Número de casais com ambos os elementos desempregados sobe 3,5% em agosto

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

"Do total de desempregados casados ou em união de facto, 9.326 (7,8%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado", indica o IEFP.

O número de casais com ambos os elementos no desemprego aumentou 3,5% em agosto em termos homólogos e 3,6% em cadeia, para 4.663, informou esta quarta-feira o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Do total de desempregados casados ou em união de facto, 9.326 (7,8%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no Serviço de Emprego, totalizando 4.663 casais desempregados, em agosto de 2023, o que representa mais 3,5%, quando comparado com o período homólogo do ano anterior”, refere o IEFP na informação estatística divulgada, com dados relativos a Portugal continental.

Os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego, quando tenham dependentes a cargo. Segundo o IEFP, no final de agosto estavam registados nos serviços de emprego do continente 283.103 desempregados, dos quais 42,4% eram casados ou viviam em situação de união de facto, perfazendo um total de 120.080.

O instituto informa ainda que o desemprego registado nos serviços de emprego do continente aumentou 6,1% face ao período homólogo e 4,1% em relação ao mês anterior.

Relativamente ao total de desempregados casados ou em situação de união de facto, observa-se um aumento de 4,9% (5.655 desempregados) face a agosto de 2022 e um acréscimo de 3,9% (4.553) relativamente a julho de 2023.

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Espanhola Hotelverse chega a Portugal para “revolucionar” reservas em hotéis

Startup espanhola cria 'gémeos digitais' de hotéis permitindo aos utilizadores fazerem reserva do quarto onde pretendem ficar.

A Hotelverse, que atua na área de reservas na hotelaria, está já a operar em Portugal. “Começamos agora o nosso caminho em Portugal, e estamos entusiasmados por trazer inovação e valor ao mercado para criar um novo capítulo na história da hotelaria”, diz Fermín Carmona, CEO da Hotelverse.

“Na Hotelverse estamos determinados a transformar a indústria hoteleira, devolvendo o poder de compra aos hotéis e proporcionando experiências excecionais aos nossos clientes e aos seus clientes também. Com a nossa tecnologia revolucionária, construímos o futuro das reservas de quartos de hotel,” diz o CEO da Hotelverse, citado em comunicado.

Criada em 2021, a startup espanhola, que já angariou 3,5 milhões de euros em rondas de investimento e tem planos para lançar uma ronda Série A já no próximo ano, atua na área de reservas de quartos na hotelaria, criando um “gémeo digital do hotel, que devolve o poder de compra às empresas hoteleiras e aos utilizadores”, dizem. A solução permite aos “utilizadores reservar o quarto exato que desejam”.

O Tivoli Carvoeiro Algarve Resort é um dos clientes para quem a empresa já está a trabalhar no mercado nacional, tendo em Espanha criado um ‘gémeo digital’ do CR7 Pestana Gran Vía, em Madrid, do grupo Pestana e de Cristiano Ronaldo. Segundo a empresa, a solução aumentou em 108% o tempo de utilizadores na página do hotel.

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Risco de crise orçamental “elevado” em um terço dos países, alerta Guterres

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

Secretário-geral da ONU reiterou os apelos por reformas na arquitetura financeira global, sublinhando que um em cada três países em todo o mundo corre risco de uma crise orçamental.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, reiterou esta quarta-feira os seus apelos por reformas na arquitetura financeira global, sublinhando que um em cada três países em todo o mundo corre risco elevado de uma crise orçamental.

Na abertura do Diálogo de Alto Nível sobre o Financiamento do Desenvolvimento, Guterres advogou que, de todas as questões em discussão durante a 78.ª Assembleia Geral da ONU (UNGA 78, na sigla em inglês), as “finanças podem ser as mais cruciais”, uma vez que é o “combustível que impulsiona” o progresso na Agenda 2030 e no Acordo de Paris.

