Municípios da Madeira vão cobrar taxa turística de dois euros a partir do segundo semestre

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2024

Está prevista uma comissão de 2,5% para os estabelecimentos hoteleiros, sendo o valor remanescente transferido para os municípios. A taxa vai entrar em vigor a partir do segundo semestre deste ano.

Os municípios da Madeira vão cobrar uma taxa turística de dois euros a partir do segundo semestre deste ano, indicou esta quarta-feira o presidente da Associação de Municípios das Região Autónoma (AMRAM), Pedro Calado, referindo que este valor é consensual.

Foi aceite que devíamos ter uma aplicação de dois euros por hóspede e por noite, num máximo de sete noites, isentando as crianças até aos 13 anos e também [adultos] por motivos de saúde ou por questões indicadas pela Segurança Social”, disse o responsável, após uma reunião da AMRAM, no Funchal, em que participaram dez dos 11 municípios da região.

De acordo com Pedro Calado, apenas a Câmara Municipal da Ponta do Sol não participou na reunião, na qual “foi aceite de forma quase consensual que se deviam criar regras iguais para todos os municípios”.

O presidente da AMRAM explicou que a cobrança da taxa só deverá entrar em vigor no segundo semestre deste ano, considerando que o processo tem de percorrer vários órgãos municipais e também passa por um período de discussão pública.

Por outro lado, é necessário criar um sistema informático adequado que permita a conjugação com todas as unidades de turismo, sejam quintas da Madeira, alojamento local ou hotéis.

Está prevista uma comissão de 2,5% para os estabelecimentos hoteleiros, sendo o valor remanescente transferido para os municípios.

“Cada câmara municipal fará a sua aplicação [das verbas da taxa] em função do que ficar definido no seu regulamento, mas foi também de entendimento generalizado que essa aplicação deverá ter sempre por base a sustentabilidade ambiental, questões de promoção turística, preservação de espaços verdes e de utilização turística“, esclareceu Pedro Calado.

A taxa turística será cobrada a turistas e residentes.

Na terça-feira, o secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, revelou que o executivo madeirense (PSD/CDS-PP) aponta para uma receita de 10 milhões de euros com a cobrança da taxa turística.

“Neste momento, nós estimamos uma receita de 10 milhões de euros, mas é um processo que está em negociação e em diálogo com os municípios e que, naturalmente, ao longo de 2024, percorrerá o seu caminho”, afirmou o governante, na apresentação do Orçamento da Região Autónoma da Madeira para este ano.

Esta é uma medida que resulta do acordo de incidência parlamentar assinado entre o PAN e a coligação PSD/CDS-PP após as últimas eleições regionais, em setembro do ano passado.

A coligação PSD/CDS-PP ficou a um deputado da maioria absoluta, tendo assinado o acordo para viabilizar o terceiro executivo chefiado pelo social-democrata Miguel Albuquerque.

Atualmente, apenas o município de Santa Cruz, na zona leste da Madeira, liderado pelo JPP, cobra taxa turística.

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Bitcoin oscila com desmentido sobre aprovação de ETF por regulador americano

O presidente do regulador desmentiu a tomada de uma decisão sobre os pedidos de lançamento de um fundo que replica a evolução da bitcoin.

Era um dos anúncios mais esperados pelos investidores de criptomoedas. O aval do regulador norte-americano (SEC) à criação de um ETF, um fundo negociado no mercado, com exposição direta à bitcoin daria um sinal forte ao investimento nestes ativos. Por isso, a divulgação da aprovação no Twitter oficial da SEC, esta quarta-feira, acelerou a valorização das criptomoedas.

Mas os ganhos rapidamente se inverteram, após ter sido noticiado que, afinal, a rede social do regulador foi pirateada e não há qualquer decisão sobre o tema.

Apenas dez minutos depois de um post na rede social do regulador confirmar a aprovação da criação do primeiro ETF de bitcoin, um anúncio rapidamente repercutido na internet e pelas agências de notícias, Gary Gensler, o próprio presidente da SEC, veio desmentir esta aprovação, revelando que a conta da SEC na plataforma X foi “comprometida”.

A conta do Twitter @SECGov foi comprometida e um tweet não autorizado foi divulgado. A SEC não aprovou a cotação e negociação de produtos negociados em bolsa de bitcoin à vista”, garantiu.

Os preços das criptomoedas reagiram com grandes oscilações a estas notícias, com os investidores a mostrarem-se desapontados após o desmentido de que não há, para já, qualquer novidade em relação a este tema. Depois de acelerarem 1,5% após o anúncio falso, publicado às 16:00, hora de Washington, os preços contraíram 3,4% depois do desmentido.

Após este ataque informático à sua conta na rede social, a SEC adiantou que vai conduzir uma investigação, com o objetivo de averiguar as falhas que permitiram esta comunicação “não autorizada”, tomando de seguida medidas para impedir que tal volte a acontecer no futuro.

