António Costa em Bruxelas “ainda se mantém na agenda”, garante Elisa Ferreira

  • ECO
  • 5 Junho 2024

Elisa Ferreira diz que suspeitas no caso Influencer provocaram "enorme pancada" na reputação de Costa, mas ainda assim o nome do ex-primeiro-ministro continua a ser "muito" falado em Bruxelas.

Embora admita que as suspeitas em torno de António Costa no âmbito da Operação Influencer tenham caído “como uma bomba” em Bruxelas, a comissária europeia para a Coesão Territorial garante que a indicação do ex-primeiro-ministro para o cargo de presidente do Conselho Europeu “ainda se mantém na agenda”.

Fala-se muito [de António Costa nos corredores de Bruxelas]. Espero que essa oportunidade seja ainda viável, e, pessoalmente, acho que é“, afirmou Elisa Ferreira em entrevista à Antena 1, esta quarta-feira, admitindo, no entanto, que o caso provocou uma “enorme pancada inexplicada” não só na credibilidade de António Costa, como também de Portugal. “[A Operação Influencer] foi muito negativa para a reputação de Portugal que é considerado um país estável e com uma certa previsibilidade”, disse Elisa Ferreira.

Para a comissária, que está em fim de mandato, a decisão de ir para o Conselho Europeu estará, no entanto, nas mãos do próprio ex-chefe de Governo. “Depende muito do próprio doutor António Costa considerar se não contamina o cargo. Aprecio muito essa preocupação institucional de proteger as instituições”, elogia, revelando que em Bruxelas “alguns colegas dizem que não era preciso” o ex-primeiro-ministro ter apresentado a demissão em novembro passado, “mas deu uma grande lição de ética”.

Questionada sobre se o atual Governo deve apoiar uma eventual candidatura de Costa, Elisa Ferreira diz que “não é obrigatório”, ainda assim, face aos riscos que o bloco europeu enfrenta hoje, reconhece que seria “inteligente ter alguém que conhece a realidade portuguesa, que tem enorme influência na Europa, é respeitado, tem competências e seriedade” que a própria considera serem “essenciais para um reequilíbrio da União Europeia”.

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AR debate a 11 de junho isenção do IMT para jovens e diploma para quinto cheque do PRR

  • Lusa
  • 5 Junho 2024

O Governo agendou para 11 de junho, com caráter de urgência, o debate de propostas sobre isenção do IMT para jovens e para "resgatar" 783 milhões de euros retidos do PRR.

O Governo agendou para terça-feira, com caráter de urgência, o debate de propostas sobre isenção do IMT para jovens e para “resgatar” 783 milhões de euros retidos no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

Segundo o porta-voz da conferência de líderes, o deputado social-democrata Jorge Paulo Oliveira, foi possível estes dois diplomas do Executivo subirem já a plenário na terça-feira na sequência de uma autorização dada pelo CDS-PP, que tinha para esse dia reservado de forma potestativa um debate sobre o 25 de Novembro de 1975.

A primeira das duas propostas de lei do Governo agendadas com urgência na reunião da conferência de líderes desta quarta-feira incide sobre o mercado de capitais, “condição essencial para Portugal ter acesso aos 783 milhões de euros retidos” em Bruxelas.

De acordo com o executivo, só quando for desbloqueada essa verba das terceira e quarta tranches do PRR, o Estado Português poderá avançar para requerer o quinto pagamento, este estimado em cerca de 1,8 mil milhões de euros.

Já o segundo diploma agendado com urgência pelo executivo PSD/CDS-PP, resulta das medidas tomadas pelo Governo para responder à crise na habitação e visa a concessão aos jovens até aos 35 anos de isenção de Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) na compra de uma primeira casa.

A isenção aplica-se à compra da primeira habitação até 316.772 euros — independentemente do seu rendimento de cada um dos jovens –, havendo uma garantia pública de até 15% do valor de aquisição, com o limite de 450.000 euros.

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Britânico Constellation Automotive Group abre hub tecnológico em Coimbra e está a recrutar

O centro, o primeiro do grupo fora do Reino Unido, arranca com mais de 50 pessoas, mas até ao final do ano, querem contratar cerca de 100 pessoas e, em três anos, atingir 250 contratações. 

O grupo britânico Constellation Automotive Group, marketplace de veículos automóveis, está a abrir um hub tecnológico em Coimbra, o primeiro fora do Reino Unido. O centro arranca com mais de 50 pessoas, mas até ao final do ano o grupo quer contratar mais 100 e, em três anos, atingir as 250 contratações.

