Universidade de Coimbra desenvolve tecnologia para reduzir poluição da indústria têxtil

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2024

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra está a desenvolver uma tecnologia inovadora que pode reduzir a poluição causada pela indústria têxtil.

Uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Química (DEQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com o Instituto Indiano de Tecnologia de Madras (IIT Madras), está a desenvolver uma tecnologia inovadora que pode reduzir a poluição causada pela indústria têxtil, uma das maiores poluidoras do mundo.

O projeto “CirRe-Dyeing”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), decorre até 2025 e envolve aproximadamente duas dezenas de investigadores.

“O objetivo é possibilitar à indústria a redução dos consumos de água, mas também de corantes, que embora sejam de baixo custo, têm um impacto ambiental brutal”, destaca Jorge Pereira, docente do Departamento de Engenharia Química da FCTUC.

Numa nota enviada à agência Lusa, a UC explica que este projeto pretende criar uma plataforma circular, que permita reutilizar os corantes utilizados nos processos de tingimento de fibras e tecidos, bem como a água presente nos efluentes.

O objetivo é possibilitar à indústria a redução dos consumos de água, mas também de corantes, que embora sejam de baixo custo, têm um impacto ambiental brutal.

Jorge Pereira

Docente na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC)

“Atualmente, a indústria têxtil está entre as cinco maiores poluidoras do mundo, em particular no que respeita ao consumo de água. A previsão é que, até 2030, haja um crescimento de produção de têxteis na ordem das 145 milhões de toneladas”, acrescenta.

De acordo com Jorge Pereira, a indústria têxtil apresenta-se como um dos setores mais alarmantes em relação à questão do consumo de água e às problemáticas relacionadas com a seca, que tendem a piorar no futuro. “Gera mais preocupação devido à elevada quantidade de efluentes contaminados com corantes sintéticos e outros auxiliares químicos após o processo de tingimento”, indica o também investigador no Centro de Engenharia Química e Recursos Renováveis para a Sustentabilidade (CERES).

Para responder a este problema, a equipa que lidera tem vindo a desenvolver uma tecnologia que permite “recuperar e reutilizar a água, os corantes e os aditivos que constituem esse efluente contaminado o maior número de vezes possível”, dentro de um conceito de economia circular.

“A tecnologia que estamos a desenvolver irá reduzir significativamente a quantidade de contaminantes presentes nos efluentes, facilitando o tratamento da água subsequente, através de processos mais convencionais e, consequentemente, diminuir os custos associados”, refere.

Segundo a equipa de investigadores, o objetivo é criar uma plataforma sustentável ambiental, económica e socialmente, que possa ser utilizada em qualquer parte do mundo e em diferentes indústrias. A tecnologia concebida na FCTUC encontra-se, neste momento, “em processo de proteção intelectual”.

“Acreditamos que esta tecnologia tem um enorme potencial de implementação a nível industrial e, com o apoio das indústrias têxteis portuguesas, esta pode progredir para ensaios piloto e num futuro imediato contribuir para um tratamento mais eficiente e ecológico dos seus efluentes contaminados com corantes”, conclui.

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Porto SAD melhora capitais próprios com reavaliação substancial dos ativos

A SAD portista fechou o último semestre do ano com resultados positivos e uma redução dos capitais próprios negativos para 8,5 milhões, devido a uma parceria com uma empresa internacional.

A SAD portista fechou o primeiro semestre do exercício de 2023/2024 com um resultado líquido de 35 milhões de euros, avançou o clube em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A SAD adianta ainda que fechou um acordo com uma empresa internacional, que assumirá uma participação minoritária numa das empresas com os direitos comerciais do Grupo FC Porto e num investimento inicial com vista a modernizar o Estádio do Dragão, o que permitiu reduzir os capitais próprios negativos de 176 milhões de euros para 8,5 milhões.

“O resultado líquido consolidado, atribuível aos detentores de capital próprio da empresa-mãe, apresentado pela Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD no primeiro semestre do exercício 2023/2024, é de 35 milhões de euros”, avançou a empresa em comunicado.

A SAD portista avança ainda que “este resultado não inclui ainda os 9,6 milhões de euros relativos ao prémio de acesso aos oitavos de final da UEFA Champions League, garantido em dezembro passado, uma vez que, dando cumprimento às normas internacionais de contabilidade (IFRS), esta verba só será contabilizada no terceiro trimestre deste exercício”.