Segundo a SEC, o post terá sido divulgado por alguém que teve acesso a um número de telefone associado à conta da SEC, acrescentando que a conta não tinha a confirmação em dois passos.

Os investidores continuam, assim, a aguardar a decisão da SEC sobre os novos pedidos para o lançamento de um ETF de bitcoin nos EUA. Cerca de uma dúzia de instituições pediram autorização ao regulador para lançar um fundo que permita replicar o comportamento da criptomoeda. A SEC tem até esta quarta-feira, 10 de janeiro, para emitir uma decisão.

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Ministro da Cultura rejeita apoios “desenhados à medida” da Global Media

Ouvido na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, o ministro da Cultura negou algum mecanismo de apoio direto à Global Media, por desvirtuar a concorrência.

Pedro Adão e Silva rejeita a possibilidade de uma intervenção direta na Global Media, para além de um eventual recurso ao fundo de garantia salarial. “É preciso muita prudência nesta matéria. Aquilo que devemos ter é apoios transversais e não desenhados à medida deste grupo“, reforçou na manhã desta quarta-feira na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, onde foi ouvido por requerimento do PCP e do Bloco de Esquerda.

“Que sinal estaríamos a dar os outros grupos? A grupos onde os acionistas são capazes de compensar perdas, ou têm resultados positivos, ou têm resultados positivos apesar de terem dívidas muito significativas, mas que são capazes de pagar e de gerir a dívida que têm? O que é que estávamos a dizer a esses grupos? É um mercado, apesar de tudo concorrencial”, questiona, defendendo que devem ser estudadas soluções transversais de apoio aos media e não pontuais ou baseadas “em métricas”, como aconteceu com o apoio dado na altura da pandemia.

A compra da Lusa da participação da Global Media e da Páginas Civilizadas na Lusa, que de acordo com o ministro abortou quando o PSD defendeu em declarações ao ECO que devia ser decidida pelo próximo governo, inseria-se nesse propósito.

O modelo que estaria a ser preparado, e do qual Pedro Adão e Silva terá dado conhecimento já em Agosto ao PSD, PCP e Bloco de Esquerda, incluía a disponibilização do acesso à Lusa gratuitamente para todos os meios de comunicação social, justificando que a assinatura da agência é um recurso “muito” significativo para muitos meios. “Permitiria não apenas reduzir esses custos, mas também ter acesso a um conjunto de serviços que neste momento, grande parte dos órgãos de comunicação social deixaram de subscrever, para poupar”, reforçou.

O Estado propôs pagar cerca de 2,5 milhões de euros, valor ao qual era preciso descontar a dívida da dona do DN e do JN à agência, pelas participações da Global Media e das Páginas Civilizadas na Lusa, concretizou o ministro da Cultura, revelando que era essa a proposta na carta que a Direção-Geral do Tesouro entregou no dia 24 de novembro ao ex-presidente executivo do grupo.

As negociações com a Global Media, sempre com Marco Galinha como interlocutor, tiveram início do 1 de agosto, um dia depois do contacto do então CEO do grupo. Nessa altura a tutela foi informada sobre a entrada do fundo na Global Media.

Ter um fundo das Bahamas como acionista parece-me um problema“, confirmou durante a audição. “Sempre foi dito que a negociação devia ser feita antes da entrada dos novos acionistas” e nunca “como forma de resolver problemas de curto prazo de tesouraria, o que seria insólito“, reforçou perante os deputados, alertando também para o “risco” de vir a existir um acionista “hostil” na Lusa.

Sobre uma intervenção na Global Media, cuja situação diz ver com “a maior das preocupações e também perplexidades”, Pedro Adão e Silva remeteu decisões para a ERC. “Temos uma entidade reguladora e o que precisamos é que essa entidade reguladora seja atuante”, repetiu.

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Associação de grandes empresas lança manifesto para mudar modelo de crescimento “quebrado”

Associação Business Roundtable lançou um manifesto para influenciar debate eleitoral. Defende reabilitação das PPP, redução dos impostos sobre o trabalho e simplificação do IRC, entre outras medidas.

A Associação Business Roundtable Portugal (BRP), que representa 41 grandes empresas, apresentou esta quarta-feira um manifesto onde apela à adoção de medidas que permitam elevar para 4% o crescimento médio da economia, valorizar os trabalhadores e promover a escala das empresas. O objetivo é gerar “inquietude”, influenciar o debate eleitoral e mudar um modelo que diz estar “quebrado”.

O “Manifesto por um Portugal mais justo, mais próspero e mais sustentável” parte do diagnóstico de que “desde o início do século Portugal cresceu, em média, menos de 1% por ano”. O país criou 15% de riqueza em termos acumulados neste período, menos de metade de Espanha (34%) e da média europeia (35%).

