Stoneshield investe 50 milhões em duas residências universitárias no Porto

Stoneshield Capital, de Filipe Morenés, filho da presidente do Santander, Ana Botín, e de Juan Pepa, investiu 50 milhões na aquisição de duas residências universitárias no Porto, com 500 camas.

Residência Big City Asprela conta com 230 quartos e 251 camas.DR

O fundo liderado por Filipe Morenés, filho da presidente do Santander, Ana Botín, e por Juan Pepa investiu 50 milhões de euros na aquisição de duas residências universitárias no Porto, a Big City Asprela e Milestone Porto Asprela, segundo anunciou esta quarta-feira.

A compra foi concretizada através da ESAF (Evergeen Student Housing Core+), fundo apoiado pela Stoneshield Capital (de Filipe Morenés e Juan Pepa) e financiado por investidores institucionais do UBS Asset Management.

Localizadas junto ao Campus Universitário da Asprela, as duas residências universitárias dispõem de um total de 500 camas, com quartos premium e espaços comuns, cumprindo os requisitos de sustentabilidade do fundo. Vão ser geridas pela Micampus, que já faz a gestão das outras 46 residências detidas pela ESAF, distribuídas por 24 cidades em Espanha e Portugal.

Residência Milestone Porto Asprela tem 200 camas.DR

“O mercado português tem sido um dos principais para a Stoneshield e continua a ser um dos locais de investimento mais atrativos da Europa”, frisou Felipe Morenés, cofundador da Stoneshield Capital, destacando que Portugal apresenta das maiores taxas de crescimento do PIB na região e regista uma evolução positiva da taxa de desemprego, entre outros fatores.

“Planeamos continuar a investir e a apoiar o crescimento das empresas do nosso portfólio no país”, acrescentou o mesmo responsável que co-lidera uma sociedade que gere cerca de três mil milhões de euros de investimentos que vão da habitação até à logística, empregando mais de 1.000 pessoas nas suas operações.

Do total de investimentos, cerca de mil milhões estão alocados nos chamados Purpose Built Student Accommodation (PBSA). “Esperamos duplicar a curto prazo”, apontou o outro co-fundador da Stoneshield, Juan Pepa. O objetivo passa por ser líder do setor PBSA no mercado do Sul da Europa, onde a ESAF conta com mais de 9.200 camas e 53 mil residentes.

“É a região mais carenciada do continente, e com um sistema universitário sólido e em crescimento”, afirmou Pepa.

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Biden admite corrida às presidenciais só por causa de Trump

"Se Trump não se candidatasse, não sei se me candidataria. Não podemos deixar que ganhe, pelo bem do nosso país", disse o presidente norte-americano.

O presidente dos Estados Unidos admitiu que só se candidatará a um segundo mandato na Casa Branca por causa de Donald Trump. Joe Biden, que celebrou o 81º aniversário no passado mês de novembro, admitiu esta terça-feira, numa angariação de fundos em Massachusetts, que não avançaria para uma corrida às presidenciais em 2024 se o seu antecessor não estivesse a preparar uma candidatura apoiada pelos republicanos, nas próximas eleições.

Se Trump não se candidatasse, não sei se me candidataria. Não podemos deixar que ganhe, pelo bem do nosso país“, cita a Bloomberg as declarações do atual inquilino da Casa Branca.

Numa sondagem conduzida pela Ipsos, encomendada pela Reuters e divulgada a 15 de novembro, foi revelado que uma disputa eleitoral entre Joe Biden e Donald Trump seria renhida, com o republicano a ganhar 51% das intenções de voto enquanto o atual presidente conseguiu 49%.

No inquérito, os eleitores inclinados a votar em Joe Biden dizem que o fazem para impedir que Donald Trump regresse à Casa Branca. As eleições nos Estados Unidos estão agendadas para 5 de novembro de 2023, sendo o presidente empossado em janeiro de 2025.

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Lisboa ameaça dificultar entrada de passageiros de cruzeiros se não pagarem taxa turística

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

"É realmente vergonhoso que haja uma resistência tão grande por parte dos operadores a não pagar essa taxa turística", disse Carlos Moedas sobre o turismo de cruzeiros.

O presidente da Câmara de Lisboa lamentou esta terça-feira a resistência dos operadores de cruzeiros na cobrança da taxa turística aos passageiros que desembarcam na cidade e anunciou que, se não o fizerem, vai dificultar as entradas. “É realmente vergonhoso que haja uma resistência tão grande por parte dos operadores a não pagar essa taxa turística”, afirmou Carlos Moedas, referindo-se ao turismo de cruzeiros em Lisboa.

