Marcações de escrituras aceleram após espera dos jovens pela isenção do IMT e Imposto do Selo

  • Lusa
  • 26 Julho 2024

Após um compasso de espera dos jovens para poderem beneficiar da isenção do IMT e Imposto do Selo, as marcações de escrituras dispararam.

As marcações de escrituras aceleram após um compasso de espera dos jovens para poderem beneficiar da isenção do IMT e Imposto do Selo, disseram à Lusa intervenientes no mercado imobiliário.

Desde a aprovação pelo Conselho de Ministros das medidas dirigidas à habitação, nomeadamente a garantia bancária e a atribuição de isenção de IMT e Imposto do Selo (IS) na compra da primeira habitação por jovens até aos 35 anos, Ana Paula Silva, da Century21, viu o número de processos de compra de casa avolumarem-se na sua secretária.

Esta indicação para não avançar com os processos inverteu-se desde que, no início desta semana, o Presidente da República promulgou o diploma da isenção do IMT e do IS.

“Tinha processos que não estavam aprovados, porque aguardavam documentação. De repente, em 48 horas, começou a chegar tudo“, referiu à Lusa a intermediária financeira. O “tudo” é o que é necessário para avançar com o pedido de empréstimo e marcar a escritura para a compra da casa.

Ana Paula Silva antecipa que o número de escrituras em que intervém e que irá fazer durante o mês de agosto vai duplicar face ao mesmo mês do ano passado.

O retrato feito pela consultora da Century 21 coincide com a informação reunida pelo Confidencial Imobiliário. O diretor, Ricardo Guimarães, disse à Lusa que os dados do Sistema de Informação Residencial (SIR), que acompanham a procura de imóveis através do número de contratos de promessa de compra e venda (CPCV), apontam uma subida nos primeiros meses deste ano.

Porém, esta subida dos CPCV não se refletiu no número de escrituras realizadas, o que confirma a informação recolhida através do Housing Market Survey, onde os agentes imobiliários dão conta do adiamento da realização de escrituras por parte dos compradores mais novos.

“Temos a mediação imobiliária com sinal positivo do lado dos CPCV, mas depois não é acompanhada pelas escrituras”, disse Ricardo Guimarães, considerando ser natural que os jovens, perante uma isenção de IMT e de IS na compra da casa, optem por adiar a escritura até à medida estar em vigor — o que deverá acontecer a partir de 01 de agosto.

O diretor do CI acredita que a partir de agora “haja uma aceleração das escrituras”, não só pelo efeito daquele benefício fiscal, mas também porque o panorama das taxas de juro para quem quer pedir empréstimos é atualmente mais favorável do que era há um ano.

Uma aceleração das escrituras é também o que espera o bastonário da Ordem dos Notários, Jorge Batista da Silva, após este compasso de espera e pedidos de adiamento para aproveitar o benefício fiscal e também a isenção de emolumentos com os registos da casa e da hipoteca (em caso de empréstimo).

Chamada a pronunciar-se sobre esta isenção dos registos, prevista num projeto de decreto a que a Lusa teve acesso, a Ordem dos Notários manifestou a sua concordância por considerar que “em muito beneficiará os jovens”, tendo em conta as dificuldades que estes enfrentam para comprar a primeira casa.

Jorge Batista da Silva não antecipa problemas com a marcação e realização de escrituras (apesar da subida esperada nos próximos tempos), mas refere que há ainda algumas dúvidas em relação às medidas dirigidas aos jovens.

A Lusa contactou vários bancos a operar no mercado português para saber se estão a registar uma subida das marcações de escrituras a partir de agosto, mas até ao momento apenas o BPI referiu não ter registado um aumento relevante.

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Mais de 100 presidentes de Câmara obrigados a sair em 2025

  • ECO
  • 26 Julho 2024

Só o PS tem mais de meia centena de autarcas socialistas de saída em 2025, seguido do PSD com mais de 30. Municípios como Braga, Porto, Aveiro, Cascais ou Faro têm que mudar de presidente.

Entre as 308 autarquias do país, há 112 presidentes de Câmara que, por completarem o máximo de três mandatos consecutivos permitidos por lei, terão de deixar os cargos no próximo ano, avança esta sexta-feira o Expresso.

Só o PS tem mais de 50 autarcas em fim de ciclo (37% das 149 Câmaras que conquistou em 2021), enquanto o PSD tem mais de 30 a precisar de troca (cerca de 30% das 114 que tem, algumas em coligação). Os comunistas, através da coligação CDU, têm, por sua vez, 12 dos seus 19 presidentes a atingirem o limite no próximo ano. O CDS tem de renovar três dos seis concelhos que lidera.

Em relação aos autarcas independentes, há apenas três em final de mandato: Anadia (Aveiro), Borba (Évora) e Porto. As próximas eleições autárquicas deverão decorrer no outono de 2025.

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Os novos canais “precisarão de uma estratégia clara para atrair e reter audiências”, aponta Bernardo Rodo

Os anunciantes privilegiam ambientes premium com capacidade de entregar coberturas rápidas. A TV é competente neste sentido, desde que seja capaz de atrair os públicos-alvo publicitários, aponta Rodo.

 

Bernardo Rodo, managing director da OMD Portugal

A TVI, como o +M avançou, prepara-se para transformar o TVI Ficção num canal generalista em agosto. A SIC, por seu turno, estará a equacionar o lançamento de um novo canal de ficção, como também noticiou o +M. Os novos canais quando surgem relacionados com canais já existentes têm a vantagem da confiança na marca, mas também o desafio acrescido de evitar a transferência das suas próprias audiências“, comenta a propósito destes projetos Bernardo Rodo, managing director da OMD.