“Estamos entusiasmados por anunciar oficialmente a abertura do Constellation Tech Hub em Coimbra, uma cidade com forte tradição académica e grande potencial tecnológico. Esta presença em Portugal irá permitir-nos continuar a trabalhar em oportunidades inovadoras e líderes de mercado que estão na vanguarda do avanço tecnológico no setor automóvel europeu. O novo hub será uma extensão vital da nossa equipa tecnológica global e crucial para impulsionar o nosso crescimento e o desenvolvimento de novos produtos e plataformas”, diz Robert Teagle, CIO do Constellation Automotive Group, citado em comunicado.

O Estádio Cidade de Coimbra foi o espaço escolhido pelo grupo britânico — detentor de marcas como a BCA (que atua no ramo B2B de automóveis usados, totalmente digital, no Reino Unido e na Europa), a Cinch (que atua no segmento automóvel B2C), a WeBuyAnyCar (maior serviço de compra de veículos do Reino Unido) e a Marshall (um dos dez maiores grupos de concessionários da Europa, com 142 concessionários no Reino Unido, representando 23 dos principais fabricantes mundiais) — para acolher o primeiro hub tecnológico em Portugal.

O grupo tem o seu principal centro de desenvolvimento no Reino Unido (Londres e Manchester), sendo que o Tech Hub em Coimbra é o primeiro Tech Hub oficial do grupo fora do Reino Unido“, esclarece fonte oficial ao ECO.

Hub está a recrutar

Presente em mais de 20 países europeus, o grupo conta com mais de 16 mil colaboradores. Em Portugal, já tem mais de 50 pessoas no centro tecnológico, a trabalhar em áreas como operações, design, produto, cibersegurança e engenharia, e a “usufruir de um modelo de trabalho híbrido e horários flexíveis”. O objetivo é recrutar mais 100 pessoas até final do ano, e atingir os 250 colaboradores em três anos. O grupo está neste momento a recrutar.

O grupo tem como ambição tornar o hub de Coimbra “num dos maiores centros de desenvolvimento tecnológico do grupo”.

“A área total do Tech Hub em Coimbra é de 500 metros quadrados, sendo que existe potencial para expandir o espaço dentro do Estádio – este foi, aliás, um fator chave na escolha da localização”, explica fonte oficial ao ECO.

“O foco estará no desenvolvimento de uma gama de soluções tecnológicas em múltiplas plataformas para todas as empresas do grupo, utilizando metodologias Agile, capacidades de automação e modelos inovadores”, refere a empresa.

“Sentimo-nos bastante satisfeitos com o elevado nível dos colaboradores que já tivemos oportunidade de integrar no Constellation Tech Hub, o que é, obviamente, um excelente indicador da qualidade do talento que Portugal tem para oferecer. Estamos muito motivados para trabalhar em colaboração com as universidades, entidades e startups da região, no sentido de desenvolver e explorar novas tecnologias, reforçando a nossa missão de inovar no setor automóvel e o nosso papel na comunidade local”, diz Jose Gaspar, CPO do grupo, citado em comunicado.

Veja as fotografias do novo centro:

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DPD avança com novo centro logístico no Norte do país dentro de dois a três anos

Investimento de 30 milhões em novo hub em Loures, que é inaugurado esta quarta-feira, marca "nova fase de expansão" da DPD em Portugal. O próximo passo é reforçar a presença no Norte.

A empresa de transporte DPD inaugura esta quarta-feira um novo hub de distribuição de encomendas em Loures, que resulta de um investimento de 30 milhões de euros. Nos próximos dois a três anos, vai avançar também com com um novo centro logístico no Norte do país, revelou ao ECO o CEO da empresa em Portugal.

Com uma área total de 12.000 metros quadrados, dos quais 3.100 metros quadrados de escritórios destinados aos 140 responsáveis da parte administrativa e um armazém de 9.000 metros quadrados, onde operam 230 colaboradores encarregues da triagem e distribuição de encomendas, o novo hub da DPD em Loures “marca o início de uma nova fase de expansão” da empresa em Portugal, adiantou Olivier Establet, CEO da DPD Portugal.