Na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, para apresentar e responder sobre o trabalho do executivo camarário entre setembro e outubro, o autarca foi questionado pela deputada do PS, Simonetta Luz Afonso, sobre a cobrança da taxa turística aos passageiros de cruzeiros. Em resposta, o presidente da câmara disse que é “uma luta comum a todos” para que os cruzeiros paguem a taxa turística, de dois euros por noite, indicando que o valor anual a arrecadar rondará um milhão de euros.

“A partir de janeiro, já anunciei que, se [os operadores de cruzeiros] não o fizerem, eu vou fazer aquilo que tenho no meu poder que é dificultar de certa forma as entradas. Não posso ir para lá à porta a receber dinheiro das pessoas, obviamente isso não faria sentido. Posso dificultar a mobilidade dos próprios autocarros e vou fazê-lo se eles não pagarem”, declarou Carlos Moedas.

Na cidade de Lisboa, a taxa turística começou a ser aplicada em janeiro de 2016 sobre as dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros nas unidades hoteleiras ou de alojamento local. Inicialmente era de um euro por noite, mas a partir de janeiro de 2019 aumentou para dois euros.

Relativamente à eletrificação do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, para minimizar a poluição causada pelo transporte marítimo, o social-democrata indicou que o município está a colaborar com o Governo e explicou que o processo demora porque há muitas instituições à volta da mesa.

A deputada do PS Simonetta Luz Afonso questionou também sobre mobilidade, ação social, cultura, educação e habitação, concluindo a intervenção com palavras de apoio a Carlos Moedas: “Acreditamos no seu empenho e da sua equipa, partilhado connosco [PS] em prol da nossa Lisboa”.

O Partido Socialista, como vossa excelência, senhor presidente, quer uma Lisboa inclusiva, multicultural, cosmopolita e solidária, e como oposição responsável apresentaremos alternativas viáveis e consistentes que respeitem as regras democráticas e as instituições e contribuam para um objetivo comum, que é melhor cidade para todos e para todas”, disse Simonetta Luz Afonso.

Em resposta, Carlos Moedas agradeceu a intervenção da deputada do PS e destacou o “tom de capacidade de falar”, considerando que “é uma das primeiras vezes que isso acontece”.

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“Estado tem de decidir” se quer “aeroporto maior do que o de Frankfurt ou Heathrow”, avisa presidente da ANA

Presidente da ANA avisa para os encargos dos acessos ao novo aeroporto, que Vinci não irá suportar. "Fora do aeroporto tem que se fazer um terceira travessia e ferrovia e a Vinci não pode pagar", diz.

O Presidente do Conselho de Administração da ANA Aeroportos rejeita que a Vinci suporte os custos de construção dos novos acessos para o novo aeroporto, em Alcochete. Em entrevista à TVI, José Luís Arnaut aponta que a terceira travessia sobre o mar e a expansão ferroviária “não podem, legalmente” ser pagas pela Vinci, estando a multinacional responsável apenas pelas obras a nível do “domínio aeroportuário”.

“Fora do aeroporto tem que se fazer um terceira travessia e ferrovia, e a Vinci não pode pagar legalmente, só no domínio aeroportuário“, começou por referir o responsável da ANA, esta terça-feira.

“A ANA vai fazer o que o Governo nos vier chamar, mas o Estado tem de decidir se quer gastar 8 mil milhões num aeroporto maior do que o do Frankfurt, [na Alemanha] ou maior do que o de Heathrow, [em Inglaterra] – que é o que eu gostava – ou se quer fazer os hospitais que não estão feitos”, alertou, dando conta que serão os “contribuintes quem vão pagar” pela obra.

As declarações de Arnaut surgem no dia em que o relatório da Comissão Técnica Independente (CTI) apresentou o relatório preliminar, que será sujeito a consulta pública, e servirá de base para a decisão do Governo sobre o novo aeroporto.

Das nove opções em estudo, a CTI indicou que Alcochete é a que apresenta mais vantagem, com uma primeira fase em modelo dual com o Aeroporto Humberto Delgado, passando depois para uma infraestrutura única na margem sul do rio Tejo.

Já a gestora aeroportuária da multinacional Vinci considerou, à Lusa, que a CTI “assumiu uma orientação, dando uma resposta a uma visão idealista de longo prazo, sem conseguir responder às problemáticas reais e pragmáticas do curto e médio prazo fundamentais para o país”.