No que diz respeito aos capitais próprios, o clube não conseguiu ainda fechar com valores positivos, mas registou uma franca melhoria, ao reduzir os capitais próprios negativos para 8,5 milhões de euros, em resultado de uma parceria fechada pelo clube.

“Na sequência do acordo estabelecido com uma prestigiada empresa internacional, abaixo referido, foi realizada uma avaliação ao ‘valor de mercado’ dos cash-flows gerados pelo Estádio do Dragão, por uma conceituada empresa internacional – Crowe (Crowe Advisory PT) – sujeita à revisão da empresa de auditoria da FC Porto – Futebol, SAD, a EY (Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.), que apurou o valor de 279 milhões de euros”, refere o clube.

Com esta parceria verificou-se “uma reserva de reavaliação correspondente à diferença entre o impacto no Ativo e no Passivo, que fez aumentar os capitais próprios em 132 milhões de euros”.

“Juntando o efeito da reavaliação do Estádio aos resultados apresentados ao semestre, o capital próprio consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD recuperou 167,5 milhões de euros, atingindo em 31 de dezembro de 2023 o valor negativo de 8,5 milhões de euros”, adianta ainda o comunicado. “Com o registo dos 9,6 milhões de euros do acesso aos oitavos de final da UEFA Champions League, os capitais próprios ficariam positivos em 1,1 milhões de euros.

Na conferência de apresentação de resultados, Fernando Gomes, o administrador financeiro da SAD portista, voltou a destacar o acordo realizado com uma empresa internacional, uma parceria que irá resultar numa “participação financeira de um montante estimado entre os 60 e 70 milhões de euros, a realizar no 4º trimestre deste exercício”. No entanto, o clube não adiantou quem é a empresa com quem realizou uma parceria.

Este valor de 60 a 70 milhões é a subscrição de uma participação financeira e portanto é a subscrição de capital. Mas vão trazer enorme melhoria. Desde logo vamos começar por fazer, e já está um projeto elaborado, os nossos camarotes, quer do lado nascente, quer do lado poente, vão sofrer uma pequena revolução e são eles que trazem o input para nós podermos avançar”, explicou.

Este investimento vai “permitir aumentar a capacidade, aí o valor acrescentado, procurando espaço no Estádio do Dragão, e isso far-se-á sem prejuízo nunca dos utentes e do uso do estádio. Está programado para ser feito aceleradamente em dois anos durante o período de encerramento das atividades do estádio”.

O clube vai “formar uma sociedade para exploração de toda área comercial do estádio do dragão”, uma espécie de Porto Comercial 2 (ainda não há nome oficial), uma sociedade na qual o clube manterá 70% do capital e a outra empresa os outros 30%.

Com este acordo, que arranca no início de julho, o responsável destacou que o clube irá fechar este exercício com capitais próprios positivos de, pelo menos “50 ou 60 milhões de euros”, uma vez que os 60 ou 70 milhões com que o investidor vai entrar será em capital.

“Além disso, seja no domínio da publicidade, seja no domínio da sponsorização, seja no domínio do naming, ou da gestão do próprio equipamento, vamos ter aqui uma equipa residente que vai ajudar, nomeadamente no catering já começou. Essa equipa já está a trabalhar, já tem equipas no Porto, essa não é segredo, já vem em todo lado, é a Legends. Vão trazer uma nova imagem, mas também novos negócios”, adiantou Fernando Gomes.

De acordo com Fernando Gomes, a reavaliação do negócio do estádio ficou avaliada em 278 milhões de euros.

Em relação a receitas, “os resultados com cedência de passes de jogadores voltaram a ter a habitual preponderância nos resultados do Grupo, contribuído com 39 milhões de euros para o resultado deste 1º semestre de 2023/2024”. “Isto é, o Otávio”, confirmou.

O administrador financeiro refutou ainda as acusações de André Villas-Boas de que o clube estaria a antecipar receitas, adiantando que as receitas da venda do jogador Otávio ao Al Nassr, vendido por 60 milhões de euros, ainda irão refletir-se nos próximos resultados, uma vez que o clube tem a receber mais duas tranches, uma este ano e outra no próximo.

O responsável adiantou ainda que, “antecipamos dois anos de direitos televisivos e ficamos com um ano de direitos livres”, justificando esta decisão com o facto do clube estar a contar agora descontar a venda do passe do Otávio, mas “contrariando todas as expectativas dos bancos que nos apoiam na foi possível descontar”, devido a problemas administrativos do Al Nassr.