Para a associação BRP, “um país que não cria riqueza, cria pobreza e falta de oportunidades”, o que leva a que 740 mil portugueses tenham saído de Portugal, em termos líquidos, nos últimos 10 anos.

Com as mudanças certas, a BRP acredita que, “em duas décadas, Portugal poderá competir com os países mais ricos da União Europeia” e aproximar-se deles em termos de PIB per capita. “Se os países europeus continuarem a crescer em linha com a média europeia no período 2000 – 2022 (3%), Portugal terá de crescer 3,9% ao ano para chegar aos 15º lugar em 2043 — esta tem de ser a nossa meta coletiva“, apela o manifesto.

A associação propõe medidas que considera contribuirem para aquela ambição em três domínios: “reconhecer que a criação de riqueza é do interesse público”, “valorizar os portugueses e garantir oportunidades de realização” e “promover o crescimento e escala das empresas nacionais”.

Medidas que quer partilhar com os partidos. “Já tivemos uma reunião. Outras estão em agendamento. Estamos abertos a quem quiser falar sobre estas preocupações”, afirmou Pedro Gingeira do Nascimento, secretário-geral da BRP, na apresentação do manifesto. O momento escolhido, com eleições legislativas dentro de exatamente dois meses, é propositado.

Estas eleições são um momento importante de reflexão para o país e repensarmos o que estamos a fazer. O modelo que temos seguido nas últimas décadas está quebrado. Não podemos insistir nas mesmas opções.

Pedro Gingeira do Nascimento

secretário-geral da Associação Business Roundtable Portugal

“Fizemos um esforço de selecionar uma lista dos principais entraves ao crescimento que devem ser endereçados. Queremos que na discussão sobre os problemas do país e na busca de soluções, os eleitores, os decisores políticos, os media, os comentadores, olhem para estas questões”, afirma o secretário-geral da BRP. “Gostaríamos que as respostas a estes problemas tivessem reflexo no próximo Governo e na Assembleia da República”, acrescenta.

“Estas eleições são um momento importante de reflexão para o país e repensarmos o que estamos a fazer. O modelo que temos seguido nas últimas décadas está quebrado. Não podemos insistir nas mesmas opções”, defendeu Pedro Gingeira do Nascimento.

Questionado sobre se a possibilidade do regresso de um Governo socialista apoiado pelo Bloco de Esquerda e o PCP preocupa a associação, o responsável da BRP considerou que “o mais importante é querer fazer coisas e as coisas certas”, acrescentando que a maioria absoluta foi uma oportunidade perdida. “Podemos ter uma geringonça à esquerda, à direita e ao centro ou governos minoritários que casuisticamente vão conseguindo apoios. O importante é fazer coisas”, reiterou.

Reabilitar PPP, reduzir impostos sobre o trabalho e simplificar o IRC

O manifesto elenca várias medidas em diferentes áreas para acelerar o crescimento. “Sem criação de riqueza não podemos suportar este Estado que queremos ter”, assinala o secretário-geral da BRP. Um dos caminhos é a redução da burocracia. “O Estado tem de ter uma perspetiva de confiança no agente privado em vez de desconfiança no agente privado, que é algo que está muito presente na nossa legislação”, afirma. Pedro Gingeira do Nascimento sublinhou também o contributo que o licenciamento zero teve para o desenvolvimento de setores como o turismo ou o mar.

A associação considera “urgente atuar sobre a lentidão da justiça administrativa e fiscal“, referindo que “são necessários 846 dias para uma decisão de primeira instância em Portugal contra menos de 400 dias em Espanha”. Segundo o manifesto, 5% a 7% do PIB estão pendentes naqueles tribunais. Defende, por isso, um alargamento da arbitragem e uma redução da litigiosidade, que decorre da complexidade e instabilidade do enquadramento administrativo e fiscal.

A dinamização do investimento público e privado é outra das prioridades. O manifesto defende a reabilitação do modelo de Parcerias Público-Privadas, “tornando-o numa opção transparente, flexível e eficaz de concretização do investimento público”. Nos fundos europeus, considera “fundamental garantir que 70% do PT2030 seja para as empresas, que impulsionam a criação de riqueza”.

A associação BRP volta a um tema em que tem insistido: “a redução da penalização fiscal e parafiscal do trabalho”, que considera ser responsável pela saída dos jovens para o estrangeiro. “Temos de resolver a voracidade fiscal do IRS. Temos os ricos mais pobres da Europa. Onde é prioritário começar é pelos primeiros escalões”, defendeu o secretário-geral da BRP. “Quando olhamos para o peso no PIB das remunerações pagas, ele está acima da média europeia, e quando olhamos para o peso das remunerações recebidas pelos trabalhadores, ele está abaixo”, apontou.