“Hoje, esse combustível está a acabar – e o motor do desenvolvimento sustentável está a travar, a estagnar e a falhar”, disse.

Num momento em que faltam apenas sete anos para 2030 — data limite para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) — Guterres afirmou que o progresso nas prioridades mais fundamentais da ONU — pobreza e fome — “inverteu-se pela primeira vez em décadas“, lamentando que os compromissos de financiamento climático e de ajuda ao desenvolvimento não estejam a ser cumpridos.

“Existe uma divisão acentuada e crescente entre os países que conseguem aceder ao financiamento em condições razoáveis e aqueles que não conseguem e que estão a ser deixados ainda mais para trás. A lacuna de financiamento dos ODS tornou-se um abismo, estimado em 3,9 biliões de dólares por ano (3,65 biliões de euros anuais)“, indicou.

Além disso, os países em desenvolvimento enfrentam custos de empréstimos até oito vezes superiores aos dos países desenvolvidos, naquilo que considera “uma armadilha da dívida”.

“Mais de 40% das pessoas que vivem em pobreza extrema vivem em países com graves problemas de endividamento”, sublinhou.

Apesar de reconhecer “alguns esforços de boa-fé” para ajudar as economias em desenvolvimento a sobreviver a esta crise financeira, o ex-primeiro-ministro português observou que “não são suficientes”.

“É claro que os problemas sistémicos de financiamento do desenvolvimento sustentável exigem uma solução sistémica: reformas na arquitetura financeira global. (…) Reitero o meu apelo a um novo momento de Bretton Woods, em que os países se unam para chegar a acordo sobre uma arquitetura financeira global que reflita as realidades económicas e as relações de poder atuais“, defendeu.

Mas embora estas reformas estruturais sejam essenciais, levarão tempo “e o tempo é curto”, sustentou Guterres, antevendo que a Agenda 2030 possa ficar fora do alcance.

Nesse sentido, apelou aos Governos para que apresentem medidas concretas a serem adotadas pelos líderes internacionais, de forma a salvar os ODS.

“Exorto-vos a utilizar este Diálogo de Alto Nível como uma plataforma para um envolvimento construtivo, com foco em soluções de financiamento criativas e práticas que possam ser levadas adiante nos próximos meses e anos”, disse, dirigindo-se aos líderes presentes na sala.

“Juntos, devemos transformar este momento de crise num momento de oportunidade, encontrar soluções de financiamento conjunto para reconstruir a solidariedade global e criar um novo impulso para o desenvolvimento sustentável e a ação climática”, concluiu.

Este evento a decorrer na sede da ONU, e convocado logo após a Cimeira dos ODS, visa proporcionar liderança política e mobilização de recursos para os ODS, assim como identificar progressos e desafios emergentes.

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Presidente da Ucrânia promete entreposto de cereais no Quénia para abastecer África Oriental

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

Chefe de Estado do Quénia anunciou que Volodymyr Zelensky se comprometeu a "estabelecer um centro de cereais no porto de Mombaça para fazer face à escassez de alimentos na África Oriental".

O Presidente da Ucrânia comprometeu-se a “estabelecer um entreposto de cereais” no porto queniano de Mombaça, no Oceano Índico, para combater a escassez de alimentos na África Oriental e garantir segurança alimentar, informou esta quarta-feira a Presidência queniana.

O Presidente [Volodymyr] Zelensky comprometeu-se a estabelecer um centro de cereais no porto de Mombaça para fazer face à escassez de alimentos na África Oriental”, afirmou a Presidência do Quénia em comunicado, depois de o Chefe de Estado queniano, William Ruto, ter-se reunido na terça-feira com o seu homólogo ucraniano à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

William Ruto indicou também, na sua conta na rede social X (antigo Twitter), que “o Quénia defende uma resolução pacífica do conflito entre a Rússia e a Ucrânia para restaurar a estabilidade, aliviar o sofrimento da população e impedir a destruição das propriedades”.