Em relação ao passivo, “mesmo tendo em consideração o impacto da contabilização dos imposto diferidos referentes à reavaliação do Estádio, de 35 milhões de euros, diminuiu 20 milhões de euros. Esta redução assenta essencialmente na diminuição do valor global dos empréstimos, em 85 milhões de euros, o que representa um corte de 28%, face a 30 de junho de 2023, do passivo
remunerado do Grupo”, avançou o clube no comunicado.

Apesar daquilo que considera resultados “francamente positivos”, os acionistas da SAD não estão muito convencidos com os resultados, uma vez que as ações estão a subir apenas 1,75%, como resultado de apenas uma transação.

Nota de correção: O clube não informou quem é a empresa internacional com quem fechou uma parceria para uma subscrição de capital. O contrato com a Legends é na área do catering.

(Notícia atualizada)

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Sócrates acusa juízas da Relação de mudarem factos e crime

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2024

O TRL recuperou, em 25 de janeiro, a quase totalidade da acusação do MP na Operação Marquês e decidiu pronunciar o ex-primeiro-ministro José Sócrates por 22 crimes.

O ex-primeiro ministro José Sócrates defende que as juízas do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), que o pronunciaram por 22 crimes, designadamente corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal, alteraram, “de forma completamente abusiva”, os factos e um crime de que ele é acusado no âmbito da Operação Marquês.

Numa nota enviada à Lusa, José Sócrates argumenta que o Ministério Público (MP) não tinha legitimidade para pedir a alteração da qualificação jurídica dos crimes de que é acusado e que as juízas da Relação não deveriam ter aceitado a mudança da qualificação do crime de corrupção de ato lícito para ato ilícito. “Quase sete anos depois [da acusação], de forma completamente abusiva, de modo a surpreender os visados, que nunca se puderam defender desta acusação, as senhoras juízas mudam os factos e mudam o crime”, escreve o antigo governante na nota enviada à Lusa.

No contexto da decisão de 25 de janeiro de levar Sócrates a julgamento, o ex-PM socialista argumenta que as juízas desembargadoras não deveriam ter aceitado a alteração porque a acusação de corrupção por ato lícito inicialmente feita pelo MP não foi um erro, “mas uma escolha” e “uma decisão ponderada dos procuradores. E a razão dessa escolha é fácil de identificar — desta forma, feita a escolha pelo ato lícito, os procuradores estavam dispensados de provar a ilicitude dos factos alegados”, alega o ex-governante. Mesmo tratando-se de um erro, argumenta Sócrates, a lei não permite tal alteração. E cita, a este propósito, o artigo do Código de Processo Penal onde se lê que uma “alteração substancial dos factos” é “aquela que tiver por efeito a imputação de um crime diverso ou agravação dos limites máximos da sanção aplicável”.

Na mesma nota, José Sócrates acusa ainda as juízas do TRL de utilizarem no acórdão uma citação de uma dissertação de mestrado de Ricardo Miguel Silva Tavares que alegadamente não existe nessa tese. “Consultada a tese de mestrado, em nenhum momento do texto se encontra tal frase”, escreve Sócrates. A citação serviria, diz Sócrates, precisamente para justificar a alteração que as juízas fizeram da acusação do MP.

O TRL recuperou, em 25 de janeiro, a quase totalidade da acusação do MP na Operação Marquês e decidiu pronunciar o ex-primeiro-ministro José Sócrates por 22 crimes, incluindo corrupção, determinando a ida a julgamento neste processo de 22 arguidos por 118 crimes económico-financeiros.

José Sócrates, 66 anos, foi acusado no processo Operação Marquês pelo MP, em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar o antigo governante de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos.

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Presidente e vogal do Conselho de Administração da Raize renunciam aos cargos

  • Lusa e ECO
  • 19 Fevereiro 2024

As renúncias aos cargos de presidente executivo do Conselho de Administração e de vogal executivo do Conselho de Administração produzem efeitos no final de março. Alberto Amaral substitui José Rego.

O presidente do Conselho de Administração da Raize, José Rego, e o vogal executivo António Marques renunciaram aos cargos, com efeitos a partir do final de março, comunicou esta segunda-feira a instituição de pagamentos ao mercado. Alberto Amaral vai substituir José Rego à frente do Conselho de Administração que, com a saída do vogal executivo, passará a ter apenas três membros, adiantou a empresa.