Outra medida recorrente é acabar com a progressividade do IRC, que penaliza as empresas que têm a ambição de crescer, e simplificar o sistema. Portugal tem uma taxa efetiva de 18,6%, abaixo da média da OCDE, mas tem “um sistema híper complexo, com regras, exceções e benefícios” para chegar àquela taxa, afirma Pedro Gingeira do Nascimento. “Esta complexidade aproveita ao Estado e quem a sabe navegar. Isso beneficia os que já cá estão, os incumbentes, e inibe a concorrência“, acrescenta. Para o secretário-geral da BRP, a complexidade faz também aumentar a litigiosidade e absorve recursos qualificados da Autoridade Tributária que podiam estar em tarefas de maior valor acrescentado.

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Economia social “encontra-se” no ISCAP para debater inclusão e sustentabilidade

Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto acolhe o primeiro "summit" da economia social, que representa 2,7% do PIB e emprega cerca de 300 mil pessoas em Portugal.

O Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP) vai receber esta sexta-feira o I Summit de Economia Social – Tendências Atuais e Perspetivas Futuras. O evento pretende impulsionar a partilha de experiências e boas práticas entre vários profissionais do setor e estimular o papel da economia social na construção de um futuro mais inclusivo e sustentável.

“A Economia Social tem uma preponderância imensurável na nossa comunidade, em especial destaque na população mais sénior e mais vulnerável e no interior do país. E por sabermos que representa já 2,7% do PIB em Portugal e 6,1% do emprego remunerado, superando os 300 mil trabalhadores, consideramos imprescindível a colocação deste tema na agenda e acreditamos também que surgirão conclusões valiosíssimas deste que é o primeiro encontro do setor”, salienta Manuel Moreira da Silva, presidente do ISCAP, em comunicado.

Manuel Moreira da Silva (presidente do ISCAP), Luísa Salgueiro (presidente da Câmara Municipal de Matosinhos), Manuel de Lemos (presidente da Confederação Portuguesa de Economia Social), Lino Maia (padre e presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade), António Cunha (presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte) e António Tavares (provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto) são alguns dos intervenientes neste debate sobre o estado da Economia Social em Portugal.

O evento culmina com o lançamento do E-book “Práticas Inspiradoras de Gestão e Desenvolvimento de RH em Organizações da Economia Social”, da autoria de Ana Luísa Martinho, docente do ISCAP, socióloga, formadora e consultora em organizações da economia social na Associação A3S.

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Colombo tem novo espaço de coworking gratuito

  • Trabalho
  • 10 Janeiro 2024

Colombo é o primeiro centro comercial gerido pela Sonae Sierra a disponibilizar um espaço de coworking. "My place to cowork" dispõe de 11 pontos de trabalho e a utilização é gratuita.

Os trabalhadores que passem pelo Centro Comercial Colombo têm à disposição um novo espaço de coworking, composto por 11 pontos de trabalho. A utilização é gratuita, mas exige reserva prévia através da aplicação móvel do centro comercial.

“O Colombo inaugurou um espaço de coworking composto por 11 pontos de trabalho: dois individuais, duas mesas de grupo para duas pessoas, uma mesa de grupo para até cinco elementos e um lugar para mobilidade reduzida“, anunciou o centro comercial, numa nota enviada às redações.

O espaço “My place to cowork” está localizado no piso um, junto às lojas ECCO, Quebramar e Maria Croissant. Os interessados têm de descarregar a aplicação móvel do centro comercial e clicar em “reservar espaço em cowork”. Depois, é escolher o dia e a hora pretendidos.

Já para aceder ao espaço, no dia e hora reservados, é apenas necessário fazer scan do QR Code que está à entrada.

“O novo serviço oferece uma experiência cómoda, flexível e sem custos aos visitantes, que podem optar por trabalhar individualmente ou em grupo, num ambiente dinâmico e acolhedor”, detalha o centro comercial, em comunicado.

Com este novo espaço, o Colombo torna-se o primeiro centro comercial gerido pela Sonae Sierra a disponibilizar uma zona específica para cowork.

“O ‘My place To cowork’ vem reforçar o compromisso assumido pelo Centro Colombo em proporcionar experiências diferenciadoras e responder às necessidades dos seus visitantes, numa abordagem inovadora que vai além da vertente comercial. Acreditamos que será um espaço muito utilizado, pelas condições de que dispõe”, refere Paulo Gomes, diretor do Centro Colombo.

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Novo parque empresarial de Leiria prevê criar 300 postos de trabalho

Município de Leiria realça que projeto de Monte Redondo "será o maior parque empresarial do concelho". Primeira fase tem prazo de execução de um ano e um investimento estimado em 3,9 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Leiria adjudicou a execução da primeira fase das infraestruturas do Parque Empresarial de Monte Redondo (PEMR). O projeto tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento económico da região e prevê a criação de 300 postos de trabalho.

