Morreu curadora da Bienal de Veneza de Arte

  • ECO
  • 10 Maio 2025

A curadora da próxima Bienal de Veneza de Arte, a camaronesa-suíça Koyo Kouoh, morreu, aos 57 anos, anunciou a própria organização cultural, descrevendo a sua morte como "surpreendente e prematura".

A curadora da próxima Bienal de Veneza de Arte, a camaronesa-suíça Koyo Kouoh, morreu, aos 57 anos, anunciou hoje a própria organização cultural, descrevendo a sua morte como “surpreendente e prematura“. No início de dezembro passado, a Bienal anunciou que Koyo Kouoh seria responsável pela organização da 61.ª edição do evento artístico, agendada para 2026.

A sua morte deixa um imenso vazio no mundo da arte contemporânea e na comunidade internacional de artistas, curadores e especialistas, que apreciaram o seu extraordinário empenho intelectual e humano“, acrescenta a Bienal. Koyo Kouoh era especialmente conhecida pelas suas exposições sobre feminismo e pela sua atenção a África.

A Bienal de Veneza declarou, há cinco meses, que a sua nomeação pretendia representar “o reconhecimento de um horizonte mais vasto e o surgimento de um dia generoso de novas palavras e olhares”.

Nascida em 1967 nos Camarões e criada na Suíça, Kouoh foi uma artista de renome no panorama africano e internacional, com inúmeras publicações e exposições nas principais cidades e museus de todo o mundo.

Desde 2019, desempenhava as funções de diretora executiva do Museu Zeiz de Arte Contemporânea Africana, na Cidade do Cabo, África do Sul, e, em 2020, recebeu o Grande Prémio ‘Meret Oppengeim’, organizado pela Suíça.

A Bienal de Veneza é um dos eventos artísticos mais importantes e está dividida por setores: em 2025, o seu foco será a Arquitetura, dirigida pelo engenheiro italiano Carlo Ratti, e em 2026, será dedicada à Arte.

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Amigo de Ronaldo, homem da Sonae e advogado de craques de futebol. Quem é Osório de Castro, acusado de fraude fiscal?

Sócio da Morais Leitão, Carlos Osório de Castro, pediu a exoneração do cargo ao escritório de advogados, depois da acusação de fraude fiscal qualificada, juntamente com o cliente e amigo Jorge Mendes.

O Ministério Público (MP) deduziu acusação contra Jorge Mendes, empresário do mundo do futebol, a sua mulher Sandra e Carlos Osório de Castro, advogado reconhecido no mercado da advocacia de negócios e sócio da Morais Leitão. Em causa estão alegados esquemas de fraude fiscal. Os três arguidos foram acusados formalmente pelo MP, cada um por um crime de fraude fiscal qualificada. Um processo que nada tem a ver com a Operação Fora de Jogo nem com a investigação Football Leaks, denunciada pelo hacker Rui Pinto.

Na terça-feira, quando se tornou pública a acusação, o sócio da Morais Leitão, Carlos Osório de Castro não tardou a reagir. Internamente, pediu a exoneração do cargo ao escritório de advogados, que foi aceite, justificando com a vontade de “não criar constrangimentos à sociedade e de ter maior disponibilidade para preparar a sua defesa”. O escritório, liderado por Martim Kuprenski, considerou essa decisão como “um gesto de enorme dignidade e de respeito pela nossa sociedade”, o pedido foi aceite, “mantendo a Morais Leitão toda a confiança em Carlos Osório de Castro e no seu trabalho. Estaremos a acompanhar o processo, com a serenidade e a discrição habituais, incluindo na defesa dos nossos clientes por todos os meios legais e nas instâncias próprias”, disse à Advocatus fonte oficial da firma.

Osório de Castro era sócio da Morais Leitão – uma das maiores sociedades de advogados do mercado que conta com cerca de 250 advogados e 48 sócios atualmente – desde 2006. É um dos advogados mais bem referenciados na área do mercado de capitais e de fusões e aquisições. Foi ainda fundador do escritório Osório de Castro, Verde Pinho, Vieira Peres, Lobo Xavier e Associados (de 1989 a 2005) e Professor na Faculdade de Direito da Universidade Católica do Porto (de 1982 a 2002), onde lecionou a cadeira de mercado de capitais. Foi ainda membro da Comissão de Revisão do Código do Mercado de Valores Mobiliários e é classificado como “Senior Statespeople” em Corporate/M&A e Capital Markets pelo Chambers Global (2025), destacado pela sua expertise em transações complexas e cross-border. “Um advogado excecional com conhecimento profundo e capacidade para resolver questões difíceis”, segundo escreve o ranking da Chambers Europe, um dos mais reputados do mercado. Domina fluentemente o inglês, francês e alemão e é autor de livros e artigos sobre direito societário e insolvência, incluindo o anteprojeto do Código da Insolvência.

Católico, politicamente alinhado ao centro-direita, Osório de Castro gosta de manter um perfil reservado, tanto que são muito poucas as entrevistas dadas a meios de comunicação social. Porém, ao Quem é Quem?, publicação do Jornal Económico ligada ao mercado da advocacia, admitia ter ” sorte de ter como amigo e cliente o maior empresário de futebol do mundo. Em Portugal, os génios não abundam, nem sequer no futebol”.