“Este efeito pode ser evitado com uma estratégia de distribuição e tipologia de conteúdos lineares, mesmo em canais generalistas, todavia contrariada pelo consumo on-demand“, aponta o responsável da agência do Omnicom Media Group, de acordo com o ranking da MediaMonitor, a maior agência de meios do país.

Na opinião de Bernardo Rodo, “o desafio do canal generalista continua a ser a diferenciação e qualidade dos conteúdos que oferece, que devem ser capazes de atrair audiências amplas e diversificadas, e de converter estas audiências em investimento publicitário“. Estes canais, prossegue, têm então desafios concretos, como seja a necessidade de oferecer uma programação variada (informação, entretenimento, desporto, séries, debate), de alcançar grupos demográficos heterogéneos, de atrair talentos, de competir com plataformas especializadas ou de encontrar modelos de monetização face aos custos de produção, enumera.

O responsável olha para estes projetos como “um movimento interessante que evidencia a competitividade do mercado televisivo português” e “demonstra a tentativa de diversificação, de alcançar audiências mais amplas e de disputá-las entre si”, procurando assim adaptar a oferta às mudanças nos hábitos de consumo de conteúdo, mais disperso e fragmentado.

No entanto, alerta, os desafios são grandes. “Os canais de televisão também são marcas, que para subsistir num mercado competitivo devem ter a capacidade de recrutar e reter audiências, o que implica investimento em conteúdos mais caros e atrativos. O modelo antigo, com programação infantil de manhã e juvenil à tarde pode estar de certa forma desatualizado face à oferta digital e de canais temáticos, mas permitia fidelizar estas audiências ao canal, à tipologia de conteúdos, aos próprios atores (no caso da ficção) e também ao hábito de ver televisão linear. Em Portugal, a programação diária dos canais generalistas está adaptada às faixas etárias mais velhas e famílias, com poucas exceções. Em mercados como o Brasil ou a Turquia, com a ressalva de que a pirâmide etária é mais equilibrada, vemos uma aposta clara no recrutamento e fidelização de audiências jovens”, enumera.

Com as plataformas digitais e de streaming a provocar “desvios naturais e expectáveis”, o responsável acredita que “o público está interessado em conteúdos diversificados e de qualidade, o que permite a existência de novos canais desde que apresentem uma oferta diferenciada e valorizada”. Caso contrário, aponta, “estarão a disputar a transferência de audiências entre si, o que pode ser um objetivo comercial legítimo, todavia redutor sabendo que a oferta de conteúdos extravasa muito o consumo de televisão”.

“A competição pelo investimento publicitário é agressiva. Estes novos canais precisarão de uma estratégia clara para atrair e reter audiências. Os anunciantes privilegiam ambientes premium com capacidade de entregar coberturas rápidas. A televisão é o meio competente neste sentido, desde que seja capaz de atrair os públicos-alvo publicitários”, resume Bernardo Rodo.

Em relação ao impacto do novo canal da TVI na CMTV, o canal generalista da Medialivre que é líder no cabo, o managing director da OMD antecipa que “irão naturalmente intensificar a competição, forçando todos a inovar e melhorar a sua oferta para manter a relevância e a audiência”.

Já sobre o Now, canal de informação da Medialivre lançado há cerca de um mês, Bernardo Rodo diz que ainda é cedo para um primeiro balanço. “O desempenho em termos de audiência nos próximos meses será determinante para avaliar o seu êxito a longo prazo”, refere.

“Este projeto foi apresentado como uma extensão para televisão de títulos de imprensa e digital especializados e reputados em diversas áreas – Jornal de Negócios, Sábado, Máxima e Record – com suporte de figuras públicas como protagonistas da programação. Num ambiente de oferta de canais de informação competitivo, o desafio de atrair audiências através de mecanismos de migração de audiências entre diferentes títulos e meios é interessante, especialmente quando feita do digital para a televisão”, conclui.

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Auditoria da IGF deteta 60% dos inquilinos sem contrato declarado às Finanças

  • ECO
  • 26 Julho 2024

A partir de uma amostra, a Inspeção-Geral das Finanças (IGF) detetou que 60% dos inquilinos não tinham contrato de arrendamento declarado pelos senhorios e critica falta de controlo do Fisco.

Uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) ao mercado de arrendamento urbano concluiu, a partir de uma amostra, que 60% dos inquilinos não tinham contrato de arrendamento registado ou vigente na Autoridade Tributária (AT). Além disso, 25% dos senhorios com contratos de fornecimento de serviços para várias casas não tinham atividade declarada ao Fisco.

A notícia foi avançada esta sexta-feira pelo Correio da Manhã, indicando que as conclusões desta auditoria da IGF foram homologadas pelo atual ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, no final do mês passado. A IGF refere ainda que “a AT não dispõe de um plano abrangente para o controlo do arrendamento não declarado” e que, a informação do Modelo 2 do IMI, cuja comunicação é obrigatória pelas empresas fornecedoras de serviços como água e luz, “não tem sido utilizada, de forma consistente, para efeitos de controlo, apesar da sua utilidade na análise de risco de evasão fiscal”.