De acordo com comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os responsáveis “apresentaram no dia 16 de fevereiro de 2024 as respetivas renúncias aos cargos de presidente executivo do Conselho de Administração e de vogal executivo do Conselho de Administração, que produzem efeitos no último dia do mês de março de 2024, ou nos termos previstos legalmente”.

Noutro comunicado, enviado mais tarde, a gestora de plataforma de financiamento colaborativo por empréstimo já anunciou quem iria assumir o lugar de José Rego. “O Conselho de Administração da Raize deliberou, na presente data, designar o Dr. Alberto Amaral como Presidente executivo do Conselho de Administração da Raize, em substituição do Dr. José Maria Antunes dos Santos Rego”, lê-se na nota.

Além disso, indicam que a “composição deste órgão social passa a ser de três membros, funcionando com os três administradores da Raize que atualmente se mantêm em funções – Alberto Amaral, João Clara Pinto do Rosário e Ana Filipa Mendes de Magalhães Saraiva Mendes”.

Na sexta-feira, a Flexdeal — Sociedade de Investimento Mobiliário para o Fomento da Economia (SIMFE) concretizou a aquisição de 33,10% da Raize, adiantou o grupo, em comunicado à CMVM. A nota recorda que “o projeto de aquisição de participação qualificada tinha sido sujeito a comunicação prévia ao Banco de Portugal, que não se opôs”.

Ainda no mesmo dia foi comunicado ao mercado que o presidente do Conselho de Administração da Raizecomprou 585.000 ações da empresa, com um preço médio por título de 1,03 euros, o administrador Alberto Jorge Silva Amaral adquiriu 5.000 ações da empresa no dia 5 de fevereiro, ao preço médio de 0,71 euros. Por sua vez, o administrador António José Ribeiro Silva Marques comprou na sexta-feira 120.049 ações da Raize, com um preço médio de 1,05 euros.

Os comunicados não especificam a participação destes administradores – dois dos quais agora renunciam aos cargos – no capital da empresa, após a realização das operações.

(Notícia atualizada às 17h25)

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Juros do crédito da casa sobem pelo 23.º mês seguido para valor mais alto em 15 anos

Juros dos contratos de empréstimo à habitação continuaram a escalada no arranque do novo ano, atingindo o valor mais elevado em 15 anos, mas estão a abrandar.

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação subiu em janeiro pelo 23.º mês consecutivo, atingindo os 4,657%, o valor mais elevado desde março de 2009, de acordo com Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

O INE nota, ainda assim, “que, pelo oitavo mês consecutivo, os aumentos da taxa de juro implícita têm vindo a ser progressivamente menos intensos”, refletindo as perspetivas de inversão no aperto da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) perante os sinais de abrandamento da taxa de inflação.

Tudo aponta para que o banco central comece a aliviar as suas taxas diretoras no verão. E, de resto, já antecipando este movimento, a descida das taxas Euribor está já a levar a um alívio dos juros nos contratos mais recentes.

Nos empréstimos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro implícita recuou em janeiro pelo terceiro mês seguido, atingindo os 4,315%, o valor mais baixo desde julho. Já nos contratos assinados nos últimos seis meses, a taxa caiu pelo segundo mês para 4,296%.

Taxas do crédito da casa em alta

Fonte: INE

De acordo com o INE, a prestação média da casa para todos os contratos subiu quatro euros em janeiro, fixando-se nos 404 euros, com 248 euros a corresponderem à parcela de juros (equivalente a 61% da prestação) e 156 euros à amortização do capital (39%). O capital médio em dívida era de 64.790 euros.

Refletindo a inversão recente das Euribor, os contratos fechados nos últimos três meses tiveram uma redução de 12 euros na prestação média para 639 euros.

Em 2023, a prestação média do empréstimo à habitação disparou 35%, aumentando pelo terceiro ano consecutivo.

Entre julho de 2022 e setembro de 2023, o BCE aumentou as taxas em 450 pontos base, uma trajetória de subida que foi interrompida nas últimas reuniões — a próxima reunião do conselho de governadores acontece no dia 7 de março e não deverá haver mexida nos juros.