Olivier Establet, CEO da DPD Portugal

O gestor da empresa francesa, que lidera o mercado de transporte expresso em Portugal e espera alcançar uma faturação de 115 milhões de euros este ano, 13% acima dos 101 milhões recorde registados em 2023, explica que “com este novo centro logístico, no qual investimos cerca de 30 milhões de euros, aumentámos a nossa capacidade logística e agilizámos, ainda mais, a gestão das encomendas dos nossos clientes, uma vez que o hub conta com um sistema crossblet [equipamento usado na triagem das encomendas] único em Portugal, que consegue fazer a gestão de 10.000 encomendas por hora“.

Segundo o especialista, “o uso desta tecnologia de ponta facilita o processo de triagem e gestão das encomendas, melhora os prazos de entrega, e dará resposta ao crescimento que o e-commerce tem tido em Portugal”.

Apesar de este ser, até agora, o maior investimento da empresa em Portugal, a DPD já tem outro projeto na calha. “Nos próximos dois a três anos, pretendemos apostar também num novo centro logístico no Norte do país, com o objetivo de continuar a otimizar as nossas infraestruturas e capacidade de resposta à procura do mercado”, avança Olivier Establet.

Nos próximos dois a três anos, pretendemos apostar, também, num novo centro logístico no norte do país, com o objetivo de continuar a otimizar as nossas infraestruturas e capacidade de resposta à procura do mercado.

Olivier Establet

CEO da DPD Portugal

Em 2023, a empresa alcançou “um marco histórico no mercado português ao ultrapassar os 101 milhões de euros de faturação [em 2023], tendo sido Portugal um dos países onde a DPD mais cresceu”. “Este incremento contribuiu para reforçar o posicionamento da DPD enquanto líder no mercado doméstico do transporte expresso e evidencia o nosso peso no mercado português, onde verificámos um crescimento superior a 15% nos primeiros meses de 2024″, acrescentou o CEO da DPD Portugal.

Segundo Olivier Establet, “após a pandemia, sentiu-se uma diminuição das compras online em Portugal”. Contudo, em 2023, o e-commerce continuou a progredir e até a superar os valores da pandemia, já que, em 2019, 65% dos portugueses eram e-shoppers e, em 2023, esse total ascendia já os 71%”, explica.

“Assim, o e-commerce deverá continuar a aumentar nos próximos anos, contribuindo para o desenvolvimento do mercado doméstico do transporte expresso e para o crescimento da DPD em Portugal”, concluiu.

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RTP mais do que triplica lucros em 2023, para 2,5 milhões de euros

O operador de serviço público fechou o ano passado com um resultado líquido de 2,5 milhões de euros, que compara com os 767 mil euros que lucrou em 2022.

A RTP fechou o ano de 2023 com resultados líquidos positivos de 2,5 milhões de euros, mais do triplo dos 767 mil euros que lucrou no ano anterior. O EBITDA (lucro antes de juros, impoostos, depreciações e amortizações) foi de 17,7 milhões, um crescimento 38,7%. É o 14.º ano consecutivo em que o operador de serviço público apresenta resultados líquidos positivos, recorda a empresa liderada por Nicolau Santos.

Em 2023 a RTP teve receitas de 235,1 milhões de euros, um crescimento de 2% em relação ao ano anterior. Desses, 190,1 milhões provêm da contribuição audiovisual (+2,7%) e 45 milhões de receitas comerciais, que no total diminuíram 1,2%.

A publicidade líquida situou-se nos 21,7 milhões de euros, mais 361 mil euros do que no ano anterior. A distribuição, em sentido oposto, caiu 2,5%, para os 12 milhões de euros, e a o item “outros”, com 11,3 milhões, registou uma quebra de 5%.

O aumento das receitas de publicidade em cerca de 361 mil euros, explica o operador, é devido ao contributo das áreas não linear, internet e rádio. O aumento das receitas dos serviços de produção foi de cerca de 4,3 milhões e a contribuição para o audiovisual representou mais cinco milhões de euros.

Em sentido contrário, escreve o operador, houve uma diminuição de receita com venda de conteúdos por ausência de revenda de direitos de eventos desportivos internacionais de 5,3 milhões de euros.

Do lado dos custos, estes situaram-se nos 217,4 milhões de euros, uma descida de 0,2%. Neste caso, justifica a RTP, existiu uma diminuição de custo de grelha de 6,8 milhões de euros, para 79,6 milhões de euros, “essencialmente pelo efeito de não ser ano de Mundial ou Europeu de Futebol Masculino”. Os gastos com pessoal situaram-se nos 96,7 milhões (+5,3 milhões, “seguindo o aumento de referência para a função pública” e o fornecimentos e serviços externos nos 38,4 milhões, mais 1,2 milhões.

