Há quatro portuguesas entre as 250 startups europeias de crescimento mais rápido

Coverflex, Equalfood, Bridge in e Knokcare já tinham sido eleitas entre as 50 startups de crescimento mais rápido do Sul da Europa, pelo Financial Times.

Há quatro startups portuguesas entre as 250 europeias de crescimento mais rápido, segundo o ranking “The Sifted 250”, do jornal Financial Times. Coverflex, Equalfood, Bridge in e Knokcare são as startups nacionais que marcam presença no ranking e já tinham sido eleitas entre as 50 startups de crescimento mais rápido do Sul da Europa.

As 250 startups europeias listadas no ranking geraram nos últimos três anos receitas de 6,86 mil milhões de euros nos últimos três anos fiscais, empregam mais de 25 mil trabalhadores e, em média, levantaram 70,67 milhões de euros de capital. As empresas listadas marcaram presença em rankings anteriores realizados pelo jornal económico britânico.

O banco digital Allica Bank, sedeado em Londres, lidera o ranking das 250 startups de maior crescimento, com uma taxa de 1438.91%, mas entre as portuguesas é a Coverflex que assinala a melhor posição.

Quem são as startups nacionais

A startup de benefícios flexíveis, fundada em Braga por Nuno Pinto, Miguel Santo Amaro (CEO), Rui Carvalho, Luís Rocha e Tiago Fernandes, ocupa a 37.ª posição, destacando o jornal a expansão da empresa para o mercado italiano, bem como a última ronda de 15 milhões de série A.

Ainda no Top 100 surge a Equalfood. A startup, fundada em Lisboa em 2019 por Lukas Friedemann e Alberto Mojtar, que aposta na criação de cabazes de fruta e legumes ‘feios’, contribuindo para evitar o desperdício desse tipo de alimentos, ocupa a 64.ª posição. A empresa fechou 2023 com receitas de 1,8 milhões de euros, uma subida face aos 165 mil euros do ano anterior, segundo os dados submetidos pela empresa.

Na 104.ª posição surge a Bridge In. Fundada há quatro anos, por Pedro Henriques em Lisboa, a startup ajuda empresas a lançar operação em Portugal e, mais recentemente, em Espanha. Fechou 2023 com receitas de 4,9 milhões, uma subida face aos 648 mil euros dois anos antes.

 

A Knokcare surge na 208.ª posição. Sedeada em Matosinhos, a startup de telemedicina fundada em 2015 por José Bastos (CEO) e João Magalhães registou receitas de 4,95 milhões euros nem 2023, valor acima dos 1,2 milhões dois anos antes, uma subida de 99,53%.

As startups nacionais já tinham feito parte do ranking “Sifted 50: Southern Europe – The fastest-growing startups in 2024” que analisou as 50 startups de maior crescimento no Sul da Europa (Andorra, Chipre, Grécia, Itália, Malta, San Marino, Espanha e Portugal).

Portugal tinha 12% das startups que constavam neste ranking com três das startups nacionais — Coverflex, Equalfood e Bridge In — a ocupar o top 15 do ranking. Entre as 50 mais, estava ainda a Knokcare, a Casafari e a HiJiffy.

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DreamMedia “repudia” acusação de roubo de energia em painel publicitário. Aguarda há um ano “aumento da capacidade”

  • + M
  • 5 Dezembro 2024

Dreammedia diz que iniciou, há um ano, um processo junto da E-Redes para proceder ao aumento da capacidade disponível e que o processo está em curso.

O maior painel publicitário do país, como é apresentado pela DreamMedia, terá estado mais de seis meses a ser alimentado com energia desviada da rede pública. A notícia foi avançada na manhã desta quinta-feira pela CNN Portugal.

O Lisbon Gate, painel com 25 metros de comprimento e oito de altura, num total de 200 metros quadrados de área de LED, terá sido “alimentado através de um ramal de rede aérea, sendo que no local já estavam também instalados todos os equipamentos necessários para uma futura ligação elétrica de baixa tensão necessários para um fornecimento elétrico legal, incluindo um contador”, descreve o título da Media Capital.

A E-Redes terá interrompido o serviço por duas vezes, o que poderá configurar “reincidência da apropriação indevida de energia”. A fiscalização terá acontecido a pedido da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que disse ao canal de televisão que tomou conhecimento do caso através de denúncia.

A versão da empresa, que não desmente a notícia, apresenta, no entanto, algumas nuances. “A DreamMedia adquiriu, naquela localização, um painel publicitário licenciado, com mais de 30 anos de operação. Na altura da instalação aquele era o maior painel rotativo do país, que funcionava com potência elétrica. O painel atual encontra-se legalizado e com contrato ativo. Entretanto, foi identificada instabilidade na potência elétrica, pelo que a DreamMedia iniciou um processo junto da E-Redes para se proceder ao aumento da capacidade disponível. Este processo está em curso há cerca de um ano”, começa por enquadrar, num comentário enviado por escrito ao +M.

De acordo com a DreamMedia, “por recomendação do fornecedor do painel, [instalou] um gerador para evitar danos na infraestrutura enquanto [aguarda] o desfecho do processo”. “Atualmente, o painel encontra-se em pleno funcionamento”, conclui a empresa liderada por Ricardo Bastos.