Desde a invasão russa, em fevereiro de 2022, as exportações de cereais da Ucrânia, um dos maiores produtores mundiais deste tipo de alimentos, foram afetadas pelo bloqueio dos portos ucranianos do Mar Negro por militares russos.

Em meados de julho, a Rússia rescindiu um acordo, conseguido com mediação da Turquia e a ONU, pelo qual se comprometia a permitir, durante um ano, a circulação de navios destinados à exportação de cereais a partir de três portos ucranianos na região de Odessa.

Desafiando o bloqueio, um navio ucraniano carregado com 3.000 toneladas de trigo deixou este sábado um porto de Odessa, isto apesar de a Rússia também ter atacado as infraestruturas portuárias e agrícolas ucranianas desde a retirada do chamado acordo de cereais.

Desde o início da guerra ucraniana, os obstáculos nas cadeias de abastecimento e o aumento dos preços dos alimentos básicos foram acrescentados à lista de problemas que agravam a segurança alimentar em África, também ameaçada pela crise climática e pelos seus conflitos internos, entre outras questões.

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Suíça Zühlke entra no Tranquilidade do Porto com 100 pessoas e investimento de quatro milhões

Tecnológica Zühlke investe quatro milhões num escritório com 1.000 m2 no conhecido Edifício Tranquilidade. Suíços vão contratar mais 30 até final do ano e chegar à centena de profissionais no Porto.

Com um centro global de desenvolvimento instalado no Porto desde 2021, o terceiro do grupo depois de abrir na Sérvia em 2013 e na Bulgária em 2018, a tecnológica Zühlke decidiu investir quatro milhões de euros na mudança para um novo escritório com cerca de 1.000 metros quadrados e capacidade para mais de uma centena de colaboradores na cidade Invicta.

A multinacional suíça arrancou as operações em Portugal num pequeno espaço de trabalho partilhado (cowork) e menos de cinco pessoas, e conta atualmente com 70 profissionais. Até dezembro quer contratar mais 30 e chegar aos 100 após dois anos e meio no país. “Estamos a reforçar a equipa com perfis tecnológicos e não tecnológicos que nos permitam continuar a desenvolver projetos disruptivos com criatividade, rigor e espírito de equipa”, diz ao ECO a diretora-geral, Mariana Salvaterra.

Mariana Salvaterra, diretora-geral da Zühlke Portugal

O novo escritório da Zühlke fica no emblemático Edifício Tranquilidade, como é conhecido este prédio com 13 pisos em frente ao Palácio de Cristal, por ostentar o símbolo da seguradora que é ainda a principal inquilina. O imóvel de 13 mil metros quadrados, que adotou oficialmente o nome da rua em que está situado (D. Manuel II), foi vendido em 2019 pelo fundo imobiliário Imoprime à holandesa NIPA Capital e, dois anos depois, comprado pelos espanhóis da Incus Capital

“O processo de procura demorou cerca de um ano. (…) Esta mudança envolve todo o investimento que fizemos no espaço e que se estende pelos próximos anos, nomeadamente nos projetos para assegurar condições de trabalho e de circulação a todos os colaboradores, assim como no arrendamento prolongado desta que é a nova casa da Zühlke em Portugal”, conta Mariana Salvaterra, que em agosto foi nomeada diretora de Software Excellence dos três centros globais de engenharia da consultora tecnológica.

A partir de Portugal, a consultora tecnológica desenha soluções end-to-end de software para clientes em diferentes setores, como seguros, telecomunicações, retalho ou consumo. Embora tenha apenas um escritório no país e a maioria da equipa esteja no Porto, o modelo de trabalho flexível e híbrido que adotou tem “alargado as oportunidades a outras zonas do país”, com destaque para a contratação de “alguns colaboradores” na região de Lisboa. Por outro lado, metade da equipa é estrangeira, acolhendo também pessoas de outros escritórios europeus ao abrigo dos programas de mobilidade do grupo.

