“Desconto” da prestação da casa paga juros no futuro

A adesão à moratória do Governo não "marca" as famílias no Banco de Portugal, justamente porque assume um mero reescalonamento da dívida, que será sujeito a juros no futuro.

A nova moratória do Governo para apoiar as famílias com crédito à habitação vai permitir baixar até 30% a prestação da casa durante dois anos. No entanto, não significa que haja um desconto sobre o montante em dívida dos empréstimos à habitação.

De acordo com o que o ECO conseguiu apurar, o capital diferido nos dois primeiros anos da moratória serão adicionados ao montante em dívida do crédito à habitação quatro anos após o término da fixação da prestação, e assim sujeitos posteriormente à taxa de juro na altura. Há assim uma procrastinação de uma despesa no presente para o futuro, acrescida dos juros nessa altura.

“Haverá naturalmente um juro aplicado sobre o diferimento do capital, porque o capital não foi pago no momento devido”, referiu na quinta-feira Fernando Medina na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.

Essa é também a razão para que as famílias não sejam “marcadas” na Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal porque, desta forma, não há lugar a um perdão de dívida, mas a um reescalonamento do montante em dívida.

Além disso, a moratória do Governo revela também que o capital poupado nos dois primeiros anos não será sujeito a qualquer capitalização nos quatro anos seguintes até começarem a ser devolvidos. Há assim uma perda temporal para os bancos e um ganho para as famílias que, além de ganharem liquidez no imediato (redução da prestação), poderão utilizar a poupança da moratória para amortizar o capital em dívida no imediato — aproveitando também a eliminação da comissão de amortização antecipada, anunciada também na quinta-feira pelo ministro das Finanças.

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Vieira do Minho denuncia “constantes e longas” falhas no fornecimento de energia

  • Lusa
  • 22 Setembro 2023

As "longas interrupções” no fornecimento de energia elétrica decorrem sobretudo nas freguesias de Mosteiro, Guilhofrei, Rossas, Anjos, Anissó e Soutelo.

O município de Vieira do Minho, no distrito de Braga, denuncia “constantes e longas interrupções” no fornecimento de energia elétrica, sobretudo em seis freguesias no sul do concelho, falhas que a E-REDES atribui às condições atmosféricas.

“As constantes e longas interrupções no fornecimento de energia elétrica provocam uma incompreensão generalizada nas populações afetadas. Nesta linha em particular, nos últimos dias, temos assistido a constantes falhas no fornecimento de energia elétrica na zona sul do concelho, em concreto, nas freguesias de Mosteiro, Guilhofrei, Rossas, Anjos, Anissó e Soutelo”, refere a autarquia, em comunicado enviado à agência Lusa.

O município, presidido por António Cardoso (PSD), reconhece “a importância da política energética para o país”, lembrando que tem cerca de 100 quilómetros de linhas de transporte de energia a atravessar o concelho, uma subestação, um posto de corte e um repetidor.

A autarquia de Vieira do Minho recorda também que ao longo dos últimos anos “tem contribuído fortemente para a produção e distribuição de energia hidroelétrica por todo o país, através das suas quatro barragens”.

É perante estes factos e este enquadramento que a população desta vila minhota se sente injustiçada, manifestando desagrado face às sistemáticas falhas no fornecimento de energia elétrica.

Em resposta enviada à Lusa, a E-REDES, responsável pela distribuição da energia elétrica, diz que “tem identificada a situação que tem gerado interrupções na Linha Ermal-Cabeceiras de Basto, que abastece as freguesias de Vieira do Minho e do concelho de Cabeceiras de Basto”.

“Provocadas fundamentalmente pelas condições atmosféricas que afetam direta ou indiretamente os nossos ativos. Depois de um período intenso com elevadas temperaturas e com a chegada das primeiras chuvas, alguns componentes da rede de distribuição manifestam sinais de desgaste, como o aparecimento de fissuras em isoladores, que estão na origem dos cortes que se têm feito sentir”, frisa o operador.