O investimento cifrou-se nos 4,6 milhões de euros, um aumento de 0,6 milhões, e a dívida bancária diminuiu 15,4%, para 71,7 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 14h22 )

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SPV apresenta manifesto para promover economia circular na Europa

  • Capital Verde
  • 5 Junho 2024

A propósito das eleições europeias, a Sociedade Ponto Verde apresenta uma série de propostas para melhorar o setor.

A Sociedade Ponto Verde apresentou um manifesto a propósito das eleições europeias, com propostas de melhoria dentro do setor, para que possam ser consideradas na discussão ao nível comunitário.

As próximas eleições europeias são um momento decisivo para reforçar o compromisso da UE com a sustentabilidade e a economia circular“, entende a Sociedade Ponto Verde. Nesse sentido, propõe um conjunto de ações e princípios fundamentais para a definição das políticas europeias nos próximos anos, com vista a assegurar uma gestão de resíduos mais eficiente, sustentável e circular.

Isto, numa altura em que os resíduos “não estão a ser devidamente valorizados”, com destaque para os eletrónicos e eletrodomésticos, mas também os biorresíduos, que correspondem a 40% dos resíduos urbanos produzidos nas casas, e são mais de metade dos resíduos que são colocados em aterros.

O nosso maior desafio é, certamente, a transição para uma economia verdadeiramente circular“, acredita a SPV. Neste âmbito, propõe parcerias na Cadeia de Produção-Consumo, incluindo produtores locais/regionais e de pequena e média dimensão.

Mas o manifesto apela também à harmonização de políticas e padrões, incluindo o fornecimento de apoio técnico, financeiro e logístico aos Estados-membros, de forma a acelerar a implementação de práticas de gestão eficiente de resíduos.

A SPV refere ainda a necessidade de melhorar o Regime da Responsabilidade Alargada do Produtor, garantindo que o processo de determinação de custos a suportar pelos produtores é transparente, e apela a que se trabalhe o design para a reciclagem, incentivando a inovação no sentido de facilitar este processo.

Propõe, por fim, o reforço do investimento comunitário em infraestruturas e tecnologias que aumentem a capacidade de gestão de resíduos e deixa uma nota sobre educação e literacia, defendendo a sensibilização junto dos consumidores e dos intervenientes do setor dos resíduos.

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Sword Health, Addvolt, knok… Há 16 tech nacionais entre as de maior crescimento na Europa

Reino Unido (81), Suécia (50), Finlândia (50) são os países que mais empresas têm listadas no ranking da Deloitte. Portugal surge na 10.ª posição, tendo listadas 16 tecnológicas.

Sword Health, Addvolt e knok são três das 16 tecnológicas nacionais de maior crescimento na região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA), aponta o ranking “Fast 500 EMEA”, da Deloitte. Em três anos, estas startups apresentaram um crescimento de médio de 810%.

“É encorajador ver empresas portuguesas a alcançar estes resultados no ‘Deloitte Technology Fast 500 EMEA 2023’. Temos 32% das empresas vencedoras da primeira edição do Technology Fast 50 Portugal entre as 500 tecnológicas deste ranking internacional. O crescimento médio de 810% destas empresas é um testemunho dos resultados que se podem alcançar com inovação, modelos de negócio escaláveis e capacidade empreendedora”, afirma Pedro Brás da Silva, associate partner da Deloitte, citado em comunicado. “É um sinal claro de que Portugal tem talento para alojar empresas tecnológicas relevantes a nível internacional”, acrescenta o responsável da consultora.

Mais de um terço das empresas nacionais que fizeram parte da primeira edição nacional do ranking “Technology Fast 50 2023” constam deste novo ranking da Deloitte que lista as 500 maiores empresas tecnológicas que registam maiores crescimentos na região EMEA.

A finlandesa Metacore Games (categoria Media & Entertainment) lidera o ranking com uma média de 89,319% de crescimento. Uma das 50 empresas finlandesas que surgem nesta avaliação.

Reino Unido (81), Suécia (50), Finlândia (50) são os países que mais empresas têm listadas no ranking da Deloitte. Portugal surge na 10.ª posição, tendo listadas 16 tecnológicas.