Entretanto, já ao final da tarde, em comunicado enviado aos media, a empresa de Ricardo Bastos afirma que no dia 29 de novembro, antes da publicação da notícia, recebeu da E-Redes um aviso de cobrança no valor de 65 mil euros, referente ao consumo de energia do painel Lisbon Gate. “O valor foi prontamente liquidado pela empresa, demonstrando o seu compromisso com a regularização total da situação“, escreve.

Ou seja, tendo pago o valor no final de novembro, a empresa afirma que “repudia categoricamente as alegações associadas ao painel publicitário digital Lisbon Gate, o maior de Portugal, rejeitando a utilização do termo “roubo” que é falso e profundamente lesivo para a reputação da empresa“.

A empresa diz também que desde janeiro de 2024 “enfrentou sucessivos atrasos na ligação do ramal elétrico, apesar deste cumprir rigorosamente todas as normas e exigências” e que “a E-Redes insistiu em alterações que violavam o seu próprio regulamento técnico. Após diversas reclamações formais, incluindo uma apresentada no livro de reclamações em 03/09/2024, a E-Redes finalmente reconheceu que a DreamMedia tinha razão e autorizou o avanço das adaptações necessárias”.

 

(notícia atualizada às 17h30 com informação do comunicado)

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CP já vendeu 50 mil passes ferroviários a 20 euros. Dois em cada três utilizadores são novos clientes

Adesão ao passe ferroviário verde repercute-se também no aumento da compra do título a 60 e a 90 dias, diz Ministério das Infraestruturas, que vê CP "pronta a responder ao desafio da Alta Velocidade".

Desde que entrou em vigor a 21 de outubro, com um custo mensal de 20 euros, já foram vendidos mais de 50 mil passes ferroviários verdes. Quase dois em cada três utilizadores são novos clientes, o que para o Governo “prova o êxito deste título de transporte, promotor da sustentabilidade e da coesão territorial.

Em comunicado, o Ministério das Infraestruturas sublinha que a adesão dos utilizadores deste passe ferroviário “repercute-se também no aumento da compra do título a 60 e a 90 dias”, com um custo de 40 e 60 euros mensais, respetivamente. E fala num “sucesso possível graças ao profissionalismo, dedicação e empenho dos trabalhadores da CP”.

“A CP tem um papel fundamental no objetivo de alcançarmos um país mais coeso e sustentável e está pronta para responder aos novos desafios do futuro, nomeadamente ao da Alta Velocidade. Este Governo aposta na ferrovia e acredita na CP e nos seus profissionais para cumprir esse desígnio”, refere o ministro, Miguel Pinto Luz.

O passe ferroviário verde permite viajar nos serviços regionais e inter-regionais, bem como nos comboios urbanos de Coimbra, Lisboa e Porto e em viagens em segunda classe nos Intercidades. Neste último caso, a reserva do lugar deve ser feita nas 24 horas anteriores à partida, sendo que só é permitido reservar um lugar por viagem, até um máximo de duas viagens diferentes por dia.

No entanto, nos urbanos de Lisboa e Porto, o passe apenas é válido nas linhas não abrangidas pelos passes intermodais metropolitanos — Navegante e Andante, ambos com um preço de até 40 euros. Assim, só abrange a linha Carregado — Azambuja em Lisboa e os percursos Vila das Aves — Guimarães, Paredes — Marco de Canaveses, Paramos — Aveiro e Lousado — Braga no Porto.

Além dos urbanos de Lisboa e Porto dentro das áreas metropolitanas, de fora do âmbito deste novo título de transporte ferroviário ficam os serviços do Alfa Pendular, Internacional Celta, primeira classe nos comboios Intercidades e inter-regionais.

A CP vai ser compensada em 18,9 milhões de euros anuais, via contrato de serviço público com o Estado, pela perda de receita com a entrada em vigor deste passe ferroviário verde.

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Pequenas e micro empresas dão emprego a metade dos trabalhadores na UE

Apenas 0,2% dos 33 milhões de empresas na União Europeia são consideradas grandes empresas. Ainda assim, são estas empresas que geram maior riqueza, com metade das receitas geradas na região.

O número de grandes empresas na União Europeia continua a representar uma percentagem ínfima do tecido empresarial português, ficando-se pelos 0,2%, ou 53 mil, entre os 33 milhões de empresas que existem na região em 2023, onde cerca de 99% do total eram pequenas e micro empresas. Apesar de gerarem menos de um terço das receitas, as companhias de menor dimensão empregam cerca de metade dos trabalhadores na União Europeia.

A União Europeia contava, no final de 2023, 33 milhões de empresas, que empregavam 163 milhões de pessoas e que apresentaram volumes de negócio superiores a 38 biliões de euros, segundo os dados divulgados pelo gabinete de estatísticas europeu Eurostat esta quinta-feira.

Apesar de as grandes empresas, com mais de 249 funcionários, serem uma curta minoria (0,2%), geraram mais de metade das receitas na região, com volumes de negócios de 19,6 biliões de euros, empregando 58,4 milhões de pessoas, ou 36% do total.

