Sky Portugal tem abertas 53 vagas para estágios de verão

Sky Portugal lança oitava edição do seu programa de estágios, com 53 vagas em Lisboa, Aveiro e Funchal. Candidaturas estarão abertas até 27 de abril.

A Sky Portugal acaba de lançar uma nova edição do seu programa de estágios, disponibilizando 53 vagas para o verão. As candidaturas estarão abertas até 27 de abril, sendo que há oportunidades não só em Lisboa, mas também em Aveiro e no Funchal.

“A Sky Portugal, sucursal da gigante britânica Sky, na área de media, entretenimento e telecomunicações, anuncia a abertura das candidaturas para a oitava edição do seu programa anual de estágios remunerados de verão. O ‘Summer internship program’ arranca este ano a 1 de julho e terá a duração de dois meses“, informa a empresa numa nota enviada às redações.

As vagas disponíveis dirigem-se a candidatos com “diferentes perfis e níveis de conhecimento” em áreas diversas, como desenvolvimento backend, inteligência artificial, engenharia de quality assurance, engenharia de site reliability, gestão de projeto, análise de dados e escrita técnica.

“Esta iniciativa oferece aos estudantes a oportunidade de mergulhar no mundo do streaming de forma prática e imersiva, trabalhando lado a lado com programadores experientes e especialistas das suas respetivas áreas“, sublinha a empresa.

“Os estagiários têm uma participação ativa em projetos reais e no desenvolvimento de funcionalidades que poderão chegar a milhões de utilizadores das plataformas de streaming desenvolvidas a partir da Sky Portugal para todo o mundo”, é detalhado na nota enviada às redações.

No início do mês, a Sky Portugal realizou um dia aberto, que contou com cerca de 155 estudantes universitários.

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Setor da defesa pede ‘task force’ entre ministérios e parcerias externas para dinamizar indústria

Empresas nacionais e eurodeputado social-democrata na Comissão da Segurança e da Defesa do Parlamento Europeu defendem que Finanças, Economia, Educação e Negócios Estrangeiros trabalhem em conjunto.

O Ministério da Defesa deve trabalhar com as tutelas das Finanças, Economia, Educação e Negócios Estrangeiros nos temas da segurança e na dinamização desta indústria, que está em crescimento devido ao contexto de incerteza e ao agudizar das tensões geopolíticas. É a ideia unânime entre o cluster da defesa, o eurodeputado português na Comissão da Segurança e da Defesa do Parlamento Europeu e a empresa nacional Orion Technik, que trabalha na área da engenharia e manutenção, civil e militar.

Presentes na terceira edição da conferência “Relatório Draghi” do ECO, representantes destas três entidades defenderam a criação de uma task force entre ministérios e mais parcerias entre Portugal e o estrangeiro.

O diretor de Operações da OrionTechnik esclarece que essa coordenação entre as várias pastas do Governo é relevante, porque os investimentos têm de ser “desmistificados”: serão os contribuintes a pagar. “Isto tem um custo e em 99% dos casos vai ser pago pelos orçamentos do Estado sejam da União Europeia [UE] ou dos países. A conta será paga pelos orçamentos da defesa. Não existe dinheiro público, como dizia Margaret Thatcher. Existe dinheiro dos contribuintes”, afirmou Francisco Oom Peres.

Na opinião do Chief Operating Officer (COO) da Orion Technik, Portugal deve aproveitar esta fase em que opinião pública está especialmente atenta a estes temas, desde o início da guerra na Ucrânia, para consciencializar a população e os legisladores para a necessidade de mão-de-obra especializada e infraestrutura, até porque tem sido mais fácil ganhar contratos através de mecanismos estrangeiros, como a norte-americana Foreign Military Sales (FMS).

Francisco Oom Peres, COO da Orion TechnikHugo Amaral/ECO

Francisco Oom Peres contou que a OrionTechnik está, desde maio de 2022, a tentar chegar a acordo com a Vinci para uma instalação de manutenção de aeronaves e, provavelmente, terá de fazer o investimento em Sevilha, porque “não há espaço em Beja”. A seu ver, há alguma “dificuldade” na projeção de negócio partindo de Portugal, inclusive em relação a Espanha e Países Baixos. “Os outros dão passos maiores. Temos receio”, atirou.

Cluster propõe compras mais caras e a longo prazo

O presidente do AED Cluster Portugal, José Neves, afirmou que é importante os ministérios “trabalharem em conjunto” até porque as aquisições da defesa devem ser repensadas. “Temos de mudar de paradigma. Fazer compras a longo prazo em vez de comprar mais barato”, sugeriu José Neves.