“O escritório tem capacidade para mais de 100 colaboradores e foi projetado de raiz de forma a permitir-nos acolher o que é o futuro do trabalho, marcado pela colaboração entre equipas, flexibilidade na gestão dos horários de trabalho e nas modalidades de cooperação entre colegas, melhor integração entre a vida profissional e pessoal, desafiando a conceção do escritório mais tradicional. É certo que temos salas de reunião e mesas de trabalho, mas todos os espaços têm um caráter híbrido, multifuncional, para abraçar as diferentes formas de trabalho que já acolhemos e continuaremos a fomentar no futuro”, descreve Mariana Salvaterra.

Encontrámos em Portugal três fatores essenciais à abertura de um novo centro de engenharia: o acesso a talento com qualificação de excelência, o espírito de inovação e a abertura a uma cultura multinacional e multidisciplinar.

Mariana Salvaterra

Diretora-geral da Zühlke Portugal

Formada em Engenharia Informática e Computação pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a diretora-geral da Zühlke Portugal diz ter encontrado no país três fatores que são “essenciais” para a abertura de um hub de engenharia. A começar pelo acesso a talento – “a qualidade da oferta formativa na área tecnológica [faz] do Porto um centro que atrai cada vez mais empresas, nacionais e estrangeiras, e que assim valorizam o talento local” – e prosseguindo com “o espírito de inovação e a abertura a uma cultura multinacional e multidisciplinar”.

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Greenvolt desiludida com negócio em Espanha

O CEO João Manso Neto assinala que a empresa está a assistir a um “bom desempenho” do negócio em Portugal.

O negócio de geração distribuída da Greenvolt em Espanha “não está de acordo com as nossas expectativas”, indicou João Manso Neto, o CEO da Greenvolt, assinalando que as empresas neste território têm adiado decisões de investimento.

As declarações foram proferidas durante uma chamada com investidores, no rescaldo dos resultados do primeiro semestre da energética.

Na mesma chamada, a responsável pela Relação com os Investidores na Greenvolt, Ana Fernandes, reforçou que Espanha é o “maior desafio” da energética portuguesa nesta área, tendo em conta o “mercado difícil” que se vive de momento. A mesma justifica com a “incerteza política” que terá levado alguns clientes a “adiar decisões”. Contudo, diz estar confiante de que “a segunda metade [do ano] será melhor que a primeira”.

em Portugal e Itália o negócio está a avançar “bastante bem”, com o EBITDA em terreno positivo, continuou. João Manso Neto reforçou que a empresa estava a assistir a um “bom desempenho” do negócio em Portugal.

A mesma tendência não se verifica na Grécia, geografia na qual a Greenvolt ainda regista um EBITDA negativo. Isto deve-se à fase em que estão, de escalar as operações, justificou Ana Fernandes.

A Greenvolt, através da subsidiária Greenvolt Next, fechou em agosto a compra da espanhola Ibérica Renovables, especializada na construção de centrais fotovoltaicas. Uma operação sobre a qual não foram revelados detalhes.

Esta terça-feira, após o fecho dos mercados, a Greenvolt apresentou contas aos investidores, dando conta de um prejuízo de três milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. O resultado foi justificado pela energética com o esforço de investimento em curso, aliado a um efeito cambial negativo. Já as receitas e o EBITDA subiram, respetivamente, 22,7% e 4,1% face ao período homólogo.

(Notícia atualizada com a clarificação de que o CEO se refere à área de geração distribuída em particular)

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Elon Musk avisa que X pode vir a ser pago

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, disse também na conversa com Musk que a prevenção em relação a bots pode ajudar a combater o antissemitismo na plataforma.