Portugal foi um dos países que sentiu maior impacto da subida dos juros do BCE, dada a circunstância de mais de 90% dos contratos terem um regime de taxa variável.

(Notícia atualizada às 11h47)

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Mais de 3.000 empregos disponíveis para futuros engenheiros da Universidade do Minho

“Dia do Emprego – Tomorrow Needs You” disponibiliza 3.000 oportunidades de emprego a estudantes da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, em Guimarães.

São mais de 3.000 as oportunidades de emprego de 75 empresas que estão, esta terça-feira, à disposição dos estudantes da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM), no campus de Azurém, em Guimarães. Entre as empresas participantes neste “Dia do Emprego – Tomorrow Needs You” estão a Jerónimo Martins, a Siemens, Casais, CEiiA ou Continental.

“Este é o evento que mais caracteriza a nossa escola: permite a qualquer estudante dos três ciclos de estudos interagir com o tecido empresarial e industrial, facilitando a sua tomada de decisão no percurso académico e perspetivando o que o mercado espera dele/a”, assinala o vice-presidente da EEUM para a Interação com a Sociedade, Raul Fangueiro.

Os cerca de 8.000 alunos da EEUM têm, assim, a oportunidade de interagir e ficar a par das áreas de negócio, ofertas abertas e perfis de colaboração de grandes empregadores nacionais e internacionais. Balanças Marques, CJR Renewables, dst, Energycon e Petrotec são mais algumas das empresas participantes neste evento que conta com a presença dos presidentes da Câmara Municipal de Guimarães e da EEUM, Domingos Bragança e Pedro Arezes, respetivamente.

Este é o evento que mais caracteriza a nossa escola: permite a qualquer estudante dos três ciclos de estudos interagir com o tecido empresarial e industrial, facilitando a sua tomada de decisão no percurso académico e perspetivando o que o mercado espera dele/a.

Raúl Fangueiro

Vice-presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM)

“As empresas reconhecem a nossa qualidade do ensino e os nossos jovens com talento inovador, conhecimentos práticos e perfil fora da caixa. Por isso, o Dia do Emprego tem sempre um grande sucesso”, destaca o número dois da EEUM. Em destaque estarão oportunidades assentes na importância do ensino, inovação, empreendedorismo, carreira e liderança.

Com 15 licenciaturas, 38 mestrados e 22 doutoramentos em funcionamento, a escola decidiu prestar homenagem aos quase 1.000 diplomados de licenciatura e mestrado integrado, entre os quais 300 de mestrado e 72 de doutoramento, durante uma cerimónia de graduação esta quarta-feira, dia 21.

Este evento inclui ainda um debate sobre liderança humanizada, e a ponte entre o ser humano e a inteligência artificial, com papel ativo da CEO da BindTuning e diretora regional da Microsoft, Beatriz Oliveira, e de Ricardo Costa, CEO do Grupo Bernardo da Costa e presidente da Associação Empresarial do Minho.

“Dia do Emprego”, na Escola de Engenharia da Universidade do Minho, em Guimarães19 fevereiro, 2024

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NTT Data lança agência criativa Tangity em Portugal

A agência é liderada por Ester Leotte, até aqui diretora de marketing da Lusíadas Saúde, e conta com Pedro Lavinha como advertising & communication director. André Sentieiro é o diretor criativo.

Pedro Lavinha, Ester Leotte e André Sentieiro

A NTT Data vai lançar em Portugal a Tangity, a marca da rede de agências criativas do grupo. Já presente em Londres, Milão, Munique, Roma, Shanghai, Tokyo e Veneza, a agência conjuga estratégia, criatividade e design com as competências da consultora global de negócio e tecnologia NTT Data, descreve o grupo.

A Tangity é liderada por Ester Leotte, até aqui diretora de marketing da Lusíadas Saúde, e conta com Pedro Lavinha como advertising & communication director. André Sentieiro é o diretor criativo. “Juntos, vão dirigir uma equipa em crescimento e que conta hoje com mais de 60 Tangiteers, entre strategists, marketeers, producers, designers, art directors, copywriters, project managers e muitos outros perfis, que se encontram em Lisboa e Óbidos – num Hub dedicado a experience design”, avançam.

A equipa conta com a colaboração dos consultores da NTT Data, “beneficiando do conhecimento de negócio e tecnologia da consultora, para poder responder aos novos desafios dos CMO”, prosseguea estrutura.