Ao jornal, o presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP) critica a IGF, defendendo que “nenhum organismo público tem o direito de lançar uma suspeita sobre uma classe que lutou e poupou para ter património”, e insta o Ministério das Finanças a explicar as conclusões desta auditoria. António Frias Marques garante ainda que pelo menos os associados da ANP “são cumpridores”.

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Veículos elétricos ligeiros são o futuro da mobilidade urbana

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  • 26 Julho 2024

"Os veículos elétricos ligeiros podem oferecer opções de mobilidade partilhada flexíveis e eficientes, reduzindo a dependência de veículos privados para viagens curtas", acredita María Paula Caycedo.

Os veículos elétricos ligeiros, incluindo as bicicletas, as trotinetes e os ciclomotores elétricos, estão a converter-se rapidamente numa das primeiras opções de mobilidade urbana moderna, com aproximadamente 10 milhões de unidades vendidas em 2022 na Europa, indica um novo estudo realizado pela EIT Urban Mobility e EIT InnoEnergy, com o apoio do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT) – um organismo da União Europeia.

A produção europeia de baterias pode impulsionar esta opção generalizada por Veículos Elétricos Ligeiros (VEL). De acordo com o estudo, utilizando cerca de 2 a 3% da capacidade de produção de baterias prevista na UE podem abastecer-se os mais de 25 milhões de VEL que se espera que cheguem às estradas europeias em 2030. Este volume de VEL é suficiente para reduzir 30 milhões de toneladas de CO2, contribuindo para alcançar a meta de 165 milhões de emissões de CO2 e dos transportes na Europa.

Ao longo dos últimos 12 anos que passou na indústria automóvel, María Paula Caycedo, Head of Innovation Hub South at EIT Urban Mobility, adquiriu uma compreensão e experiência abrangentes sobre a mudança nas tendências dos clientes de mobilidade e as necessidades do mercado no sentido da sustentabilidade. Em entrevista, analisa as principais conclusões deste novo estudo.

 

María Paula Caycedo, Head of Innovation Hub South at EIT Urban Mobility
Head of Innovation Hub South at EIT Urban Mobility

O novo estudo realizado pelo EIT Urban Mobility e pelo EIT InnoEnergy conclui que a produção europeia de baterias poderia impulsionar a escolha generalizada de veículos elétricos ligeiros (VEL). Seria uma mudança de paradigma dos automóveis para veículos como as trotinetas elétricas, as bicicletas elétricas, os veículos elétricos de duas rodas… Que impacto teria na vida das pessoas?

A adoção generalizada de veículos elétricos ligeiros (VEL) nas cidades europeias, impulsionada pelo aumento da produção doméstica de baterias, poderia melhorar significativamente a vida urbana. O potencial dos VEL para reduzir drasticamente as emissões de CO2 dos transportes nas cidades, diminuir a dependência da Europa de metais críticos e reforçar a indústria local de baterias sublinha a necessidade urgente de mudança nos nossos sistemas de transportes urbanos. Ao complementar os transportes públicos, os VEL podem reduzir drasticamente a dependência dos automóveis particulares, conduzindo a um ar mais limpo com níveis de poluição mais baixos de NO2 e PM. Ruas mais calmas, menos acidentes e menos congestionamento de tráfego também melhorariam a qualidade de vida dos residentes. É importante notar que os benefícios económicos substanciais dos VEL, com os seus custos de aquisição e manutenção mais baixos, podem reduzir significativamente as despesas das famílias.

Essencialmente, uma mudança para os VEL apresenta uma via promissora para a criação de ambientes urbanos mais sustentáveis, eficientes e agradáveis. Até 2040, os veículos elétricos ligeiros (VEL) necessitarão de 10 a 30 vezes menos materiais críticos do que os automóveis elétricos. Uma mudança para os VEL reduziria as necessidades de energia e materiais, bem como as emissões de CO2: ao substituir 13% das viagens diárias de curta distância feitas por carros e carrinhas nas cidades, os VEL podem poupar pelo menos 30 Mt CO2eq.

"Ao contrário das baterias dos automóveis elétricos, as baterias VEL são concebidas para serem facilmente substituídas, permitindo que uma única bateria alimente vários veículos. Esta permutabilidade é crucial para os serviços de micromobilidade partilhada.”

María Paula Caycedo

Head of Innovation Hub South at EIT Urban Mobility

O que diferencia as baterias dos VEL das baterias dos carros eléctricos?

As baterias dos VEL diferem significativamente das dos carros elétricos. Notavelmente mais pequenas e mais numerosas, utilizam frequentemente a tecnologia de células cilíndricas, conhecida pela sua relação custo-eficácia e durabilidade. Ao contrário das baterias dos automóveis elétricos, as baterias VEL são concebidas para serem facilmente substituídas, permitindo que uma única bateria alimente vários veículos. Esta permutabilidade é crucial para os serviços de micromobilidade partilhada.
No entanto, o tamanho compacto e o manuseamento frequente requerem um invólucro e uma vedação robustos para evitar adulterações e garantir a segurança. Enquanto os carros elétricos utilizam frequentemente baterias prismáticas ou do tipo bolsa, as baterias VEL dão prioridade à densidade energética e ao design leve para se adequarem às suas aplicações específicas.

A produção interna de baterias VEL reduz significativamente a dependência de cadeias de abastecimento globais potencialmente voláteis, como evidenciado pela pandemia de COVID-19

María Paula Caycedo

Head of Innovation Hub South at EIT Urban Mobility

Dado que 95% das baterias para VEL provêm atualmente da Ásia, o que é necessário para aumentar a sua produção na Europa?