“Temos pouca economia de escala em Portugal. Não temos de comprar o que está na prateleira, porque ao compramos mais caro estamos a criar mais postos de trabalho e a criar um potencial enorme de exportação”, argumentou o presidente do cluster que tem 140 entidades portuguesas dos setores da aeronáutica, espaço e defesa. O objetivo das compras não deve ser apenas o mais barato no curto prazo mas aquilo que for mais reprodutivo em termos de crescimento económico, como um todo, envolvendo as empresas e o País.

Questionado sobre se Portugal tem capacidade para absorver o nível de subida de investimento, assumir contratos de grande dimensão e se investiria nesta área, José Neves respondeu que sim. “Goste-se ou não, vai ser tendência nos próximos quatro a oito anos”, retorquiu.

José Neves destacou o pilar de integradores na defesa, mencionado que o país tem operadores de end-user que “vão à guerra com contratos” e desenvolvem satélites que competem a nível global, mas é necessário entrar a sério na cadeia de fornecimento europeu. “Para chegarmos aos 2% temos de nos preparar para isso senão transformamos os 2% em despesa e não investimento, porque temos de comprar tudo fora”, assinalou no debate moderado por Tiago Freire, subdiretor do ECO.

José Neves, Presidente do AED Cluster PortugalHugo Amaral/ECO

Segundo o presidente do AED Cluster Portugal, o relatório Draghi sobre a competitividade europeia foi apresentado em setembro e, até abril, “pouco aconteceu” além de terem sido apresentados “papéis”, enquanto decorre uma “guerra” nos mares, com os cabos submarinos no Mar Báltico a ser destruídos e quiçá submarinos russos nas nossas águas sem sabermos.

O eurodeputado Hélder Sousa Silva, membro da Comissão da Segurança e da Defesa do Parlamento Europeu, disse que as forças partidárias do centro político estão alinhadas neste desígnio da importância da defesa e segurança e explicou que os políticos têm de ter “honestidade intelectual” para perceber que a segurança é uma “necessidade básica dos seres humanos” e que o investimento em defesa não é um gasto.

“O PS alinha connosco. Há um centro europeu que defende claramente maior investimento em defesa”, frisou sobre o alinhamento com os socialistas. Ademais, defende também uma task force de ministérios para demonstrar, a nível europeu, que Portugal está organizado através de “um Balcão Único no cluster de defesa”.

Hélder Sousa Silva diz que Portugal tem de se associar a outros players europeus, porque sozinho não vai “conseguir fazer nada”: é necessário escolher os parceiros certos, definir áreas de colaboração e trabalhar em consórcio, sobretudo com o Brasil.

Recém-chegado de uma viagem a Riga, o eurodeputado social-democrata garantiu à audiência no estúdio do ECO que pela Europa “só se fala de segurança e defesa”. “Toda a gente quer apanhar esse comboio”, mesmo no segmento económico da agricultura (segurança alimentar), exemplificou.

Hélder Sousa Silva referiu que o Relatório Draghi e a proposta de investimento de 800 mil milhões de euros por ano foram o “acordar”, até porque no atual Quadro Financeiro Plurianual, o orçamento de longo termo da UE, não havia “dinheiro nenhum” para a área da segurança e defesa além de “uns trocos” da mobilidade militar, o que na prática são verbas para assegurar que as pontes aguentam o peso das artilharias militares se fosse preciso transportá-las.

Hélder Sousa Silva, EurodeputadoHugo Amaral/ECO

 

“Estou preocupado. Cuidado com os países pequenos e médios. Porquê? Há uma tendência da França, Alemanha e Itália e alguns nórdicos estarem a organizar-se a uma velocidade estonteante. E nós falamos muito e fazemos pouco. Somos Ferraris com rodas de bicicleta”, comparou o eurodeputado, deixando ainda um alerta sobre a transposição das diretivas europeias, que com a legislação nacional acrescida aumenta a burocracia e leva a perda de concursos por motivos de secretaria.

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Trump reautoriza pesca comercial em santuário marinho do Oceano Pacífico

  • Lusa
  • 18 Abril 2025

Donald Trump assinou ordem executiva para reautorizar a pesca comercial num vasto santuário marinho no meio do Oceano Pacífico, criado em 2009 e alargado em 2014.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quinta-feira uma ordem executiva para reautorizar a pesca comercial num vasto santuário marinho no meio do Oceano Pacífico, onde se encontra um dos ecossistemas mais vulneráveis do mundo.

Este santuário, designado Monumento Nacional Marinho das Ilhas Remotas do Pacífico, foi criado no início de janeiro de 2009 pelo então presidente George W. Bush e amplamente alargado em 2014 pelo seu sucessor, Barack Obama.

Atualmente, abrange mais de 1,2 milhões de quilómetros quadrados de águas protegidas – quase o dobro da superfície do Texas – em torno de sete ilhas e atóis no Oceano Pacífico.

A pesca comercial e a extração de recursos, incluindo a exploração mineira, eram proibidas, mas a pesca tradicional e recreativa continuava a ser permitida.

