Construtoras espanholas alinham consórcios para segundo troço da Alta Velocidade

Sacyr, Acciona, FCC e e Ferrovial vão avançar com propostas para o concurso de construção e desenvolvimento do segundo troço da Alta Velocidade, entre Oiã e Soure.

As principais construtoras espanholas já têm alinhados os consórcios para concorrer à construção do segundo troço da linha de Alta Velocidade entre o Porto e Lisboa. Sacyr, Acciona, FCC e e Ferrovial vão concorrer com o agrupamento liderado pela Mota-Engil, noticia o El Economista.

O jornal espanhol, que cita fontes conhecedoras do processo, avança que a Sacyr, que em Portugal detém a Somague e a Neopul, mantém a associação à DST (Domingos da Silva Teixeira e à ACA (Alberto Couto Alves). A construtora espanhola ficou fora do concurso para o primeiro troço, depois de não ter conseguido entregar a proposta dentro do prazo.

O outro agrupamento espanhol junta três grandes grupos espanhóis: Acciona, FCC e Ferrovial, que acabaram por não ir ao primeiro concurso.

O Governo e o agrupamento liderado pela Mota-Engil já antecipavam concorrência espanhola na Parceria Público Privada (PPP) para o troço entre Oiã (Aveiro) e Soure (Coimbra), como noticiou o ECO. A menor complexidade de construção desta segunda PPP é apontada pelas fontes contactadas pelo ECO como um fator que atrairá candidatos, sendo que o valor concurso é apenas 3,6% mais baixo do que na primeira PPP.

A conceção, construção e manutenção do primeiro troço, entre a Campanhã (Porto) e Oiã (Aveiro), foi adjudicado no mês passado ao consórcio Lusolav, que integra as construtoras Mota-Engil, Teixeira Duarte, Casais, Gabriel Couto, Alves Ribeiro e Conduril. O grupo entregou a única proposta validada pelo júri.

O El Economista avança outras empresas interessadas, que também não chegaram a avançar com propostas. A concessionária portuguesa Ascendi juntou-se com a italiana Webuild, a andaluza Azvi e o fundo britânico TIIC, mas a saída da Webuild levou à dissolução do consórcio. As espanholas OHLA y Comsa uniram-se às francesas NGE e TSO e poderão avançar no segundo concurso, lançado em julho e que decorre até janeiro.

O segundo troço incluirá apenas a adaptação da atual Estação de Coimbra às necessidades da Alta Velocidade, a quadruplicação da Linha do Norte entre Taveiro e a entrada sul da Estação de Coimbra e uma subestação de tração elétrica na zona de Coimbra. O preço base do concurso, em valor atual líquido, é de 1.604 mil milhões de euros, com a IP a referir um investimento total de 1.918 milhões.

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Região de Setúbal cria categoria de vinhos Castelão Extreme

Após o registo definitivo e a aprovação do regulamento, "em breve" serão certificados os primeiros vinhos habilitados a ostentar a marca, sob controlo da Comissão Vitivinícola Regional da Península.

Com o objetivo de “preservar e valorizar as vinhas velhas da casta Castelão, em que a região é pródiga”, a Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) anunciou a criação de uma nova categoria de vinhos da região: o Castelão Extreme.

Esta casta, uma das mais plantadas no país, ocupa atualmente 9.159 hectares, 40% dos quais estão na Península de Setúbal, o que a torna na casta dominante nesta região: preserva 342 parcelas de vinha velha de Castelão, com mais de 40 anos, que perfazem 600,28 hectares, 16% do total.

“O conselho geral decidiu que tínhamos de avançar para a preservação desta “mais-valia”, sob a forma de criação duma ‘marca coletiva’, da qual a CVRPS seria o detentor e o guardião, o que aconteceu no verão deste ano”, afirma o presidente da CVRPS, citado em comunicado.

Henrique Soares adianta que “após o registo definitivo da marca e a aprovação do seu regulamento de utilização, em vinhos de Denominação de Origem Palmela e Indicação Geográfica Península de Setúbal, dentro em breve poderemos vir a certificar os primeiros vinhos habilitados a ostentar esta marca, sob o estrito controlo da Comissão Vitivinícola da Península de Setúbal, em parceria com o parceiro vitícola: a Associação dos Vitivinicultores de Palmela (AVIPE)”.

O uso desta nova marca, “Castelão Extreme” só pode ser utilizada em vinho oriundo duma parcela de vinha integralmente plantada com a casta, isto é: 100% Castelão. O vinho assim obtido terá de cumprir um estágio mínimo de 36 meses, dos quais, poderão ser, pelo menos, 12 meses em garrafa.

Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal

Em comunicado, a comissão vitivinícola lidera por Henrique Soares explica que “segundo o regulamento que define as condições de uso desta nova marca, “Castelão Extreme”, a mesma só pode ser utilizada em vinho oriundo duma parcela de vinha integralmente plantada com a casta, isto é: 100% Castelão. O vinho assim obtido terá de cumprir um estágio mínimo de 36 meses, dos quais, poderão ser, pelo menos, 12 meses em garrafa”.

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Euribor cai a 12 meses para mínimo desde outubro de 2022

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

Esta segunda-feira, a Euribor caiu para 2,528% no prazo mais longo (12 meses), mas subiu a três e a seis meses, para 3,040% e 2,831%, respetivamente.

A Euribor subiu esta segunda-feira a três e seis meses e desceu a 12 meses para um novo mínimo desde outubro de 2022. Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 3,040%, continuou acima da taxa a seis meses (2,831%) e da taxa a 12 meses (2,528%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, avançou para 2,831%, mais 0,009 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, recuou para 2,528%, menos 0,006 pontos do que na sexta-feira e um novo mínimo desde 6 de outubro de 2022.
  • Noutro sentido, a Euribor a três meses subiu, ao ser fixada em 3,040%, mais 0,008 pontos do que na sessão anterior.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a setembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,26% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,37% e 25,46%, respetivamente.