Para reduzir a forte dependência da Europa das importações asiáticas de baterias para os veículos elétricos ligeiros (VEL), é essencial dedicar uma atenção especial à produção de baterias para VEL. Dada a compatibilidade das células cilíndricas utilizadas nos VEL com outras aplicações, como as ferramentas elétricas e o carregamento de veículos elétricos, a Europa tem uma oportunidade clara de criar uma cadeia de abastecimento de baterias robusta a nível nacional. No entanto, são necessários investimentos substanciais em investigação, desenvolvimento e fabrico para concorrer eficazmente com a Ásia e melhorar a competitividade dos preços, a segurança e o desempenho das baterias de VEL fabricadas na Europa.

Quais são as vantagens de aumentar a produção de baterias VEL na Europa?

A produção interna de baterias VEL oferece várias vantagens estratégicas. Reduz significativamente a dependência de cadeias de abastecimento globais potencialmente voláteis, como evidenciado pela pandemia de COVID-19. A região pode reforçar a sua posição económica mantendo uma maior parte da cadeia de valor na Europa, especialmente considerando a componente substancial da bateria nos custos de produção de VEL. Além disso, como pedra angular do mercado de bicicletas elétricas em rápida expansão, a produção de baterias VEL é um motor fundamental da criação de emprego. Dado o aumento previsto da procura europeia destas baterias, a indústria nacional está bem posicionada para um crescimento e um impacto económico substanciais.

"Alternativas às baterias à base de lítio podem reduzir potencialmente os custos e o impacto ambiental. Além disso, a tecnologia de baterias de estado sólido é promissora para aplicações de elevado desempenho”

María Paula Caycedo

Head of Innovation Hub South at EIT Urban Mobility

Em termos de tecnologia, que avanços são necessários, particularmente na produção, vida útil e reciclagem de baterias, para acelerar a procura de VELs?

São necessários avanços tecnológicos significativos para acelerar a adoção de baterias de VEL de fabrico europeu. Em primeiro lugar, o desenvolvimento de produtos químicos mais acessíveis e eficientes, como as baterias de iões de sódio, é crucial. Estas alternativas às baterias à base de lítio podem reduzir potencialmente os custos e o impacto ambiental. Além disso, a tecnologia de baterias de estado sólido é promissora para aplicações de elevado desempenho.
Em segundo lugar, a normalização do design das baterias é essencial para melhorar a circularidade das baterias VEL. A atual multiplicidade de designs dificulta os esforços de reparação e reciclagem. Ao simplificar as configurações dos conjuntos de baterias, estes processos podem tornar-se mais eficientes e rentáveis, aumentando, em última análise, a sustentabilidade da indústria VEL.

Espera-se que o aumento da procura de VEL conduza a melhorias na tecnologia das baterias, o que, por sua vez, levará a uma maior aceitação dos VEL por parte dos consumidores… Chegará um momento em que o automóvel, mesmo o elétrico, deixará de ser o veículo preferido dos cidadãos, pelo menos nas cidades e para curtas distâncias?

Embora seja difícil prever uma mudança completa para longe dos automóveis, o estudo sugere um futuro potencial onde os VEL desempenham um papel mais proeminente na mobilidade urbana. Ao complementar os transportes públicos, os VEL podem oferecer opções de mobilidade partilhada flexíveis e eficientes, reduzindo a dependência de veículos privados para viagens curtas.
No entanto, a concretização deste potencial depende de vários fatores, incluindo os avanços na tecnologia das baterias, a expansão da infraestrutura de carregamento e políticas de planeamento urbano de apoio, tais como restrições aos automóveis particulares e disponibilidade de estacionamento.

A crescente popularidade dos VEL e o potencial para a expansão dos serviços de mobilidade partilhada, tal como sugerido pelo estudo, indicam uma tendência crescente de afastamento da propriedade de automóveis particulares

María Paula Caycedo

Head of Innovation Hub South at EIT Urban Mobility

É possível que a opção pela mobilidade partilhada nas cidades ultrapasse a opção pelo automóvel? A partir de que ano?

Prever uma data precisa em que a mobilidade partilhada ultrapassará definitivamente a propriedade do automóvel nas cidades é um desafio devido às inúmeras variáveis que influenciam as escolhas de transporte. No entanto, a crescente popularidade dos VEL e o potencial para a expansão dos serviços de mobilidade partilhada, tal como sugerido pelo estudo, indicam uma tendência crescente de afastamento da propriedade de automóveis particulares.

Fatores como a melhoria dos transportes públicos, a expansão da infraestrutura de carregamento e políticas de planeamento urbano de apoio irão acelerar esta mudança. Embora o automóvel continue a ser o meio de transporte preferido de algumas pessoas, especialmente para longas distâncias ou casos de utilização específicos, é plausível que as opções de mobilidade partilhada, incluindo os VEL, se tornem a principal escolha para muitos habitantes das cidades nas próximas décadas.

Em última análise, o ponto de viragem dependerá de uma combinação de avanços tecnológicos, fatores económicos e mudanças nas atitudes da sociedade em relação à propriedade do automóvel.

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Cofina lucra 844 mil euros e entrega 48,2 milhões aos acionistas

  • Lusa
  • 26 Julho 2024

Lucro compara com prejuízo de 178 mil euros no ano anterior. Entregou um total de 48,2 milhões de euros aos acionistas depois da venda dos títulos à Medialivre.