As médias empresas, que empregam entre 50 e 249 pessoas, ficavam-se pelas 246 mil empresas, ou 0,8% do total, e contavam com 15% dos trabalhadores (24,5 milhões), gerando cerca de um quinto do volume de negócios: 6,5 biliões de euros.

Por fim, as micro e pequenas empresas, que dominam o tecido empresarial europeu, com um peso de 99%, empregavam cerca de metade das pessoas (80,1 milhões) e geraram 12,2 biliões de euros em vendas, o que equivale a 32% do total.

Serviços e indústria geram dois terços das receitas

Em termos setoriais, o setor dos serviços representava cerca de um terço das receitas na região (12 biliões de euros), 63% das empresas (20,6 milhões) e era responsável por mais de metade do emprego (85,4 milhões).

Já a indústria gerou, em 2023, receitas de 12,5 biliões de euros, ou 33% do total, apesar de apenas contabilizar 7% do número de empresas que existem na União Europeia. O setor emprega cerca de um quinto da força laboral na região: 33,5 milhões de pessoas, ou 21% do total.

Com um peso grande na geração de volume de negócios surge também o comércio, que é responsável por 30% do total, ou 11,5 biliões de euros. Em termos de peso na geração de postos de trabalho, o comércio contava com 30 milhões de colaboradores, ou 18% do total, e representava 18% das empresas na região.

Com 14,1 milhões de funcionários, o setor da construção pesa apenas 12% no número total de empresas e 6% (2,3 biliões de euros) no volume de negócios.

A reduzida dimensão das empresas europeias, e nacionais, é um dos principais desafios da economia europeia e um fator que se reflete negativamente na competitividade da Europa a nível global. Ao contrário do que acontece no Velho Continente, nos EUA, há um maior número de grandes empresas e Wall Street conta com várias capitalizações bolsistas de biliões.

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Governo avalia prémio a empresas com práticas ESG nos concursos públicos

"É preciso colocar isto [do ESG] no terreno. Vamos lutar para alcançar as metas, mantendo a competitividade", sublinhou João Rui Ferreira, secretário de Estado da Economia.

O secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, acredita que existe um alargado consenso em matérias de ESG — ou seja, de sustentabilidade ambiental, social e de governança. As maiores dúvidas surgem no momento de implementar medidas, e o Governo está a trabalhar no sentido de estimular este caminho. Em particular, para que a adoção de práticas ESG tenha uma majoração positiva nos concursos públicos.

“Estamos a trabalhar também do ponto de vista dos nossos avisos e plano de incentivos, a estudar formas para que a adoção destas matérias [ESG] possa ter uma majoração positiva. Um estímulo a quem faz melhor, não uma penalização”, avançou João Rui Ferreira, secretário de Estado da Economia, na conferência ESG Forum 2024, organizada pelo ECO, no auditório da PLMJ.

“É preciso colocar isto [do ESG] no terreno. Vamos lutar para alcançar as metas mantendo competitividade”, sublinhou João Rui Ferreira, secretário de Estado da Economia, acreditando que “é fundamental fazer esta transição encontrando valor, usando fórmulas que continuem a acrescentar valor ao negócio”.

Na ótica do governante, “há consenso alargado nestes temas”, mas as dúvidas surgem no momento de decidir a que ritmo se vai processar a mudança e como se irão adaptar os princípios de sustentabilidade em cada negócio. Recorrendo à sua experiência profissional no setor privado, sobretudo na indústria da cortiça, garante que as matérias ESG “nunca foram uma questão nem dificuldade, mas uma forma de diferenciação do negócio”.

No sentido de agilizar a mudança, o Governo está também a transpor as diretivas sem “criar mais barreiras a um processo complexo”. E a trazer a visão das empresas “para que seja exequível”. João Rui Ferreira fala da importância de existir um referencial normativo do ESG em Portugal, “um quadro comum para todas as empresas que permita harmonizar as regras do jogo”.

Na questão da capacitação, destaca o trabalho de instituições tuteladas pelo Governo, como a AICEP, e indica que têm de ser encontrados novos modelos para chegar aos cidadãos e aos empresários.

Gestores em “lugar perigoso” se ignorarem impactos do negócio

Na abertura da mesma conferência, o managing partner da PLMJ, Bruno Ferreira, indicou que “frequentemente” é abordado por gestores que afirmam: ‘temos de fazer alguma coisa no ESG’. Uma abordagem que considera “preocupante”, pois indica que não sabem ainda o que estas matérias implicam para o seu modelo de negócio. Mas ao mesmo tempo vantajosa, na medida em que mostra uma crescente preocupação com o tema.

Os gestores estão num lugar bastante perigoso se não tiverem consciência do que as suas decisões implicam“, alerta. Na sua ótica, o exercício de due dilligence era algo relativamente pontual mas que tem de começar a ser permanente, traduzindo-se num conhecimento ” de todo o impacto que o negócio está a ter a todo o momento”.

“Há esta maior consciência das empresas, faz parte da nossa missão continuar esta conversa. Tendo consciência das vantagens que isso tem no tecido empresarial”, rematou.