Conjugando a diversidade de competências da equipa criativa, assim como a experiência em marketing e comunicação que acumulamos juntos, com o know how de negócio e expertise tecnológica da NTT Data, a Tangity é capaz de ultrapassar desafios complexos e apresentar uma visão fresca e inovadora, para dar uma nova vida às marcas, potenciando o seu impacto e a eficiência que se exige nos dias de hoje”, afirma citada em comunicado Ester Leotte.

Estamos muito confiantes relativamente ao valor diferencial que aportamos ao mercado e é, por isso, que afirmamos com ambição que pretendemos multiplicar o volume de negócios desta área”, acrescenta Tiago Barroso, CEO da NTT Data Portugal.

O lançamento da Tangity em Portugal é apresentado como o culminar de um processo de consolidação da oferta de serviços de marketing da NTT Data e “representa também um novo impulso e um reforço do investimento, para posicionar as soluções tangíveis e intuitivas da agência como uma referência em serviços de publicidade, comunicação, experience design e performance marketing”.

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Dizer que não

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  • 19 Fevereiro 2024

‘Não’ é uma palavra horrível. É tudo aquilo que muitas vezes não queremos ouvir e há, aliás, algumas teorias que sugerem que é uma palavra que, em alguns contextos, devemos evitar dizer.

Sucede que o mundo dos seguros está muito exposto ao uso da palavra ‘não’, sendo esta muito utilizada, desde logo, por quem fornece o serviço. E não é assim em todas as atividades. Pensemos, por exemplo, numa frutaria. Aquilo que o dono do negócio mais deseja é atrair o maior número de clientes possível e que estes lhe comprem todo o stock que tem empilhado nos caixotes da fruta. Claro que podem aparecer clientes a perguntar por nectarinas e obrigarem o funcionário da loja a dizer “lamentamos, mas não temos”, mas são situações mais residuais e que podem acontecer em qualquer atividade.

Ao contrário da lógica das atividades financeiras, como os seguros, o dono da frutaria não irá dizer a um potencial cliente “não lhe vou vender estas maçãs pois estou a ver que a sua dentição não é saudável” ou “realmente temos mangas, mas não gostamos muito de as vender e só o fazemos para um pequeno número de clientes que estão identificados”.

Embora todos os negócios, produtos e serviços, tenham implícito um determinado risco – que, por sinal, podem ser transferidos, em muitos casos, para as seguradoras – o risco de exercício da atividade seguradora é complexo e variável de situação para situação, de pessoa para pessoa. Daí que seja muito mais frequente os seus profissionais terem de dizer “não” a um cliente que surge interessado em comprar um produto.

Enquanto profissional da área, ainda para mais ligado à subscrição, sei que, infelizmente, não posso aceitar todas as pessoas que me surgem pela frente como potenciais clientes ou todos os riscos que essas pessoas desejariam ver cobertos. Mas há formas e formas de transmitir uma notícia negativa.

Ricardo Azevedo, Diretor Técnico Innovarisk Underwriting

Ainda que, em última instância, não haja notícia negativa que provavelmente possa suplantar a felicidade de receber a resposta positiva que se deseja, podemos pelo menos esforçar-nos para cumprir com alguns pontos importantes. Elenco aqui dois deles:

  • Não fazer perder tempo ao outro. Adiar a chatice das más notícias é uma tentação onde muitas vezes se cai, mas é uma armadilha perigosa que aumenta a crispação das relações e que diminui o tempo útil que o cliente tem para procurar uma solução alternativa. As pessoas apreciam, em geral, as respostas dadas com prontidão.
  • Apresentar um motivo que a outra pessoa compreende (ainda que discordando). Um mero ’não’ na vida, em geral, e também na relação com um cliente, é algo que me parece algo pobre e até perigoso, dando espaço a todo o tipo de irritações, dúvidas e interpretações. Uma atitude mais assertiva e que apresente alguns factos ou elementos considerados na decisão costuma ser um caminho com melhores resultados. Em muitas situações, essa atitude mais pedagógica conduz a que o cliente fique com melhor informação para lidar com o risco que procura segurar ou com outros casos futuros que possam surgir.

Muitos profissionais, seja qual for a área de atividade, já terão ouvido das suas chefias algo como “tens que aprender a dizer que não”. Mas não confundamos. Saber dizer ‘não’ é mais do que apenas uma questão de quantidade, de o dizer e muitas vezes. O que marca a diferença é a forma como o ‘não’ é dito.