A ANA foi ouvida durante os trabalhos da comissão, mas lamentou que tal não tenha acontecido na qualidade de especialista do setor. “Ficaram assim sem qualquer referência várias observações transmitidas à comissão nas matérias económicas, comerciais, operacionais e técnicas”, sublinhou. A ANA informou ainda que vai participar na consulta pública.

Na apresentação do relatório, o primeiro-ministro também avançou que no próximo Conselho de Ministros, antes da demissão do Governo, na quinta-feira, no Porto, será aprovada uma resolução a impor à ANA obras imediatas no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Em reação, a ANA garantiu que vai fazer as obras que o Estado entender necessárias no Aeroporto Humberto Delgado, no entanto manifestou preocupação pela ausência de solução de curto prazo no relatório da comissão técnica do novo aeroporto.

“No Aeroporto Humberto Delgado, a ANA vai continuar a realizar obras necessárias para o seu bom funcionamento, assim como as obras que o concedente entender necessárias”, garantiu a gestora aeroportuária, em comunicado enviado à agência Lusa.

A ANA manifestou-se ainda disponível para ficar “à disposição do Estado Português para partilhar o seu conhecimento das problemáticas complexas deste setor e implementar a solução que será objeto da sua decisão“.

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Santa Maria esclarece que auditoria interna não se resume ao caso das gémeas

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

Auditoria interna "não se centra em casos isolados", indica o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, que indica que o objetivo é "avaliar o sistema de controlo interno em funcionamento".

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) esclareceu esta terça-feira que a auditoria interna sobre o processo de administração de medicação para a atrofia muscular espinhal não se resume ao caso das gémeas luso-brasileiras.

Em 8 de novembro, o CHULN anunciou que “decidiu dar início a uma auditoria interna para aferir sobre os procedimentos que foram realizados antes e durante o tratamento para a atrofia muscular espinhal administrado a duas gémeas em 2020 e que foi alvo de reportagem na comunicação social”. Questionado pela Lusa sobre a auditoria interna, o centro hospitalar afirmou que a investigação “não se centra em casos isolados”.

“O Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte deliberou em novembro de 2023 realizar uma auditoria interna ao processo assistencial de doentes com atrofia muscular espinhal tratados com o medicamento Zolgensma no CHULN, tendo como objetivo avaliar o sistema de controlo interno em funcionamento, abrangendo os procedimentos realizados antes, durante e após o referenciado tratamento”, refere numa resposta escrita.

Adiantou ainda que a auditoria interna ainda está a decorrer e que, enquanto não estiver concluída, assim como as investigações externas também em curso, o CHULN, que integra o hospital Santa Maria, não fará comentários ou dará detalhes sobre qualquer caso.

O caso das gémeas foi revelado numa reportagem da TVI, transmitida no início de novembro, segundo a qual duas crianças luso-brasileiras vieram a Portugal em 2020 receber o medicamento Zolgensma – um dos mais caros do mundo –,- para a atrofia muscular espinhal, que totalizou no conjunto quatro milhões de euros. Segundo a TVI, havia suspeitas de que isso tivesse acontecido por influência do Presidente da República, que negou qualquer interferência no caso.

Na segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa revelou que a correspondência sobre este caso começou em 21 de outubro de 2019 com um email que o seu filho, Nuno Rebelo de Sousa, lhe enviou, sublinhando ter dado um despacho “neutral e igual a que deu em ‘n’ casos”. Acrescentou não ter havido “intervenção do Presidente da República pelo facto de ser filho ou não ser filho”, com a troca de informação junto da Presidência a terminar dez dias depois, em 31 de outubro.

“O que se passou a seguir não sei, para isso é que há a investigação da PGR. E espero, como disse há dias, que seja cabal, para se perceber o que se passou desde o momento em que saiu de Belém”, afirmou. O caso está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República, pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

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Zara lança plataforma de reparação, venda e doação de roupa em segunda mão

  • Capital Verde
  • 5 Dezembro 2023

A decisão faz parte da estratégia de sustentabilidade da marca espanhola. Zara Pre-Owned ficará disponível em todos os mercados onde a Inditex está presente em 2025.

A dona da Zara vai lançar uma plataforma que disponibiliza serviços de reparação, venda entre clientes e doação de peças de roupa usadas, tendo como objetivo “prolongar a vida útil” dos produtos.