Foi durante uma conversa online com o primeiro-ministro de Israel que o dono do X (ex-Twitter), Elon Musk, avisou que a plataforma se está a preparar para implementar “um pequeno pagamento mensal”, justificando a medida como uma forma de combater os bots (sistemas informáticos que simulam o comportamento humano).

É a única maneira que consigo pensar de combater os grandes exércitos de bots“, disse Elon Musk, tendo em conta que “um bot custa uma pechincha, mas se alguém tiver de pagar alguns dólares, o custo efetivo dos bots é muito alto”, afirmou.

O dono do X não clarificou qual poderia ser o preço desta mensalidade obrigatória para os utilizadores da plataforma, mas adiantou que a pretensão era que fosse “apenas uma pequena quantia de dinheiro”.

Esta ação poderá fazer com que a plataforma perca vários dos seus utilizadores, o que pode levar, por consequência, à perda de anunciantes, meio de financiamento bastante importante para a rede social e que tem sofrido algumas quebras nos últimos tempos.

Atualmente, o X ainda pode ser utilizado de forma gratuita, já contando, no entanto, com uma versão premium, que proporciona algumas funcionalidades exclusivas e confere o visto azul de verificação de conta. O selo azul era antes conferido a personalidades (de forma a evitar enganos com contas falsas), mas com Musk este passou a ser apenas disponibilizado mediante pagamento.

Em Portugal, o X Premium custa atualmente 11 euros mensais (mobile) ou 9,84 euros (web).

A concretizar-se, esta será assim mais uma das várias mudanças “radicais” que Musk tem feito na plataforma desde que a comprou por 44 mil milhões de dólares em outubro do ano passado.

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Eurodeputados pedem mais 10 mil milhões de euros no orçamento da UE até 2027

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

Eurodeputados da comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu pediram mais 10 mil milhões de euros à proposta que revê em alta o orçamento comunitário a longo prazo e um rápido acordo na UE.

Eurodeputados da comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu pediram esta quarta-feira um montante adicional de 10 mil milhões de euros à proposta que revê em alta o orçamento comunitário a longo prazo e um rápido acordo na União Europeia (UE).

“Eu diria que a proposta da Comissão [Europeia] que propõe um acréscimo de 100 mil milhões de euros ao orçamento da União é uma proposta positiva, é um bom ponto de partida, mas há domínios nos quais nós entendemos deve ser acrescido o orçamento”, disse à agência Lusa a eurodeputada socialista e correlatora do Parlamento Europeu para a matéria, Margarida Marques, em Bruxelas.

No dia em que a comissão parlamentar dos Orçamentos aprovou um relatório coassinado pela responsável relativo à proposta do executivo comunitário para revisão do Quadro Financeiro Plurianual 2024-2027, Margarida Marques acrescentou que “as duas crises que a UE enfrentou e enfrenta revelam que o orçamento não é suficiente”, numa alusão à pandemia de covid-19 e às consequências da invasão russa da Ucrânia.

O projeto de relatório sobre a proposta de revisão intercalar do orçamento da UE a longo prazo — aprovado na comissão parlamentar por 23 votos a favor, três contra e três abstenções — propõe então uma verba adicional de 10 mil milhões de euros, entre os quais quatro mil milhões de euros para as migrações, três mil milhões de euros para a plataforma de investimentos estratégicos e outros três mil milhões de euros para a flexibilidade orçamental, visando fazer face às elevadas taxas de juro em programas como o Fundo de Recuperação pós-crise da covid-19.

Quando foi construído o Next Generation EU, os juros estavam 0% e agora estão a 4% […] e, por isso, esperamos que o Conselho entenda que a realidade é outra“, observou Margarida Marques.

O relatório será discutido na sessão plenária do Parlamento Europeu a 4 de outubro próximo, ficando a assembleia europeia nessa altura em “condições para começar as negociações com o Conselho”, isto é, com os Estados-membros, de acordo com a eurodeputada do PS.

