapa de freguesias nos seis meses anteriores a eleições nacionais, tendo em conta a realização de legislativas antecipadas em 18 de maio próximo.

Segundo o partido, o artigo 15 desta lei impede alterações ao mapa de freguesias nos seis meses anteriores a quaisquer eleições nacionais, pelo que a lei que desagrega 302 freguesias seria ilegal, tendo em conta a realização de legislativas antecipadas em 18 de maio.

Contudo, a Provedoria afirmou não ter encontrado “razão bastante para as ilegalidades invocadas”, pelo “simples, mas decisivo motivo” de ter a “profunda convicção” de que estes impedimentos temporais “só se dirigem a eleições dos órgãos das autarquias locais”. Ou seja, a provedora considera que “só faz sentido” que o artigo em causa (15, número 1) proíba modificações ao mapa de freguesias nos seis meses anteriores “relativamente às eleições para os órgãos das autarquias locais”.

Entre as razões que aponta, Maria Lúcia Amaral afirma que no número 2 do mesmo artigo é imposto que, quando existirem eleições intercalares, a proibição de alterar o mapa de freguesias nos seis meses anteriores “abrange apenas a criação de freguesias que se encontrem envolvidas naquele ato eleitoral”.

“Ora, as eleições intercalares, assim chamadas, só ocorrem para os órgãos das autarquias locais, uma vez que a Lei Eleitoral para a Assembleia da República nunca usa o termo”, sublinhou.

Na decisão, a provedora sublinha ainda que o território das autarquias locais “só delimita os círculos eleitorais das eleições para os respetivos órgãos”, contrariamente às eleições legislativas, “em que os círculos eleitorais são distritais”, e que os órgãos das freguesias “não têm competências de organização de eleições para a Assembleia da República, ao contrário, note-se, dos órgãos dos municípios”.

“Torna-se, assim, patente que qualquer decisão político-legislativa que vise a reorganização de freguesias só acaba por ter incidência imediata e direta nas eleições para os órgãos das autarquias locais. As eleições para a Assembleia da República situar-se-ão fora deste âmbito de incidência”, considerou Maria Lúcia Amaral, destacando, por isso, não ver “qualquer fundamento para requerer ao Tribunal Constitucional a declaração de ilegalidade” na desagregação de freguesias.

A desagregação destas freguesias foi aprovada pelo parlamento em 17 de janeiro (apenas a IL votou contra) e reconfirmada pela Assembleia da República em 06 de março com os com os votos contra da IL e do Chega.

A promulgação da Lei foi assinada em 12 de março e publicada no dia seguinte, antes de o Presidente da República ter ouvido o Conselho de Estado e anunciado para 18 de maio eleições legislativas antecipadas, na sequência da queda do Governo. A Assembleia da República foi formalmente dissolvida em 20 de março.

A reposição destas freguesias decorre de um mecanismo especial e transitório previsto no regime jurídico de criação de freguesias e que permite a autarquias agregadas durante a reforma administrativa de 2013 reverterem o processo. Esta reforma administrativa reduziu 1.168 freguesias do continente, de 4.260 para as atuais 3.092, por imposição da troika.

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Tarifas. Confederação das cooperativas agrícolas propõe criação de fundo de emergência

  • Lusa
  • 14 Abril 2025

“O fundo pode ser financiado através da reserva de crises da União Europeia e complementado, obviamente, com apoios do Orçamento do Estado”, acrescentou a confederação.

A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas (CONFAGRI) propôs esta segunda-feira ao Governo a criação de um fundo de emergência para apoiar os setores que venham a sofrer maiores dificuldades.

Nós apresentámos uma proposta para a criação de um fundo de emergência, para que, em caso de necessidade […] termos capital para apoiar os setores que venham a sofrer maiores dificuldades”, disse o coordenador técnico da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFRAGI), Augusto Ferreira aos jornalistas, em Lisboa.

“O fundo pode ser financiado através da reserva de crises da União Europeia e complementado, obviamente, com apoios do Orçamento do Estado”, acrescentou o responsável da confederação. O coordenador falou aos jornalistas após reunir-se, em conjunto com outras 16 associações setoriais, com o ministro da Economia e com o ministro da Agricultura e Pescas, em Lisboa, no âmbito das tarifas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos.