A ligação com o Futebol Clube do Porto e com Cristiano Ronaldo

Natural de Nampula, Moçambique, nasceu em 1959 e formou-se em Direito na Universidade de Coimbra com média de 18 valores, em 1982, onde chegou a corrigir professores logo no 1º ano da licenciatura. Portista fervoroso, sempre teve uma ligação próxima ao FC Porto e a Jorge Mendes, empresário que o recrutou para vários negócios mediáticos no futebol, lidando com clientes como Cristiano Ronaldo, José Mourinho, Deco, Falcão, Di Maria, Luiz Felipe Scolari e o colombiano James Rodríguez.

Carlos Osório de Castro chegou ao mundo do futebol através da sua paixão pelo FC Porto. Raramente falhava um jogo no antigo Estádio das Antas e, na década de 1990, ajudou na preparação dos estatutos da sociedade anónima dos dragões, juntamente com o seu amigo de longa data e colega nos seus dois escritórios, António Lobo Xavier. Fazia parte do círculo próximo de Jorge Nuno Pinto da Costa, acompanhando de perto a equipa nos jogos em casa e nas competições europeias. E é precisamente nesses tempos áureos dos dragões que o advogado conhece o empresário Jorge Mendes e começa a trabalhar como seu advogado.

A partir daí, o escritório de Carlos Osório de Castro passou a tratar de todos os grandes negócios de Jorge Mendes. Entre eles, é inevitável destacar Cristiano Ronaldo, que se tornou o centro da atuação da Gestifute, empresa de Mendes.

Osório de Castro conheceu Ronaldo em março de 2004, já depois de o futebolista ter trocado o Sporting pelo Manchester United. Osório de Castro iniciou então o que seria uma longa ligação de confiança. E, a partir daí, Osório de Castro passou a acompanhar cada passo de Ronaldo. A ascensão de Ronaldo levou o futebolista a rodear-se de um núcleo muito restrito de profissionais a quem confiou a gestão da sua fortuna. E tudo o que é contrato, do futebol à hotelaria, da publicidade a assuntos pessoais, foi visto e revisto pelo advogado.

Cristiano Ronaldo com o agente Jorge Mendes (do lado direito) e os advogados Paulo Rendeiro (segundo a contar da esquerda) e Carlos Osório de Castro (em baixo), ambos da Morais Leitão.

Saiu da sombra em dezembro de 2016, quando CR7 foi notícia em todo o mundo, suspeito de fuga ao fisco, em Espanha. Ronaldo acabou por aceitar pagar 18,8 milhões de euros, com pena de prisão suspensa de dois anos por fraude fiscal.

Em 2018, Madrid acabou por levantar as suspeitas sobre o advogado português. Mas foi decidido pela justiça espanhola que não existia nenhum indício da sua participação nos factos investigados. À data, disse que trabalhava com Ronaldo em Portugal. Nesse mesmo ano, Carlos Osório de Castro volta a ser referido em notícias devido ao seu envolvimento no acordo que Ronaldo acabou a fazer com Kathryn Mayorga, em Las Vegas, em 2010, num caso de alegada violação.

Foi em Nampula, no norte de Moçambique, onde o pai, Manuel Osório de Castro, exercia como advogado, que conheceu Carlos Queiroz, antigo selecionador nacional que haveria de defender no conturbado processo de saída da FPF, após o Mundial 2010.
Com a descolonização, a família regressou a Portugal e instalou-se em Vila Nova de Gaia. O pai abriu escritório na Praceta 25 de Abril, em frente à Câmara Municipal de Gaia, e Carlos frequentou o Liceu de Gaia, antes de rumar a Coimbra, onde conheceu Lobo Xavier.

O advogado, Belmiro e a Sonae

Com percurso umbilicalmente ligado à Sonae e às grandes batalhas do histórico empresário Belmiro de Azevedo, a Sonae tornar-se-ia praticamente a sua segunda casa durante os anos seguintes. Foi Osório de Castro quem recomendou depois António Lobo Xavier à Sonae. Os dois tornaram-se, desde aí, homens-chave no crescimento do grupo empresarial liderado por Belmiro de Azevedo. Na Sonae, Osório de Castro esteve ligado aos principais negócios, nacionais e internacionais. No litígio entre os herdeiros de Pinto de Magalhães, fundador da empresa, e Belmiro de Azevedo, defendeu o falecido gestor.

Já era uma figura mais do que reconhecida na sua área de atuação quando, em 2006, se deu a fusão do escritório portuense com a lisboeta Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, alargando a área de influência. A Gestifute de Jorge Mendes já ocupava uma parte do tempo do advogado, mas nada que o impedisse de se dedicar com grande empenho a mais uma OPA. Carlos Osório de Castro foi o mestre da operação jurídica, com Lobo Xavier, da OPA da Sonaecom sobre a PT, em 2007.
Na Sonae, de resto, a influência alargou-se até ao círculo mais próximo de Belmiro de Azevedo, de quem se tornou um conselheiro pessoal.

Osório de Castro, administrador de empresas

Mas a relação com Jorge Mendes foi muito para além da de advogado/cliente. Osório de Castro deixou de ser apenas o advogado e conselheiro de Jorge Mendes para os seus negócios, para passar também a ser gestor de várias sociedades do grupo Mendes — tendo assim deveres e obrigações fiduciárias para com as sociedades e os respetivos acionistas. O advogado é administrador da Start BV, juntamente com um representante do Trust International Management, BV .

O advogado foi igualmente administrador da subholding Start SGPS, SA desde a fundação em abril 2008 juntamente com o casal Mendes, tendo sido presidente do conselho de administração da sociedade entre 2012 e 2020 em substituição de Jorge Mendes. Saiu do cargo em novembro de 2020 — regressando Mendes à liderança —, precisamente nove meses após a sua constituição como arguido. Osório de Castro foi constituído arguido em março de 2020 na qualidade de gestor da Start BV e da Start SGPS, tal como as duas sociedades enquanto pessoas coletivas.