 

 

A portuguesa mais bem classificada no ranking ocupa o 34.º lugar, a Sword Health. A unicórnio — que acabou de anunciar uma nova ronda de 30 milhões de dólares, elevando para três mil milhões de dólares a sua avaliação –, em 2019 ocupava a 322.ª posição.

A Addvolt, que desenvolve uma solução que permite recuperar, produzir e armazenar energia elétrica a bordo de camiões de transporte sob temperatura controlada, é a segunda portuguesa mais bem colocada, surgindo na 97.ª posição do ranking global.

Em 146º lugar está a knok, tecnológica que combina inteligência artificial com telemedicina, garantindo a terceira posição entre as tecnológicas nacionais.

Estas três startups foram igualmente as que ocuparam a edição cimeira do ranking nacional da Deloitte.

 

Magic Beans (268.º), Twistag (334.º), Replai (382.º), Hijiffy (413.º), The Loop Co. (417.º), Code for All (436.º), Mediaprobe (439.º), StoneShield (442.º), Agix (460.º), Casafari (465.º), Boost:IT (466.º), Valuedate.io (485.º) e SweetCare (488.º) são as restantes tecnológicas nacionais entre as 500 de maior crescimento na região EMEA.

“Em 2019, estas empresas tinham uma média de 229 colaboradores e terminaram o ano de 2022 com 830 – um crescimento de 262%”, destaca a Deloitte em comunicado.

Pode aceder ao ranking completo aqui.

As tecnológicas que se candidatarem à próxima edição do programa em Portugal, ficam também habilitadas a entrar no ranking internacional de 2024.

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Notable lança novas áreas de negócio e aposta em rebranding

  • + M
  • 5 Junho 2024

O rebranding visa aproximar a Notable do seu propósito de "tornar as pessoas e as marcas notáveis" e consolidar o seu posicionamento. Eventos, corporate e acting são as novas áreas de negócios.

A Notable apresenta uma nova imagem, na mesma altura em que aposta em três novas áreas de negócio: Notable Eventos, Notable Corporate e Notable Acting.

“A história da Notable leva-nos por tantos caminhos. Estamos sempre com ideias a fervilhar e o momento de alargar o nosso portefólio de serviços chegou. Já desenvolvíamos ideias para eventos, e já os produzíamos, tendo experiência consolidada na gestão destes projetos e de fornecedores, mas era apenas um serviço complementar. Acreditamos que o mercado conhece a nossa proposta de valor e estamos confiantes que é o timing certo para autonomizar esta área de negócio dos eventos”, explica Inês Mendes da Silva.

“Apresentamos, ainda, o segmento Notable Corporate, uma área de assessoria personalizada para carreiras de líderes, especializada em comunicação institucional. Mais uma vez, ao lado das pessoas e agora dos seus grandes negócios. Queremos ajudar quem ajuda a potenciar a sua voz e elevar o seu posicionamento”, acrescenta a CEO da agência especializada na gestão de carreiras de figuras públicas e consultora de marcas, citada em comunicado.

A estes dois novos departamentos, junta-se também a área de negócio de acting, que surge para “preencher a necessidade de representação dos agenciados em todas as suas áreas de atuação, de forma a podermos gerir as suas carreiras a 360º“.

“Com o crescimento das plataformas de streaming e a aposta contínua em novos projetos de ficção, nacionais e internacionais, tornou-se essencial incluir a procura e gestão de oportunidades na área da representação na estrutura da Notable“, refere-se em nota de imprensa.

Já quanto ao rebranding, a agência que trabalha com personalidades como Cristina Ferreira, Rita Pereira ou Pedro Teixeira, apostou numa nova imagem inspirada em linhas mais editoriais, com um lettering bold e “vanguardista”. A transformação pretende consolidar o seu posicionamento no mercado e aproximar a marca Notable do seu propósito de “tornar as pessoas e as marcas notáveis”.

“Neste ano de 2024, decidimos renovar a nossa imagem, que estava desde o início, em 2016, intocável. Os últimos oito anos foram de uma evolução extraordinária, não só a nível de negócio, mas também internamente, na forma como desenvolvemos o nosso trabalho e as valências da equipa”, diz Inês Mendes da Silva.

A gestão de carreira, o marketing de influência, os eventos, a comunicação são áreas em constante mutação, e nós, enquanto consultores nestas áreas, temos de acompanhar as tendências do mercado, mas sempre um passo à frente. Este negócio desenrola-se a um ritmo frenético, está cada vez mais competitivo, e continua a ser isso que nos dá combustível diariamente para desenhar soluções que agreguem valor e confiança aos nossos clientes (pessoas e marcas)”, explica ainda a CEO da agência.