A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.

Em 17 de outubro, o Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Trabalho a tempo parcial cresce. É mais frequente entre mulheres com filhos

Cerca de 7% dos trabalhadores portugueses estão em regime de "part-time". Fatia está bem abaixo da média europeia, mas aumentou em comparação com o último ano.

O trabalho a tempo parcial aumentou no último ano tanto em Portugal, como no conjunto da União Europeia (UE), de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat. Esta modalidade de trabalho é mais frequente entre as mulheres, especialmente as trabalhadoras que têm filhos.

“Em 2023, a fatia de trabalhadores a tempo parcial na UE foi de 17,1%, um aumento ligeiro face aos 16,9% registados em 2022″, informou o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

Já em Portugal, 7% da população empregada cumpriu as suas funções em regime de part-time em 2023, um valor abaixo da média comunitária, mas acima dos 6,6% registados no ano de 2022.

Apesar destes aumentos homólogos, o Eurostat realça que nos últimos dez anos o trabalho a tempo parcial tem diminuído “de forma lenta, mas consistente”. Se em 2014, 19,1% dos trabalhadores da União Europeia estavam nessa situação, hoje, como já vimos, 17,1% estão a tempo parcial nos seus empregos.

Em Portugal, a tendência verificada na última década foi semelhante. Em 2014, 8,5% dos trabalhadores exerciam as suas funções em regime de part-time, o que compara com a fatia de 7% registada em 2023, conforme já referido.

Por outro lado, o gabinete de estatísticas destaca que há diferenças significativas entre géneros, no que diz respeito à adesão ao trabalho a tempo parcial.

Em 2023, 31,8% das mulheres europeias empregadas e com filhos estavam nessa situação, o que contrasta com 20% das mulheres empregadas sem filhos. Compara também com 5% dos homens empregados com filhos empregados a tempo parcial e com 7,3% dos homens empregados sem filhos nessa situação.

A diferença no trabalho a tempo parcial entre homens e mulheres com filhos foi, portanto, significante: 26,8 pontos percentuais em 2023. E entre os homens e as mulheres sem filhos foi menos de metade: 12,7 pontos percentuais”, sublinha o Eurostat.

Os maiores fossos entre trabalhadores e trabalhadores com filhos foram registados na Áustria, na Alemanha e nos Países Baixos: 61,2 pontos percentuais, 57,2 pontos percentuais e 54,8 pontos percentuais, respetivamente. Esses são também os três países da União Europeia com as maiores fatias de mulheres com filhos empregadas a tempo parcial.

Em contraste, a Roménia foi o único país do bloco comunitário onde a fatia de homens (com ou sem filhos) a trabalhar em part-time foi maior do que a fatia feminina. Nesse país, 2,9% dos homens com filhos e 3,5% dos homens sem filhos trabalham a tempo parcial, contra 2,4% das mulheres com filhos e 2,7% das mulheres sem filhos.

E em Portugal? Por cá, 4,3% dos homens trabalharam a tempo parcial em 2023 e 9,7% das mulheres estiveram nessa situação. É o correspondente a um fosso de 5,4 pontos percentuais, bem distante do registado no norte do Velho Continente.

É que nesses países (por exemplo, na Alemanha e nos Países Baixos, conforme mencionado), o trabalho a tempo parcial das mulheres após o nascimento entre os filhos é mesmo mais comum do que noutros Estados-membros (ver gráfico acima), como Portugal, onde os baixos salários, inviabilizam esse caminho, de acordo com os especialistas.

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Mota-Engil fecha contratos de 1,4 mil milhões na mineração de ouro em África

Com estes novos contratos, a carteira de encomendas do grupo português aumenta para cerca de 15,5 mil milhões de euros. Ações reagem em alta: títulos seguem a valorizar 2,82% para 2,624 euros.

A Mota-Engil, através da sua participada Mota-Engil África, fechou seis contratos com a empresa de mineração de ouro Allied Gold Corporation, no valor de 1,4 mil milhões de euros, para a “operação de todos os seus ativos em produção (Mali e Costa do Marfim) e uma adjudicação” de uma nova mina na Etiópia.

“Assumindo progressivamente a atividade de serviços de engenharia de suporte aos diversos ativos da Alllied Gold, na Costa do Marfim, Mali e Etiópia, a Mota-Engil acresce desta forma cerca de 1,4 mil milhões de dólares à sua carteira de encomendas em projetos com duração variável, entre os 38 e 60 meses, que terminarão, no caso do projeto na Etiópia, em 2030″, aponta a empresa liderada por Carlos Mota dos Santos, em comunicado à CMVM.

A empresa portuguesa refere que “estes novos contratos e a relação de verdadeira parceria com a Allied Gold, reforçam o posicionamento da MOTA-ENGIL ÁFRICA como empresa líder de relevo nos serviços de apoio à atividade de mineração no continente africano e permitem o aumento da carteira de encomendas nesta área para cerca de 4 mil milhões de euros e do Grupo para cerca de 15,5 mil milhões de euros.”

O grupo de construção e de engenharia português tem vindo a fechar vários contratos nos últimos meses, que têm permitido à empresa, que fechou o primeiro semestre do ano com uma subida dos lucros de 65% para 49 milhões de euros milhões, reforçar a sua carteira de encomendas.