O que diz a defesa de Jorge Mendes e o que diz a acusação?

O advogado foi acusado na mesma investigação que envolve o empresário e a mulher, Sandra Mendes, todos acusados pelo MP por um crime de fraude fiscal relativo a uma doação. “O que está em causa é simples: este caso não tem nada a ver com a Operação ‘Fora de Jogo’ nem com o Football Leaks. Isto é um tema pessoal, familiar e sucessório”, explica Rui Patrício, advogado de Jorge Mendes. “E isto nada tem a ver com os negócios do futebol. O que se passa aqui é que foi feita uma doação do marido para a mulher, Sandra Mendes, em que o Jorge Mendes tem a preocupação de que, se lhe acontecer alguma coisa, metade do que tem seja para a sua mulher, já que este é o seu segundo casamento. Para esta não ficar prejudicada nas partilhas. Depois dessa doação, a mulher recebe as ações e entende que não quer ser sócia e quer saber o valor do que lhe foi doado. E decide vender a uma empresa do marido – não iria fazê-lo a uma empresa fora do circuto empresarial de Jorge Mendes. E recebe o valor. E como este casal – tal como tantos no nosso país – não separa as contas entre si, esse dinheiro é usado em conjunto e pelo Jorge porque a mulher não tinha necessidade de usar o dinheiro. E foi neste contexto de economia familiar comum que surge este contexto. Esta doação não foi simulada para fugir aos impostos, doação existiu mesmo“, explicou o advogado, também sócio da Morais Leitão.

O que está em causa é simples: este caso não tem nada a ver com a Operação ‘Fora de Jogo’ nem com o Football Leaks. Isto é um tema pessoal, familiar e sucessório”, explica Rui Patrício, advogado de Jorge Mendes. “E isto nada tem a ver com os negócios do futebol. O que se passa aqui é que foi feita uma doação do marido para a mulher, Sandra Mendes, em que o Jorge Mendes tem a preocupação de que, se lhe acontecer alguma coisa, metade do que tem seja para a sua mulher, já que este é o seu segundo casamento. Para esta não ficar prejudicada nas partilhas”

Rui Patrício, advogado de Jorge Mendes

“A AT está a usar o processo-crime para obter o imposto que de outra forma não iria obter. E o Jorge decidiu avançar para o processo de pagamento para proteger a família. Não é nenhuma aceitação de culpa. E também para mostrar que sempre esteve de boa- fé porque nunca lhe foi dito que havia um problema tributário. Nada foi dito. A AT nunca fez uma liquidação, o Mendes nunca recebeu uma nota de liquidação e por isso nunca pudemos fazer uma reclamação graciosa. Falamos de 18 milhões de euros”.

As explicações surgem porque, no despacho de acusação a que o ECO teve acesso, os procuradores alegam que se tratou de uma doação fictícia que serviu para o casal evitar pagar 18 milhões de euros em IRS. Factos que estão relacionados com a doação de 49,9% da Start SGPS, a holding portuguesa de Jorge Mendes, à sua mulher em outubro de 2012 e o que aconteceu a seguir — com a recompra dessas ações por uma nova holding criada na Holanda, a Start BV.

O Ministério Público acredita que “através da atuação típica, ilícita e culposa dos arguidos Sandra Mendes, Jorge Mendes e Carlos Osório de Castro, estes dois últimos na qualidade de legais representantes das sociedades arguidas START, os arguidos cometeram um crime de fraude fiscal qualificada”, segundo a acusação.

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Tesla Model Y: Para quem quer um carro do futuro mas evita política no café

Entre buracos e lombas, só o Musk faz mais barulho que o novo Model Y. E este é o exemplo da nossa relação complicada com a tecnologia moderna: sabemos que tem problemas, mas ainda assim queremos um.

A revolução silenciosa da Tesla continua a avançar pelas estradas portuguesas através do “refrescado” Model Y 2025, que tem a responsabilidade de manter a liderança num segmento cada vez mais competitivo.

A proposta da marca norte-americana é clara: oferecer um SUV familiar elétrico com autonomia generosa, tecnologia de ponta e um custo de utilização difícil de igualar, sobretudo quando se considera o financiamento atualmente disponível. Será que, com preços a partir dos 44.990 euros, a nova coqueluche da Tesla justifica o entusiasmo e o investimento?

O Model Y, lançado originalmente em 2020, rapidamente se tornou no automóvel elétrico mais vendido do mundo, superando até modelos convencionais a combustão. A versão 2025 apresenta-se com um design exterior renovado, onde sobressai uma nova assinatura luminosa dianteira e traseira, conferindo-lhe uma presença mais sofisticada e moderna. O perfil mantém-se fiel ao conceito original, privilegiando a eficiência aerodinâmica e o espaço interior.

Ao primeiro olhar, é impossível confundir o novo Model Y com a versão anterior. A dianteira apresenta agora uma barra luminosa que percorre toda a largura do veículo, conferindo-lhe um ar futurista e, ouso dizer, algo intimidante – talvez para assustar a crescente concorrência chinesa. A traseira apresenta outra inovação interessante: uma barra de luz que utiliza um sistema de iluminação indireta e refletida.