De acordo com a nota disponibilizada pela Inditex, atualmente a Zara Pre-Owned está apenas disponível no Reino Unido e em França, mas a perspetiva é de expandir a plataforma “em todos os mercados estratégicos” até 2025, incluindo Portugal.

De acordo com a Portugal Têxtil, a funcionalidade estará operacional a partir da próxima terça-feira, 12 de dezembro, no site e na aplicação da Zara.

Esta iniciativa permitirá aos consumidores pedir a reparação de qualquer peça de roupa usada, independentemente da altura em que foi adquirida. Por sua vez, quem pretende vender ou comprar artigos usados, a plataforma está organizada por categorias, com uma informação detalhada sobre cada produto, incluindo imagens fornecidas pelo vendedor, como já é praticado em algumas plataformas de venda em segunda mão.

Para além de Portugal, esta plataforma estará disponível em Espanha, Alemanha, Áustria, Bélgica, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Finlândia, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Países Baixos.

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Principal fiscalização de rendas é registo dos contratos nas Finanças, diz ministra

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

A governante recordou que "a maior forma de fiscalização é através do seu registo", lembrando "que estes contratos estão sujeitos a imposto de selo e, portanto, são registados no portal das Finanças".

A ministra da Habitação, Marina Gonçalves, disse esta terça-feira que a maior forma de fiscalização da implementação do programa Mais Habitação, nomeadamente no aumento das rendas, é o registo dos contratos nas Finanças, garantindo que a lei é clara.

“Há duas dimensões quando falamos de um aumento de rendas”, adiantou a governante, que esteve no Porto, num debate promovido pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), apontando os novos contratos ou a renovação de contratos.

Há a dimensão dos novos contratos, que é a medida que está no Mais Habitação e que, na verdade, aquilo que diz é que um arrendamento que existia, cujo contrato cessa, e é feito um novo contrato sobre a mesma habitação, essa renda está limitada à renda que existia – independentemente da aplicação dos coeficientes, obviamente, – a um limite de 2%”, garantiu.

No caso das renovações de contratos “há uma segunda dimensão” que são “os contratos existentes” e que estão indexados “àquele que é o termo legal” que “está indexado à inflação e que no próximo ano é de cerca de 6,94%”.

Estes valores só não se aplicam à “nova oferta que existe e que, pela primeira vez é colocada no mercado” e que pertence “ao mercado livre que funciona por si”, destacou, indicando “há um conjunto de benefícios, estão associados a projetos que o Governo no fundo fomentou, como o do arrendamento acessível. Mas estamos sempre a falar de nova oferta, não é oferta que já está no mercado”, esclareceu.

Questionada sobre a forma como irá ser fiscalizado o cumprimento da lei, a governante recordou que “a maior forma de fiscalização é através do seu registo”, lembrando “que estes contratos estão sujeitos a imposto de selo e, portanto, são registados no portal das Finanças”.

A ministra rejeitou que a lei não seja clara ou que abra caminho a aumentos de renda muito superiores a estes limites. “Não há como ser vago, há uma determinação do coeficiente que é legal, ou seja, nem sequer é uma decisão de qualquer entidade ou de Estado do que seja, é o coeficiente decorrente da inflação menos à habitação”, assegurou. Ainda assim, a ministra assegurou que a fiscalização tem sido reforçada, destacando que deve ser garantido “o cumprimento da lei”.

Questionada sobre os atrasos denunciados por empresários de Alojamento Local no sistema para a entrega do comprovativo de atividade, a ministra disse que “nos últimos dias, houve quase uma duplicação do número de pedidos e de remessa da documentação, o que faz que haja alguns constrangimentos na plataforma”, tendo em conta o aproximar do final do prazo. Marina Gonçalves garantiu, no entanto, que sistema “está a funcionar”.

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Aeroporto terá enorme impacto económico na região, diz autarca de Alcochete

Enquanto o autarca de Alcochete está satisfeito com a eventual construção do novo aeroporto na localidade, o edil de Santarém garante que não vai desistir de levar o hub para o concelho.

Apesar de “satisfeito e otimista” por o Campo de Tiro de Alcochete ser a melhor opção para localizar o novo aeroporto intercontinental, o presidente da Câmara Municipal, Fernando Pinto mantém-se “prudente porque se trata de um relatório preliminar e ainda vai decorrer até ao próximo dia 19 de janeiro a consulta pública institucional sobre este processo”.

Além disso, sustentou, “a decisão final será naturalmente do Governo que tomará posse após as eleições de 10 de março e portanto aguarda-se com serenidade”. Mas a ir para a frente, crê, terá um enorme impacto económico no concelho e localidades limítrofes, pois criará emprego e trará mais desenvolvimento económico.