Em julho, assinou um contrato com a Pemex Transformación Industrial, subsidiária da empresa petrolífera estatal mexicana, Petróleos Mexicanos, para a construção de uma unidade industrial de fertilizantes no país, um contrato no valor de 1,2 mil milhões de dólares, que integra a sua associada Duro Felguera. Ainda no mesmo mês, fechou a extensão de um contrato em Guiné por 290 milhões de euros e, em setembro, Mota-Engil estendeu o contrato de mineração em Moçambique com a Vulcan, subsidiária do Grupo Jindal, até 31 de dezembro de 2027, por 576 milhões de euros.

Grupo compra 24% de espanhola Remo

A expansão internacional é uma das prioridades da empresa portuguesa, que, no final da semana passada, informou que a sua subsidiária Mota-Engil Renewing, a cleantech do grupo, comprou uma participação de 24% do capital da espanhola Remo Sustainable Mobility, uma empresa do setor de infraestruturas de carregamento para veículos elétricos.

“Com o objetivo de apoiar a concretização do seu plano de expansão internacional, a Mota-Engil Renewing irá inicialmente deter uma participação de 24% na sociedade de direito espanhol, podendo aumentá-la de acordo com o plano de crescimento previsto para os próximos anos nas áreas de mobilidade”, explica a empresa em comunicado.

O mesmo comunicado adianta que “este investimento é mais um passo na estratégia da Mota-Engil Renewing de entrada no mercado espanhol, reforçando o seu posicionamento como um player internacional de referência, que tem por meta alcançar os 7.500 postos de carregamento até 2028 em Portugal, Espanha e Polónia.”

As ações da empresa estão a reagir em alta a estes dois anúncios. Os títulos seguem a valorizar 2,82% para 2,624 euros.

(Notícia atualizada às 11h45)

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Há mais autarquias a suspender registos de alojamento local, além de Lisboa e Porto

  • ECO
  • 11 Novembro 2024

Sintra, Viana do Castelo e Vila Nova de Gaia já congelaram registo de novos alojamentos locais, enquanto Cascais, Odivelas, Vila do Conde e Braga preparam regulamentos no mesmo sentido.

Nas últimas semanas, Lisboa e Porto, as duas maiores autarquias do país e que reúnem um quarto do total de alojamentos locais em Portugal continental, congelaram temporariamente o registo de novos estabelecimentos em algumas das zonas mais pressionadas das cidades. Mas há outros municípios a implementar regulamentos para controlar a criação destes espaços, depois de a alteração à lei do Governo de Luís Montenegro, em vigor desde 1 de novembro, ter dado esta possibilidade às autarquias.

De acordo com o Jornal de Notícias (acesso pago), Sintra tem congelada a abertura de novos processos, Vila Nova de Gaia vai manter as autorizações suspensas, o que já está em vigor desde janeiro, e em Viana do Castelo estão “suspensos os registos de alojamento local na modalidade de apartamento”. Outros concelhos dos distritos do Porto e Lisboa preparam-se para seguir o mesmo caminho, como Cascais, Odivelas, Vila do Conde e Braga. Aveiro, por sua vez, discorda de um travão municipal.

O presidente da Associação de Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda,espera que “os regulamentos sejam feitos com calma e o mais rápido possível” e que “sigam as regras, os estudos e os rácios”, garantindo que o “alojamento local não é o problema da habitação” e que é possível “uma convivência” entre ambos. O alojamento local “é fundamental para se poder dispersar o turismo pelo país”, afirma o responsável.

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Garantia pública para jovens na habitação teve a adesão de 17 instituições de crédito

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

Em audição parlamentar no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2025, a ministra da Juventude reiterou que a medida "vai estar em pleno funcionamento" até ao final do ano.

A garantia pública no crédito à habitação a jovens está a ser “um sucesso”, tendo aderido 17 instituições de crédito, disse esta segunda-feira a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, numa audição no Parlamento no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), em que reiterou que a medida “vai estar em pleno funcionamento” até ao final do ano.

A garantia pública para crédito à habitação para a primeira casa de jovens entre os 18 e os 35 anos permitirá ao Estado garantir, enquanto fiador, até 15% do valor da transação, estando abrangidas compras até 450 mil euros e jovens que não obtenham rendimentos superiores ao do oitavo escalão do IRS (81.199 euros de rendimento coletável anual).

Segundo a governante, esta, a par com a isenção de IMT, imposto de selo e emolumentos na compra da primeira habitação para os jovens até aos 35 anos ou o reforço do Porta 65 são medidas que têm como intuito responder “diretamente a um dos maiores entraves” à emancipação dos jovens, que “é a habitação”.

Desde agosto, a isenção de IMT, imposto de selo e emolumentos na compra da primeira habitação para os jovens até aos 35 anos chegou a mais de 8.500 jovens” e a expectativa do Governo “é que chegue a muitos mais”, precisou Margarida Balseiro Lopes.

Já no que diz respeito à reformulação do programa Porta 65, a ministra lembra que o Executivo removeu o “limite máximo de renda”, simplificou o processo de candidatura e reforçou a dotação do programa de “37 para 63 milhões de euros”.

“Os resultados foram verdadeiramente positivos”, destacou, indicando que “desde setembro o número de candidaturas praticamente igualou o total registado entre janeiro e setembro“.

Atribuídos 2.355 cheques psicólogos e 1.019 cheques nutricionistas

A ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, revelou ainda que foram atribuídos até novembro 2.355 cheques psicólogos e 1.019 cheques nutricionistas, maioritariamente a mulheres de Lisboa e do Porto.

Em relação ao cheque psicólogo, Margarida Balseiro Lopes adiantou que foram pedidos 3.690 cheques, tendo sido atribuídos 2.355, enquanto em relação ao cheque nutricionista, foram pedidos 2.781 e atribuídos 1.019.