“Este será o maior parque empresarial do concelho e, como tal, um importante motor de desenvolvimento económico em Leiria, contribuindo para a atração de empresas para o território e também possibilitando a expansão daquelas que já existem“, afirma Catarina Louro, vereadora com o pelouro do desenvolvimento económico da Câmara Municipal de Leiria.

Citada em comunicado de imprensa, a vereadora realça ainda que o projeto vai “promover a criação de emprego cada vez mais qualificado, impulsionando assim o crescimento empresarial de ponta de inovação”.

Imagem em 3D do Parque Empresarial de Monte RedondoMunicípio de Leiria

A primeira fase, que tem um prazo de execução de um ano, terá um investimento estimado em 3,9 milhões de euros, sendo intervencionados 267.805 metros quadrados e um total de 22 lotes. Serão ainda criadas ruas, três rotundas, estacionamento para veículos ligeiros e pesados, e 60 metros quadrados de zonas verdes.

Após a execução das infraestruturas, o Parque Empresarial de Monte Redondo “ficará dotado de rede viária, redes de abastecimento de água, de águas residuais domésticas e de águas residuais pluviais (em sistema separativo), sinalização, sistemas de gás, de telecomunicações e de eletricidade, e também de elementos paisagísticos, que servirão igualmente os restantes 24 lotes”, detalha a autarquia liderada por Gonçalo Lopes.

Depois de assinado, o contrato de adjudicação será remetido ao Tribunal de Contas, prevendo-se que a obra possa arrancar em abril, segundo a informação partilhada pela autarquia leiriense.

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Portugal é o quarto país da Zona Euro com maior subida do preço das casas

  • Ana Petronilho
  • 10 Janeiro 2024

Entre julho e setembro de 2023, o preço das casas em Portugal subiu 7,6% face ao período homólogo, revela o Eurostat. Mas os dados indicam que esta subida é a menor desde o primeiro trimestre de 2021.

No verão de 2023, o preço das casas em Portugal voltou a subir, mas o aumento regista um ligeiro abrandamento. No terceiro trimestre do ano passado, o preço das casas cresceu 7,6% face ao período homólogo, revelam os dados do Eurostat divulgados esta quarta-feira, o que coloca Portugal na quarta posição dos países da Zona Euro com a maior subida e na quinta posição entre os países da União Europeia.

Mas, os dados do gabinete de estatísticas da UE revelam ainda que esta subida homóloga é a menor desde o primeiro trimestre de 2021, quando os preços das casas cresceram 6% em Portugal e a subida tem vindo a abrandar desde o terceiro trimestre de 2022. Ainda assim, em cadeia os preços da habitação subiram 1,8%.

A subida dos preços das casas em Portugal contraria a tendência da descida homóloga de 2,1% registada entre os países da Zona Euro e da queda de 1% entre os países da UE.

Segundo o Eurostat, entre julho e setembro, há sete países da Zona Euro onde os preços da habitação caíram: no Luxemburgo a queda foi de 13,6%, na Alemanha caíram 10,2%, na Finlândia 7%, na Holanda e na Eslováquia 3,8%, na Áustria 2,2% e em França 1,5%.

A este leque somam-se as descidas homólogas registadas em quatro países da UE que estão fora da Zona Euro. É o caso da República Checa com a descida de 3,5%, da Dinamarca com 0,2, da Suécia com 4,2% ou da Noruega com 0,5%.

Entre as maiores subidas, à frente de Portugal, estão países como a Croácia com 10,9%, a Polónia com 9,3%, a Bulgária com um aumento de 9,2% ou a Lituânia com 8,7%.

De acordo com o Eurostat, desde 2010, o preço das casas subiu 48% ficando acima do aumento de 22% do valor das rendas. Tendência registada em 18 dos 27 Estados-membros da UE.

Durante este período, o preço da habitação mais que triplicou na Estónia, com um aumento de 210%, mais que duplicou (185%) na Hungria, na Lituânia (158%), na Letónia (141%), na Áustria (123%), na República Checa (122%) e no Luxemburgo (107%).

Apenas a Grécia, a Itália e Chipre registaram descida dos preços das casas desde 2010, com 14%, 8% e 2%, respetivamente.

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Tribunal de Sintra tem a primeira Sala de Audiências + Digital

Com este novo modelo, o juiz passa a mostrar o documento de prova que faz parte do processo a todos os presentes na sala através dos ecrãs de alta resolução disponíveis.

O Tribunal de Sintra vai ter a primeira Sala de Audiências + Digital equipada com novas tecnologias. Em comunicado, o Ministério da Justiça explica que este será uma modelo a replicar nos tribunais de maior dimensão.