A Cofina registou um lucro de 844,2 mil euros no primeiro semestre, o que compara com 178 mil euros negativos homólogos, divulgou o grupo, que entregou um total de 48,2 milhões de euros aos acionistas.

Em comunicado, a Cofina refere que no semestre “o resultado líquido ascendeu a 844,2 mil euros, valor que compara positivamente com os 178 mil negativos registados no mesmo período do ano anterior”.

“A Cofina entregou um total de 48,2 milhões de euros aos seus acionistas”, sendo que “este montante, já liquidado, inclui o pagamento de um dividendo extraordinário referente a reservas em resultado da operação de venda da Cofina Media (dona do CM, Negócios e Record) à Expressão Livre, a que se juntam os valores pagos aos acionistas fruto da redução do seu capital social através da amortização de ações”, refere o grupo.

Além disso, “é intenção dos acionistas, conforme expresso por maioria na assembleia geral de acionistas realizada no dia 26 de outubro de 2023, analisar a oportunidade e a conveniência de iniciar o processo de procura de alternativas de investimento para os valores em balanço”.

Nesse sentido, “cabe ao Conselho de Administração essa tomada de decisão, quando oportuna, tendo em conta os desenvolvimentos nos processos em curso na esfera da sociedade”.

De acordo com a deliberação da assembleia geral anual de 29 de maio, “foi realizada a distribuição de um dividendo extraordinário de 1,10 euros por ação, num total de 11,3 milhões de euros resultante de lucros acumulados e outras reservas financeiras, nomeadamente as provenientes da transação realizada com a Expressão Livre”.

Além desta operação, os acionistas aprovaram também avançar com uma redução do capital social da Cofina através amortização de ações. “Com a passagem de 102.565.836 ações para 10.256.584 ações, foi entregue aos acionistas da sociedade um valor de 40 cêntimos de euro por título, perfazendo 36,9 milhões de euros”, adianta o grupo.

Em resultado destas duas operações, concretizadas já no decurso de julho, a rubrica ‘Caixa e equivalentes de caixa’ reduziu-se “num montante de 48,2 milhões de euros”. Dos 53,4 milhões de euros registados nessa rubrica a 30 de junho, “restam atualmente 5,2 milhões de euros”.

O total dos ativos correntes da Cofina no final do primeiro semestre ascendia a 53,6 milhões de euros, enquanto o total do ativo era de 57,5 milhões. Do total do ativo da Cofina “fazem parte 3,6 milhões de euros classificados como ‘Ativos não correntes detidos para venda’, montante esse que se refere à participação de 50% na Vasp — Distribuidora de Publicações”.

“A Cofina tem a expectativa de que a venda dessa posição, que tinha sido acordada previamente à concretização da transação de venda da Cofina Media, ocorra no segundo semestre de 2024″, a qual será realizada por um total de 4,5 milhões de euros.

Entretanto, como noticiou o +M, a Autoridade da Concorrência (AdC) adotou uma decisão de não oposição “com condições e obrigações” na operação de compra da Vasp à Cofina pela Palavras de Prestígio, do dono do grupo Bel, Marco Galinha.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 26 de julho

  • ECO
  • 26 Julho 2024

Ao longo desta sexta-feira, 26 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Hoje nas notícias: Rendas ilegais, médicos e IVA

  • ECO
  • 26 Julho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Inspeção-Geral de Finanças (IGF) concluiu, numa auditoria, que 60% dos inquilinos não tinham contrato de arrendamento registado ou vigente na Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) em 2023. Como o Governo entregou os concursos para novos médicos especialistas às Unidades Locais de Saúde, o processo de contratação está atrasado há vários meses. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

60% das rendas fogem aos impostos

Uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) ao controlo tributário no arrendamento urbano concluiu, a partir das amostras constituídas, que 60% dos inquilinos não tinham contrato de arrendamento registado ou vigente na Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e 25% dos senhorios, com contratos de fornecimento de serviços para várias casas, não tinham atividade declarada no Fisco. Nas conclusões, a IGF aponta que “a AT não dispõe de um plano abrangente para o controlo do arrendamento não declarado”.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Governo muda regras e atrasa contratação de médicos para os hospitais e centros de saúde

A mudança das regras dos concursos está a atrasar a contratação dos médicos recém-especialistas, que esperam há cinco meses pela colocação nos centros de saúde e hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O ministério da tutela optou por transferir os concursos para as 39 Unidades Locais de Saúde (ULS), deixando ao seu arbítrio os critérios de classificação e a própria calendarização do processo, mas, até agora, menos de metade das ULS avançou com o procedimento de contratação.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Mais de 100 presidentes de Câmara obrigados a deixar o lugar

Entre as 308 autarquias do país, há 112 presidentes de Câmara que, por completarem o máximo de três mandatos consecutivos permitidos por lei em 2025, terão de deixar os cargos no próximo ano. Só o PS tem mais de 50 autarcas em fim de ciclo (37% das 149 Câmaras que conquistou em 2021), enquanto o PSD tem mais de 30 a precisar de troca (cerca de 30% das 114 que tem, algumas em coligação). Os comunistas, através da coligação CDU, têm, por sua vez, 12 do total de 19 presidentes de Câmara a atingir o limite no próximo ano.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Erros nas declarações de IVA aumentaram 140%