Segundo os dados apresentados pela ministra, em 75% dos casos são raparigas que pedem o cheque psicólogo, adiantando que mais de 50% dos cheques pedidos foram no Porto e em Lisboa, seguindo-se Coimbra, Braga e Aveiro, “com cerca de 250 a 400 pedidos cada um”.

“A maior parte destes pedidos vem de alunos de licenciatura, mas há também pedidos em menor número de mestrado ou alunos de mestrado integrado”, adiantou Balseiro Lopes. Acrescentou que os “números dos cheques nutricionistas são quase iguais”, sem concretizar.

Na sua intervenção inicial, a ministra anunciou que o programa Cuida-te foi reforçado com mais 2 milhões de euros, possibilitado a contratação de mais profissionais de saúde, entre psicólogos, nutricionistas e enfermeiros.

“Desde o dia 30 de setembro, os estudantes do Ensino Superior têm acesso, através do portal gov.pt, a mais de 100.000 consultas de psicologia e a mais de 50.000 consultas de nutrição por ano. Só no primeiro mês, já recebemos mais de 6.500 pedidos, o que reflete a urgência e a relevância desta medida”, revelou a governante.

A introdução de cheques-psicólogo a serem distribuídos pelas Instituições de ensino custa 1,5 milhões de euros este ano e 3,75 milhões de euros no próximo ano, enquanto os cheques-nutricionistas custarão 750 mil euros em 2024 e 1,875 milhões de euros em 2025.

O reforço do número de psicólogos, nutricionistas e enfermeiros do programa Cuida-te tem um impacto financeiro de 675 mil euros este ano e de dois milhões de euros em 2025, enquanto o plano de emergência para o alojamento estudantil de 15,5 milhões de euros este ano e de 39,9 milhões de euros em 2025.

Em matéria de apoio aos jovens, Margarida Balseiro Lopes disse que juntando IRS Jovem, IMT, alojamento estudantil ou respostas de saúde mental, o Governo destinou cerca de 629 milhões de euros.

A ministra admitiu que medidas isoladas não produzam efeitos, mas aproveitou para mostrar o impacto do IRS Jovem, dando como exemplo um jovem que ganhe mil euros e que num prazo de cinco anos poupa cerca de 3.828 euros.

“Este jovem, em 10 anos, que é a proposta que consta do orçamento do Estado, vai poupar 7.274 euros. Se considerarmos, por exemplo, um jovem com rendimento de 1.500 euros, e estou obviamente a falar de brutos, este jovem poupa durante 5 anos 9.072 euros, mas se tivermos em consideração o horizonte de 10 anos, que é aquilo que consta da proposta do orçamento para 2025, vai poupar cerca de 7.545 euros”, explicou. Defendeu que é um contributo “no sentido correto” e acrescentou que em relação ao IMT “houve cerca de 8.500 jovens que desde agosto beneficiaram da medida”.

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É oficial. João Pereira substitui Ruben Amorim como treinador do Sporting

  • ECO
  • 11 Novembro 2024

O ex-futebolista João Pereira, que até agora treinava a equipa B do Sporting, rende Ruben Amorim no comando técnico da equipa de futebol que lidera o campeonato em Portugal.

O Sporting Clube de Portugal confirmou esta segunda-feira o nome de João Pereira como substituto de Ruben Amorim, que saiu para o Manchester United, no comando técnico da equipa de futebol.

O ex-futebolista era até agora treinador da equipa B dos leões, que disputa a Liga 3. O anúncio foi feito esta manhã em comunicado enviado à CMVM. Às 12h será apresentado no Hall VIP do Estádio José Alvalade pelo presidente do clube, Frederico Varandas.

Tiago Teixeira, José Caldeira, António Calça e Pina, Hugo Borges, Tiago Ferreira e Luís Neto completam a equipa técnica da equipa principal masculina de futebol profissional da Sporting SAD, “a qual assumirá de imediato o comando técnico”.

Os atuais campeões nacionais lideram a classificação da Liga Betclic com 33 pontos, mais seis do que o FC Porto e mais oito que o Benfica (menos um jogo), além de serem segundos na Liga dos Campeões.

Tenho muito poucas dúvidas de que daqui a quatro ou cinco anos [João Pereira] estará num dos clubes mais poderosos da Europa.

Frederico Varandas

Presidente do Sporting

Em conferência de imprensa, Frederico Varandas reconheceu que a ascensão de João Pereira ao cargo “acontece sete meses antes do planeado”. “É uma escolha simples, natural, mas que teve início há cerca de quatro anos. (…) Sempre demonstrou liderança, caráter e um entendimento do jogo anormal para um jogador”, completou.

O presidente leonino diz que tem agora “o mesmo sentimento” que teve quando apresentou Ruben Amorim, acrescentando ter “muito poucas dúvidas de que daqui a quatro ou cinco anos [João Pereira] estará num dos clubes mais poderosos da Europa”. Prometeu ainda que o clube vai “proteger e permitir que cresça enquanto treinador”.

(Notícia atualizada às 12h05 com declarações de Frederico Varandas)

 

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Empreendedorismo à procura da ‘receita’ para escalar. ECO magazine chega às bancas

  • ECO
  • 11 Novembro 2024

O ECO também é uma edição mensal, premium, em papel, com a assinatura “A ECOnomia nas suas mãos” e o mesmo compromisso com os leitores. A nova edição chegou às bancas.

Engenheira de telecomunicações, aos 24 anos Cristina Fonseca cofundou a Talkdesk, plataforma de contact center na cloud, um dos seis unicórnios nacionais, depois criou a Cleverly.ai, comprada pela multinacional Zendesk, onde é vice-presidente para a área de Produto. A ainda administradora não executiva na Galp é a entrevistada nesta edição especial do ECO magazine dedicada aos empreendedores nacionais.