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Governo dá prenda de Natal aos polícias com salto extra na carreira

Tal como a GNR, a PSP beneficia do acelerador de progressões que permite uma valorização salarial adicional de cerca de 53 euros com apenas seis pontos na avaliação. Pagamento é feito este mês.

Tal como os guardas da GNR, os agentes da PSP também têm direito ao acelerador de progressões que permite dar um salto extraordinário e pontual na posição remuneratória de cerca de 53 euros com apenas seis pontos, em vez dos oito atualmente exigidos no sistema de avaliação integrado da Administração Pública (SIADAP), sem perda da pontuação remanescente para futuras progressões. A clarificação foi feita esta quinta-feira pelo Ministério da Administração Interna (MAI). O pagamento relativo a esta valorização salarial será feito ainda este mês, garante a tutela.

“Por despacho da ministra da Administração Interna, atento o quadro legal aplicável, foi reconhecido que não há qualquer impedimento legal, quanto à possibilidade de sucessiva alteração de posicionamento remuneratório dos polícias e demais trabalhadores da Polícia de Segurança Pública, que viram a sua posição remuneratória alterada por aplicação do ‘diploma acelerador’ e que ainda detêm, por via da ‘avaliação de desempenho’, os pontos necessários à sua progressão”, segundo uma nota da tutela liderada por Margarida Blasco. “A situação fica regularizada com o pagamento a realizar já no mês de dezembro”, assegura o Ministério.

O acelerador de progressões foi implementado pelo anterior Governo de maioria absoluta socialista, liderado por António Costa, e dá uma espécie de jackpot aos funcionários públicos das carreiras gerais sujeitos ao Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP) desde que cumpram os seguintes requisitos: ter 18 ou mais anos de antiguidade e ter sofrido os dois períodos de congelamento das progressões, entre 30 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007 e entre 1 de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2017. O entendimento do atual Executivo é que este acelerador também deve ser aplicado às carreiras especiais das forças de segurança.

“Às forças de segurança aplica-se, nos termos da Lei, quer o ‘diploma acelerador de carreiras’, quer o ‘diploma de progressão de carreiras’, por força da pontuação obtida resultante da avaliação anual. Esta situação já se encontrava em aplicação e execução na Guarda Nacional Republicana, que tem um modelo de avaliação distinto da Polícia de Segurança Pública. No entanto, no âmbito da Polícia de Segurança Pública, foram suscitadas dúvidas quanto à abrangência da aplicação sucessiva do ‘diploma acelerador de carreiras’, em conjugação com a ‘progressão de carreiras, por força da pontuação resultante da avaliação anual'”, sinaliza o MAI.

Assim, “esta matéria foi apreciada e decidida pela ministra da Administração Interna, no sentido de ser reconhecido o direito da sucessiva progressão dos polícias, tendo em vista o cumprimento da lei aplicável e a progressão do seu estatuto remuneratório. Os demais trabalhadores da Polícia de Segurança Pública também veem, nestes termos, cumprida a lei que lhes é aplicável”, de acordo com a mesma nota.

Deste modo, indica a tutela, “a situação fica regularizada com o pagamento a realizar já no mês de dezembro”. “Esta decisão vem repor a justiça a um significativo número de membros da Polícia de Segurança Pública, que assim veem reconhecidos os seus direitos”, lê-se no mesmo documento. Isto significa que um agente que esteja na terceira posição remuneratória e que reúna as condições para beneficiar do acelerador de progressões vai ser aumentado, este mês, em 52,62 euros, passando de um salário de 1.122,84 euros mensais brutos para um vencimento de 1.175,46 euros.

Em agosto, o Governo aprovou o aumento do suplemento de risco para os agentes da PSP e os guardas da GNR de 100 para 400 euros brutos mensais, até 2026. Este ano, o subsídio subiu 200 euros para 300 euros e foi pago com efeitos retroativos a 1 de julho.

Depois da subida de 200 euros deste ano, esta componente do recibo de vencimento irá saltar 50 euros, atingindo os 350 euros, a 1 de janeiro de 2025 e, no ano seguinte, sobe mais 50 euros, perfazendo os 400 euros. O impacto anual deverá rondar cerca de 83,3 milhões de euros e terá um custo global de 250,6 milhões de euros.

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Regulador britânico autoriza fusão entre Vodafone e Three, criando um gigante com 27 milhões de clientes

Autoridade da concorrência do Reino Unido permite que a operação de 18 mil milhões de euros avance, desde que as duas empresas invistam "milhares de milhões" no 5G e aceitem limites nos preços.

A autoridade da concorrência do Reino Unido decidiu esta quinta-feira permitir que a Vodafone e a Three se fundam num gigante com 27 milhões de clientes, numa operação que reduzirá de quatro para três o número de operadores presentes no mercado britânico.

O negócio de 15 mil milhões de libras (18,12 mil milhões de euros) tem permissão para avançar desde que as duas empresas assumam compromissos legalmente vinculativos, incluindo investirem “milhares de milhões” na expansão do 5G em todo o país e aceitarem limites nos preços de alguns dos seus tarifários móveis pelos próximos três anos.