A nova imagem está visível nas diferentes plataformas onde a Notable marca presença, como o seu site, Instagram, TikTok e LinkedIn.

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Campanha da Galp de apoio à seleção não deixa ninguém de fora. Nem os que não sabem nada de futebol

  • + M
  • 5 Junho 2024

Figuras como Luís Figo, Bernardo Silva, Nuno Markl, Cláudia Lopes ou Gabriela Barros foram "convocadas" para a campanha, que contou com uma adaptação da música "Nada de Nada", de João Pedro Pais.

Não tens de saber de futebol para gostar de Portugal. Toda a Energia é bem-vinda” é o mote da campanha da Galp de apoio à seleção nacional para o campeonato europeu de futebol deste ano. A campanha, que apela à mobilização dos adeptos em torno da seleção, conta com várias caras conhecidas.

O conceito da campanha da Galp, patrocinadora oficial da seleção das quinas há quase 25 anos, passa por mostrar que até os adeptos que comemoram golos nas repetições dos lances ou as adeptas que não sabem o que é um fora-de-jogo se unem no apoio à seleção nacional nas fases finais das competições, explica a marca.

As fases finais de grandes competições são sempre momentos privilegiados para reforçarmos a nossa ligação aos milhões de portugueses que confiam na Galp no seu dia-a-dia. Esta parceria de quase 25 anos com a seleção nacional tem permitido criar momentos inesquecíveis, que cruzam a emoção do desporto com mensagens que fazem parte do ADN da Galp. Nesta campanha, voltamos a fazê-lo, com humor à mistura, para sinalizar que toda a energia é bem-vinda quando nos mobilizamos em torno de objetivos comuns”, diz Rute Gonçalves, diretora de marca, marketing e conveniência da Galp, citada em comunicado.

Figuras como Luís Figo, Bernardo Silva, Nuno Markl, Cláudia Lopes ou Gabriela Barros foram convocadas para a campanha, que contou com uma adaptação da música “Nada de Nada”, de João Pedro Pais.

Assinada pela O Escritório, a campanha conta com produção da Film Brokers e da Playground e marca presença em televisão, rádio, mupis e digital. O planeamento de meios é da EssenceMediaCom.

Além disso, a Galp está também a oferecer 30 bilhetes e viagens para jogos do Euro 2024 (incluindo um bilhete e viagem dupla para a final), através da app Mundo Galp. “Adicionalmente, em função da progressão da seleção portuguesa no campeonato a Galp irá celebrar com os clientes, através de descontos crescentes em combustível”, refere-se em nota de imprensa.

“Não tens de saber de futebol para gostar de Portugal” surge “na senda de campanhas anteriores que ficaram na memória coletiva do país”, escreve a marca, como a “Menos Ais” em 2004, até ao “Sonho Renovável” em 2020.

“Esta nova campanha volta a enaltecer o compromisso da Galp com os valores de talento, superação e ambição, que caracterizam tanto a empresa como a seleção nacional”, acrescenta.

O campeonato europeu decorre na Alemanha entre 14 de junho e 14 de julho de 2024. No grupo F, Portugal vai enfrentar a Turquia, a Chéquia e a Geórgia.

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Empresa de Paços de Ferreira fecha contrato de cinco milhões com a Emirates

A Premium Hotel Interiors vai ficar responsável pela renovação mundial de todos os lounges de First e Business Class da Emirates.

A empresa de mobiliário de Paços de Ferreira Premium Hotel Interiors acaba de fechar um contrato de cinco milhões de euros com a Emirates. A companhia da família Lobo irá renovar todos os lounges de first e business class da companhia aérea.

O contrato assinado com a Emirates prevê que, ao longo dos próximos anos, a empresa de Paços de Ferreira produza mobiliário para os lounges, como cadeiras, sofás, mesas e sideboards, adianta a empresa em comunicado. Segundo a mesma nota, a primeira parte deste acordo já foi concluída e entregue à transportadora aérea.

O negócio é, para Miguel Lobo, CEO da empresa de mobiliário portuguesa, “prova do rigor e profissionalismo que a empresa construiu ao longo de mais de 30 anos”.