Empreendedora e investidora — é sócia-fundadora da Indico Capital, empresa de capital de risco que tem 217 milhões de euros sob gestão e já investiu 90 milhões em 49 empresas —, Cristina Fonseca tem uma visão global sobre o empreendedorismo nacional — para o qual ainda se olha como se fosse “um festival” — e os obstáculos que enfrenta.

Não há incentivos para os privados colocarem capital sob a gestão dos fundos e se o SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial) trouxe maior liquidez ao ecossistema, a investidora receia que muito desse dinheiro não seja aplicado “de forma produtiva”.

Faltam mais unicórnios nacionais (empresas avaliadas em mil milhões de dólares) — mas duvida que nasçam em “fábrica” — e tecnológicas com dimensão no país. Mais do que o IRS Jovem, a forma de fixar talento no país.

  • Para comprar a 10.ª edição do ECO magazine clique aqui.

 

No momento em que se realiza mais uma edição da Web Summit Lisboa, mergulhamos a fundo no ecossistema de empreendedorismo português e falamos com os protagonistas — fundadores, investidores, incubadoras — para perceber quais os principais obstáculos para o ecossistema escalar. É o tema do Capital: “Nação startup à procura do ‘efeito Ronaldo’ para escalar”.

Na opinião, ouvimos os fundadores de unicórnios e scaleups Marcelo Lebre (Remote), Diogo Mónica (Anchorage Digital), José Sacadura (Powerdot) e Vasco Pedro sobre os desafios que enfrenta o ecossistema e o que mais pode ser feito para o dinamizar.

Nesta edição especial do ECO magazine dedicada aos empreendedores nacionais fomos ainda à cidade dos arcebispos visitar a Startup Braga, incubadora que tem planos para lançar um novo cluster temático, num investimento de cinco milhões de euros. Os planos podem ser lidos no Chão de Fábrica: “Braga acolhe novo cluster de BioMedTech”.

“Como as mulheres estão a transformar a riqueza global (e brevemente o mundo)” foi o assunto em análise nesta edição em Portefólio Perfeito.

O ECO magazine traz também os contributos das diversas marcas que fazem parte do universo ECO.

“Tecnologia abre a porta a fraudes no recrutamento” é o tema desta edição do Trabalho by ECO; enquanto no Local Online ouvimos empresários afetados pelos incêndios em setembro e o resultado é “Depois dos incêndios, empresários aguardam apoios do Estado para recuperar os negócios”.

“Insurtech. O que existe no mercado e o que aprenderam as incumbentes” é o tema proposto no ECO Seguros; e na Advocatus fomos conhecer dois novos projetos no setor: “De grandes escritórios para projetos de raiz. Estes players pretendem marcar pela diferença”.

“Petróleo e gás rendem mais que o ‘verde’. Mas há pressão para a transição” é o tema que pode ler nesta edição em Capital Verde; em Fundos Europeus fomos ver quais os “Projetos do PRR na corda bamba”; e a +M foi ouvir o mercado sobre o fim da publicidade da RTP, no âmbito do Plano de Ação para os Media, avançado pelo Governo: “RTP sem publicidade: prós e contras”.

E depois dos negócios, ficam as sugestões de business & leisure da Time Out, parceira editorial do ECO, com sugestões de espaços para relaxar. Nesta edição voltamos à estrada com o Auto ECO onde, todos os meses, testamos algumas das propostas do mundo automóvel.

  • Para comprar a 10.ª edição do ECO magazine clique aqui.

 

Editorial

O empreendedorismo morreu?

Quando a Web Summit se mudou para Portugal, viveu-se um tempo especial, de esperança, talvez até um pouco ingénua, na força e capacidade do empreendedorismo, especialmente o tecnológico, de mudar o país. Nasceram unicórnios com passaporte português — isto é, empresas que chegaram a uma valorização superior a mil milhões de dólares — a pensar de forma global, de tal maneira que quase todos acabaram por mudar as suas sedes para as capitais onde estavam, e estão, os grandes fundos de private equity. Passados estes anos, ainda temos empreendedorismo?

Nesta edição especial do ECO magazine, que antecipa mais uma edição da Web Summit, uma entrevista exclusiva com Cristina Fonseca, a engenheira de telecomunicações que, aos 24 anos, cofundou a Talkdesk, que é de leitura obrigatória. O fenómeno de criação de unicórnios abrandou em todo o mundo, e não apenas em Portugal. Por outro lado, é particularmente crítica sobre o regime SIFIDE e a aplicação desses fundos. Mas há uma reflexão ainda mais importante, de quem é hoje investidora: “A Talkdesk, a Feedzai, a Outsystems responderam a problemas complexos, agora há muita gente a tentar resolver problemas comuns. Precisamos de mais sofisticação.” A crítica é brutal: fomos tomados pela preguiça, talvez embalados por um cansaço de modelos tipo Web Summit e dos próprios sistemas de incentivos, e não há fábricas de unicórnios que nos salvem.

Os rankings internacionais não servem só para dar boas notícias. Infraestruturas sólidas, bom tempo, baixo nível de custo de vida, talento de engenharia de elevada qualidade e os benefícios para a instalação de startups para fundadores não europeus em Portugal não foram benefícios suficientes para travar “uma das maiores descidas do top 30 global” no “Global Startup Ecosystem Index 2024”, da StartupBlink. Em 100 países e mil cidades monitorizadas, Portugal recuou três lugares para a 29.ª posição a nível global, tendo sido ultrapassado por Itália, e para a 17.ª na Europa.