A Comissão Técnica Independente (CTI) identificou Alcochete como a solução com mais vantagem para um ‘hub’ (aeroporto que funciona como plataforma de distribuição de voos) intercontinental, entre as duas opções viáveis, de acordo com o relatório divulgado esta terça-feira.

“O relatório hoje apresentado à comissão técnica independente não tem dúvidas e eu também não tenho de que, de facto, o Campo de Tiro apresenta-se como uma das melhores opções estratégicas para a implementação de um hub intercontinental ainda com a participação do aeroporto Humberto Delgado numa fase inicial”, afirmou o autarca socialista, em declarações ao Eco/Local Online após a sessão de apresentação do documento, em Lisboa.

Entre as mais-valias da localidade está, elencou, “a proximidade com a capital portuguesa que faz do campo de tiro a solução perfeita. O estudo de impacto ambiental dava conta de que o campo de tiro reunia condições extraordinárias”.

Ao ECO/Local Online, o autarca Fernando Pinto deu nota de que “foi desenvolvido um trabalho positivo, mas repleto de muitas adversidades que a comissão técnica independente foi ultrapassando ao longo de um ano de trabalho intenso”.

Não tenho dúvidas de que, de facto, o Campo de Tiro apresenta-se como uma das melhores opções estratégicas para a implementação de um hub intercontinental ainda com a participação do aeroporto Humberto Delgado numa fase inicial.

Fernando Pinto

Presidente da Câmara Municipal de Alcochete

Fernando Pinto acredita que “a população de Alchochete vai ganhar com este aeroporto que traz muitos aspetos positivos e também traz alguns negativos”. “Mas, como responsável pela autarquia de Alcochete compete-me potenciar aquilo que são os aspetos positivos e mitigar os aspetos negativos. Por isso, estou convicto de que a proximidade do concelho de Alcochete ao campo de tiro será naturalmente benéfica, quer por via de criação de emprego que depois gera qualidade de vida“, frisou.

“Este investimento é imperioso e estou tranquilo e otimista; até porque não há nenhuma decisão tomada relativamente a esta matéria”, sublinhou. Mas existe, sim, sustentou, “um trabalho técnico que foi desenvolvido e cujo resultado leva no sentido de apresentar o Campo de Tiro de Alcochete como a melhor opção estratégica”.

Ainda hoje no relatório verificámos que o campo de tiro é a opção que mais segurança permite, quer do ponto de vista da aeronáutica ou do ponto de vista das pessoas, pois não coloca nada nem ninguém em risco.

Fernando Pinto

Presidente da Câmara Municipal de Alcochete

Para o edil estão “reunidas as condições para [se avançar] com investimento que é relevante para o país e para a região de Setúbal“. Até porque, justificou, “ainda hoje no relatório verificámos que o campo de tiro é a opção que mais segurança permite, quer do ponto de vista da aeronáutica ou das pessoas, pois não coloca nada nem ninguém em risco”. Assim sendo, reiterou, “estão cumpridos dois pressupostos que eu defendo integralmente desde o início deste processo que eram cumprirmos com as questões ambientais e a segurança de pessoas e bens”.

Autarca de Santarém não desiste de aeroporto

Já o presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves, garantiu que o processo ainda não terminou e vai continuar a defender a opção da localidade como a melhor para o país. Depois de assistir à apresentação relatório da CTI em Lisboa, o autarca social-democrata afirmou ao ECO/Local Online: “Pelo que estou a ver, a CTI está a fazer o que todos diziam que iria fazer: colocar Alcochete como a melhor solução. Só que as vantagens de Alcochete são potenciais, pois dizem que uma das mais-valias desta solução é a nova travessia sobre o Tejo que ainda não está concluída”.

“Quero acreditar que há coisas que serão revertidas, pois estamos convictos das mais-valias de Santarém”, defendeu o autarca, considerando que “o projeto que mais traria coesão territorial seria o de Santarém”.

Aliás, apontou, “neste momento, Alcochete tem piores acessibilidades do que Santarém. Se colocarem o TGV mais próximo de Fátima seria a questão mais potencial para a solução de Santarém”.

Neste momento, Alcochete tem piores acessibilidades do que Santarém. Se colocarem o TGV mais próximo de Fátima seria questão mais potencial para a solução de Santarém.