A Premium posiciona-se como “o parceiro industrial capaz de executar os objetivos mais ambiciosos nos mercados como hotéis de luxo, restaurantes, barcos de cruzeiros, entre outros”. A empresa acrescenta ainda que a sua experiência e know-how permitem-lhe uma grande flexibilidade no que diz respeito à capacidade de produção em grande escala.

A empresa de Paços de Ferreira já desenvolveu projetos em todos os continentes. “É possível encontrar a assinatura da marca portuguesa em países como os Estados Unidos da América, Chipre, Dubai, em toda a Europa, assim como em Portugal, onde a empresa mantém a atenção e reconhece grande potencial”, detalha o comunicado.

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Álvaro Sobrinho admite “provável insolvência” da Printer Portuguesa e garante: “Não sou gangster”

  • Lusa
  • 5 Junho 2024

Empresário considera que o negócio "vai ter sempre" de ultrapassar danos reputacionais caso alguém queira recuperar a empresa, ainda por cima quando se alega que acionistas são “gangsters".

O presidente da administração da Printer Portuguesa, Álvaro Sobrinho, admitiu esta quarta-feira que não vê outra saída para a empresa que não seja “a provável insolvência”. “Não vejo saída, a não ser a provável insolvência da Printer — do ponto de vista racional e dos cashflows gerados“, disse, numa audição na comissão parlamentar de Trabalho, Segurança Social e Inclusão.

Segundo o empresário angolano, mesmo que um acionista queira recuperar a empresa, o negócio “vai ter sempre” de ultrapassar o que consideram ser danos reputacionais. “Fatores exógenos, não são endógenos, mas exógenos, danificaram aquilo que é o grande goodwill de uma empresa, que é a sua imagem”, lamentou Álvaro Sobrinho, que considerou que a imagem de qualquer empresa “é sempre danificada quando se alega que os acionistas são oligarcas, são gangsters“.

Além dos cerca de 120 trabalhadores, Álvaro Sobrinho apontou que a insolvência da Printer Portuguesa poderá afetar perto de 380 trabalhadores na região de Sintra, e de “pequeníssimas empresas que dependem da Printer para sobreviver”.

Durante a audição, requerida pelo Bloco de Esquerda (BE), Álvaro Sobrinho considerou que “não houve sensibilidade” do juiz Carlos Alexandre na aplicação de medidas de coação, em março de 2022, que afetaram ainda o grupo editorial Babel. A “Printer não funciona atualmente porque o juiz Carlos Alexandre decidiu arrestar as contas da Printer“, criticou, acrescentando que, “no limite, o que devia ser feito era arrestar as ações, não as contas”.

“Imagine-se, um acionista de uma empresa que tenha ações em tribunal, vão lá e arrestam as contas da empresa. A empresa vai à falência, qualquer empresa vai à falência”, sublinhou o antigo presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA).

Álvaro Sobrinho disse ainda que a empresa foi alvo de um ataque informático que resultou em problemas administrativos, também na gestão do pagamento dos salários. “O ataque informático foi tão grave que foi comunicado às autoridades, Polícia Judiciária e órgãos competentes e deixou a Printer sem sequer saber como iria pagar e fazer a alocação dos salários. Foi completamente apagada durante semanas”, apontou.

O empresário explicou que aquando da aquisição a um grupo alemão, em 2012, a empresa contava com um fluxo de caixa negativo de cerca de três milhões de euros e que injetaram, desde então, cerca de 12 milhões de euros.

Álvaro Sobrinho garantiu que a administração tentou “até ao máximo salvar a empresa”, tendo encetado conversas com a justiça para tentar levantar as penalizações sobre as contas da Printer Portuguesa. “Tentamos sempre não despedir e não entrar em layoff ou em coisas mais dramáticas porque nós queríamos salvar a Printer“, apontou, acrescentando que havia encomendas para fazer. Desde aí, houve uma perda de clientes e “morreu a esperança”.

O presidente da empresa rejeitou ainda que haja qualquer lockout ou bloqueio aos trabalhadores para entrarem nas infraestruturas, algo que terá sido confirmado por uma inspetora da Autoridade para as Condições do Trabalho. “Verificou in loco que era impossível os trabalhadores terem condições de segurança para entrarem dentro da fábrica. E disse mais: ‘se vocês deixarem entrar e acontecer qualquer acidente (…) a responsabilidade é da administração”, afirmou.

“Os trabalhadores entram para ir buscar os objetos lá dentro, entram um a um para ir buscar os seus objetos pessoais. Foi assim que nos foi ordenado para fazer”, explicou.