Ricardo Azevedo, Diretor Técnico Innovarisk Underwriting

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Taxa Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa desceram no prazo a três meses e subiram a seis e a 12 meses.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, desceram esta segunda-feira a três meses e subiram a seis e a 12 meses face a sexta-feira, mantendo-se abaixo de 4% nos três prazos.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 3,670%, mais 0,022 pontos que na sexta-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor também avançou para 3,915%, mais 0,020 pontos que na anterior sessão, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses recuou para 3,932%, menos 0,001 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em janeiro voltou a cair nos três prazos, mas menos acentuadamente do que em dezembro, tendo descido 0,010 pontos para 3,925% a três meses (contra 3,935% em janeiro), 0,035 pontos para 3,892% a seis meses (contra 3,927%) e 0,070 pontos para 3,609% a 12 meses (contra 3,679%).

Em dezembro, a média da Euribor baixou 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira reunião consecutiva, depois de dez aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 07 de março.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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REN prepara emissão de 300 milhões em dívida verde

A energética liderada por Rodrigo Costa está no mercado para colocar dívida verde a oito anos, noticia a Bloomberg.

A REN- Redes Energéticas Nacionais está no mercado com o objetivo de colocar 300 milhões de euros em dívida verde a oito anos junto de investidores institucionais, noticiou esta segunda-feira a Bloomberg.

Segundo a agência, que cita uma fonte conhecedora do assunto, a empresa liderada por Rodrigo Costa mandatou, através da REN Finance BV, um sindicato bancário para organizar conversas com investidores.

O JP Morgan é o sole green structuring agent da operação, enquanto Barclays, CaixaBI, ING, Mediobanca, Millennium bcp e Santander são joint bookrunners.

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MetLife investe na formação de agentes de seguros “empreendedores”

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  • 19 Fevereiro 2024

Em entrevista ao ECOseguros, Ana Araújo, da MetLife, faz um balanço da atividade do canal de agentes de seguros exclusivos e explica a estratégia da empresa no recrutamento e formação de managers.

A MetLife é uma das principais seguradoras especializadas do ramo Vida em Portugal, trabalha com mais de 1500 agentes de seguros no país, dos quais cerca de 300 são agentes exclusivos. Em 2023, certificou 80 novos agentes e, este ano, prevê subir esse número para uma centena.

Para explicar a estratégia de recrutamento e formação de managers da MetLife, Ana Araújo, diretora de Agências da MetLife na Ibéria, deu uma entrevista ao ECOseguros, onde faz um balanço da atividade do canal de agentes de seguros exclusivos e dá detalhes sobre a operação da empresa.

Que importância tem a rede de agentes exclusivos para a MetLife?

É fundamental, é a nossa rede profissional, que apresenta um elevado compromisso com a Companhia e se pauta por elevados padrões de qualidade no que respeita serviço ao cliente. Funciona como um barómetro de mercado, ajudando-nos a estar sempre a par das necessidades dos nossos clientes. Em Portugal, há um respeito muito grande pelo trabalho dos agentes de seguros, e, na realidade, trata-se de um mercado típico de distribuição de retalho. A nossa rede de agentes exclusivos, sendo especializada em Vida e Acidentes Pessoais, é uma das mais produtivas da MetLife na região EMEA. No mercado Português concorre diretamente com os agentes de seguros independentes e corretores. Como tal, para continuar a crescer e reter os melhores profissionais, como temos feito até agora, mantemos o investimento no alargamento da rede, na formação e certificação dos profissionais, e na inovação, seja ao nível dos produtos ou dos processos.

Que balanço faz da atividade em 2023?

Foi um ano positivo. Conseguimos contrariar a queda que o mercado registou no segmento Vida. Globalmente, a carteira das agências cresceu 7%, o que é um valor muito significativo. Conseguimos ter resultados positivos nos três segmentos em que atuamos: Vida, Acidentes Pessoais e Saúde (de forma indireta, através da cobertura de saúde associada aos nossos seguros).

Continuamos entre as maiores empresas de Vida e mantemos a segunda posição no segmento de acidentes pessoais, onde estamos consistentemente no Top3, há vários anos.

Ana Araújo, diretora de Agências da MetLife na Ibéria
Quantos agentes pretendem recrutar em 2024?