Ricardo Gonçalves

Presidente da Câmara Municipal de Santarém

Em declarações à Lusa, o vice-presidente da Câmara de Vendas Novas (distrito de Évora), Valentino Salgado Cunha, considerou, por sua vez, que a localização do novo aeroporto naquela região ou em Alcochete vai trazer benefícios ao concelho, prometendo defender que a infraestrutura deverá ser construída naquele território.

“Aquilo que verificámos [relatório da comissão técnica independente] foi que se destaca naturalmente Alcochete e Vendas Novas, distam um do outro 20 quilómetros em linha reta, os benefícios para a nossa região e para a nossa cidade e concelho são elevados em qualquer uma das opções”, defendeu o também socialista Valentino Salgado Cunha.

Também o presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta (PS), considerou prematuro excluir já o seu município, admitindo que já antecipava algumas dificuldades da solução Montijo + Portela na comparação com outras soluções para o novo aeroporto de Lisboa.

Em declarações à Lusa, o autarca referiu: “É evidente que numa avaliação de longo prazo nós teríamos alguns daqueles princípios em que iríamos ficar aquém de outras soluções, nomeadamente em termos de capacidade de expansão, mas eu acho que neste estudo falta dar resposta um problema essencial: como é que vamos resolver, a curto ou médio prazo, a solução aeroportuária de Lisboa”.

O socialista Nuno Canta não entende porque Montijo sai “prejudicado, porque seria o que teria a melhor condição em termos de celeridade e de execução da obra”.

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BE e PCP criticam demora, Livre defende método. A reação dos partidos ao relatório sobre a localização do novo aeroporto

  • Joana Abrantes Gomes e Lusa
  • 5 Dezembro 2023

O BE acusa o PS e o PSD de "brincar com coisas sérias" e atrasar a decisão do novo aeroporto, com os comunistas a apelar que se avance já para a solução de Alcochete. Livre elogia método da CTI.

Os partidos políticos com assento parlamentar já começaram a reagir ao relatório preliminar sobre as opções de localização para o novo aeroporto de Lisboa, apresentado esta terça-feira pela Comissão Técnica Independente (CTI).

Enquanto o Bloco de Esquerda (BE) e o PCP consideram que o país já está há demasiado tempo à espera por um novo aeroporto, o Livre defende que o método usado pela CTI devia ser usado noutras matérias, como o lítio ou o hidrogénio, e o PAN sai em defesa do critério ambiental, que considera que foi posto de parte. À direita, a Iniciativa Liberal (IL) concorda que decisão seja tomada pelo futuro governo.

Decisão “só faz sentido” ser tomada por novo Governo, diz IL

O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, defendeu por seu turno que a decisão politica sobre a localização do novo aeroporto “só faz sentido ser tomada por um novo Governo”.

Faz sentido que a decisão seja remetida para o novo Governo. Dificilmente seria possível tomar uma posição com o governo atual, faz sentido que haja alguma prudência e seja remetida para novo Governo”, disse o líder liberal aos jornalistas no final de uma visita ao hospital Garcia de Orta, em Almada.

Rui Rocha adiantou que a Iniciativa Liberal sempre defendeu que devia haver primeiro uma posição técnica, que deve agora ser respeitada, seguindo-se o momento da política. “Creio que é mesmo necessário que exista um aeroporto. É necessário respeitar o que foi a posição técnica e é preciso que a política em tempo útil tome uma decisão para que não haja mais atrasos numa infraestrutura fundamental para o país”, frisou.

Bloco diz que PS e PSD “não estão à altura das grandes decisões”

Para o líder parlamentar do BE, as posições do primeiro-ministro, que vai deixar nas mãos do próximo Governo a decisão da localização do novo aeroporto, e de Luís Montenegro, que anunciou a criação de um grupo de trabalho interno no PSD para estudar esta questão, são “caricatas”.

Creio que isto explica, na postura do PS e do PSD, o motivo dos atrasos no nosso país. Andam a brincar com coisas sérias“, atirou Pedro Filipe Soares, em declarações aos jornalistas na Sala dos Passos Perdidos, na Assembleia da República.

O deputado bloquista apontou ainda, sobre o anúncio do presidente dos sociais-democratas de criar um grupo interno de reflexão no partido, que “mostra também como há um cálculo eleitoral que demonstra como não estão à altura das grandes decisões”.

Pedro Filipe Soares criticou, por fim, a demora em chegar à “conclusão mais óbvia”, nomeadamente que a melhor localização para o futuro aeroporto é Alcochete. “Materializa até decisões técnicas anteriores, algumas decisões políticas que nunca foram implementadas”, lembrou.