Segundo Donald Trump, a proibição da pesca comercial “coloca em desvantagem os pescadores comerciais honestos dos EUA”, ao obrigá-los “a pescar mais longe da costa, em águas internacionais, para competir com frotas estrangeiras mal regulamentadas e fortemente subsidiadas”.

No seu entender, “a pesca comercial devidamente gerida não poria em perigo os objetos de interesse científico e histórico” protegidos pelo santuário”.

As áreas marinhas que constituem o santuário albergam recifes de coral imaculados e muitas espécies ameaçadas de extinção, incluindo aves marinhas e alguns tubarões e baleias.

Segundo a AFP, trata-se de um dos ambientes marinhos tropicais mais imaculados e vulneráveis do planeta, nomeadamente face às alterações climáticas.

Com o decreto de Trump, algumas destas zonas passam a estar abertas à pesca comercial, levantando a proibição em grandes áreas ao largo das ilhas e atóis “para os navios que arvoram o pavilhão dos Estados Unidos”.

As autorizações de pesca podem também ser “emitidas a navios com pavilhão estrangeiro para transportar peixe capturado por pescadores americanos”, refere o decreto.

Neste texto, Donald Trump dá também instruções ao seu governo para “alterar ou revogar todos os regulamentos restritivos que limitam a pesca comercial” no santuário.

Desde o seu regresso à Casa Branca, a 20 de janeiro, o republicano, cético em relação ao clima, tem vindo a atacar numerosas normas ambientais e afirma seguir uma política de desregulamentação para promover a economia, escreve a AFP.

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Marco Rubio avisa que EUA podem abandonar esforços para acordo de paz entre Rússia e Ucrânia

  • Lusa e ECO
  • 18 Abril 2025

Se não houver progresso nos próximos dias, os Estados Unidos podem abandonar os esforços para um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, avisa Rubio. Já JD Vance diz-se otimista.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, avisou hoje que os Estados Unidos podem abandonar os esforços para um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia se não houver progresso nos próximos dias. Já o vice-Presidente dos Estados Unidos, JD Vance, durante uma visita a Roma, disse estar otimista em relação a um cessar-fogo na Ucrânia.

“Temos de determinar nos próximos dias se [a paz] é viável ou não” e, “se não for possível, temos de passar a outra coisa” porque “os Estados Unidos têm outras prioridades”, afirmou Marco Rubio aos jornalistas junto do seu avião no aeroporto de Le Bourget, em Paris.

As declarações do Marco Rubio aconteceram um dia depois do encontro em Paris entre diplomatas norte-americanos e enviados britânicos, alemães e ucranianos, marcado por conversações sobre o conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

“Penso que o Reino Unido, a França e a Alemanha podem ajudar-nos, fazer avançar as coisas e aproximar-nos de uma resolução. Considero que as suas ideias são muito úteis e construtivas”, afirmou o chefe da diplomacia norte-americana, durante as conversações do dia anterior com os aliados de Kiev, em Paris.

“À margem, estaremos prontos para ajudar quando estiverem prontos para a paz, mas não vamos continuar este esforço durante semanas e meses“, avisou, lembrando que esta guerra, desencadeada em fevereiro de 2022 pela invasão da Ucrânia pela Rússia, “está a ter lugar no continente europeu”.

Entretanto, em Roma, JD Vance manifestou este sábado o seu otimismo sobre a evolução das negociações indiretas com Moscovo e Kiev, à margem de um encontro com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

“Quero informar a primeira-ministra sobre as negociações entre a Rússia e a Ucrânia, e também sobre certas coisas que aconteceram nas últimas 24 horas”, declarou Vance, acrescentando: “Não quero prejudicar nada, mas estamos realmente otimistas de que podemos acabar com esta guerra tão brutal“.

EUA admitem alívio das sanções à Rússia em troca de paz

A Bloomberg (acesso pago) avança esta tarde que os Estados Unidos admitem aliviar as sanções que estão impostas, neste momento, à Rússia num acordo de paz na Ucrânia.

Citando fontes da União Europeia, a Bloomberg indica que a proposta dos Estados Unidos prevê que o conflito seria “congelado”, mas as regiões ucranianas hoje ocupadas pela Rússia continuariam sob a alçada de Vladimir Putin. Prevê também que a Ucrânia não entraria na NATO.

Este plano não seria, porém, considerado um acordo final entre a Rússia e a Ucrânia, ressalvam as fontes citadas pela Bloomberg. A proposta terá ainda de ser trabalhada com ambas as partes.

Desde que tomou posse, em janeiro, o Presidente norte-americano fez uma aproximação a Vladimir Putin e diz estar a tentar obter um cessar-fogo rápido na Ucrânia, mas as negociações estão, até agora, num impasse.