O número de “divergências” detetadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) nas declarações de IVA apresentadas pelos contribuintes em 2023 disparou 140%, para 46.260, face aos 19.303 erros verificados no ano anterior. É o valor mais alto desde 2019, sendo o erro mais comum, com 15.736 casos, a liquidação de IVA por contribuintes que beneficiavam de um regime de isenção. Houve também 13.829 casos em que declararam menos IVA do que as faturas demonstraram e verificaram-se ainda 11.560 situações em que submeteram a declaração sem comunicar as faturas correspondentes.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Lusíadas, Sanfil e Trofa Saúde disputam Hospital da Cruz Vermelha

A Sanfil Medicina, a Trofa Saúde e o grupo Lusíadas Saúde são os três candidatos escolhidos para apresentar propostas vinculativas para a aquisição a 100% do Hospital da Cruz Vermelha, sendo o grupo Lusíadas o mais bem posicionado na corrida, segundo fontes conhecedoras do processo citadas pelo Jornal Económico. Uma vez entregues as propostas, caberá ao CaixaBI, que está a assessorar a operação, avaliar as ofertas e hierarquizá-las, com vista a escolher um vencedor.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

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Luxo nos carris: experiências ferroviárias únicas na Austrália, Arábia Saudita e África do Sul

  • Servimedia
  • 26 Julho 2024

Os comboios redefinem a experiência turística de alto nível.

Visitar países longínquos é uma das opções preferidas dos turistas quando decidem a sua escapadela de verão. Uma tendência emergente entre os viajantes é dar um toque especial a estas viagens, viajando para diferentes destinos de comboio. Ao longo da história, as viagens de comboio evocam grandes aventuras e, quando se trata de um comboio de luxo, a experiência é inesquecível.

Este meio de transporte oferece a oportunidade de explorar paisagens incríveis, saborear uma gastronomia excecional e mergulhar em culturas únicas, tudo isto com um conforto e um serviço de cinco estrelas. O Ghan, na Austrália, o Dream of the Desert Train, na Arábia Saudita, e o Rovos Rail, na África do Sul, são exemplos perfeitos deste luxo sobre carris.

THE GHAN, UMA VIAGEM ÉPICA PELA AUSTRÁLIA

O Ghan oferece aos viajantes a oportunidade de atravessar o continente australiano de sul a norte, de Adelaide a Darwin, numa viagem que combina aventura, conforto e luxo. A viagem clássica dura quatro dias e três noites, percorrendo aproximadamente 2.979 quilómetros.

O comboio dispõe de várias categorias de alojamento, cada uma concebida para proporcionar o máximo conforto. Além disso, as carruagens-restaurante oferecem menus gourmet preparados com ingredientes locais frescos. A partir do conforto das suas cabinas, os passageiros podem desfrutar das paisagens em mutação que vão desde o deserto árido até às colinas verdejantes do Território do Norte.

A viagem inclui paragens em locais emblemáticos, como Alice Springs, onde os passageiros podem explorar a cultura aborígene e desfrutar de visitas guiadas à deslumbrante paisagem do Red Centre. Em Katherine, podem explorar o Nitmiluk National Park, conhecido pelos seus desfiladeiros de cortar a respiração e pelas oportunidades de observação da vida selvagem. O Ghan não é apenas uma viagem de comboio, é uma imersão total na Austrália.

COMBOIO DOS SONHOS DO DESERTO, ATRAVÉS DO CORAÇÃO DA ARÁBIA SAUDITA

A Arábia Saudita, conhecida pela sua rica cultura e vastos desertos, está a emergir como um destino de viagem de luxo, com ofertas como o Dream of the Desert Train, que promete proporcionar uma experiência de viagem única através das suas paisagens desérticas de cortar a respiração.

Embora o seu lançamento esteja previsto para 2025, o Comboio do Sonho do Deserto já está a preparar-se para ser uma experiência de luxo ao nível dos comboios mais exclusivos do mundo. Prevê-se que percorra uma distância de cerca de 1.300 quilómetros, começando na capital Riade e passando por alguns dos centros históricos e culturais mais emblemáticos do país, como a antiga cidade de AlUla e Hail, culminando em Qurayyat. O comboio efectuará também excursões exclusivas a destinos históricos e culturais com guias especializados.

O Comboio do Sonho do Deserto oferecerá aos seus passageiros 40 suites privadas com uma decoração inspirada na cultura local, equipadas com todo o conforto, incluindo casas de banho privadas e ar condicionado. Os 82 passageiros poderão desfrutar de uma gastronomia excecional, com menus concebidos por chefes de renome que combinam a cozinha tradicional saudita e internacional. Além disso, poderão desfrutar a bordo de eventos especiais, como noites temáticas com música e dança tradicionais ou degustações de chá e café árabes.

ROVOS RAIL, A BELEZA DO SUL DE ÁFRICA

Considerado um dos comboios mais luxuosos do mundo, o Rovos Rail oferece uma experiência de viagem que combina o esplendor do velho mundo com os melhores confortos. Desde a sua criação em 1989, a Rovos Rail tem sido sinónimo de luxo e elegância, viajando não só na África do Sul, mas também noutros países da África Austral, como a Namíbia, a Tanzânia e a Zâmbia.

A Rovos Rail opera várias rotas, incluindo a popular viagem de três dias entre Pretória e a Cidade do Cabo. Os comboios estão equipados com suites de luxo, cada uma com casa de banho privativa e serviço de mordomo. Os restaurantes a bordo oferecem menus de quatro pratos que realçam a rica diversidade gastronómica da África do Sul, acompanhados por alguns dos melhores vinhos do país. Os passageiros podem relaxar na carruagem lounge ou na carruagem observatório, apreciando a paisagem e a oportunidade de socializar com outros viajantes.