PCP considera que “já se perdeu tempo de mais”

À semelhança do BE, a líder parlamentar do PCP considera que o país já perdeu “tempo de mais” com a escolha da localização do novo aeroporto de Lisboa, defendendo que se deve avançar “o mais rapidamente possível” para a opção de Alcochete.

Perderam-se 15 anos desde o estudo que foi feito e que apontava a solução da construção do novo aeroporto de Lisboa no campo de tiro em Alcochete“, sinalizou Paula Santos, em declarações à imprensa, apontando que nesse período “foram vários os pretextos e os subterfúgios para não dar concretização à solução que de facto defende o interesse do nosso país”.

A dirigente comunista defendeu que é necessário avançar-se “o mais rapidamente possível” para a solução de Alcochete, salientando que assegura o “desenvolvimento do país, o interesse nacional, o próprio desenvolvimento da TAP” e o hub (plataforma giratória de voos de ligação).

Livre apela à criação de comissões independentes para lítio ou hidrogénio

Já o deputado único do Livre destacou, mais do que os resultados, a metodologia da nomeação de uma comissão técnica independente para avaliar questões importantes como a da escolha do novo aeroporto de Lisboa. “A nossa democracia pode crescer em maturidade, com mais instrumentos de participação pública, com consultas públicas muito participadas como foi esta”, sublinhou Rui Tavares, que falava aos jornalistas na Sala dos Passos Perdidos.

Rui Tavares defendeu, nesse sentido, que seja seguido este método para outras matérias importantes para o país, tais como o lítio, o hidrogénio ou o famoso centro de dados em Sines, pois tornaria as decisões políticas “mais transparentes, mais abertas e mais legitimadas”.

Acerca das conclusões do relatório preliminar da CTI, o deputado lembrou que o Livre “sempre disse que a opção do Montijo era inviável”. “Do ponto de vista ambiental seria trágico para uma zona que é muito sensível e, do ponto de vista do crescimento futuro, da flexibilidade que tal escolha daria ao nosso país, era uma solução com enormes deficiências”, assinalou.

PAN contra solução de Alcochete

Considerando que a CTI não colocou “as preocupações ambientais em primeiro plano”, assim como “a segurança e a qualidade de vida das pessoas”, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, criticou a solução de Alcochete.

Porque “coloca preocupações graves, quer ao nível da desarborização — os cerca de 250 mil sobreiros, bem como o montado, que vão ter de ser destruídos para a construção do aeroporto — a par do impacto do ruído para a qualidade de vida das pessoas“, justificou a deputada única do partido.

O PAN salientou ainda que a construção do aeroporto em Alcochete “compromete um dos maiores aquíferos de água pública do país”, apelando a que haja uma “ampla participação” da população na consulta pública que vai abrir na quarta-feira e se estende até 19 de janeiro.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h04)

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EUA proíbem entrada de colonos israelitas que atacam palestinianos

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

Blinken anunciou a decisão dos EUA de restringirem os vistos às pessoas "envolvidas em minar a paz, a segurança ou a estabilidade da Cisjordânia", bem como aos seus familiares.

Os Estados Unidos anunciaram esta terça-feira a proibição de entrada no seu território de colonos israelitas considerados radicais, acusando-os de serem responsáveis por ataques violentos contra a população palestiniana na Cisjordânia ocupada.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou em comunicado que o seu Governo decidiu restringir os vistos às pessoas “envolvidas em minar a paz, a segurança ou a estabilidade da Cisjordânia”, bem como aos seus familiares. O chefe da diplomacia dos EUA alegou atos de violência dos colonos e tentativas de restringir o acesso dos palestinianos da Cisjordânia a serviços básicos essenciais.

“Sublinhámos ao Governo israelita a necessidade de responsabilizar os colonos radicais que cometeram ataques violentos contra os palestinianos na Cisjordânia”, disse Blinken. O Departamento de Estado norte-americano não revelou o número ou as identidades dos colonos que foram proibidos de entrar nos Estados Unidos.

A Cisjordânia ocupada vive a mais tensa espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-05) – apenas este ano, 467 palestinianos já morreram. A situação agravou-se na sequência da guerra de Israel contra o grupo islamita Hamas em Gaza, que eclodiu em 07 de outubro.

Em 25 de outubro, o Presidente dos EUA, Joe Biden, admitiu estar “alarmado” com os ataques dos colonos contra os palestinianos e exigiu que cessassem imediatamente os seus ataques. “Eles estão a atacar os palestinianos em lugares onde eles têm o direito de estar. Eles têm de parar”, disse Biden.