O ecossistema de startups está na fase de amadurecimento e precisa de encontrar novos modelos de intervenção e de crescimento. Há novos clusters, que podem significar novas oportunidades. A reportagem desta edição na Startup Braga, muito próxima da Universidade do Minho, evidencia também o que são as dores de crescimento ao fim de dez anos, à procura de caminhos. Um deles, que pode ser replicado, é a aposta em setores específicos, que estejam menos saturados, e com capacidade de criar valor e escalar. Em Braga, por exemplo, é na saúde.

A Web Summit perdeu o brilho — ainda não se fez as contas ao custo/benefício dos cerca de dez milhões de euros ano que custa a Portugal, sobretudo quando a promessa de evento exclusivo desapareceu —, mas o empreendedorismo não morreu.

António Costa

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5G: a revolução nas empresas e as vantagens das redes privadas

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  • 11 Novembro 2024

O 5G está a revolucionar o setor empresarial, oferecendo maior velocidade e segurança. Redes privadas 5G permitem às empresas personalizar e otimizar a sua conectividade, garantindo maior eficiência.

As redes móveis têm evoluído de forma acelerada nos últimos anos e a entrada na era do 5G promete transformar o panorama tecnológico global. Para as empresas, o 5G abre portas a novas oportunidades de crescimento, graças à sua elevada velocidade de transmissão de dados, baixa latência e uma conectividade mais robusta. Estas características permitem maior eficiência operacional, o que se traduz em processos mais ágeis e em tempo real, independentemente da área de atuação.

Em Portugal, o 5G tem vindo a expandir-se rapidamente. De acordo com a ANACOM, a cobertura da rede continua a crescer, chegando a um número cada vez maior de localidades e setores. Desde a indústria à saúde, passando pela logística, a tecnologia 5G está a ser adotada para melhorar processos de produção, otimizar serviços e reduzir tempos de resposta. A sua integração nas operações empresariais está a revolucionar a forma como as empresas conduzem os seus negócios e oferecem os seus serviços.

Redes privadas 5G: a personalização da conectividade

Com o crescimento da transformação digital, as empresas estão a procurar soluções mais específicas e seguras para as suas redes de comunicação. É aqui que entram as redes privadas 5G, que têm registado uma crescente adesão. Inicialmente concentradas na indústria, estas redes estão agora a ser instaladas em áreas como a automação robótica, logística, transportes, portos, saúde e energia.

As redes privadas 5G destacam-se por facultarem um controlo e uma personalização sem precedentes. Ao contrário das redes públicas, as privadas permitem uma adaptação específica às necessidades de cada negócio, garantindo maior segurança, baixa latência e a possibilidade de priorizar aplicações críticas. Para operações que exigem alta disponibilidade e fiabilidade, como controlo robótico, veículos autónomos ou sistemas de monitorização em tempo real, estas redes são uma escolha natural.

Além disso, a utilização de redes privadas 5G permite que as empresas tenham um maior controlo sobre a sua infraestrutura, reduzindo o risco de congestionamento e interferência, uma vez que operam em redes dedicadas ou virtualizadas na rede pública.

Private Custom Network: a solução MEO Empresas para redes privadas

Com o objetivo de responder às necessidades específicas das empresas no contexto da transformação digital, a MEO Empresas apresenta a Private Custom Network, uma solução que permite criar e gerir uma rede móvel privada virtual, suportada na rede móvel MEO. Esta rede privada é desenhada e implementada para garantir a máxima performance, alta disponibilidade e escalabilidade, ideais para operações críticas em ambientes de elevada exigência.

Através de um portal de selfcare, as empresas podem gerir de forma autónoma os recursos da sua rede, assegurando uma conectividade otimizada em função das suas necessidades.

A solução Private Custom Network suportou a primeira transmissão em direto do jogo da final do Millennium Estoril Open. Face ao elevado número de dispositivos existentes no local, este era o ambiente ideal para colocar à prova uma rede privada, especificamente desenhada e configurada para assegurar uma transmissão de TV em direto, em alta definição, com condições de utilização intensiva da rede móvel, sem falhas e com grande qualidade.

Esta solução inovadora da MEO Empresas garante às empresas flexibilidade e controlo total sobre as suas redes, promovendo uma maior resiliência operacional e segurança. À medida que mais empresas integram processos digitais críticos nas suas operações, soluções como a Private Custom Network tornam-se cada vez mais relevantes para garantir uma conectividade rápida e segura.

Para saber mais sobre as vantagens do 5G e como as redes privadas podem transformar o seu negócio, participe no próximo MEO Empresas Talks – 5G, que decorrerá no dia 27 de novembro, entre as 9 horas e as 12 horas, no estúdio ECO. O evento contará com especialistas na área, que irão abordar as últimas novidades e tendências do 5G.

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1º Forum Invest Pombal: “Temos que promover o nosso território e empresários”

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  • 11 Novembro 2024

Pedro Pimpão, Presidente da Câmara Municipal de Pombal, quer tornar o concelho numa marca nacional, distinguindo-o como o “centro natural de Portugal”.

Líderes empresariais, autoridades locais e especialistas reuniram-se, no dia 8 de novembro, em Pombal, para discutir o futuro económico do concelho e impulsionar o desenvolvimento regional.

O debate aconteceu a propósito do primeiro Forum Invest Pombal, uma conferência organizada pelo ECO com a Câmara Municipal de Pombal, onde foram abordados temas como inovação, sustentabilidade e mobilidade, numa perspetiva de exploração de estratégias para impulsionar o crescimento económico e a promoção de práticas sustentáveis que fortaleçam o poder local.

Smart Cities: resolver problemas em tempo real

O primeiro painel de discussão abordou como a tecnologia pode impulsionar decisões políticas baseadas em dados concretos, possibilitando um desenvolvimento urbano mais eficiente e sustentável. “As smart cities permitem ao poder político tomar decisões baseadas em números”, refere Joaquim Castro Ferreira, Professor da Universidade de Aveiro, que salientou também a importância da cooperação entre as universidades e os municípios, reforçando que esta parceria permite às cidades estarem tecnologicamente atualizadas.