Se anteriormente o Model Y parecia um Model 3 com excesso de hidratos de carbono, esta renovação traz-lhe uma personalidade distinta, embora mantenha o perfil lateralmente reconhecível. Está mais longo alguns centímetros (4,79 metros no total), mas a verdadeira melhoria é aerodinâmica, o que contribui para um aumento na autonomia.

O interior também recebeu atualizações subtis, mas significativas. Os bancos são agora mais confortáveis e incluem função de refrigeração à frente – que é uma bênção durante para os dias mais quentes. O material do tablier apresenta um melhor tato, e há um novo ecrã de 8 polegadas para os passageiros traseiros, que evita as habituais queixas dos miúdos em viagens mais longas com as constantes repetições “estamos quase a chegar?”. Agora podem entreter-se com vídeos durante o percurso e evitar uma crise nervosa nos graúdos.

Viagens mais tranquilas e equilibradas

Anteriormente, conduzir um Model Y significava sentir cada buraco, lomba e irregularidade nas costas. A Tesla parece ter ouvido as críticas, oferecendo agora uma suspensão significativamente mais sofisticada. O carro continua firme, mas já não faz estremecer a coluna nos pisos mais degradados da capital.

O novo isolamento acústico e os vidros duplos fazem maravilhas para manter o ruído exterior a uma distância respeitável. Na autoestrada, a direção é precisa e confiante, transmitindo segurança mesmo a velocidades mais elevadas.

O que continua a impressionar é a eficiência. A versão Long Range de tração traseira oferece uma autonomia WLTP de 622 quilómetros, um valor excecional para um SUV elétrico deste porte.

Durante os dias de teste com a versão “Launch Series” (com tração integral), foi possível alcançar autonomias reais na ordem dos 500 quilómetros, mesmo com o ar condicionado ligado e algum “pé pesado” ocasional, sobretudo no arranque, não continuasse a aceleração a ser um ponto forte deste SUV, com os 4,8 segundos do 0-100 km/h a transformarem cada entrada na autoestrada numa pequena montanha-russa.

O novo Model Y é provavelmente o SUV eléctrico mais prático e eficiente do mercado nesta faixa de preço. É como ter um smartphone de última geração: pode não ser perfeito e talvez discordemos da filosofia da empresa que o produz, mas é difícil negar a sua utilidade no quotidiano.

É impossível falar do Tesla sem mencionar o seu característico ecrã central. Com 15,4 polegadas, este ecrã continua a ser o centro nevrálgico de todas as funções. Para os nativos digitais, é intuitivo e agradável. Para quem prefere botões físicos, continua a ser um desafio.

Com um preço de entrada de 44.990 euros para a versão de tração traseira, o novo Model Y não é barato. No entanto, a Tesla continua a destacar-se da maioria das marcas ao oferecer condições de financiamento muito atrativas em comparação com os seus concorrentes, como seja uma TAEG a partir de 4,72% a 96 meses. É difícil igualar esta proposta.

A Launch Series que o ECO testou, com um preço de 60.990 euros, é claramente destinada aos entusiastas dispostos a pagar um prémio para serem os primeiros a ter o modelo renovado e distintivo. Para a maioria dos compradores, as versões regulares representam um melhor equilíbrio entre preço e benefício.

O elefante político na sala

Falar da Tesla é também falar de Elon Musk, que está a afetar negativamente a imagem da marca na Europa. As suas ligações a Donald Trump e manifestações de apoio a partidos de extrema-direita europeus têm causado uma reação negativa em muitos mercados. As vendas caíram quase 50% em janeiro e fevereiro deste ano na Europa, em comparação com o mesmo período de 2024. Em Portugal, as vendas da Tesla caíram cerca de 25% nos primeiros três meses do ano.

Contudo, foi notório a atenção e a curiosidade que o novo Model Y gera na rua, dada a quantidade de olhares curiosos e perguntas sobre autonomia e outras características deste bólide, em comparação com zero comentários políticos sobre o seu fundador. Talvez estejamos mais preocupados com a Euribor do que com os tweets controversos do multimilionário sul-africano.

O novo Tesla Model Y, com tudo o que oferece, é uma excelente proposta de um carro familiar elétrico. A autonomia é impressionante, a tecnologia é avançada e as melhorias de conforto transformaram-no num veículo muito mais agradável para o dia-a-dia. As condições de financiamento atrativas e o acesso à rede Supercharger são trunfos adicionais. Mas nem tudo é bom. A qualidade de construção ainda não rivaliza com os premium alemães, a dependência total do ecrã tátil pode ser frustrante para alguns condutores, e sim, há o “fator Musk” para quem se preocupa com isso.

Após alguns dias de viagens escolares, trajetos casa-trabalho e compras de supermercado, a conclusão é clara: o Model Y é provavelmente o SUV eléctrico mais prático e eficiente do mercado nesta faixa de preço. É como ter um smartphone de última geração: pode não ser perfeito e talvez discordemos da filosofia da empresa que o produz, mas é difícil negar a sua utilidade no quotidiano.

Num mundo cada vez mais polarizado, talvez o Model Y 2025 seja o exemplo perfeito da nossa relação complicada com a tecnologia moderna: sabemos que tem problemas, mas ainda assim, queremos ter um. E talvez esta seja a maior vitória da Tesla – criar produtos que desejamos, mesmo quando estamos zangados com o seu criador. Afinal, já alguma vez tentaram resistir a uma sobremesa deliciosa só porque o chef tem opiniões controversas?

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Pedro Nuno de mota acelera para a vitória do PS

  • Lusa
  • 10 Maio 2025

"Estamos num crescendo a acelerar para a vitória", afirmou Pedro Nuno Santos, depois de ter feito a viagem entre Santo Tirso e Famalicão na sua moto.