O responsável denotou também que estas dificuldades podem não surgir apenas da exportação, mas também da possibilidade do país ser “invadido” por produtos de diferentes destinos, o que teria impacto na produção nacional. “Temos que acompanhar esta evolução do mercado externo e interno, mas estar devidamente preparados para, em caso de necessidade, atuar”, sublinhou.

Augusto Ferreira acrescentou também que este é um momento “importante para ajudar (as cooperativas agrícolas) a capacitar e aumentar a sua força para entrar em mercados externos”.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na semana passada a suspensão das chamadas “tarifas recíprocas” por 90 dias, sendo que estas incluíam a União Europeia.

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Tarifas. Contramedidas da UE suspensas até 14 de julho, oficializa a Comissão Europeia

  • Lusa
  • 14 Abril 2025

Bruxelas "suspendeu as suas contramedidas em relação às tarifas comerciais injustificadas impostas pelos Estados Unidos, a fim de dar tempo e espaço para as negociações entre a UE e os EUA".

As contramedidas anunciadas pela União Europeia (UE) para responder às tarifas aduaneiras impostas pelos Estados Unidos ao aço e alumínio comunitários estão suspensas entre esta segunda-feira e 14 de julho para permitir negociações, oficializou a Comissão Europeia.

“A União Europeia suspendeu as suas contramedidas em relação às tarifas comerciais injustificadas impostas pelos Estados Unidos, a fim de dar tempo e espaço para as negociações entre a UE e os EUA”, anuncia esta segunda-feira, em comunicado, o executivo comunitário, que detém a competência da política comercial no espaço comunitário.

Para tal, a instituição adotou – uma semana após o anúncio de tal suspensão, que se deveu à pausa temporária norte-americana na aplicação de tarifas recíprocas de 20% à UE – dois atos jurídicos que impõem e suspendem as suas contramedidas, com efeito até 14 de julho deste ano.

No total, a resposta comunitária agora suspensa abrange 21 mil milhões de euros de exportações dos Estados Unidos e, além destas, “prosseguem os trabalhos preparatórios sobre outras contramedidas da UE” que possam vir a ser adotadas. Para Bruxelas, os novos direitos aduaneiros de Washington são “injustificados e prejudiciais, correndo o risco de causar danos económicos a ambas as partes, bem como à economia mundial”.

Certo é que a UE prefere dialogar com o seu parceiro transatlântico e, por isso, o comissário europeu do Comércio, Maroš Šefčovič, está esta segunda em Washington para reuniões com os seus homólogos norte-americanos a fim de explorar o terreno para uma solução negociada.

A adoção da decisão surge num momento de acentuadas tensões comerciais depois dos anúncios de Donald Trump de imposição de taxas de 25% para o aço, o alumínio e os automóveis europeus e de 20% em tarifas recíprocas ao bloco comunitário, estas últimas entretanto suspensas por 90 dias.

Esta suspensão acalmou os mercados, que têm vindo a registar graves perdas, e foi saudada e secundada pela UE, que suspendeu, durante o mesmo período, as tarifas de 25% a produtos norte-americanos que havia aprovado na quarta-feira em resposta às aplicadas pelos Estados Unidos ao aço e alumínio europeus.

A Comissão Europeia tem optado pela prudência e essa cautela é apoiada por países como Portugal. Bruxelas quer, neste período de pausa de 90 dias, conseguir negociar com Washington, depois de ter já proposto tarifas zero para bens industriais nas trocas comerciais entre ambos os blocos.

Cálculos da Comissão Europeia dão conta de que os novos direitos aduaneiros norte-americanos podem implicar perdas de 0,8% a 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA até 2027, sendo esta percentagem de 0,2% do PIB no caso da UE. No pior cenário, isto é, se os direitos aduaneiros forem permanentes ou se houver outras contramedidas, as consequências económicas serão mais negativas, de até 3,1% a 3,3% para os Estados Unidos e de 0,5% a 0,6% para a UE.

Em termos globais, o executivo comunitário estima uma perda de 1,2% no PIB mundial e uma queda de 7,7% no comércio mundial em três anos.