O “ideal”, segundo a parlamentar, seria um acordo entre o Parlamento e o Conselho até dia 13 de novembro, data que permitiria coerência com a discussão sobre o orçamento da UE para o próximo ano.

Para tal, os eurodeputados querem que o assunto esteja na agenda dos líderes do Conselho Europeu do final de outubro e mais esforços da presidência espanhola do Conselho.

Com um acordo em meados de novembro, os acréscimos no orçamento a longo prazo poderiam ser “imediatamente transpostos” para o relativo a 2024.

Não é dramático se não conseguirmos um acordo nesse momento — no momento em que fizemos o acordo, essa transferência orçamental será feita –, mas seria mais fácil”, adiantou Margarida Marques.

O Parlamento Europeu quer ainda a criação de um mecanismo permanente para crises, depois de uma emissão de dívida inédita para responder à crise da covid-19, e discussões pós-2027 sobre uma nova arquitetura institucional e orçamental face ao eventual alargamento da UE até 2030.

A posição surge numa altura em que a UE discute a revisão do orçamento a longo prazo para o período 2024-2027, prevendo uma reserva de 50 mil milhões de euros de apoio à recuperação da Ucrânia, 15 mil milhões de euros para gestão das migrações e 10 mil milhões no âmbito da plataforma STEP para investimentos ‘verdes’ e tecnológicos, que será um passo para um futuro fundo soberano.

A revisão do orçamento da UE, proposta em junho passado pela Comissão Europeia, contempla 20,9 mil milhões de euros para enfrentar a subida das taxas de juro e a inflação, num ajuste total de 99 mil milhões de euros.

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AT e Finanças vão ao parlamento explicar atraso nos impostos sobre barragens

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

Requerimento do BE para audições da diretora-geral da Autoridade Tributária e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sobre o atraso na avaliação das barragens do Douro para IMI foi aprovado.

A Comissão de Orçamento e Finanças aprovou esta quarta-feira as audições da diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sobre o atraso na avaliação das barragens do Douro para cálculo do IMI.

O requerimento para audição, com caráter de urgência, de Helena Borges e de Nuno Félix foi apresentado pelo Bloco de Esquerda (BE), que viu também ser aprovado um requerimento solicitando o despacho emitido em agosto pelo Gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF) ordenando à AT a liquidação e cobrança do Impostos Municipal sobre Imóveis (IMI) sobre as barragens do Douro, uma vez que a primeira ordem de fevereiro para que fosse avaliado o valor patrimonial das barragens não terá sido executada. Ambos os requerimentos foram aprovados por unanimidade.

Em causa está a venda pela EDP, em 2020, de seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2.200 milhões de euros.

“Há uma hipótese de a EDP, mais uma vez, fugir ao pagamento de imposto, porque pode a AT não conseguir liquidar o IMI a tempo [até 31 de dezembro] e por isso a EDP pode fugir ao imposto dos últimos cinco anos sobre a barragem”, avisou a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, numa conferência de imprensa no passado dia 13.

A deputada recordou que o Governo começou por defender que não haveria lugar à cobrança de IMI e depois, “por pressão do BE e de movimentos” da região, mudou de posição, mas, três anos depois, continuam ser ter sido cobrados os impostos devidos. “Não aceitamos e não compreendemos esta injustiça, porque é que a EDP continua a ter situação de privilégio neste país”, afirmou.

Mariana Mortágua salientou que “nunca se aplicou às barragens” da EDP a mesma regra que vigora para qualquer outro prédio — que paga IMI — e, por essa razão, no momento da venda, também não houve pagamento de IMT, num valor estimado em 110 milhões de euros.

A coordenadora bloquista considerou inexplicável que o Governo tenha dado ordem para cobrar, finalmente, o IMI no início de 2023 “e ainda não tenha sido feita a avaliação” das barragens, mas assegurou que o partido não irá desistir deste escrutínio e por isso deu entrada dos dois requerimentos no parlamento.