No dia em que conduziu a sua mota, o líder do PS acelerou para a vitória em Santo Tirso, onde teve uma das maiores arruadas desta campanha e ainda engraxou os sapatos no mesmo engraxador que Mário Soares.

“Estamos num crescendo a acelerar para a vitória”, afirmou Pedro Nuno Santos, depois de ter feito a viagem entre Santo Tirso e Famalicão na sua moto e vestido a rigor com o casaco de motard, luvas e capacete.

À sua partida alguém gritou: “dá-lhe gás, Pedro”. O percurso sem obstáculos foi, segundo descreveu, “espetacular”. Antes, Pedro Nuno Santos tinha tido em Santo Tirso uma das maiores receções e arruada desta campanha eleitoral.

Foram muitos os que o esperaram e o acompanharam, num dia que se sentia o cheiro a borracha queimada e o roncar dos motores daquela cidade do distrito do Porto, que acolhe este fim de semana uma prova do campeonato Norte de Ralis.

Pedro Nuno Santos foi percorrendo as ruas a custo, ora puxado para um beijo, ora para uma ‘selfie’, entrou em pastelarias em que se vende o doce típico jesuítas e deixou uma mensagem numa das mais antigas retrosarias do Norte, que já contabiliza 165 anos.

Já na rua, sentou-se num banco para que o senhor Silva lhe engraxasse os sapatos. Trabalha como engraxador há 50 anos e foi também ele quem limpou os sapatos de Mário Soares.

Sou o único engraxador de Santo Tirso que engraxou os sapatos a um Presidente da República“, contou, explicando que as “coisas para serem bem feitas tem que ser com tempo”.

Pedro Nuno concordou mas pediu: “mas não pode ser muito tempo porque eu estou numa arruada e tenho que seguir para Famalicão”.

“Está a engraxar o primeiro-ministro”, ouviu-se alguém a gritar ali ao lado.

Enquanto os bombos iam marcando o ritmo da arruada, da varanda de um apartamento caíram pétalas de rosa sobre Pedro Nuno Santos. Também nos céus se viu, logo pela manhã, um parapente em que se podia ler “PS vota”.

“Tem sido um dia maravilhoso aqui em Santo Tirso com muita gente, gente com muito entusiasmo. Sente-se nas ruas que as pessoas acreditam que o PS vai vencer as eleições”, sublinhou.

Durante a manhã, Pedro Nuno Santos insistiu na mensagem que o PS vai ganhar as eleições e que “este é o caminho para a vitória”.

“Nos últimos dias tem sido em crescendo, o que significa que, no que diz respeito às sondagens elas têm razão, o PS está a crescer e que nós vamos ganhar estas eleições. As pessoas perceberam que com esta AD e com este primeiro-ministro não conseguem resolver os seus problemas nem conseguem ter estabilidade“, salientou.

A festa de campanha continuou em Famalicão com um almoço com música ao vivo, bifanas e caldo verde.

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Em Viana Montenegro não dançou mas pediu “luta até ao fim” por maioria maior

  • Lusa
  • 10 Maio 2025

A arruada de Viana começou ao som de um vira minhoto, com Montenegro acompanhado do cabeça de lista da AD - Coligação PSD/CDS-PP e presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco.

O presidente do PSD pediu este sábado que todos lutem “até ao fim por uma maioria maior”, numa arruada animada em Viana do Castelo, em que brindou, comeu, andou às cavalitas mas não dançou.

“Obrigado a todos, obrigado Viana. Vamos continuar até ao fim, a lutar por uma maioria maior, não deixar ninguém em casa, mobilizar toda a gente, até domingo. Viva Portugal!”, afirmou Luís Montenegro, de cima de um vaso — que quase se ia virando quando subia — e fazendo o V de vitória.

A tradicional arruada de Viana começou ao som de um vira minhoto, com Montenegro sempre acompanhado do cabeça de lista da AD – Coligação PSD/CDS-PP e presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, a que se juntou mais à frente Paulo Morais, que será candidato pelo PSD nas próximas autárquicas à Câmara desta autarquia.

O primeiro-ministro parou com Aguiar-Branco a ouvir o vira e no final cumprimentou as cantoras, com uma delas a deixar um desafio: “Não vamos dançar?”.

“Nada disso”, respondeu, em tom bem-disposto.

Montenegro posou com minhotas trajadas a rigor, brindou com vinho branco e provou bola de carne, cumprimentando, como tem sido habitual, pessoas, lojistas e muitas crianças, que quase todas lhe pedem uma ‘selfie’.

A maioria das pessoas que o quiseram cumprimentar tinham elogios para o primeiro-ministro, com um antigo combatente a agradecer os descontos nos medicamentos, mas também encontrou quem não fosse fã da AD, a quem pediu que aproveitasse a última semana para pensar melhor.

Eu sempre fui socialista”, disse uma senhora, com Montenegro a sugerir que “feche os olhos” e ponha a cruz noutro sítio.

Mesmo sem parecer convencida, deixou um desabafo: “Mas eu, para mim, é você que vai ficar”.

Houve também quem reclamasse dos carros mal estacionados da comitiva da AD: “Parece impossível este exemplo do primeiro-ministro”, indignou-se uma senhora.

Em Viana, não faltou a paragem na tradicional pastelaria Manuel Natário e as suas famosas bolas: lá dentro, apesar de ter sido restrita a entrada da comunicação social, Montenegro pediu desculpa às pessoas pela confusão montada e ainda ofereceu o seu bolo a uma senhora que lhe pediu para lhe “pagar uma bolinha”.