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Zome dedica estátua à concorrência em campanha

  • + M
  • 14 Abril 2025

Além de uma estátua física, a campanha está presente nas redes sociais, em televisão, rádio e outdoors. Quer alertar para a importância de um consultor imobiliário proativo e atento.

A Zome lançou uma nova campanha onde dedicou uma estátua à concorrência. Sob o mote “Para comprar ou vender o imóvel, escolhe um consultor que se mexa”, a campanha conta com a criatividade do estúdio criativo I + I.

O objetivo passa por alertar para a urgência da modernização, profissionalização e credibilização do setor e dos seus profissionais, bem como chegar até ao consumidor, alertando-o para a importância de um consultor imobiliário proativo e atento.

Esta campanha é uma provocação a tudo o que não se mexe no setor, sejam agências, agentes ou a própria legislação. A estátua é dedicada à nossa concorrência, pois é ela que nos faz mexer. A campanha serve como alerta para não deixarmos o setor imobiliário parado como está e para continuarmos a inovar em prol dos nossos clientes”, diz Carlos Santos, CEO da Zome, citado em comunicado.

A estátua foi inaugurada na última semana – Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações, onde ficou durante o Salão Imobiliário de Lisboa, evento em que marcam presença as maiores insígnias do setor.

Quando definimos o mote e a mensagem principal da campanha, pensámos que a estátua seria a melhor forma de comunicar aos profissionais e ao grande público a ideia de ‘escolher um consultor imobiliário que se mexa’, que não esteja parado, como um pedaço de metal no meio de uma praça à espera que os negócios venham ter consigo, mas que seja dinâmico e proativo”, explica Pedro Vieira, diretor de marketing da Zome.

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Mota-Engil prepara aquisição de construtora de infraestruturas petrolíferas na Nigéria

Construtora portuguesa negoceia compra da DBN Energies ao magnata Karim com quem tem joint-venture na Nigéria, onde ganhou o maior contrato de sempre e que já é o terceiro mais valioso nas encomendas.

A Mota-Engil vai avançar para a aquisição da nigeriana DBN Energies, uma empresa especializada na construção de infraestruturas para o setor petrolífero e detida pelo multimilionário Kola Karim, que tem na lista de clientes multinacionais do setor como a Total, Shell, Exxon Mobil e Agip ou a estatal Nigerian National Petroleum Corporation.

Com sede em Lagos e operações no setor do petróleo e gás, a atual subsidiária do Shoreline Group fornece serviços ‘chave-na-mão’ de engenharia, gestão de compras e construção (EPC na sigla em inglês). O negócio, que está a ser ultimado, vai permitir ao grupo português liderado por Carlos Mota Santos reforçar a presença no segmento das infraestruturas energéticas em África.

O conglomerado de Kola Karim abrange setores como energia, infraestruturas, agricultura ou telecomunicações, sendo a ‘joia da coroa’ a Shoreline Natural Resources, cuja produção de petróleo no país ronda os 40 mil barris por dia. E é o parceiro (49%) do grupo sediado no Porto na joint-venture estabelecida em 2018 para a criação da Mota-Engil Nigeria Limited.

Carlos Mota dos Santos, CEO da Mota Engil, em entrevista ao ECO - 06NOV23
Carlos Mota dos Santos, CEO da Mota Engil, em entrevista ao ECOHugo Amaral/ECO

A par de Portugal, Angola, Moçambique, México, Brasil, Peru e Colômbia – onde há poucos dias perdeu a corrida à primeira PPP ferroviária –, a Nigéria é uma das principais apostas para a Mota-Engil e está a “solidificar a sua relevância como um mercado core, com várias oportunidades de infraestruturas”, como salienta no relatório e contas relativo ao último ano, em que registou lucros recorde de 123 milhões de euros.

No final de 2024, a Nigéria valia 13% da carteira de encomendas global no ramo da engenharia e construção (E&C), apenas atrás de Angola e México. No ano passado, este país deu mesmo o principal contributo – equivalente a 30% de um total de 1.748 milhões de euros – para o volume de negócios desta unidade africana, que inclui também a prestação de serviços de engenharia industrial.

Uma participação que será reforçada na sequência dos planos avançados pelo Africa Intelligence, portal especializado em notícias de economia e política no continente africano, sublinhando que esta aquisição é “mais do que um simples negócio” e marcará a entrada da empresa portuguesa nos principais projetos petrolíferos onshore e offshore da África Ocidental.