“A Autoridade da Concorrência e dos Mercados (CMA) decidiu que a fusão da Vodafone com a Three deve poder avançar se as duas empresas assinarem compromissos vinculativos para investirem milhares de milhões no desenvolvimento de uma rede 5G conjunta no Reino Unido”, anunciou o regulador num comunicado. A Vodafone e a Three são, respetivamente, o terceiro e quarto operador em quota de mercado no país.

A entidade tinha receio de que a fusão resultasse em preços mais altos para os consumidores e condições menos favoráveis para os operadores virtuais, outras empresas que prestam serviços de telecomunicações com base nas redes da Vodafone e da Three. Agora, na decisão final, a CMA assume que a assunção de remédios pelas duas operadoras permite resolver as preocupações, nomeadamente:

  • o cumprimento de um plano conjunto de rede que prevê a atualização e melhoria da rede móvel 5G no Reino Unido ao longo de oito anos, “beneficiando milhões de utilizadores”;
  • limites nos preços de um conjunto selecionado de tarifários e planos de dados móveis durante três anos, “diretamente protegendo” os consumidores de eventuais aumentos de preços;
  • oferta de preços e termos contratuais predefinidos ao nível grossista, durante três anos, assegurando que os operadores móveis virtuais têm acesso a condições mais competitivas no mercado.

A fiscalização do cumprimento destas obrigações será da responsabilidade da própria CMA, mas também da Ofcom, o regulador britânico das comunicações. Com esta decisão, o Reino Unido passa a ser um mercado de três operadores, com a nova operadora que resultará da fusão a ser líder de mercado e a competir diretamente com a BT/EE e a Virgin Media O2.

A Vodafone tem seguido a via da consolidação noutros mercados. Já vendeu a operação em Itália à Swisscom e em Espanha à Zegona. Em Portugal, tentou adquirir a Nowo, mas o negócio foi chumbado pela Autoridade da Concorrência. A Nowo acabou por ser vendida à Digi neste verão.

Num comunicado, a Vodafone congratula-se com o anúncio do regulador britânico da concorrência: “A decisão de hoje cria uma nova força no mercado de telecomunicações do Reino Unido e desbloqueia investimento necessário para construir a infraestrutura de rede que o país merece”, reagiu a CEO da operadora, Margherita Della Valle.

“Os consumidores e as empresas terão acesso a uma cobertura mais ampla, velocidades mais rápidas e melhor qualidade na conectividade em todo o Reino Unido, à medida que construímos a maior e melhor rede no nosso mercado doméstico”, acrescentou a gestora, citada na mesma nota.

Este negócio tinha sido anunciado por ambas as empresas no ano passado, através do qual a Vodafone ficará, inicialmente, com 51% da nova operadora, enquanto a CK Hutchison, acionista da Three, deterá com os restantes 49%. Ao fim de três anos, a Vodafone terá uma opção de compra da posição que não detém.

Com mais este passo, que era decisivo para a concretização do negócio, a fusão entre a Vodafone e a Three deverá estar formalmente concluída na primeira metade de 2025, segundo a Vodafone.

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Insolvências baixam 9% em novembro. Indústria representa um em cada quatro casos em 2024

As insolvências baixaram em novembro face ao período homólogo, mas no acumulado do ano continuam acima dos números registados em 2023. Porto e Lisboa pesam perto de metade das insolvências.

As insolvências em Portugal desceram 9% em novembro face ao período homólogo de 2023. No total, 374 empresas apresentaram pedido de insolvência, no 11.º mês do ano, menos 37 que em igual mês do ano passado, adianta a Iberinform. Apesar da descida mensal homóloga, em termos acumulados, estes processos continuam a crescer, com o setor da indústria a ser responsável por mais de um quarto das insolvências.

O mesmo estudo adianta que as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas aumentaram mais de 18% até final de novembro, com mais 120 empresas a requererem a insolvência num total de 782 pedidos.

Já as declarações de insolvência requeridas por terceiros também aumentaram de 597 em 2023 para 667 em 2024 (+12%). Os encerramentos com plano de insolvência tiveram um incremento de 28,9% para atingirem um total de 49 ações. Até final de novembro, foram concluídos 1.965 processos de insolvência, menos 165 que em igual período do ano passado.

No acumulado dos 11 meses, as insolvências registam um aumento de 1,1% face ao período homólogo, com 3.463 processos registados.

A Iberinform realça ainda que os distritos do Porto e de Lisboa são os que registam o maior número de insolvências, 845 e 791, respetivamente. Face a 2023, o Porto tem um acréscimo de mais de 8% enquanto Lisboa vê as insolvências aumentarem 0,8% no comparativo.

Por setores, os maiores aumentos nas insolvências registaram-se nas atividades de eletricidade, gás e água (+83%) e indústria transformadora (+16%). Já os principais decréscimos foram registados nos setores da indústria extrativa (-11%), no comércio de veículos (-9,2%) e no comércio a retalho (-7,1%).

A indústria transformadora é, em 2024, o setor com o maior número de insolvências, representando 26% do total. Segue-se a construção e obras, com 16%, e o comércio a retalho, com 10%.

Menos novas empresas

A constituição de novas empresas também baixou, em novembro. Foram constituídas 3.091 novas empresas, menos 1.204 que em igual período do ano passado (-28%). No total do ano foram já criadas 46.293 novas empresas o que representa um decréscimo de 3,5% face a 2023.