As excursões durante a viagem incluem visitas a locais históricos, como as minas de diamantes de Kimberley, passeios pelas famosas vinhas de Stellenbosch e safaris para observar a incrível vida selvagem africana. Além disso, são organizados a bordo eventos especiais, como palestras sobre a história e a geografia do caminho-de-ferro e sobre as culturas locais.

Os comboios de luxo na Austrália, Arábia Saudita e África do Sul oferecem aos viajantes experiências únicas que combinam conforto, exclusividade e a oportunidade de explorar paisagens de cortar a respiração e culturas diversas. Desde o vasto outback australiano até aos desertos da Arábia Saudita e à beleza da África do Sul, estes comboios não são apenas um meio de transporte, mas uma janela para alguns dos lugares mais extraordinários do mundo.

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Cox Energy atinge receitas de 109 milhões, Ebitda de 23 milhões e lucro líquido de 5,3 milhões no primeiro semestre do ano

  • Servimedia
  • 26 Julho 2024

A empresa alcança resultados históricos graças à contribuição positiva dos ativos da empresa em funcionamento.

A Cox Energy, empresa de energia verticalmente integrada, cotada na Bolsa Institucional de Valores do México (BIVA) e na BME Growth em Espanha, divulgou os seus resultados financeiros para o primeiro semestre de 2024, que indicam que alcançou resultados recorde para o período, com receitas superiores a 109 milhões de euros, mais 95 milhões do que no mesmo período do ano anterior.

O Ebitda atingiu 23 milhões de euros, com uma margem sobre as vendas de 21%, e o resultado líquido ultrapassou os 5,3 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, valores recorde para a Empresa.

Por atividade, 57% das receitas da empresa provêm da divisão de produção, 26% da atividade de comercialização de energia e autoconsumo e 17% dos serviços de engenharia e procurement prestados pela Cox Energy.

A carteira da empresa inclui quatro activos energéticos em funcionamento, que contribuíram para impulsionar os resultados do primeiro semestre: a central de São João no Brasil (bioenergia), que representou 33% das receitas, a central de hibridação térmica SPP1 na Argélia (24% do volume de negócios) e a central fotovoltaica de San Javier no Chile.

A Cox assinou recentemente um acordo para a aquisição de 51% da central solar térmica Khi Solar One (África do Sul), que se tornará a central solar térmica mais alta do continente africano, com 205 metros de altura (na pendência da aprovação do governo local). Os restantes 49% estão nas mãos de parceiros locais. Trata-se de uma central solar térmica única de 50 MW com torre central e tecnologia de campo heliostática e armazenamento térmico. A Khi Solar One começou a funcionar em 2016 e é atualmente uma das principais instalações solares térmicas da África do Sul e a primeira central em torre a entrar em funcionamento no continente africano.

A Cox Energy irá operar e manter a central até 2036. A equipa de operação e manutenção de 85 pessoas da Khi Solar One será responsável pela execução de um programa de melhorias na central para otimizar o seu desempenho. Estas melhorias terão início em agosto deste ano e terão uma duração estimada de 12 meses. Espera-se que estas acções melhorem os actuais 100 GWh por ano de produção em mais de 30%.

A central tem um CAE de 20 anos (com vencimento em 2036) assinado com a Eskom, uma empresa pública de energia sul-africana, com garantia governamental e é financiada através de Project Finance com instituições multilaterais sul-africanas (DBSA e IDC) e internacionais (BEI, IFC, FMO e Proparco).

Para além destes activos operacionais, a Cox Energy tem mais de 3,6 GW de activos em várias fases de desenvolvimento. A carteira de projectos em desenvolvimento inclui mais de 60 projectos em diferentes geografias (1,8 GW nas Américas, 936 MW em Espanha e 885 MW em África).

SERVIÇOS DE ENGENHARIA

Os serviços de engenharia prestados pela Cox Energy registaram um forte crescimento ao longo do período em análise, representando no final do primeiro semestre do ano 17% das receitas (19 milhões de euros).

É de salientar a boa evolução da carteira de contratos de serviços de engenharia assinados e pendentes de execução. Atualmente, de janeiro a julho, foram adjudicados à empresa novos contratos em Espanha, África do Sul e Marrocos no valor de mais de 267 milhões de euros, cuja execução está prevista para os próximos 12-18 meses.

Como parte da estratégia regional da Cox Energy, durante o primeiro semestre do ano a empresa conseguiu rodar 54 MW para a China Three Gorges, como parte do acordo alcançado em 2023 para vender 619 MW em Espanha, onde 250 MW já foram rodados em estado COD.

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Prosegur Cash aumenta resultado líquido em 4,5% para 39 milhões de euros

  • Servimedia
  • 26 Julho 2024

As vendas aumentaram 1,9%, para 998 milhões de euros, impulsionadas por “um desempenho orgânico excecional em todas as geografias” onde a Prosegur Cash opera, refere a empresa em comunicado.

A Prosegur Cash obteve um resultado líquido de 39 milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que representa um crescimento de 4,5% face ao mesmo período do ano anterior.

As vendas aumentaram 1,9%, para 998 milhões de euros, impulsionadas por “um desempenho orgânico excecional em todas as geografias” onde a Prosegur Cash opera, refere a empresa em comunicado na sexta-feira.