Por um lado, o partido quer ter acesso a todos os despachos, e quer saber “quais são exatamente as ordens que o Governo deu à AT para a cobrança do IMI e porque não foi feito”.

“Queremos também ouvir a diretora da AT e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais para explicar como é possível que, passados três anos, não tenha sido possível recuperar os impostos do negócio milionário da venda das barragens e como a EDP continua sem pagar IMI, apesar de uma determinação para o efeito há vários meses”, explicou.

Questionada se a AT deve ser responsabilizada caso falhe a cobrança do IMI até final do ano, a coordenadora do BE defendeu que “tem de ser possível” cobrar estes impostos. “Não consigo perceber neste processo de quem é a responsabilidade, a EDP como se sabe tem influências muito profundas quer na AT quer no Governo, não vos estou a dar nenhuma novidade, a EDP já fez leis neste país”, disse.

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Tributar grandes fortunas traria 3,7 mil milhões aos cofres do Estado

  • Lusa
  • 20 Setembro 2023

Relatório aponta que Portugal poderia arrecadar 3,7 mil milhões de euros ao aplicar um imposto progressivo sobre o património, o que corresponde a 1,55% do PIB.

Portugal poderia arrecadar 3,7 mil milhões de euros com o reforço da tributação de grandes fortunas, através de um imposto progressivo sobre o património, reavendo ainda 473 milhões de euros em receitas fiscais, segundo um estudo hoje divulgado.

Em causa está um relatório publicado esta quarta-feira pelo Grupo dos Verdes / Aliança Livre Europeia do Parlamento Europeu, que tem por base cálculos relativos a um imposto sobre o património de 0,5% dos mais ricos da União Europeia (UE), semelhante ao adotado em Espanha no início deste ano (um imposto temporário de solidariedade sobre as grandes fortunas, superiores a três milhões de euros).

De acordo com as estimativas dos Verdes europeus inscritas no documento, “Portugal poderia arrecadar um total de 3,7 mil milhões de euros para o orçamento público ao aplicar um imposto sobre o património moderado e progressivo”, valor correspondente a 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB).

Além disso, “ao pôr termo ao abuso fiscal dos indivíduos ricos que escondem as suas fortunas em jurisdições secretas, Portugal poderia recuperar 473 milhões de euros em receitas fiscais“, acrescenta o grupo parlamentar.

Ao passar a contar com estes 4,2 mil milhões de euros totais, Portugal conseguiria, de acordo com os Verdes europeus, cobrir “62% das medidas de acessibilidade energética introduzidas recentemente pelo Governo” ou “26% das despesas de saúde do país que permitiriam a Portugal empregar mais 214.019 enfermeiros hospitalares”.

A verba possibilitaria ainda, por exemplo, “pagar os salários de 125.258 professores do ensino primário” ou suportar “83% do orçamento dos transportes”, adiantam.

O estudo revela ainda que, ao nível da UE, um imposto adicional de 1,7% a 3,5% poderia trazer até 213,3 mil milhões de euros para os cofres nacionais dos 27 Estados-membros, o equivalente ao que poderia ser um cheque anual de 1.083 euros para cada agregado familiar europeu.

A esta verba acrescem potenciais receitas fiscais de 59,5 mil milhões de euros, num total de 272,8 mil milhões de euros, o equivalente a 1,73% do PIB total da UE.

As contas do Grupo dos Verdes / Aliança Livre Europeia do Parlamento Europeu têm por base um reforço entre 1,7% e 2,5% face às atuais taxas no imposto sobre património dos 0,5% indivíduos mais ricos da UE, que possuem atualmente quase 20% da riqueza europeia.

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ISEG e Columbia lançam nova edição de programa de formação de líderes

  • Trabalho
  • 20 Setembro 2023

Primeira semana do programa de formação do ISEG e da Columbia para gestores de topo foi em Lisboa. A segunda está prevista para o início de outubro e terá lugar em Nova Iorque.