Por distrito, Lisboa regista o maior número de constituições (14.585), embora com um decréscimo de 10% face aos valores apurados em 2023.

Já as atividades de telecomunicações (+42%), indústria extrativa (+22%) e construção e obras Públicas (+6,5%) são os setores que lideram os aumentos na criação de novas empresas.

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Portugal reforça quota no FMI em 1,3 mil milhões de euros

  • ECO
  • 5 Dezembro 2024

Fundo Monetário Internacional aprovou um aumento geral de 50% das quotas aos seus membros. Portugal vai reforçar a sua posição em cerca 1,3 mil milhões de euros.

Portugal vai aumentar a sua quota no Fundo Monetário Internacional (FMI) em 50%, um aumento que será acompanhado pelos outros países membros e reforçará a capacidade de empréstimos do fundo.

A nova quota de Portugal junto do Fundo está avaliada em mais de 3,8 mil milhões de euros, após este reforço no montante de cerca de 1,3 mil milhões de euros.

Há um ano, a assembleia de governadores do FMI aprovou um aumento das quotas de todos os membros em 50% na 16.ª revisão geral de quotas da instituição.

No caso de Portugal representa um aumento de 2060,1 milhões de direitos de saque especiais (DSE) para 3.090,2 milhões DSE, que foi agora autorizado pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

O DSE é o ativo de reserva do FMI criado em 1969 e calculado com base num cesto de moedas: dólar, euro, renminbi chinês, iene e libra inglesa. Cada DSE vale 1,25 euros.

Com este aumento de 50%, o país também reforça a sua capacidade de poder pedir emprestado junto do fundo na mesma medida. Como aconteceu em 2011 no pedido de resgate internacional e cujo empréstimo de 26,3 mil milhões do FMI acabou por ser saldado em 2018.

Para o FMI, vai robustecer a sua capacidade financeira sem recorrer a financiamento externo, permitindo maior ajuda aos países em situação de maior fragilidade económica e financeira.

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Mercados de ações e obrigações indiferentes (para já) ao caos político em França

  • Joana Abrantes Gomes
  • 5 Dezembro 2024

Apesar da queda do governo, o CAC 40, principal índice da Bolsa de Paris, negoceia em alta de 0,26%, enquanto o spread das obrigações francesas face às da Alemanha baixou para os 81,4 pontos

Michel Barnier avisou que derrubar o seu Governo traria uma “tempestade” económica e financeira à França. Mas, nas primeiras horas após se confirmar a queda do Executivo nomeado pelo Presidente Emmanuel Macron há menos de três meses, as ações e os títulos da dívida da segunda maior economia da Zona Euro negoceiam estáveis.

Cerca das 11h05 (mais uma hora em França) desta quinta-feira, o principal índice da Bolsa de Valores de Paris, o CAC 40, sobe 0,26%, com as ações dos maiores bancos, designadamente o BNP Paribas, o Credit Agricole e o Societe Generale, a valorizarem entre 2% e 3,1%.

Mesmo os seus congéneres na Europa, como o pan-europeu Stoxx 600, o alemão DAX, o espanhol IBEX 35 e o britânico FTSE 100, não dão sinais de estarem a ser impactados pela crise política gaulesa, ao negociarem em terreno positivo. Em Lisboa, o PSI soma ganhos de 0,26%, tendo recuado face aos 0,75% a que negociava nos primeiros minutos após a abertura da sessão.

Já o spread entre as obrigações soberanas de França a 10 anos e as bunds alemãs — que serve de barómetro da confiança dos investidores na fiabilidade creditícia da segunda maior economia da Zona Euro — está nos 81,4 pontos de base, distanciando-se dos 88 pontos de base registados no início da semana. A taxa de rendibilidade, por sua vez, recua para os 2,892% face a quarta-feira.

Desde junho, quando Macron anunciou legislativas antecipadas na sequência da vitória da extrema-direita francesa nas eleições europeias, o diferencial dos títulos da dívida gaulesa face às da Alemanha tem-se mantido em níveis só comparáveis aos da crise da dívida da Zona Euro.

Sem Governo e sem Orçamento, a melhoria das finanças públicas é adiada

Agora, o país confronta-se com a possibilidade de não ter Orçamento para o próximo ano. “Penso que o risco é o seguinte: quem é que quer comprar a França com uma dimensão material a estes níveis? Parece barato, mas será que queremos fazê-lo se, de repente, tivermos um Governo que alivia o Orçamento e formos objeto de uma descida [de rating]? As pessoas querem ter clareza“, disse Jens Peter Sorensen, analista-chefe do Danske Bank, citado pela Reuters.

Com o voto favorável de 331 deputados da Assembleia Nacional a uma das moções de censura apresentadas contra o Governo minoritário de Michel Barnier, a consequência, além da queda do Executivo, é a (provável) entrada em 2025 sem um Orçamento aprovado.

O risco é o seguinte: quem é que quer comprar a França com uma dimensão material a estes níveis? Parece barato, mas será que queremos fazê-lo se, de repente, tivermos um Governo que alivia o Orçamento e formos objeto de uma descida [de rating]? As pessoas querem ter clareza.