“A primeira sala de audiências do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, com sede no Palácio da Justiça de Sintra, está pronta a funcionar de forma mais digital, com recurso a novos equipamentos de áudio e vídeo que permitirão a realização de videoconferência e a produção e apresentação facilitada de prova judicial, contribuindo para uma maior proximidade entre os cidadãos e a justiça, mais transparência, e uma melhor experiência de todos os intervenientes“, explicam.

Agora, com este novo modelo, o juiz passa a mostrar o documento de prova que faz parte do processo a todos os presentes na sala através dos ecrãs de alta resolução disponíveis, substituindo a antiga prática de pedir às partes que se aproximassem para o visualizar no processo físico.

“Com estes equipamentos avançados de captação de áudio e vídeo, também a videoconferência será melhorada, assim como a possibilidade de transcrição automática de depoimentos, que iniciará uma nova fase de testagem com tecnologia mais avançada”, explicam.

Esta renovação é o primeiro resultado do investimento em curso, feito no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), num total de 15 milhões de euros previstos para a aquisição de equipamentos destinados a modernizar 1.500 salas de julgamento e de acolhimento e audição de crianças.

O Governo pretende que a “experiência” e “aprendizagem digital” a retirar desta nova sala possa ser replicada nas restantes salas, e considerada no estudo que, ainda no primeiro semestre de 2024, deverá definir o modelo de sala de audiências do futuro.

“Pelas suas particulares exigências, as salas de acolhimento e audição de crianças, têm ainda sido equipadas à luz das orientações extraídas de um estudo prévio que sugere a instalação de equipamento informático e audiovisual – portáteis, colunas, auscultadores, misturadores/pré amplificadores, intercomunicadores wireless, câmaras de filmar e microfones no espaço – e a adequação do mobiliário e do equipamento lúdico e didático às diferentes faixas etárias”, lê-se no comunicado.

Segundo o Ministério, o equipamento tecnológico/audiovisual permite a gravação das declarações prestadas pelas crianças e a comunicação entre o técnico presente no espaço de acolhimento/inquirição, e o magistrado.

“Esta renovação digital das salas de julgamento e de acolhimento e audição de crianças, constitui mais um marco no processo de transformação digital dos tribunais”, sublinham.

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É oficial: Função Pública progride mais rápido, com apenas oito pontos

Foi publicado em Diário da República o novo sistema de avaliação dos trabalhadores do Estado e a valorização dos técnicos superiores, que terão um ganho extra até 210 euros.

É oficial. Os funcionários públicos vão progredir mais rápido já neste ciclo avaliativo de 2023/2024, com apenas oito pontos em vez dos atuais dez, e os técnicos superiores do Estado, incluindo os das Finanças e os do Instituto Nacional de Estatística, terão uma valorização já este ano que dará um ganho salarial adicional até 210 euros, segundos os dois diplomas do Governo, publicados esta quarta-feira em Diário da República.

No que diz respeito ao SIADAP (sistema de avaliação) dos trabalhadores, que entra em vigor neste ciclo avaliativo, e que produzirá efeitos em 2025, alargam-se “substancialmente as percentagens relativas à diferenciação de desempenhos, impulsionando assim o desenvolvimento das carreiras de um maior número de trabalhadores, de 25% para 60% dos trabalhadores abrangidos“, de acordo com o decreto-lei.

“E, paralelamente, promove-se, por via de alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, […] a redução do número de pontos para alteração de posicionamento remuneratório obrigatório, de dez para oito pontos”, lê-se no mesmo diploma.

As quotas de trabalhadores que podem ter notas mais altas não terminaram, como defendiam os sindicatos, mas são alargadas. Neste momento, apenas 25% dos trabalhadores podem ter “bom” e “excelente”, ou seja, mais do que um ponto. Com o novo sistema, esse rácio aumenta para 60%.

Assim, os 60% de funcionários públicos, que são abrangidos pelo SIADAP, o que corresponde a cerca de 286 mil, vão progredir mais rápido. Desses, 30% podem ter “bom”, que dá 1,5 pontos, e 30% são elegíveis para “muito bom”, que atribui dois pontos. A percentagem de funcionários elegíveis para “excelente” (três pontos) passa de 5% para 10% do universo dos 30% que podem ter “muito bom”.

Como resultado destas alterações, a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, antecipa que “muitos mais trabalhadores vão conseguir progredir na carreira”. “Por exemplo, com o atual SIADAP apenas 5% dos assistentes operacionais chegavam ao topo da carreira. Com esta revisão, 60% desses trabalhadores vão poder chegar à última posição. No caso dos assistentes técnicos, 5% conseguiam atingir a última posição e agora 31% destes trabalhadores vão conseguir chegar ao topo”, detalhou a governante em novembro, quando fechou o processo negocial com os sindicatos.