O EBITA no período consolidado até junho de 2024 atingiu 113 milhões de euros, com uma margem de 11,3%, o que representa uma melhoria trimestral de 120 pontos base, apesar do efeito adverso das moedas. Além disso, a Prosegur Cash gerou, no segundo trimestre de 2024, um free cash flow de 28 milhões de euros. Quanto à dívida líquida, esta atingiu 926 milhões de euros no final do semestre.

Os produtos de transformação da Prosegur Cash atingiram o valor recorde de 318 milhões de euros, representando 31,8% das vendas totais da empresa no primeiro semestre de 2024, mais 11,7% do que no mesmo período do ano anterior. Em particular, o crescimento de dois dígitos foi observado no serviço Cash Today, uma solução de digitalização de dinheiro, e no negócio de câmbio, Forex, que recentemente abriu operações em Singapura e na Nova Zelândia.

ÁREAS GEOGRÁFICAS

Por regiões, a América Latina continua a representar a maior parte das vendas do grupo, representando 62% das receitas totais, com 619 milhões de euros no primeiro semestre. A penetração dos produtos de transformação aumentou para 33,2% das vendas totais, registando um crescimento de 10% em relação ao primeiro semestre de 2023.

A Europa representou 32% do total de vendas. As receitas aumentaram 12% para 321 milhões de EUR, com um crescimento orgânico de 9,4%. Os produtos de transformação tiveram um bom desempenho, com um crescimento de dois dígitos de 24,9%. Por último, a região Ásia-Pacífico representou 6% das vendas totais, com um crescimento orgânico de 11%.

A empresa destaca como um marco para reforçar o seu balanço o registo de um programa de notas promissórias no Mercado de Renda Fixa AIAF, denominado Prosegur Cash 2024 AIAF Promissory Note Programme, com um saldo máximo de até 400 milhões de euros. Este programa será utilizado como complemento dos canais de financiamento tradicionais utilizados nos últimos anos, com o objetivo de diversificar as fontes de financiamento da empresa e, assim, reforçar a sua liquidez.

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Mais de 85% dos espanhóis não sabem que o controlo da ingestão de líquidos é o maior desafio de verão para pessoas com doença renal grave

  • Servimedia
  • 26 Julho 2024

A doença indica que os rins estão danificados e não funcionam a um ritmo adequado, impedindo-os de manter a saúde do organismo.

Mais de 85% dos espanhóis não consideram o controlo da ingestão de líquidos como o maior desafio para as pessoas com doença renal crónica (DRC) avançada durante o verão, de acordo com um inquérito à população realizado pela Aliança Boehringer Ingelheim e Lilly com o apoio social da Alcer, Cardioalianza e FEDE.

A DRC é uma doença que indica que os rins estão danificados e não funcionam a um ritmo adequado, impedindo-os de manter a saúde do organismo. Em Espanha, afeta 1 em cada 7 adultos, o que reflete uma prevalência de 15%, e é mais comum nos homens, nas pessoas mais velhas e nas pessoas com doenças cardiovasculares.

Mais de 86% dos inquiridos não consideram a dificuldade de manter uma dieta pobre em sal e potássio como um dos principais desafios durante as férias e apenas 20% dos inquiridos consideram que manter-se fresco e evitar o sobreaquecimento é o maior desafio para as pessoas com DRC durante o verão.

Além disso, cerca de 17% dos inquiridos entre os 25 e os 34 anos e aproximadamente 15% dos inquiridos entre os 55 e os 65 anos consideram que o desafio mais difícil para as pessoas com DRC é manter estas restrições alimentares durante o verão. Durante as férias, há um aumento das refeições fora de casa, o que complica a gestão da dieta. Muitas vezes, a comida oferecida nos restaurantes e nos eventos sociais não corresponde às restrições necessárias, o que pode levar a desajustes no seu controlo nutricional, sublinha o inquérito.

Mais de 1 em cada 5 espanhóis considera que a coisa mais difícil para as pessoas com esta doença gerir no verão é garantir o acesso aos serviços de saúde. Durante este período, os doentes podem ficar sem o seu médico especialista habitual. Sem estes cuidados de qualidade, os doentes podem ter dificuldades em aceder aos seus tratamentos regulares, como a diálise e a monitorização contínua que a sua doença exige. Além disso, a familiaridade e o conhecimento pormenorizado que o seu médico habitual tem sobre a sua história clínica e necessidades específicas são cruciais para a gestão adequada da DRC.

Para enfrentar estes desafios, recomenda-se que os doentes com DRC mantenham uma hidratação adequada6 , bebendo água em pequenas quantidades ao longo do dia, sob a supervisão do seu médico, para evitar a sobrecarga de fluidos. É essencial monitorizar regularmente os níveis de electrólitos e seguir as recomendações dietéticas do especialista para manter o equilíbrio necessário.

“O maior perigo é a desidratação, especialmente nas vagas de calor. A este respeito, deve ter-se especial cuidado com os doentes idosos, que perdem a sensação de sede e são mais suscetíveis a este risco, pelo que é importante que os seus familiares e prestadores de cuidados estejam conscientes desta condição e estejam atentos à ingestão adequada de líquidos e à hidratação adequada do doente. A hipotensão e a hipotensão ortostática (“tonturas ao levantar-se do sofá ou da cama”) podem piorar a função renal, uma vez que chega menos sangue aos rins”, afirma a Dra. Noemí Pérez de León, médica de família e coordenadora do grupo de trabalho de Nefro-Urologia da Semergen.

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