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Alunos estão a chumbar menos mas insucesso ainda é maior entre os mais pobres

  • Lusa
  • 5 Junho 2024

Alunos abrangidos pelo programa de Ação Social Escolar continuam a ter menos sucesso, mas vão-se aproximando da média nacional com o avançar da escolaridade.

Os alunos estão a chumbar menos, mas o insucesso escolar ainda atinge mais os estudantes mais carenciados e as “escolas de contextos mais desfavorecidos”, revela um relatório da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).

O relatório “Resultados Escolares: Sucesso e Equidade”, hoje divulgado, mostra que houve menos retenções e abandono escolar em todos os níveis de ensino entre 2017/18 e 2021/22.

Ao longo desses quatro anos letivos, aumentaram sempre os alunos que terminaram o ciclo de ensino no tempo esperado, sendo o 2.º ciclo o que apresenta maior percentagem de sucesso em 2022 (96%).

Por oposição, os cursos profissionais destacam-se por terem as taxas mais baixas de sucesso, com apenas 71% dos alunos a terminarem os estudos com sucesso em 2022.

Os dados dão ainda destaque aos alunos dos cursos científico-humanísticos, que registaram o maior salto: em 2018, tinham terminado o curso sem chumbar nenhum ano apenas 60% dos alunos, mas em 2022 a percentagem subiu para 80%.

O estudo ressalva, no entanto, que esta evolução positiva nos últimos três anos, deve “ser interpretada ponderando as alterações introduzidas no quadro excecional decorrente da pandemia de covid-19”.

Por causa do confinamento e do ensino à distância durante a pandemia, os exames nacionais para conclusão do ensino secundário foram suspensos e as escolas aliviaram a exigência sobre os alunos, uma vez que muitos estiveram sem acesso às aulas online por falta de equipamentos ou internet. A estes casos, somaram-se todos aqueles alunos que em casa não tinham condições para trabalhar.

O estudo, hoje divulgado, analisou também a evolução dos alunos abrangidos pelo programa de Ação Social Escolar (ASE), que continuam a ter menos sucesso, mas que se vão aproximando da média nacional com o avançar da escolaridade.

Nos cursos científico-humanísticos, a diferença da taxa de sucesso entre a totalidade de alunos e os estudantes carenciados é de quatro pontos percentuais (80% para a totalidade dos alunos e 76% para os do ASE) e nos cursos profissionais é de apenas um ponto percentual (71% vs 70% entre os alunos mais carenciados).

As raparigas continuam a ter mais insucesso, segundo o relatório, que salienta que esta desigualdade tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos em cada ciclo de ensino.

O estudo revelou ainda que há mais insucesso nas escolas de ensino básico onde a maioria dos alunos advém de um contexto mais desfavorecido, uma regra que não se aplica no secundário, uma vez que há menos chumbos nas escolas com menos percentagem de alunos carenciados.

No ensino básico, mais de 90% dos alunos de escolas com poucas crianças com ASE nunca chumbam, enquanto nas escolas em que a maioria dos alunos tem ASE o sucesso desce para os 85% no 1.º ciclo e 86% no 3.º ciclo).

Por oposição, nos cursos científico-humanísticos de “escolas de contextos mais desfavorecidos”, a taxa de sucesso é de 85%, enquanto numa escola onde há no máximo 25% de alunos com ASE, a taxa de sucesso desce para 78%.

Nos cursos profissionais, a diferença é entre 69% de sucesso numa “escola de contexto socioeconómico favorecido” para 72% numa escola onde há muitos alunos carenciados.

Numa análise por regiões, a evolução é positiva em todo o território, mas o norte volta a ser a região com taxas mais altas de sucesso por oposição ao Alentejo e Algarve.

No 1.º ciclo, a assimetria entre regiões “é evidente, com níveis de conclusão no tempo esperado entre 97% e 96% a serem obtidos no Alto Minho e no Ave, Cávado e Tâmega e Sousa em 2022, em contraste com os 84% observados no Baixo Alentejo e os 87% no Algarve”, refere o estudo.

O território do Alto Minho, do Ave e do Cávado surgem sempre entre as regiões com valores mais elevados, por oposição ao sul do país.

As regiões onde há maior equidade em 2022 são Ave e Alentejo Central, em contraste com os resultados negativos observados no Baixo Alentejo e na Grande Lisboa.

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