Além de adquirir um ativo, sublinha que a Mota-Engil vai beneficiar do conhecimento e da especialização acumulados no setor energético pelo magnata Kola Karim, 56 anos, com a imprensa local a destacar este negócio como um “sinal claro” do crescente interesse de empresas europeias em companhias africanas com “capacidade comprovada” no ramo da engenharia e da energia.

É na Nigéria que a maior construtora portuguesa está a executar aquele que foi o maior contrato da sua história, assinado em 2021 e cujo valor ascende a 1.820 milhões de dólares (1.601 milhões de euros ao câmbio atual). Trata-se da construção de uma linha ferroviária com 378 quilómetros de extensão entre Kano, no norte do país, e Maradi, no sul do vizinho Níger, e uma ligação entre Kano e a cidade nigeriana de Dutse.

A Mota-Engil, que tem também a concessão de dois aeroportos na Nigéria (Abuja e Kano) ganhos em consórcio com a Corporación América, reportou no verão de 2023 novos contratos de concessão de duas autoestradas em parceria com a AFC – Africa Finance Corporation; e que “associado ao projeto de construção ferroviária” concretizado após um “longo processo de validação e due diligence por parte das autoridades regulatórias locais”, assinou um contrato de 916 milhões de dólares para o fornecimento e financiamento de material ferroviário, através da participada em África.

Como o ECO noticiou no início de abril, a Mota-Engil está em processo de compra dos restantes 50% da construtora brasileira Empresa Construtora Brasil (ECB) à família Rezende, que até agora controlava a outra metade do capital na sexta maior construtora brasileira, isto depois de no ano passado ter fechado a venda das três concessões rodoviárias no México.

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CEO das maiores seguradoras em Portugal vão debater inovação e tecnologia

  • ECO Seguros
  • 14 Abril 2025

Os CEO vão estar na Católica Lisbon para debater os desafios e as oportunidades do setor num contexto de digitalização acelerada. O evento é presencial e a entrada exige inscrição prévia.

Os CEO da Fidelidade, Ageas, Generali Tranquilidade e Allianz vão estar reunidos na Católica-Lisbon School of Business and Economics no próximo dia 23 de abril para uma conferência dedicada à inovação e transformação tecnológica no setor segurador.

O evento, que decorre sob o tema “A Inovação e a Transformação nas Seguradoras em Portugal”, contará com uma mesa-redonda composta por Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, Luis Menezes, CEO da Ageas, Pedro Carvalho, CEO da Generali Tranquilidade e Teresa Brantuas, CEO da Allianz, para debater as tendências emergentes, os desafios e as oportunidades do setor num contexto de digitalização acelerada. A sessão será moderada por Nuno Castro Partner da NTT DATA e Paulo Bracons diretor do programa “Inovação e Transformação em Seguros” da Católica Lisbon.

Nuno Moreira da Cruz, dean da Formação Executiva, ficará a cargo do pontapé de saída do evento que incluirá uma apresentação inicial de João Ribeiro da Costa, Professor Afiliado Sénior da universidade, acerca do papel da IA e das novas tecnologias na modernização das seguradoras, desde a automação de processos até à personalização dos serviços ao cliente.

O encerramento será feito por Paulo Bracons, com um balanço das principais conclusões e reflexões estratégicas sobre o futuro da indústria.

A conferência realiza-se no Auditório 511 da Católica-Lisbon, entre as 18h00 e as 19h25, com participação gratuita mediante inscrição prévia, aqui.

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Sony agrava preço da PlayStation 5 para 500 euros devido às tarifas

O atual "cenário económico desafiador" levou a empresa japonesa a aumentar o preço da sua consola em vários mercados. Na Europa, o preço recomendado da versão digital sobe para quase 500 euros.

A Sony decidiu aumentar o preço da PlayStation 5 na Europa em cerca de 11%, numa altura em que a indústria está a ser abalada pelas novas tarifas de Donald Trump. O preço recomendado da consola sobe assim para 499,99 euros, em relação aos 449,99 praticados anteriormente, somente na “edição digital”, que não tem leitor físico de discos.