Na declaração, Binken acrescentou que os responsáveis por “todos os atos de violência contra civis na Cisjordânia sejam responsabilizados, independentemente do autor ou da vítima”. O chefe da diplomacia norte-americana também mencionou a situação em Gaza e sublinhou que os Estados Unidos deixaram claro a Israel que deve tomar medidas para proteger a população civil do enclave palestiniano.

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Podemos rompe com Somar e complica maioria de Sánchez

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

Os cinco deputados do Podemos têm agora as mãos completamente livres para votar o que quiserem e exercer a sua autonomia sem quaisquer restrições. Socialistas desvalorizaram cisão.

O partido espanhol Podemos consumou a sua rutura com o Somar ao juntar-se ao Grupo Misto, o que pode complicar ainda mais a legislatura para a coligação governamental liderada pelo socialista Pedro Sánchez.

Em causa, segundo uma análise política da jornalista Alicia López, da agência noticiosa espanhola EFE, está a possibilidade de os cinco deputados do Podemos terem agora as mãos completamente livres para votar o que quiserem e exercer a sua autonomia sem quaisquer restrições.

Com um executivo assente numa maioria muito precária, os cinco votos do Podemos, com Ione Belarra à cabeça, são tão decisivos como os dos partidos pró-independência ou nacionalistas para poderem fazer passar qualquer iniciativa. Contudo, tanto o Somar como os socialistas do PSOE minimizaram a importância desta decisão radical. O partido de Yolanda Díaz (Somar) não vê qualquer diferença entre estarem fora ou dentro do seu grupo, devido às divergências que se arrastam há meses.

De facto, a decisão tomada pelo partido tem estado em questão desde o verão, na sequência da decisão de vetar a ex-ministra da Igualdade Irene Montero das listas eleitorais para as legislativas de 23 de julho, depois retirá-los da liderança do grupo parlamentar e “expulsá-los do governo” por ordem de Sánchez, segundo o Podemos. A gota de água foi o facto de, esta terça, não terem permitido no Parlamento que Belarra falasse em nome do Somar na presença do ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, tal como tinha pedido.

Os socialistas, porém, também não veem qualquer problema de maior com a rutura do Podemos com o PSOE, porque a maioria governamental continua a ser a mesma, e o único inconveniente é que agora têm de negociar com mais um partido, o que é precisamente outra das exigências de Belarra: ter uma ligação direta com os socialistas.

O grupo Misto, que só tinha três deputados (um do BNG, um da Coalición Canaria e um da UPN), foi apanhado de surpresa por esta decisão, embora tenha passado pela cabeça em algum momento que tal poderia acontecer devido à tensão crescente entre os dois partidos. Para começar, sendo a maioria e devido aos precedentes que existem no Congresso, o Podemos pode de alguma forma ter o controlo do grupo, e o que é claro é que agora terão a voz que não tinham no Somar.

Também terão mais dinheiro, já que cada grupo parlamentar tem um subsídio fixo de 30.346,72 euros por mês (agora dividido por oito em vez de 31) mais um outro variável mensal de 1.746,16 euros. No entanto, o Podemos afirma que o benefício económico não foi determinante e que o facto de terem sido constantemente despromovidos no grupo foi um fator determinante.

O Podemos, que tinha 69 deputados quando concorreu pela primeira vez às eleições legislativas de 20 de dezembro de 2015, acaba agora no Grupo Misto com cinco deputados.

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Fitch sobe rating da Brisa para A com perspetiva estável

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

A empresa destacou que esta decisão reflete “o sólido desempenho operacional e financeiro” da empresa e a sua progressiva desalavancagem.

A agência de notação financeira Fitch subiu o rating da Brisa Concessão Rodoviária (BCR) de “A-” para “A”, com outlook “estável”, foi comunicado este terça-feira ao mercado.

A Brisa – Concessão Rodoviária informa que a agência Fitch Ratings subiu o rating (avaliação) da BCR de A- para A, com outlook [perspetiva] estável”, indicou, em comunicado, a empresa.

A BCR destacou que esta decisão reflete “o sólido desempenho operacional e financeiro” da empresa e a sua progressiva desalavancagem.

Em 21 de novembro, a Moody’s tinha subido o rating da BCR para “A3”, com perspetiva “estável, depois de ter colocado a notação de Portugal no mesmo nível.

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