Na carreira de técnico superior, a situação é mais dramática, porque nenhum trabalhador consegue chegar ao topo da carreira. Mas, com o novo SIADAP, “30% poderão atingir as últimas posições remuneratórias”, indicou a governante.

De salientar que o SIADAP não abrange professores, militares (incluindo GNR), magistrados e oficiais de justiça.

O Governo estima gastar 98 milhões de euros em 2025 com a revisão do sistema de avaliação, fatura que será paga pelo Executivo que sair das eleições legislativas antecipadas de 10 de março. A partir de 2026, quando o novo regime for totalmente implementado, abrangendo também os serviços e dirigentes e não apenas os trabalhadores, a despesa global irá ascender a 150 milhões de euros por ano, indicou o ministério da Presidência, tutelado por Mariana Vieira da Silva.

Carreira dos trabalhadores dos serviços excelentes acelera a partir de 2026

Relativamente à avaliação dos serviços e dirigentes, o novo SIADAP só avança em 2025, quando o ciclo avaliativo passar de bianual para anual, com produção de efeitos em 2026.

Assim, daqui por dois anos, 20% dos serviços dos ministérios que podem ser considerados excelentes terão quotas mais alargadas para progressão dos seus trabalhadores. Deste modo, 50% vão poder receber a menção de “muito bom”, que dá dois pontos, enquanto no regime atual apenas 30% são elegíveis para essa nota.

E o rácio de “excelentes” sobe de 10% para 15% dos “muito bons”. Já para a avaliação de “bom”, que atribui 1,5 pontos, e que está limitada a 30% de trabalhadores, deixa de haver quota assim como para a nota de regular, que dá um ponto, e que, no regime normal, tem um rácio de 40%.

Quanto à avaliação dos dirigentes, o Governo vai aumentar os prémios para os chefes de topo da Função Pública com nota máxima, que integrem 20% dos serviços considerados excelentes, em cerca de mil euros, de três mil para quatro mil euros.

Técnicos superiores com salto remuneratório até 210 euros

Outro diploma do Executivo, publicado em Diário da República, indica que “o Governo procede à valorização da carreira geral de técnico superior, através da redução do número de posições remuneratórias, passando das atuais 14 posições remuneratórias para 11”, de acordo com o texto legal.

Isto significa que mais trabalhadores vão conseguir chegar ao topo. Esta mudança dá um aumento salarial adicional, com efeitos já neste mês, entre 52 e 210 euros, sem contar com a atualização anual para 2024, de 52,63 euros para ordenados até 1.754,49 euros e de 3% para vencimentos superiores.

Em causa está o decreto-lei do Governo que valoriza a carreira dos cerca de 70 mil técnicos superiores da Administração Pública, medida que, conjugada com as alterações ao sistema de avaliação de desempenho (SIADAP), permitirá progressões mais rápidas e que mais trabalhadores cheguem ao topo da carreira. Este ano, vão beneficiar do salto remuneratório entre 52 e 210 euros cerca de 9,6 mil trabalhadores, uma vez que só passam automaticamente para a nova tabela salarial os trabalhadores que estão na primeira posição, em mobilidade, e que são, por exemplo, assistentes técnicos que entretanto tiraram uma licenciatura. Os restantes avançam quando tiverem ponto para progredir.

Com esta reformulação da carreira, é eliminada a primeira posição, que está no nível 12, com um ordenado de 1.122,84 euros, e que só serve para as situações transitórias de mobilidade intercarreiras. Na prática, os técnicos superiores licenciados já entram logo na segunda posição, de 1.333,35 euros, e que, no próximo ano, vai subir para 1.385,99 euros, pela atualização salarial.

Assim, 1.250 trabalhadores, que estavam na primeira posição, saltam para a segunda, o que dá um aumento de cerca 210 euros, porque os níveis remuneratórios avançam quatro degraus, do nível 12, com um vencimento de 1.122,84 euros, para o 16, com um salário de 1.333,35 euros. E quem já está nesta segunda posição, que passa a ser a primeira, não muda.

A nona posição, que está no nível 43, com um vencimento de 2.755,84 euros, passa para a oitava posição com um nível superior (46), que dá um ordenado de 2.916,89 euros. Trata-se de um aumento de 161 euros brutos por mês. Do mesmo modo, quem está na 13.ª posição, no nível 55, com um vencimento de 3.400,05 euros, passa para a 11.ª e última posição, no nível remuneratório 58, que corresponde a um ordenado de 3.561,11 euros brutos mensais. Isto significa um avanço de 161 euros.

Noutros casos, os aumentos serão entre 52 ou pouco mais de 100 euros, como é o caso dos trabalhadores que estão na terceira posição, no nível 20, com um ordenado de 1.543,88 euros, e que passam para o segundo patamar, no nível 21, com um vencimento de 1.596,52 euros, o que corresponde a um salto adicional de cerca de 52 euros. Já quem está na quarta posição, no nível 24, com um ganho mensal de 1.754,41 euros, passa para a terceira, mas o nível sobe para 26, com um ordenado de 1.859,67 euros, o que significa um aumento de 105 euros.