A E-REDES refere que “faz inspeções periódicas e regulares a todas as linhas e respetivos ativos”, acrescentado que, nesta região, em particular, está a procurar “minimizar o impacto destas interrupções de energia, com alterações à configuração da rede, para diminuir as zonas afetadas, assim como a substituição do isolamento em grande parte da linha geral”.

Nesse sentido, explica, “estão definidas diferentes ações nas imediações da rede, inspeções e análise dos sistemas de proteções por forma a identificar os defeitos que têm aparecido”.

Questionada sobre se admite ressarcir ou compensar, de alguma forma, os clientes afetados, a E-REDES remete a situação para a lei.

“No caso de haver lugar a compensação e de acordo com a legislação em vigor (Regulamento de qualidade de Serviço e Regulamento de Relações Comerciais, publicados pela ERSE) o ressarcimento dos clientes é automático, sendo processado na fatura dos clientes”, sublinha o operador.

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Estes foram os vencedores dos FT Innovative Lawyer Awards de 2023

Abreu Advogados, CMS, Cuatrecasas, DLA Piper e Uría Menéndez foram os escritórios a operar em Portugal que levaram para casa alguns prémios nos FT Innovative Lawyer Awards de 2023.

Na passada quinta-feira foram revelados em Londres os vencedores dos prémios anuais FT Innovative Lawyer Awards de 2023, promovidos pelo Financial Times. Abreu Advogados, CMS, Cuatrecasas, DLA Piper e Uría Menéndez foram os escritórios a operar em Portugal que levaram para casa alguns prémios.

A Cuatrecasas venceu numa categoria e levou para casa o prémio de “Most innovative law firm in Europe (outside the UK)”.

Também distinguida, a sociedade liderada por Inês Sequeira Mendes, a Abreu Advogados, venceu na categoria de “Innovation in skills development, sendo o único escritório português vencedor na cerimónia.

Já a CMS foi o escritório que somou mais troféus, vencendo no total em duas categorias: “Deals & Financing” e “Innovation in client delivery”.

A Uría Menéndez venceu na categoria de “Supporting refugees and migrants”. Por fim, a DLA Piper foi a vencedora da categoria de “Innovation in adjacent services”.

Pode conhecer todos os nomeados aqui. Os prémios Financial Times Innovative Lawyers Europe são dos mais prestigiados a nível europeu na área do Direito. Anualmente distinguem as sociedades e os projetos mais inovadores do continente.

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Ministra diz ser “inegável o papel crescente das mulheres” na vida jurídica

  • Lusa
  • 22 Setembro 2023

Catarina Sarmento e Castro afirmou ser inegável o papel crescente que as mulheres desempenham na vida jurídica nos últimos anos, quer na magistratura, quer nas universidades, quer na advocacia.

A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, afirmou esta sexta-feira ser inegável o papel crescente que as mulheres desempenham na vida jurídica nos últimos anos, quer na magistratura das diferentes instâncias judiciais, quer nas universidades, quer na advocacia.

Estou a pensar nos desafios presentes e futuros para as mulheres líderes no setor judiciário, na importância da representação de mulheres líderes na administração pública, no papel das mulheres líderes na advocacia e nas prioridades que serão desenvolvidas por essas mulheres no exercício das profissões jurídicas”, sublinhou Catarina Sarmento e Castro.

A ministra discursava na sessão de abertura da Lisboa Summit 2023, subordinada ao tema “Women Leaders in Law”, que decorreu na Ordem dos Advogados (OA), tendo destacado as mudanças ocorridas nas últimas duas décadas no que respeita ao papel da mulher no Direito e nas profissões jurídicas.

Nesta sessão, que contou com a presença da bastonária da OA, Fernanda de Almeida Pinheiro, a ministra referiu que nas próprias Faculdades de Direito, “a presença estudantil feminina assume já um papel maioritário, tão diferente do que era habitual em meados do século XX, com indiscutível predomínio masculino”.

“Também o número de mulheres doutoradas em Direito é atualmente significativamente superior ao dos homens, o que nos permite antever que, no que, no futuro, também nas Faculdades de Direito teremos uma concentração feminina, com evidentes efeitos no desempenho de funções científicas e de gestão”, anteviu.