“As smart cities permitem ao poder político tomar decisões baseadas em números”, refere Joaquim Castro Ferreira, Professor da Universidade de Aveiro

Paulo Duarte, project manager da Ubiwhere, segue a mesma linha de pensamento e deu o exemplo de um projeto dedicado ao turismo, em Granada, em que durante um período se monitorizou o comportamento dos turistas, tentando perceber as suas preferências, de onde é que vinham e o seu consumo. “Num dos momentos, Alhambra começou a sobressair [no sistema], fomos analisar e as pessoas estavam a queixar-se que estavam a demorar três a quatro horas a entrar no local. No dia a seguir, o departamento de turismo conseguiu organizar as filas para que as pessoas entrassem com mais rapidez e também a segmentação da venda de bilhetes. Isto, para mim, é um bom exemplo do que as smart cities podem ser: em tempo real conseguem dar a resposta para amanhã”. Paulo Duarte diz que este exemplo pode ser aplicado nas diversas áreas existentes num município, como a mobilidade e a economia.

"Uma das situações que nós temos de ter atenção é que a cidade não é apenas município, a cidade é maioritariamente privada”

Vítor Pereira, CEO da Zoom Global Smart Cities

Vítor Pereira, CEO da Zoom Global Smart Cities, mencionou algumas das cidades mais avançadas no que diz respeito a este tema, em Portugal, como Guimarães e Famalicão, destacando o desafio da regulação que impede o setor privado de contribuir plenamente para o desenvolvimento desta área. “Temos um problema de regulação que não permite que o espaço público dê oportunidades a empresas de, efetivamente, tirarem partido daquilo que pode ser um bom negócio para criar a cidade, emprego e atrair mais pessoas. Uma das situações que nós temos de ter atenção é que a cidade não é apenas município, a cidade é maioritariamente privada”, diz.

Apesar dos desafios ainda existentes ao desenvolvimento das smart cities, em Portugal, há quem considere que Portugal tem vários fatores para se tornar numa smart nation. Joaquim Castro Ferreira diz que em certa medida, Portugal já se insere nesse cenário. No entanto, ainda existe um longo caminho a percorrer. “Quando começámos a fazer a instalação de sensores e a medir a cidade, a parte mais difícil foi a eletricidade. Se eu pudesse dar um conselho aos municípios seria que deixassem condutas livres para passar cabos e instalar sensores”, refere.

Olhando para o contexto global, Paulo Duarte diz que falta a Portugal criar histórico de dados. Na sua opinião é preciso “garantir que os dados fiquem na posse dos municípios”, pois só desta forma será possível tomar melhores decisões e responder às necessidades dos cidadãos.

Economia circular: que futuro?

A economia circular foi discutida por Carla Coimbra, diretora da Unidade de Planeamento e de Desenvolvimento Regional da CCDR Centro, que explicou como este modelo oferece uma alternativa ao paradigma linear, promovendo o reaproveitamento de materiais e tornando os processos mais sustentáveis.

Carla Coimbra mencionou um conjunto de iniciativas que já se estão em desenvolvimento no território e o Pacto Institucional para a Economia Circular, que envolve empresas e entidades públicas numa agenda comum para implementar práticas de circularidade. “Do lado da CCDR divulgamos informação, criamos redes de aprendizagem e as entidades têm o compromisso de introduzir nas suas atividades ações de economia circular”. Já tiveram duas edições, a última em novembro de 2023, que ainda está em desenvolvimento e conta com 100 entidades com 240 ações.

"A região centro tem um ecossistema muito favorável para esta transição de economia circular. Quer as universidades, quer os institutos politécnicos têm projetos muito interessantes com ligação às empresas, na tentativa de resolver alguns problemas”

Carla Coimbra, diretora da Unidade de Planeamento e de Desenvolvimento Regional da CCDR Centro

“A região centro tem um ecossistema muito favorável para esta transição de economia circular. Quer as universidades, quer os institutos politécnicos têm projetos muito interessantes com ligação às empresas, na tentativa de resolver alguns problemas”, explica. No entanto, existem alguns desafios que ainda se colocam à economia circular, como o custo elevado de algumas soluções sustentáveis. “A empresa tem que fazer o diagnóstico, perceber no seu modelo o que é que é importante e o que é possível introduzir na economia circular de sustentabilidade no seu processo”, explica.

“A empresa tem que fazer o diagnóstico, perceber no seu modelo o que é que é importante e o que é possível introduzir na economia circular de sustentabilidade no seu processo”, diz Carla Coimbra, diretora da Unidade de Planeamento e de Desenvolvimento Regional da CCDR Centro

Para o futuro, a especialista destacou a importância de novos materiais e tecnologias, como a digitalização para a rastreabilidade dos produtos, o ecodesign, e a Internet das coisas como tendências que podem transformar a economia circular.

Incentivos às empresas e ao desenvolvimento regional

O IAPMEI desenvolveu um algoritmo – O MAP – em colaboração com a Autoridade Tributária e o Banco de Portugal, que é um instrumento de análise grátis que as empresas podem utilizar para pensar a sua estratégia. “No fundo faz uma análise dos dados económico-financeiros em diversas vertentes, tendo em conta a área de atividade”, diz Gisela Esteves, técnica do IAPMEI Leiria.

Relativamente ao panorama empresarial da região, a especialista dá destaque para a dificuldade das exportações de alguns produtos. “Recentemente, estava numa empresa que faz embalagens de plástico para a indústria química e, apesar de estarmos numa região de moldes, percebi que os moldes para aquele tipo de produto não são feitos em Portugal, mas sim em Taiwan”, explica. Porém, Gisela Esteves diz que existem muitas oportunidades, nomeadamente, “muito mercado na substituição de importações”.