Apenas os trabalhadores que transitam para a nova primeira posição da tabela perdem pontos, “em virtude de terem um aumento imediato”, considerando já a atualização remuneratória anual para 2024, de 263,15 euros. Os funcionários que se encontram nas restantes posições vão poder acumular os pontos para futura avaliação, na medida em que só saltam para a o novo nível remuneratório quando puderem progredir por duas vias: quando acumularem os seis pontos, a partir deste ano, se forem elegíveis para o acelerador de progressões, isto é, desde que tenham mais de 18 anos de serviço, tendo sofrido os dois períodos de congelamento das progressões, entre 30 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007 e entre 1 de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2017; ou quando reunirem oito pontos, a partir de 2025, pela avaliação regular do SIADAP.

A valorização da carreira geral de técnico superior terá impacto nas carreiras especiais de técnico superior especialista em orçamento e finanças públicas do Ministério das Finanças e de técnico superior especialista em estatística do Instituto Nacional de Estatística (INE), nas quais se reduz de 14 posições para 12.

A medida terá um impacto financeiro de 16,5 milhões de euros em 2024, num total de 90,3 milhões até 2030, de acordo com os cálculos do Governo.

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Deco acusa operadoras de telecomunicações de falta de transparência sobre aumentos

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2024

As operadoras informaram sobre o aumento mas "nenhuma delas comunicou, de facto, qual o valor desse aumento e o preço futuro a pagar por cada cliente", aponta a Deco.

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) acusou esta quarta-feira as operadoras de telecomunicações de falta de transparência na comunicação das subidas de preços aos clientes, por não terem informado sobre o valor do aumento.

De forma pouco transparente e desadequada“, apontou a Deco, “as três operadoras informaram, quer no respetivo website, quer por e-mail, SMS ou fatura, os seus clientes do aumento, mas, nenhuma delas comunicou, de facto, qual o valor desse aumento e o preço futuro a pagar por cada cliente“, refere a nota enviada aos associados.

Para a associação de defesa dos consumidores, esta forma de comunicação “continua a não ser adequada aos interesses dos consumidores” e, por isso, exigiu à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) que “defina, finalmente, procedimentos para as comunicações de alteração de preço, independentemente de as mesmas estarem ou não previstas no contrato”.

As operadoras de telecomunicações informaram durante os meses de novembro e dezembro que iam aumentar os preços a partir de 01 de fevereiro, num valor indefinido a fixar este mês, de acordo com a taxa de inflação.

Os três principais operadores de telecomunicações Meo (Altice Portugal), NOS e Vodafone Portugal decidiram aumentar os preços este ano, depois de o regulador ter pedido “contenção” na subida.

De acordo com informação disponível no site, a Meo “irá atualizar os seus preços de acordo com as condições contratuais em vigor”. No que respeita às mensalidades de serviços pós-pagos móveis, a atualização entrou em vigor em 1 de janeiro, com o valor mínimo contratualmente previsto de 50 cêntimos com IVA.

Em 1 de fevereiro, será feita a atualização das mensalidades de serviços fixos com televisão e convergentes.

“Aos cartões móveis adicionais será aplicado o valor mínimo contratualmente previsto de 50 cêntimos (com IVA)”, lê-se no site da Meo.

Por sua vez, a NOS explica que “o contexto inflacionista tem vindo a agravar os custos do setor das comunicações” e que, neste contexto, “atualizará o preço dos serviços” segundo o IPC.

“Esta atualização incide sobre as mensalidades de serviços bem como as tarifas extra ‘plafond’” e “os novos preços entrarão em vigor a 1 de fevereiro de 2024 e cada cliente poderá consultar a sua atualização específica no ‘site’ da NOS, a partir de 23 de janeiro de 2024”, adianta.

Também a Vodafone Portugal refere, no seu site, que vai atualizar o preço dos seus serviços de telecomunicações, a partir de 1 de fevereiro de 2024, sendo o aumento calculado através do IPC.

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Taxa Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2024

A taxa Euribor subiu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos.

A taxa Euribor subiu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos. Com as alterações desta quarta-feira, a Euribor a três meses, que avançou para 3,936%, ficou acima da taxa a seis meses (3,902%) e da taxa a 12 meses (3,635%).

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, subiu esta quarta-feira para 3,635%, mais 0,034 pontos do que na terça-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, também avançou esta quarta-feira, para 3,902%, mais 0,011 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou esta quarta-feira face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,936%, mais 0,008 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do BdP referentes a outubro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,8% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,9% e 23,6%, respetivamente.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de dezembro, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a primeira deste ano, realiza-se em 25 de janeiro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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