A meio da rua estreita em Viana do Castelo que serve habitualmente de palco às arruadas do PSD, Montenegro subiu a uma varanda, com Aguiar-Branco, Paulo Morais e o líder do CDS-PP Nuno Melo, de onde acenou aos apoiantes e entoou o habitual hino de campanha, que pede que “deixem o Luís trabalhar”.

A comunicação social tentou questionar Paulo Morais – presidente e fundador da Frente Cívica, e que sempre falou sobre questões relacionadas com a corrupção — se nestas eleições entende estarem em causa questões éticas, mas o candidato entrou com o líder da AD para a subida à varanda sem responder.

Os contactos de rua de cerca de 40 minutos terminaram com Luís Montenegro a percorrer alguns metros às cavalitas de membros das juventudes da AD, como já aconteceu noutras localidades.

“Luís amigo, Viana está contigo”, foi uma das palavra de ordem mais ouvidas, com o líder do PSD a responder: “E eu estou com Viana!”.

Em Viana do Castelo, a coligação AD venceu as legislativas em 2024, conseguindo dois dos cinco deputados deste círculos, seguida do PS também com dois e do Chega com um.

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Índia e Paquistão anunciam cessar-fogo após negociações com EUA

  • Lusa
  • 10 Maio 2025

O acordo acontece após semanas de confrontos desencadeados por um atentado a tiro contra turistas no mês passado na zona de Caxemira indiana, pelo qual a Índia culpa o Paquistão.

A Índia e o Paquistão anunciaram este sábado um acordo de cessar-fogo após negociações lideradas pelos Estados Unidos para pôr fim ao conflito entre os rivais com armas nucleares.

O acordo acontece após semanas de confrontos desencadeados por um atentado a tiro contra turistas no mês passado na zona de Caxemira indiana, pelo qual a Índia culpa o Paquistão.

Este foi o confronto mais grave das últimas duas décadas e fez dezenas de civis mortos de ambos os lados.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, tinha afirmado, horas antes, que a Índia e o Paquistão concordaram com um cessar-fogo, referindo estar satisfeito com o resultado das negociações.

Parabéns a ambos os países por usarem o bom senso e a inteligência. Obrigado pela atenção dada a este assunto!”, escreveu Trump nas redes sociais.

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Presidente da Comissão Europeia dá apoio ao cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia

  • Lusa
  • 10 Maio 2025

"Apoiamos a proposta de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias. Deve ser implementada sem pré-condições para abrir caminho a negociações de paz significativas.", afirmou a a presidente da CE.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deu este sábado apoio à proposta de um cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia, defendida pelos Estados Unidos e pelo quarteto de líderes europeus que estão em Kiev.

“Apoiamos a proposta de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias. Deve ser implementada sem pré-condições para abrir caminho a negociações de paz significativas. A bola está agora no campo da Rússia“, declarou Ursula von der Leyen na rede social X.

“Estamos prontos para manter uma forte pressão sobre a Rússia e impor sanções mais severas em caso de violação do cessar-fogo”, sublinhou a presidente da Comissão Europeia.

Segundo Von der Leyen, “o objetivo é claro: uma paz justa e duradoura para a Ucrânia, que é vital para a segurança e a estabilidade em todo o nosso continente”.

A Ucrânia e os aliados europeus propuseram hoje à Rússia um cessar-fogo total e incondicional durante pelo menos 30 dias a partir de segunda-feira, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

“A Ucrânia e os seus aliados estão prontos para um cessar-fogo completo e incondicional em terra, no ar e no mar durante pelo menos 30 dias a partir de segunda-feira”, afirmou Andrii Sybiha nas redes sociais, acrescentando que tal trégua “poderá abrir caminho para negociações de paz”.

A proposta foi feita na sequência de uma reunião realizada em Kiev entre os chefes de Estado e de Governo da Ucrânia, França, Alemanha, Reino Unido e Polónia, a chamada “coligação dos dispostos”, à qual se seguiu uma conversa telefónica com o Presidente dos Estados Unidos.

“Após a reunião da ‘coligação dos dispostos’ em Kiev, os cinco líderes tiveram uma conversa proveitosa com o Presidente dos EUA, com foco nos esforços de paz”, adiantou Sybiha.

Se a Rússia concordar e for garantida uma verificação eficaz, um cessar-fogo duradouro e medidas de construção de confiança podem abrir caminho a negociações” mais abrangentes, acrescentou.

A reunião decorreu com a presença do Presidente ucraniano, Vlodymyr Zelensky, do Presidente francês, Emmanuel Macron, dos primeiros-ministros do Reino Unido e da Polónia, Keir Starmer e Donald Tusk, e o novo chanceler alemão, Friedrich Merz.

O Kremlin já respondeu à possibilidade de novas sanções europeias, dizendo que não vão afetar a sua posição. “Habituámo-nos às sanções”, declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

Para aceitar a proposta apresentada, Moscovo exige o fim dos envios de armas para a Ucrânia.

Hoje é o último dia de um cessar-fogo unilateral de três dias declarado pela Rússia, que a Ucrânia diz ter sido repetidamente violado pelas forças do Kremlin.

A visita dos líderes europeus à Ucrânia marcou a primeira vez que os líderes dos quatro países viajaram juntos para a Ucrânia, enquanto Friedrich Merz efetuou a primeira deslocação a Kiev como novo chanceler da Alemanha.