Já arrancou a segunda edição do programa de formação para líderes de topo que resulta de uma parceria entre o Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG) e a norte-americana Columbia Business School. A primeira semana do programa já decorreu na capital portuguesa, estando agora prevista uma segunda semana de formação a acontecer de 2 a 6 de outubro em Nova Iorque.

“Teve início a segunda edição do ISEG + Columbia Strategic Leadership Program. O programa destina-se a gestores de alta direção e membros dos conselhos de administração das empresas”, anunciou esta quarta-feira a escola portuguesa.

A primeira semana de formação teve como foco a “agenda de um líder” e refletiu sobre a inovação, sustentabilidade, governação, geopolítica, macroeconomia e novas tecnologias.

Já a segunda semana do programa, que decorrerá em Nova Iorque entre os dias 2 e 6 de outubro, servirá para os participantes desenharem a sua “jornada de liderança” e para refletirem sobre os seus valores pessoais. “Trata-se de um exercício que ajuda a definir o caminho futuro para estes executivos de topo“, explica o ISEG.

No âmbito deste programa, os gestores são colocados em cenários de debate, de reflexão e de construção a respeito do seu perfil de liderança e são desafiados a integrar estas competências nucleares.

Nesta edição, há 26 gestores a participar e representam “algumas das empresas e marcas maiores e de maior impacto na atividade económica do país”. “O ISEG + Columbia Strategic Leadership Program conta com a participação da CGD, Montepio, Altri, Lusitânia, Gato Preto, H3 ou Grupo Cofina, entre outros“, é adiantado.

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Autoeuropa vai retomar a produção a 2 de outubro

  • ECO
  • 20 Setembro 2023

“Nesta fase, o número de turnos será menor que o esquema de trabalho habitual. Quanto às áreas de prensas, carroçarias e pintura, terão arranques antecipados”, indica ainda a empresa.

A Autoeuropa vai retomar a produção no dia 2 de outubro, segundo uma comunicação enviada aos trabalhadores, avançada inicialmente pelo Observador (acesso livre) e a CNN Portugal (acesso livre) e a que o ECO teve acesso. Esta antecipação surge, após terem sido encontradas alternativas ao fornecedor esloveno.

“A direção da fábrica informa que no próximo dia 2 de outubro será retomada a produção”, aponta a nota, acrescentando que “nesta fase, o número de turnos será menor que o esquema de trabalho habitual. Quanto às áreas de prensas, carroçarias e pintura, terão arranques antecipados”.

A fábrica da Volkswagen, em Palmela, indica ainda que o “arranque parcial se deve ao trabalho dos departamentos de logística e de compras do Grupo Volkswagen” e que os trabalhadores que estão em lay-off “serão informados o mais brevemente possível sobre a data exata do seu regresso à atividade e da correspondente alteração ao regime de lay-off, tal como tinha sido sinalizado pela comissão de trabalhadores.

Na semana passada, já tinha sido anunciado que a Autoeuropa iria retomar a produção, após de ter garantido o fornecimento de uma peça fundamental para o T-Roc junto de uma empresa espanhola e outra chinesa. Trata-se de uma antecipação face ao inicialmente previsto, dado que a empresa apontava para uma paragem de nove semanas.

A Autoeuropa é uma empresa com grande impacto na economia portuguesa e que representa 1,5% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB), tal como foi sinalizado pelo primeiro-ministro. A fábrica de Palmela é considerada também um “motor” das exportações nacionais, com os últimos dados disponíveis, referentes a 2021, apontavam que a fábrica de Palmela contava com mais de cinco mil trabalhadores e representava cerca de 6% das exportações nacionais.

Em 2022, a Autoeuropa registou o segundo melhor ano de produção de sempre, com 231.100 unidades. Melhor mesmo só em 2019, quando saíram 254.600 unidades da fábrica em Palmela.

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