Jorge Brandão, vogal executivo do Centro 2030, salienta a importância dos instrumentos de financiamento das empresas no contexto da política de coesão, classificando-os como “uma oportunidade muito significativa para as regiões, territórios e, em particular, para as empresas”. No entanto, deixa um conselho: “O ponto de partida não deve ser o facto de existir um financiamento disponível, mas sim uma ideia clara em relação ao seu trajeto futuro”, explica.

“O ponto de partida não deve ser o facto de existir um financiamento disponível, mas sim uma ideia clara em relação ao seu trajeto futuro”, afirma Jorge Brandão, vogal executivo do Centro 2030

Relativamente à adesão a este tipo de incentivos financeiros, Jorge Brandão diz que é muito significativa e afirma existirem mais projetos do que verbas, o que considera ser um sinal extremamente importante.

Apesar de ser da opinião que existem imensos apoios para a indústria, Horácio Mota, presidente da Associação Comercial e de Serviços de Pombal, refere que o mesmo não acontece no setor comercial. “O setor comercial sempre foi esquecido relativamente a estes apoios. A inovação da indústria é importante, mas não nos podemos esquecer que é importante que o comércio seja moderno e atraia pessoas, caso contrário, as smart cities não têm interesse”, afirma.

Sobre este tema, Gisela Esteves diz que o PRR prevê a abertura dos bairros comerciais digitais e que estão a avançar em várias zonas. Além disso, a responsável do IAPMEI de Leiria diz existir ainda as aceleradoras de comércio digital, um incentivo que contempla vários vouchers monetários para a modernização digital destas empresas.

Pombal como “centro natural do investimento”

Pedro Pimpão, presidente da Câmara Municipal de Pombal, apresentou a agenda de desenvolvimento e atração de investimento – Invest Pombal e desafiou a comunidade local a participar na construção desta agenda. O presidente destacou que Pombal possui uma história rica em empreendedorismo e que o território já é reconhecido pela sua dinâmica empresarial. “Temos uma história. Se hoje somos reconhecidos como um território com muitas empresas é porque houve muitos empresários que apostaram em Pombal”, afirma.

De acordo com o presidente, o município procura consolidar-se como um polo atrativo para empresas, oferecendo condições ideais para o crescimento e o investimento sustentável.

A Câmara lançou um plano estratégico em 2022, que visa estruturar as bases do desenvolvimento do concelho para a próxima década, em parceria com o setor privado e várias instituições. Essa estratégia tem como foco tornar Pombal mais competitivo e digital, adaptando o município às exigências da economia moderna e alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

“Temos uma história. Se hoje somos reconhecidos como um território com muitas empresas é porque houve muitos empresários que apostaram em Pombal”, afirma Pedro Pimpão, presidente da Câmara Municipal de Pombal

Pedro Pimpão destacou a centralidade geográfica de Pombal como um ativo valioso, com acessos estratégicos por rodovia e ferrovia, facilitando a ligação a várias regiões de Portugal. “Este posicionamento permite assumirmo-nos como um centro natural do investimento”, refere.

Sublinhou ainda a importância de investir na qualidade de vida, mencionando os esforços da autarquia em oferecer serviços de saúde de qualidade, apoio ao desporto e atividades culturais regulares. “Vamos ter três unidades de saúde novas, são 10 milhões de euros de investimento”, afirma.

O presidente reforçou que o plano não se limita ao papel, destacando que a Câmara tem implementado efetivamente as ações previstas, com uma taxa de concretização de 86% para 2024. Entre as metas para os próximos anos, está a expansão das áreas industriais para atrair novos negócios.

“Nós temos empresas Pombalenses espalhadas pelo mundo inteiro. E também temos Pombalenses cá, que fruto da sua atividade, têm várias atividades ou têm vários posicionamentos a nível internacional. E é por isso que nós temos que pegar nessas pessoas, assumi-los como embaixadores da nossa economia para poderem falar onde vão como se fossem o Presidente da Câmara”, diz.

O presidente da Câmara Municipal de Pombal deixa o apelo para que seja comunicado e promovido o trabalho que tem vindo a ser feito. “Temos de promover o nosso território e os nossos empresários”, apela.

Um país mais justo, competitivo e coeso

Para encerrar o primeiro Forum Invest Pombal, Hélder Reis, Secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, abordou múltiplas dimensões do desenvolvimento, com um discurso centrado no progresso económico e coesão regional. Hélder Reis destacou a importância da política de coesão e dos fundos europeus para reduzir as disparidades regionais e promover uma distribuição equitativa da riqueza em Portugal.

“O sucesso de uma União Europeia mais ampla e inclusiva dependerá de uma política de coesão que seja robusta, flexível e orientada para resultados capazes de promover uma Europa verdadeiramente unida e equitativa”, refere Hélder Reis, Secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional

O desenvolvimento económico não se limita ao aumento do produto interno bruto, nem à sua distribuição pela população, ele inclui também melhorias em áreas como a saúde, capital humano, infraestruturas físicas e tecnológicas, equidade social, coesão territorial, liberdade económica, sustentabilidade ambiental e social, entre outras”, explicou.

A política de coesão europeia e os fundos comunitários, responsáveis por múltiplos avanços infraestruturais, foram destacados como cruciais para o desenvolvimento nacional.

Hélder Reis salientou também que “o sucesso de uma União Europeia mais ampla e inclusiva dependerá de uma política de coesão que seja robusta, flexível e orientada para resultados capazes de promover uma Europa verdadeiramente unida e equitativa”.

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