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Greve dos maquinistas cancela circulação de 36,6% dos comboios até ao meio-dia

  • Lusa
  • 10 Maio 2025

Segundo os dados da CP, no balanço mais recente, do total de 339 comboios programados entre as 00:00 e as 12:00, foram suprimidos 124 (36,6%), mas destes, mais de metade (77) foram-no até às 08:00.

A greve dos maquinistas levou, até ao meio-dia, à supressão da circulação de 36,6% de comboios, maioritariamente como reflexo da paralisação de sexta-feira, registando-se uma gradual normalização, já que a greve de hoje incide apenas sobre o trabalho suplementar.

O Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) convocou uma greve entre hoje e quarta-feira, abrangendo apenas o trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal, depois de ter estado, juntamente com outros sindicatos do setor, em greve total, sem serviços mínimos, entre quarta-feira e sexta-feira (07 e 09 de maio), o que resultou na paragem total da circulação.

Segundo os dados da CP, no balanço mais recente, do total de 339 comboios programados entre as 00:00 e as 12:00, foram suprimidos 124 (36,6%), mas destes, mais de metade (77) foram-no até às 08:00. Desde então, até ao meio-dia, o número de supressões baixou para 47.

O longo curso, que foi a carreira mais afetada, e que viu suprimidos nove dos 10 comboios previstos para o período entre as 00:00 e as 08:00, começa a normalizar, com a realização de sete viagens, das 13 programadas entre as 08:00 e as 12:00.

Neste mesmo período, a circulação de comboios urbanos de Lisboa, já estava normalizada, tendo-se realizado as 72 viagens previstas.

Este balanço atualizado dá ainda conta de que entre as 08:00 e as 12:00 estavam programados 53 comboios regionais, dos quais foram suprimidos 27, ao passo que entre os urbanos, se registou a supressão de 12 dos 42 do Porto, e de dois dos seis de Coimbra.

O presidente do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), António Domingues, explicou à Lusa que “estas supressões são ainda reflexo da greve de ontem [sexta-feira]”, e que a CP irá repondo ao longo do dia “à medida que os trabalhadores se vão apresentando”.

“Um trabalhador deveria ter-se apresentado ontem [sexta-feira] para uma viagem até Faro e não se apresentou, por exemplo. Hoje, não estava em Faro para fazer o regresso”, explicou, acrescentando que as supressões tendem a diminuir ao longo do dia até se tornarem pontuais, porque a greve abrange apenas o trabalho suplementar.

O SMAQ exige o cumprimento do acordo alcançado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que “o Governo não pode querer os méritos da negociação e depois fugir às suas responsabilidades na aplicação”.

A partir de domingo começa uma nova paralisação, também até quarta-feira, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), dos revisores e trabalhadores de bilheteiras.

Esta greve é parcial, decorrendo entre as 05:00 as 8:30 de segunda-feira e terça-feira, sendo que no domingo e na quarta-feira a greve só afeta os comboios de longo curso de forma residual, segundo aquele sindicato.

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ECO Quiz. Novo Papa, Tekever e tarifas

  • Tiago Lopes
  • 10 Maio 2025

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou?

Ao segundo dia do Conclave, os 133 cardeais elegeram o sucessor do Papa Francisco. Os sinos da basílica de São Pedro tocaram a repique, anunciando a escolha do novo chefe da Igreja católica. Perante milhares de pessoas na Praça de S. Pedro que o aplaudiam em uníssono, o Papa Leão XIV acenou à multidão e proferiu as primeiras palavras: “A paz esteja convosco”.

A Tekever anunciou que atingiu uma avaliação de mais de mil milhões de libras (mais de 1,2 milhões de euros), após uma nova ronda de financiamento subscrita pelos atuais investidores para acelerar a sua expansão.

O ECO publica todas as semanas um quiz, que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento.

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Metade dos comboios suprimidos até às 08:00 devido a greve dos maquinistas

  • Lusa
  • 10 Maio 2025

Do total de 153 comboios programados para hoje, 77 foram suprimidos (50,3%), afetando em primeiro lugar as viagens de longo curso, com apenas uma das 10 viagens previstas a realizar-se.

A greve dos maquinistas ao trabalho suplementar afetou em 50,3% a circulação de comboios prevista para o período das 00:00 às 08:00 de sábado, principalmente de longo curso, que registou 90% de supressão, disse fonte da CP.

Do total de 153 comboios programados para hoje, 77 foram suprimidos (50,3%), afetando em primeiro lugar as viagens de longo curso, com apenas uma das 10 viagens previstas a realizar-se, de acordo com um primeiro balanço feito à Lusa.

Em segundo lugar, surgem os comboios regionais, com uma taxa de supressão de 81,6%, tendo sido suprimidos 40 dos 49 previstos.

No que respeita aos comboios urbanos, circularam, em Lisboa, 42 de 59 previstos, no Porto, 21 de 30, e em Coimbra, três de cinco, o que se traduz em percentagens de supressão na ordem dos 28,8%, 30% e 40%, respetivamente.

O Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) convocou uma greve entre sábado e quarta-feira, abrangendo apenas o trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal.

De quarta-feira, 07 de maio, até sexta-feira, vários sindicatos, incluindo o SMAQ, estiveram em greve, sendo que nesse caso não houve serviços mínimos, o que resultou na paragem total da circulação.

O SMAQ exige o cumprimento do acordo alcançado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que “o Governo não pode querer os méritos da negociação e depois fugir às suas responsabilidades na aplicação”.