Na opinião da governante, esta mudança terá também consequências ao nível das várias áreas da administração da justiça, sublinhando que se tem empenhado “fortemente na questão do acesso às profissões jurídicas e à igualdade de oportunidades entre homens e mulheres”.

“A importância das mulheres no mundo jurídico é hoje inquestionável e evidente. E enquanto persistir qualquer desigualdade baseada em discriminação negativa, os objetivos do Estado de Direito não serão plenamente atingidos, nem será possível alcançar a sua realização e a paz social”, vincou, recordando a legislação que estabeleceu que as empresas públicas, o setor empresarial local e as e as empresas cotadas em bolsa devem ter um limiar mínimo de mulheres no desempenho de funções nesses setores.

Nas palavras da ministra, no setor judiciário já é possível confirmar o papel cada vez mais importante das mulheres nos vários níveis da vida judicial, notando que no Supremo Tribunal Administrativo a presença das mulheres é já evidente, sendo a presidente deste tribunal uma mulher (juíza conselheira Dulce Neto).

“A presença de muitas mulheres é também evidente no Supremo Tribunal de Justiça, o que demonstra que o poder judicial é cada vez mais de atores femininos, o que se traduz numa progressiva acessibilidade das mulheres à carreira judicial e aos cargos de direção e de gestão”, indicou, acrescentando que nos tribunais judiciais de primeira instância há 884 mulheres e 388 homens a exercer as suas funções, e 937 mulheres e 406 homens no Ministério Público.

A ministra assinalou que na última segunda-feira participou na cerimónia do curso de formação de magistrados no Centro de Estudos Judiciários, onde cumprimentou 97 novas auditoras de justiça e 18 homens.

Citando dados oficiais, a ministra revelou que em cada 10 trabalhadores do Estado seis são mulheres, mas em cada 10 cargos de direção apenas quatro são mulheres, apesar de terem mais formação e experiência. Porém, “este panorama está a mudar”, disse.

Quanto aos advogados, referiu que existem 15.615 advogados contra 19.817 mulheres advogadas.

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Sertã, Figueiró dos Vinhos e Ferreira do Zêzere criam Rota da Pintura Naturalista

  • Lusa
  • 22 Setembro 2023

Rota da Pintura Naturalista terá como âncoras três espaços: Casulo de Malhoa (Figueiró dos Vinhos), Casa Museu Túllio Victorino (Cernache do Bonjardim) e Museu Museu Alfredo Keil (Ferreira do Zêzere).

As Câmaras Municipais da Sertã, Ferreira do Zêzere e Figueiró dos Vinhos vão estabelecer uma parceria para o desenvolvimento de um projeto assente na obra de três pintores naturalistas com ligação a estes municípios.

“Partindo da ligação entre os três pintores (Alfredo Keil, José Malhoa e Túllio Victorino) e os três municípios envolvidos, a assinatura deste protocolo irá dar corpo a diversas ações concretas, das quais podemos já revelar a criação de rotas temáticas intermunicipais, associadas à cultura e ao território, concretamente a Rota da Pintura Naturalista“, explicou esta sexta-feira à agência Lusa o presidente da Câmara da Sertã, Carlos Miranda.

O protocolo de colaboração vai ser assinado na quarta-feira, Dia Mundial do Turismo, no município da Sertã, no distrito de Castelo Branco, e envolve ainda os municípios de Figueiró dos Vinhos (Leiria) e Ferreira do Zêzere (Santarém).

Esta parceria visa o desenvolvimento de projetos assentes na obra dos pintores naturalistas Alfredo Keil, José Malhoa e Túllio Victorino e marca o arranque da colaboração dos três municípios para a realização de diversas ações e a criação de projetos de desenvolvimento turístico-cultural.

Os três municípios partilham um território histórico-cultural comum, marcado pelo vale do rio Zêzere, que foi procurado, ao longo de séculos, por vários artistas para inspiração e cenário de muitas obras, como é o caso do movimento pictórico naturalista.