Perante um “cenário económico desafiador”, onde se inclui uma elevada taxa de inflação e taxas de câmbio voláteis, a empresa japonesa diz que teve de tomar a “difícil decisão” de agravar o preço da versão digital da PlayStation 5 na Europa, Médio Oriente, África, Austrália e Nova Zelândia, afirma num comunicado.

Especificamente no Reino Unido, o preço da consola irá subir para 429,99 libras, face às 389 libras anteriores.

A PlayStation 5 Digital Edition ficou mais cara esta segunda-feira devido às tarifas dos EUA, justifica a Sony

As fabricantes de consolas estão a enfrentar adversidades, como interrupções de fornecimento, após a imposição de tarifas pelo Presidente dos EUA. A Nintendo, outra fabricante japonesa, também teve de adiar no início das pré-encomendas da Switch 2 nos EUA, enquanto avalia o potencial impacto das tarifas norte-americanas.

No chamado “Dia da Libertação”, a 2 de abril, o Japão foi atingido por uma tarifa de 24% sobre suas exportações para os EUA, a qual acabou por ser suspensa por 90 dias. No entanto, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, avançou que não planeia fazer grandes concessões nas negociações com os EUA, que estão previstas ocorrer esta semana.

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EUA param encomendas de vinhos portugueses e da Europa, avisa setor

  • Lusa
  • 14 Abril 2025

"A incerteza é terrível e com a incerteza a cadeia de distribuição nos Estados Unidos parou as encomendas de vinhos portugueses e de vinhos da Europa", diz o presidente da ANCEVE.

O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE), Paulo Amorim, disse esta segunda-feira que “os EUA pararam as encomendas de vinhos portugueses e de vinhos da Europa”.

A incerteza é terrível e com a incerteza a cadeia de distribuição nos Estados Unidos parou as encomendas de vinhos portugueses e de vinhos da Europa e, portanto, neste momento estamos a enfrentar um problema terrível e não estamos a conseguir vender“, afirmou o presidente da associação.

Paulo Amorim teme ainda que, a concretizarem-se as tarifas, a “maior parte do prejuízo seja assumido pelos produtores de vinho”, o que considera uma “injustiça gigantesca”. O responsável falou aos jornalistas após reunir-se, em conjunto com outras 16 associações setoriais, com o ministro da Economia e com o ministro da Agricultura e Pescas, em Lisboa, no âmbito das tarifas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos.

O presidente da ANCEVE disse ainda que o vinho português precisa “de um novo plano Porter”, que “ajude a promover o vinho português de uma forma mais dinâmica”, tendo em conta que “o vinho leva longe o nome de Portugal”.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na semana passada a suspensão das chamadas “tarifas recíprocas” por 90 dias, sendo que estas incluíam a União Europeia.

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Isabel Mendes e Nuno Melo protagonizam o debate mais visto dos últimos três dias

  • + M
  • 14 Abril 2025

Feitas as contas à primeira semana, o debate mais visto continua a ser o que opôs a líder do Bloco de Esquerda (BE) e o candidato do PS a primeiro-ministro, com cerca de um milhão de telespectadores.

O debate que marcou a estreia de Isabel Mendes, do Livre, e de Nuno Melo, pela AD, foi acompanhado por 782,7 mil telespectadores. O frente a frente de sexta-feira foi seguido por 660,7 mil telespectadores na TVI, aos quais se juntaram mais 109,2 na CNN Portugal e ainda perto de 13 mil, em diferido, na RTP2. Este foi assim o debate com maior audiência dos últimos três dias, mostra a análise da Dentsu para o +M.

Na segunda posição, novamente Nuno Melo, na noite de domingo, com Inês Sousa Real. Desta vez o debate foi transmitido pela SIC, SIC Notícias e, em diferido, pela RTP3, e registou uma audiência de 740, 2 mil telespectadores.

Na terceira posição, nestes últimos três dias, o frente a frente entre Inês Sousa Real e Pedro Nunos Santos, acompanhado por 628,1 mil telespectadores e transmitido pela TVI, CNN Portugal e RTP3, em diferido.

Feitas as contas à primeira semana, o debate mais visto continua a ser o que opôs a líder do Bloco de Esquerda (BE) e o candidato do PS a primeiro-ministro, com 1.057 mil telespectadores.

Veja aqui o calendário de todos os debates.

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