Jens Peter Sorensen

Analista-chefe do Danske Bank

Tendo em conta que a Constituição estipula um período mínimo de um ano entre eleições, Macron não pode dissolver a Assembleia Nacional nem agendar novas legislativas até julho de 2025, pelo que o passo seguinte é nomear um novo primeiro-ministro e formar um novo Governo.

Mas a polarização e a divisão entre três grandes grupos — esquerda, centro-direita e extrema-direita — na Assembleia Nacional dificulta a tarefa do Presidente francês, arriscando o país ficar sem Governo durante semanas ou até meses.

Sem a possibilidade de votar o Orçamento de Estado e o Orçamento da Segurança Social para 2025 propostos pelo Governo agora derrubado, será preciso esperar que um novo Executivo tome posse para que sejam submetidas novas propostas orçamentais para apreciação dos deputados franceses.

Perante este cenário, os analistas preveem a adoção de um Orçamento provisório, que consiste em que os limites de despesas inscritos no Orçamento do ano anterior transitem para o novo ano enquanto não é aprovado um novo Orçamento.

Ainda assim, esta “lei especial” inscrita na Constituição tem de receber ‘luz verde’ da Assembleia Nacional — o que os diferentes grupos políticos já disseram que fariam, para evitar que os funcionários públicos fiquem sem salário.

No entanto, fica em causa o caminho para a redução do défice e da dívida pública — que, em 2023, se fixaram em 5,5% do PIB e 110,6% do PIB, respetivamente. O Governo de Barnier esperava reduzir o défice para 5% até 2025, mas este objetivo está agora fora de alcance.

O prolongamento do orçamento de 2024 para 2025 significa também que a tabela do imposto sobre o rendimento não será alterada para ter em conta a inflação, ao contrário do que estava previsto

Analistas do banco neerlandês ING

Com a queda do Executivo, cerca de 30 mil milhões de euros das receitas adicionais previstas não serão aprovadas pelo Parlamento, além de que, segundo o banco ING, o “prolongamento do orçamento de 2024 para 2025 significa também que a tabela do imposto sobre o rendimento não será alterada para ter em conta a inflação, ao contrário do que estava previsto”.

“Isto trará 4 mil milhões de euros de receitas adicionais, apenas o suficiente para compensar a indexação das pensões, que deveria ter sido adiada mas não o será, com um custo de 3 mil milhões de euros. Assim, os trabalhadores verão os seus impostos aumentar, enquanto os reformados ficarão em melhor situação”, aponta o banco neerlandês, numa análise às consequências do impasse político francês.

Do lado da despesa pública, “a renovação do orçamento de 2024 exigirá uma redução da despesa pública real, que normalmente deveria ter aumentado cerca de 3% para compensar a inflação e o crescimento”, indica também o ING, assinalando que “representa uma poupança entre 15 mil milhões e 18 mil milhões de euros, um valor bastante próximo do proposto no projeto de orçamento para 2025”.

Acresce que a queda do Governo e o consequente impasse político vai continuar a pesar sobre a confiança das empresas e dos consumidores, mesmo que a política orçamental possa ser ligeiramente menos restritiva. O banco ING estima um crescimento do PIB francês de 1,1% este ano e de 0,6% em 2025, mas não exclui uma revisão em baixa “se a instabilidade persistir, especialmente se os rendimentos das obrigações subirem ainda mais devido ao atual imbróglio político”.

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PJ desmantelou grupo criminoso e maior laboratório de droga da Europa

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2024

A PJ desmantelou na zona Oeste "o maior" laboratório industrial de extração, transformação e empacotamento de cocaína da Europa, deteve sete pessoas e apreendeu cerca de 1.500 quilos de droga.

A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou durante uma operação na zona Oeste “o maior” laboratório industrial de extração, transformação e empacotamento de cocaína da Europa, deteve sete pessoas e apreendeu cerca de 1.500 quilos de droga.

Em comunicado, a PJ indica que no âmbito da operação “Pacoba” foi desmantelado um grupo criminoso altamente organizado, que se dedicava à introdução de grandes quantidades de cocaína no continente europeu.

“O resultado final da operação ‘Pacoba’ traduziu-se na detenção de sete suspeitos (quatro cidadãos portugueses, dois colombianos e um marroquino), na apreensão de 1.478,5 quilos (Kg) de cocaína, três armas de fogo, elevadas quantidades de dinheiro, várias viaturas ligeiras e pesadas e no desmantelamento do laboratório”, adianta a PJ.

Os detidos, com idades compreendidas entre os 29 e os 56 anos, vão ser presentes à autoridade judiciária competente para efeitos de primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.

A PJ conta que a investigação iniciou-se na sequência de troca de informação no quadro da cooperação internacional e em estreita colaboração e articulação com as autoridades policiais e judiciárias da Colômbia (Polícia Nacional), Espanha (Polícia Nacional) e Estados Unidos (DEA – Drug Enforcement Administration, HSI – Homeland Security Investigations e CBP – Customs and Border Protection).

Posteriormente, em maio deste ano, a Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ apreendeu 986 quilos de cocaína, transportados num contentor marítimo proveniente da Colômbia e que entrou em território nacional através do Porto de Setúbal.