Segundo a autarquia da Sertã, Alfredo Keil, José Malhoa e Túllio Victorino souberam interpretar, valorizar e ampliar o território através da sua arte, não só no concelho onde cada um se fixou, mas também nos concelhos vizinhos, na sequência dos fortes laços de amizade que criaram.

“Além de cenário de diversas obras naturalistas, o rio Zêzere surge aqui como polo aglutinador e de coesão territorial, visto que ligará três concelhos diferentes, três comunidades intermunicipais diferentes e três distritos diferentes”, afirmou Carlos Miranda.

O autarca salientou ainda que a Rota da Pintura Naturalista terá como âncoras três espaços museológicos: Casulo de Malhoa (Figueiró dos Vinhos), Casa Museu Túllio Victorino (em Cernache do Bonjardim, em fase de implementação) e Museu Alfredo Keil (em Ferreira do Zêzere, em fase de implementação).

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PRR

Bruxelas adverte que reprogramação do PRR “não suprime” atuais investimentos e reformas

  • Lusa
  • 22 Setembro 2023

Revisão do PRR não suprime nenhum investimento, mas alguns deles estão a ser adaptados ao novo contexto com algumas alterações específicas, segundo a Comissão Europeia.

A Comissão Europeia garantiu esta sexta-feira que a reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “não suprime” nenhum investimento ou reformas já previstos, prevendo apenas ajustes a projetos como da habitação e do metro de Lisboa.

“É importante sublinhar que a revisão do plano não suprime nenhum investimento, mas alguns deles estão a ser adaptados ao novo contexto com algumas alterações específicas, como o adiamento de algumas metas e objetivos e o aumento do custo de alguns devido a problemas na cadeia de abastecimento e à elevada inflação”, afirmou a porta-voz da Comissão Europeia para os Assuntos Económicos e Financeiros, Veerle Nuyts.

Falando na conferência de imprensa da instituição, em Bruxelas, a responsável apontou igualmente que “não há revisões das reformas existentes no plano revisto“.

No que toca aos investimentos, segundo Veerle Nuyts, estão em causa ajustamentos a projetos na habitação e no metro de Lisboa, “de modo a refletir as alterações exigidas pelas avaliações de impacto ambiental”. Ao mesmo tempo, com a maior dotação para subvenções, “a ambição é, por exemplo, aumentada para os investimentos sociais para a cultura, a digitalização da administração pública e o apoio à investigação e desenvolvimento”, elencou.

Já relativamente às reformas, “há cinco novas reformas relacionadas com a simplificação dos sistemas de benefícios fiscais e de prestações sociais, incentivos à economia circular e um maior reforço do acesso digital aos serviços públicos”.

A Comissão Europeia aprovou esta sexta-feira a revisão do PRR de Portugal, que ascende agora a 22,2 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos e abrange 44 reformas e 117 investimentos, alteração que tem em conta a elevada inflação e o impacto da guerra na Ucrânia.

De acordo com Bruxelas, as alterações introduzidas por Portugal no plano inicial baseiam-se na “necessidade de ter em conta a elevada inflação registada em 2022 e as perturbações na cadeia de abastecimento causadas pela guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, que tornaram os investimentos mais caros e causaram atrasos”.

A alteração tem ainda em conta a revisão em alta da dotação máxima de subvenções do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, de 13,9 mil milhões de euros para 15,5 mil milhões de euros.

No final de maio passado, Portugal submeteu à Comissão Europeia a sua proposta de reprogramação do seu PRR, cuja dotação é agora de 22,2 mil milhões de euros, incluindo 5,9 mil milhões em empréstimos.

Esta alteração integra ainda a dotação financeira do plano energético europeu RepowerEU para a UE se tornar independente dos combustíveis fósseis russos (704 milhões de euros), bem como a que não foi utilizada da reserva de ajustamento ao ‘Brexit’ (81 milhões de euros).

A execução do PRR continua em 17% dos marcos e metas acordados com Bruxelas. Até agora, o país já recebeu 4,07 mil milhões de euros em subvenções e 1,07 mil milhões em empréstimos.