A partir de domingo começa uma nova paralisação, também até quarta-feira, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), dos revisores e trabalhadores de bilheteiras.

Esta greve é parcial, decorrendo entre as 05:00 as 8:30 de segunda-feira e terça-feira, sendo que no domingo e na quarta-feira a greve só afeta os comboios de longo curso de forma residual, segundo aquele sindicato.

A Lusa tentou contactar o SMAQ, mas até ao momento não foi possível.

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Alemanha ameaça Rússia com agravamento de sanções se não aceitar cessar-fogo

  • Lusa
  • 10 Maio 2025

Numa entrevista ao jornal alemão Bild, Friedrich Merz afirmou que, se o Kremlin não responder, "haverá um agravamento maciço das sanções e a ajuda maciça à Ucrânia continuará".

O chanceler alemão ameaçou este sábado Moscovo com “um agravamento maciço das sanções”, se o Presidente russo, Vladimir Putin, recusar o cessar-fogo de 30 dias no conflito na Ucrânia exigido pelos europeus e norte-americanos.

Numa entrevista publicada no jornal alemão Bild, Friedrich Merz afirmou que, se o Kremlin não responder, “haverá um agravamento maciço das sanções e a ajuda maciça à Ucrânia continuará. No plano político, claro, mas também no plano financeiro e militar”.

Além de Merz, que realiza a primeira visita ao país desde que tomou posse esta semana, chegaram a Kiev os primeiros-ministros britânico, Kier Starmer, polaco, Donald Tusk, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, para uma reunião com o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a qual vão debater possíveis garantias de segurança para a Ucrânia e apoiar um cessar-fogo de 30 dias.

Os líderes europeus, juntamente com o Presidente ucraniano, deslocaram-se à Praça Maidan, no centro de Kiev, onde colocaram velas e observaram um minuto de silêncio junto ao memorial aos soldados mortos desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.

Estes líderes europeus, que chegaram de comboio à capital ucraniana, enviaram uma declaração conjunta ao Kremlin a pedir que declare um cessar-fogo de 30 dias exigida pelos ucranianos, que é apoiado pelos países aliados da Europa e pelos Estados Unidos.

Uma paz justa e duradoura começa com um cessar-fogo completo e incondicional”, declarou Macron na rede social X, na chegada à capital ucraniana.

“Esta é a proposta que formulámos em conjunto com os Estados Unidos”, acrescentou Macron, lembrando que a Ucrânia aceitou depor as armas durante um mês em 11 de março e acusou a Rússia de impor condições para “ganhar tempo” e continuar a guerra.

Macron acrescentou que “se Moscovo persistir com o bloqueio”, a pressão europeia sobre a Rússia aumentará “em estreita coordenação com os Estados Unidos”.

“Acolhemos com satisfação o apelo [do Presidente norte-americano, Donald] Trump para tomar esta medida”, acrescentou Macron.

O Presidente francês acrescentou que qualquer acordo de paz deve incluir garantias de segurança para a Ucrânia.

“Trabalhámos nisso em reuniões em Paris, Londres e hoje em Kiev. Estamos a avançar juntos”, disse Macron.

França, Reino Unido, Alemanha e Polónia fazem parte da chamada “Coligação dos Dispostos”, composta por países que trabalham na possível criação de um contingente militar de manutenção da paz a ser destacado para a Ucrânia no final desta guerra para impedir a Rússia de lançar uma nova invasão no futuro.

Em Kiev, os líderes europeus participam ainda numa reunião virtual com os demais membros da “Coligação dos Dispostos”, liderada por Londres e Paris, para discutir “garantias de segurança” para a Ucrânia no caso da cessação das hostilidades.

Vão informar os outros participantes deste grupo sobre “os progressos realizados no sentido de uma futura coligação que reúna forças aéreas, terrestres e marítimas” para ajudar o exército ucraniano “após um possível acordo de paz” com a Rússia.

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Negociações comerciais entre EUA e China já arrancaram em Genebra

Após semanas de tensões que levaram a que os direitos aduaneiros sobre as importações de bens entre as duas maiores economias do mundo ultrapassassem os 100%, as duas partes reuniram-se finalmente.

O vice-primeiro-ministro da China, He Lipeng, manteve conversações com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na madrugada de sábado, em Genebra, informou a agência noticiosa estatal chinesa Xinhua.

Uma pessoa próxima das conversações confirmou à Reuters que estas estavam a decorrer.

Após semanas de tensões crescentes que levaram a que os direitos aduaneiros sobre as importações de bens entre as duas maiores economias do mundo ultrapassassem os 100%, as duas partes reuniram-se finalmente para conversações.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que a China deveria abrir seu mercado para os EUA e que tarifas de 80% sobre os produtos chineses “parecem corretas”.

A China está no epicentro da guerra comercial global lançada por Donald Trump, que tem agitado os mercados financeiros, perturbado as cadeias de abastecimento e alimentado o risco de uma forte recessão económica mundial.

Washington quer reduzir o seu défice comercial com Pequim e convencer a China a renunciar ao que os EUA dizem ser um modelo económico mercantilista e a contribuir mais para o consumo global, o que implicaria, entre outras coisas, reformas internas dolorosas.

Pequim resiste a qualquer interferência externa na sua trajetória de desenvolvimento, pois considera que o avanço industrial e tecnológico é crucial para evitar a armadilha do rendimento médio. Quer que Washington elimine os direitos aduaneiros, especifique o que quer que a China compre mais e seja tratada como igual na cena mundial.

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