De acordo com a PJ, no interior do contentor eram transportadas cerca de 20 toneladas de bananas, encontrando-se a droga dissimulada no fundo das caixas de cartão onde a fruta vinha acondicionada.

“No decurso da investigação desenvolvida pela PJ foi possível identificar os responsáveis pela importação da cocaína, tendo, igualmente, sido possível proceder à identificação de outros suspeitos”, é referido na nota.

No âmbito da investigação, foram emitidos pelas autoridades judiciárias competentes 20 mandados de busca domiciliária e não domiciliária assim como quatro mandados de detenção, cumpridos na passada terça-feira.

Num dos armazéns, alvo das buscas realizadas, encontrava-se em funcionamento um laboratório industrial, no interior do qual foram apreendidos cerca de 460 Kg cocaína já processada e 32,5 Kg em processo de transformação.

No local, estavam três homens a trabalhar que foram detidos em flagrante delito.

Foram também apreendidas duas armas de fogo, uma prensa, diverso equipamento laboratorial, elevadas quantidades de produtos químicos e uma elevada quantidade de dinheiro em numerário, segundo a PJ.

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Publicidade em televisão direciona consumidores para os sites das marcas, segundo estudo

De acordo com a análise, as 173 marcas que mediram previamente o tráfego dos seus sites registaram, em média, um aumento de 12% no tráfego durante o mês em que anunciaram na televisão.

A televisão e a publicidade continuam a enfrentar desafios como a fragmentação de audiências ou as dificuldades na medição dessas mesmas audiências. No entanto, a publicidade televisiva pode ser uma boa ferramenta para ajudar as marcas a direcionarem os consumidores para os seus sites e a transformá-los em clientes.

As conclusões são do estudo “Breaking Through – How New Advertisers Are Using TV To Ignite Interest & Turn Consumers Into Customers”, do Video Advertising Bureau, que analisou 201 marcas que anunciaram em televisão pela primeira vez entre abril de 2020 e abril de 2024 nos EUA, sendo que 173 mediram o tráfego do seu site antes do lançamento do anúncio televisivo (28 não o fizeram).

De acordo com o estudo, a televisão continua a ser encarada como um meio importante para a publicidade — nos Estados Unidos foram investidos 4 mil milhões de dólares desde 2021 por um total de 931 novos anunciantes — e as marcas (pelo menos as estreantes a anunciar neste meio) conseguem levar mais consumidores a visitarem os seus sites com este tipo de comunicação.

De acordo com a análise, as 173 marcas que mediram previamente o tráfego dos seus sites registaram, em média, um aumento de 12% no tráfego durante o mês em que anunciaram na televisão, comparativamente com os seis meses anteriores.

A presença em televisão ajudou também a sustentar o aumento deste tráfego mesmo após o mês de lançamento do anúncio, com um aumento de 20% de visitantes únicos mensais, em média, nos meses seguintes, em comparação com os seis meses anteriores ao lançamento da campanha.

No entanto, estes resultados variam consoante o investimento feito. Entre 35 marcas que investiram 500 mil dólares ou menos foi registado um aumento médio de 8% de utilizadores únicos mensais durante o mês de lançamento do anúncio e um aumento médio mensal de 20% ao longo dos restantes meses em que a marca esteve na televisão.

Já 35 marcas que gastaram entre dois e cinco milhões de dólares tiveram um aumento médio de 9% durante o mês de lançamento, e um crescimento médio mensal de 25%. Por outro lado, para as 44 marcas que gastaram 10 milhões ou mais, o aumento foi de 36% no mês de lançamento, enquanto o aumento médio mensal se cifrou em 42% ao longo da campanha.

A televisão ajuda a construir reconhecimento e interesse instantâneo para marcas em crescimento, o que se traduziu em centenas de milhares de potenciais novos clientes para as suas plataformas digitais“, refere-se no estudo.

Mas além do valor investido, o tipo de empresa também tem impacto nos resultados obtidos, com as marcas DTC (direct-to-consumer) – ou seja, as que vendem os seus produtos preferencialmente ou em exclusivo através dos seus próprios canais — a superar a média. As marcas DTC registaram um aumento médio mensal de 622 mil utilizadores únicos nos seus sites, quase o dobro da média geral que se cifrou num aumento de 387 mil.

O estudo sublinha ainda que o investimento das marcas aumentou ao longo do tempo, com os anunciantes que anunciaram pela primeira vez em 2021 a aumentarem os seus investimentos neste meio em 70% nos meses seguintes à estreia. No entanto, cada ano levou a um aumento dos investimentos cada vez menor nos meses seguintes pelos anunciantes – enquanto em 2022, os investimentos aumentaram em 54%, em 2023 o crescimento foi de 37%.

O conteúdo de vídeo longo e produzido profissionalmente mostra consistentemente uma forte capacidade de gerar resultados no ‘mid-funnel‘ [quando os potenciais clientes passam da fase de reconhecimento da marca e ponderam fazer uma compra] através do aumento de pesquisas online pela marca e pelos aumentos significativos no tráfego mensal do seu site“, refere-se ainda no estudo.

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