Cabe agora aos ministros das Finanças da União Europeia aprovar, dentro de quatro semanas, a avaliação da Comissão Europeia.

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ASAE deve “intensificar fiscalização” do uso de galheteiros nos restaurantes

  • Lusa
  • 22 Setembro 2023

Utilização de galheteiros em restaurantes viola legislação nacional, prejudica o consumidor e é "manifestamente inadequada em termos de higiene e segurança alimentar”, advertem organizações do setor.

A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri) e a Federação Nacional das Cooperativas de Olivicultores (Fenazeites) pediram esta sexta-feira à ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica que intensifique a fiscalização da utilização de galheteiros na hotelaria e restauração, por “prejudicar” os consumidores e “não permitir identificar” a origem do azeite.

“Portugal está a sofrer com a quebra de produção de azeite da última campanha, resultante, sobretudo, da seca extrema e severa”, referem a Confagri e a Fenazeites em comunicado, e alertando ainda para o facto de esta prática surgir devido à “subida vertiginosa” do preço do azeite.

Dão ainda nota de que “praticamente não existem stocks no mercado”, o que “tem [também] promovido o regresso do uso dos galheteiros” em muitos estabelecimentos de hotelaria e restauração.

O presidente da Fenazeites, Aníbal Martins, entende que “a utilização dos galheteiros viola a legislação nacional, pois está proibida pela Portaria 24/2005, prejudica o consumidor, que não consegue identificar a origem do azeite, e revela-se manifestamente inadequada em termos de higiene e segurança alimentar e de proteção da saúde dos consumidores”.

O azeite posto à disposição do consumidor final como tempero de prato nos estabelecimentos de hotelaria, de restauração e de bebidas, “deve ser acondicionado em embalagens munidas de um sistema de abertura que perca a sua integridade após a primeira utilização ou que disponham de um sistema de proteção que não permita a sua reutilização após esgotamento do conteúdo original referenciado no rótulo”, alerta as duas entidades.

“Ora, os galheteiros não garantem a genuinidade do produto e favorecem a fraude”, salientam ainda as duas organizações, em comunicado.

Nesse sentido, a Confagri e a Fenazeites solicitam à ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica que “aumente da fiscalização” nesta matéria, como forma de “garantir a qualidade do produto”, bem como defender os esforços das cooperativas e dos olivicultores portugueses, em prol de um “produto tão importante” para a economia e gastronomia portuguesas.

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Gasóleo desce um cêntimo e gasolina sobe um cêntimo na próxima semana

Na próxima semana, quando for abastecer, deverá pagar 1,795 euros por litro de gasóleo simples e 1,867 euros por litro de gasolina simples 95. Gasóleo desce um cêntimo e gasolina sobe um.

Na próxima semana, os preços dos combustíveis vão ter um comportamento diferente. Por isso, se tem carro a gasóleo espere por segunda-feira para abastecer, mas se tem a gasolina aproveite e faço-o já este fim de semana. Fonte do mercado avançou ao ECO que o litro de gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá descer um cêntimo, e a gasolina deverá subir um cêntimo.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,795 euros por litro de gasóleo simples e 1,867 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. O Governo manteve os apoios aos combustíveis que vigoraram em agosto, apesar do aumento dos preços, que representaram um agravamento em dois cêntimos a taxa de carbono no gasóleo e em 1,8 cêntimos na gasolina face a julho.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. E é de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta evolução dos preços dos combustíveis surge depois de, esta semana, se ter registado uma subida de 5,3 cêntimos no gasóleo e de os preços da gasolina terem descido 0,2 cêntimos. Comportamentos próximos das expectativas do mercado que apontava para a subida de seis cêntimos no gasóleo e de meio cêntimo na gasolina.

Os preços caminham para a primeira queda semanal após três semanas consecutivas de ganhos. Esta sexta-feira os preços do brent, que serve de referência para o mercado europeu, sobem 0,85% esta sexta-feira para os 94,09 dólares por barril.