Quantos mais, melhor. No ano passado, certificámos 80 novos agentes, o que contribuiu para aumentar a capilaridade da rede, com reflexos positivos na venda de apólices. Naturalmente que o número depende das candidaturas, mas, realisticamente, o nosso objetivo para 2024 passa por certificar cerca de uma centena de profissionais.

A MetLife dá uma grande importância à formação contínua dos agentes. É uma das razões para esse crescimento?

Sim, sem dúvida. Um dos nossos grandes objetivos estratégicos passa por impulsionar uma mentalidade cada vez mais empreendedora nos nossos agentes de seguros e managers da rede exclusiva. Temos a ambição de continuar a crescer a nossa operação e, para tal, necessitamos que os managers também tenham essa vontade de fazer crescer a sua agência e recrutar novos agentes.

No fundo, o nosso objetivo é proporcionar as ferramentas para que acelerem esta transição. Temos um plano de crescimento sólido e, para isso, temos de contar com parceiros que estejam alinhados nessa ambição.

No ano passado fizeram uma formação avançada com a Porto Business School. Estão previstas novas ações de formação em 2024?

Há cerca de dois anos, a Equipa de Agências avançou com a MetLife Management Academy, uma escola de Liderança e Vendas desenhada para formar novos líderes entre os agentes exclusivos. É uma formação totalmente financiada pela MetLife, com a duração de três anos, e que pretende dotar os agentes de ferramentas práticas nas áreas do empreendedorismo, plano de negócios, liderança, coaching e presença nas redes sociais. No âmbito desse processo de formação, desenhámos um Programa de Executivos (26H), em parceria com a Porto Business School.

Acreditamos que este programa, que também decorrerá este ano, vai continuar a dar um impulso decisivo à expansão da rede. Também em 2024, vamos desenvolver um novo programa para agentes, no sentido de desenvolver as suas capacidades de gestão e estratégia.

De que forma é que o investimento em tecnologia contribui para o desempenho da rede comercial?

O objetivo é sempre melhorar a experiência do cliente, mesmo quando os investimentos estão focados em processos internos. Por exemplo, a operação local obteve um financiamento da MetLife na EMEA para desenvolver uma plataforma de monitorização da atividade dos agentes exclusivos. Foi uma ferramenta inteiramente adaptada à realidade portuguesa, que nos ajuda a identificar as necessidades de formação e desenvolvimento, potenciando ao máximo todos os profissionais que trabalham connosco e consequentemente a experiência do cliente. Aproveitámos, em coordenação com a Equipa de Marketing, para redesenhamos a jornada do cliente, criando pontos de contacto obrigatórios em vários momentos – através da geração de comunicações automáticas. Isso ajuda também a tornar mais digital a jornada do agentes de seguros, o que lhe permite ganhar mais tempo para aprofundar a relação com o cliente final.

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Futuro comprador da Meo tem de pagar renda para usar rede de fibra por mais 16 anos

  • ECO
  • 19 Fevereiro 2024

Se o franco-israelita Patrick Drahi, dono da Altice, decidir vender a empresa por unidades de negócio, quem comprar a Meo terá de continuar a pagar até 2040 uma renda mensal à Fastfiber.

Caso a Altice venda em separado os ativos portugueses, o futuro comprador da Meo, o operador de telecomunicações da Altice, terá de continuar a pagar até 2040 uma renda mensal à empresa de fibra ótica Fastfiber. Posteriormente terá de fazer um novo acordo para continuar ter rede. Esta situação resulta de um “período inicial” acordado entre Meo e Fastfiber há quase quatro anos, noticia esta segunda-feira o Público (acesso condicionado).

Na corrida estarão dois potenciais candidatos do setor das telecomunicações: o grupo do multimilionário francês Xavier Niel, que atua em França, Itália e Polónia, e a Saudi Telecom, grupo controlado pela monarquia absoluta da Arábia Saudita, segundo a Bloomberg. A Altice quer encaixar mais de três mil milhões de euros com esta operação. Até porque pede entre oito mil a dez mil milhões de euros pela venda quando, em 2015, pagou cerca de 5,5 mil milhões através de dívida contraída então pela própria PT Portugal.

A venda da Altice já chamou a atenção de fundos como Apollo, Apax, CVC Capital Partners, além da private equity norte-americana Warburg Pincus, com a qual estará envolvido o ex-banqueiro António Horta Osório.

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