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Investidores da Noruega avaliam projetos de economia azul em Viana do Castelo

  • ECO
  • 22 Setembro 2023

Um total de 15 empresários noruegueses vieram a Viana do Castelo, descrita como “a pérola do offshore”, conhecer os investimentos na área das energias renováveis e o plano de expansão portuário.

Uma delegação de 15 empresários noruegueses, acompanhada pela chefe de missão adjunta da Embaixada da Noruega em Portugal, Karina Asbjørnsen, esteve esta sexta-feira em Viana do Castelo para visitar vários investimentos neste município do Alto Minho. A começar pelo Porto de Mar, que vai ser expandido em 48 hectares.

O objetivo desta iniciativa prende-se com a ligação entre da Noruega a Portugal através de parcerias empresariais, estando na agenda destes investidores nórdicos as mais de duas décadas de experiência “pioneira” de Viana do Castelo na área das energias renováveis e offshore, com uma zona livre de testes para este tipo de projetos.

Classificada pela delegação norueguesa como a “pérola do offshore”, segundo o relato feito pelo município minhoto, Viana do Castelo tem estado na linha da frente da chamada economia azul, que tem alavancado o desenvolvimento económico do concelho, como sublinhou o presidente da Câmara, Luís Nobre. Por outro lado, destacou as parcerias existentes entre Portugal e a Noruega como “fundamentais para futuros entendimentos”.

Na presença também do secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, ex-autarca de Viana do Castelo, foi lembrado aos visitantes noruegueses que Portugal estabeleceu o “ambicioso objetivo” de 10 GW de energia eólica offshore até 2030. Miguel Marques, consultor da Skipper&Wool, fez uma breve apresentação sobre o Plano de Ação da Agenda do Mar 2030.

“Pretende consolidar todos os domínios identificados e as potencialidades do território, materializando ainda todas as iniciativas e projetos desenvolvidos pelo projeto Centro de Mar e que levou à criação de um grupo de trabalho com diversas entidades ligadas ao tema do mar em diferentes domínios – investigação e desenvolvimento, pesca, náutica, turismo e hotelaria, entre outros”, descreveu o município, em comunicado enviado às redações.

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Portuguesa Coverflex entre as melhores empresas da Europa para trabalhar

Coverflex foi reconhecida como um dos melhores lugares para trabalhar na Europa. Conquistou o 15.º lugar na categoria de empresa entre 50 e 499 trabalhadores.

Depois de em março ter conseguido um lugar entre as melhores empresas para trabalhar em Portugal, a Coverflex, empresa portuguesa de soluções de compensação salarial flexível, foi agora reconhecida como um dos melhores sítios para trabalhar da Europa. Conquistou o 15.º lugar do ranking Great Place to Work, na categoria de empresas entre 50 e 499 trabalhadores.

“Ser reconhecido como uma das melhores empresas para se trabalhar da Europa é tremendamente importante para a Coverflex, não só porque é uma validação da nossa abordagem inovadora, mas também por refletir a paixão e a dedicação inabalável de cada pessoa da nossa equipa“, sublinha o chief people officer da empresa em questão, João Franqueira, citado esta sexta-feira em comunicado.

Para serem reconhecidas como um dos melhores lugares para trabalhar na Europa, as empresas devem, primeiro, ser distinguidas a nível nacional, o que a Coverflex conseguiu em março deste ano, ao ter conquistado o prémio de melhor empresa para trabalhar em Portugal, na categoria de empresas entre 51 e 100 colaboradores.

As empresas mais bem classificadas de cada país são, depois, classificadas numa única lista europeia. No total, na edição deste ano, mais de três mil empresas de todas as dimensões, de pequenas a multinacionais, participaram nesta lista, mas só 150 foram selecionadas para os prémios de melhores lugares para trabalhar na Europa.

Na categoria dedicada às empresas com 50 a 499 trabalhadores, a Coverflex conseguiu a posição 15.ª, prémio que é ainda mais especial, afirma o responsável mencionado, porque a portuguesa tem um regime de trabalho 100% remoto. “Isto vem validar que o trabalho remoto não é uma barreira, é uma oportunidade. É prova de que mesmo à distância, se consegue criar e promover um espírito de equipa forte e uma cultura de empresa vibrante“, declara João Franqueira.

Uma das estratégias da empresa para responder aos desafios criados pelo trabalho remoto foi, explica a Coverflex, a criação de uma série de orçamentos para os trabalhadores, nomeadamente um orçamento para melhorarem os escritórios que têm em casa e um orçamento para aquisição de conhecimento (nomeadamente, cursos, livros e workshops).

Desde a pandemia que o teletrabalho e os regimes híbridos têm conquistado terreno no mercado de trabalho (incluindo no português), mas persistem algumas vozes críticas, como a de Elon Musk, que argumentam que os modelos remotos quebram, nomeadamente, o espírito de equipa e a produtividade.

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UE desembolsa nova parcela de 1,5 mil milhões de euros de ajuda à Ucrânia

  • Lusa
  • 22 Setembro 2023

Pacote financeiro destina-se a ajudar o país a assegurar a estabilidade macroeconómica e restaurar as infraestruturas críticas destruídas.

A União Europeia (UE) desembolsou esta sexta-feira mais uma parcela de 1,5 mil milhões de euros (ME) do pacote de assistência macrofinanceira (AMF+) à Ucrânia fixado para este ano.

O pacote AMF+, de um valor total que pode ir até aos 18 mil ME em 2023, destina-se a ajudar a Ucrânia a, nomeadamente, assegurar a estabilidade macroeconómica e restaurar as infraestruturas críticas destruídas, como as energéticas, destruídas pela guerra de invasão da Rússia, em 24 de fevereiro de 2022.

A verba destina-se também a ajudar Kiev a continuar a pagar salários e pensões e a manter os serviços públicos essenciais, como hospitais, escolas e habitação para as pessoas deslocadas.

Permitirá igualmente à Ucrânia reparar os sistemas de abastecimento de água, as redes de transportes, as estradas e as pontes.

O pagamento desta sexta-feira surge depois de a Comissão Europeia ter considerado, na última avaliação, que a Ucrânia continuou a realizar progressos satisfatórios no sentido da aplicação das condições políticas acordadas e cumpriu os requisitos de comunicação de informações, que visam assegurar a utilização transparente e eficiente dos fundos.

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Cisão na Lopes Cardoso & Associados dá origem à SPCB LEGAL

Irão integrar a nova sociedade os advogados António Sarmento de Oliveira, Francisco Monteiro Pacheco, João Paulo Campos, Luís Couto, Ana Borgas, Helena Salazar e Nuno Reis Cardoso, todos como sócios.

O mercado do Porto assiste ao lançamento de uma nova sociedade de advogados, a SPCB LEGAL, na sequência de uma rutura devido a divergências organizacionais e estratégicas do colégio de sócios da Lopes Cardoso & Associados.

Irão integrar a nova sociedade os advogados António Sarmento de Oliveira, Francisco Monteiro Pacheco, João Paulo Campos, Luís Couto, Ana Borgas (atuais sócios da LC&A), Helena Salazar e Nuno Reis Cardoso (atuais associados da LC&A), que integrarão o colégio de sócios da nova sociedade. Para além destes, integrarão esse novo projeto: Miguel Conde (atual Associado da LC&A) , Ana Soares Pereira e Susana Gonçalves Pereira (atuais advogadas colaboradoras da LC&A).

A nova sociedade terá a sede na cidade do Porto e centrará a atividade, maioritariamente, nas áreas do Direito Bancário/Financeiro, Direito do Trabalho, Direito Imobiliário/Urbanismo, Direito Societário, Direito dos Registos/Notariado, Direito Administrativo e Fiscal e Arbitragem.

A estrutura inicial interna, entre advogados e funções de suporte, que não contempla funções/ serviços externalizados, será composta por cerca de 13/14 pessoas.

A LC&A, também do Porto, foi fundada por João António Lopes Cardoso, e foi construída como sociedade de advogados em 2001.

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