Novos ataques russos atingiram várias cidades ucranianas importantes na noite de quinta-feira, matando pelo menos duas pessoas e ferindo 40, de acordo com as autoridades ucranianas.

Kremlin diz que há avanços concretos para acordo de paz com a Ucrânia

O Kremlin já reagiu às declarações feitas hoje pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, considerando que se registaram “progressos concretos” nas negociações com Washington para uma solução pacífica na Ucrânia.

“Acreditamos que se podem registar alguns progressos. Esse progresso está relacionado com a moratória provisória que foi respeitada pela Rússia para não lançar ataques às infraestruturas energéticas”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa telefónica diária.

Peskov sublinhou que foram alcançados alguns acordos nas últimas semanas, embora, “como é óbvio, ainda subsistem muitas discussões complicadas pela frente”.

Ao mesmo tempo, admitiu que a trégua energética de 30 dias “expirou” depois de a Rússia e a Ucrânia se terem acusado constantemente mutuamente de violações.

O porta-voz do Kremlin acrescentou hoje que, quanto a um possível recomeço dos ataques russos às infraestruturas energéticas ucranianas, “de momento não há qualquer outra ordem do comandante supremo, o Presidente (Vladimir) Putin”.

Quanto à declaração do Presidente dos EUA, Donald Trump, de que espera que Moscovo lhes dê “esta semana” uma resposta à proposta de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia, Peskov foi cauteloso. “A questão do acordo com a Ucrânia é complexa. O lado russo é a favor da resolução deste conflito, da defesa dos seus próprios interesses e está aberto ao diálogo”, afirmou.

Peskov também avaliou a reunião trilateral realizada no dia anterior em Paris com a participação de representantes dos EUA, da Europa e da Ucrânia.

“Ultimamente, não temos ouvido quaisquer apelos da Europa à paz. Pelo contrário, têm sido feitos apelos a uma maior militarização da própria Europa e da Ucrânia. O que ouvimos ultimamente dos europeus dificilmente pode contribuir para a procura de formas de resolução”, comentou.

Durante a conversa telefónica de Rubio com o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, no dia anterior, este último garantiu que Moscovo está disposto a continuar a trabalhar com Washington para eliminar as causas profundas do conflito ucraniano.

(Notícia atualizada às 17h25)

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Nova sondagem põe AD na frente, mas sem maioria à direita

  • ECO
  • 18 Abril 2025

Nova sondagem atribui 33% das intenções de voto à AD. Com os 4% previstos para os liberais, maioria à direita não está assegurada. Já o PS reúne 29% das intenções de voto.

A coligação que junta o PSD ao CDS-PP mantém a vantagem face ao PS, mas a maioria à direita continua distante, de acordo com uma nova sondagem divulgada esta sexta-feira pelo Expresso.

Este novo estudo de opinião foi feito na semana de arranque dos debates entre os candidatos às eleições legislativas marcadas para 18 de maio pelo ICS em parceria com o ISCTE — para o referido semanário e para a SIC –, e indica que a AD reúne, neste momento, 33% das intenções de voto, enquanto o PS conta com 29% (excluídos os abstencionistas e feita a imputação dos indecisos).

Com uma margem erro de 3,5% para cada um dos partidos, o relatório da sondagem admite, porém, que “a diferença entre estas estimativas não é estatisticamente significativa“. Entre os demais partidos, o Chega mantém-se em terceiro lugar (21%), seguindo-se a Iniciativa Liberal (4%), a CDU (2%), o Bloco de Esquerda (2%), o PAN (2%) e o Livre (1%).

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Pedro Nuno Santos espera ser ouvido pelo Ministério Público antes da campanha

Pedro Nuno Santos atira: "não me podem comparar a mim com Luís Montenegro". E avisa que "a equivalência que se faz entre políticos destrói a própria democracia".

Pedro Nuno Santos insistiu esta sexta-feira que “não há qualquer tipo de equivalência” entre a averiguação preventiva às duas casas que comprou em Lisboa e Montemor-o-Novo e o caso Spinumviva, que envolve Luís Montenegro. Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral do PS sublinhou que, em campanha eleitoral, é importante avaliar o perfil dos candidatos, mas avisou que “a equivalência que se faz entre políticos destrói a própria democracia”. Sinalizou ainda que espera ser ouvido pelo Ministério Público antes da campanha.

A avaliação dos líderes é fundamental numa campanha. Percebo que o PSD não queira falar do perfil dos candidatos, mas tem de falar. Quando vamos para uma campanha eleitoral, avaliamos um projeto e quem o vai liderar. Não é um tema irrelevante“, começou por afirmar Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas transmitidas pela CNN.

Não há em nenhum dos casos qualquer tipo de equivalência“, acrescentou. “Não me podem comparar a mim com Luís Montenegro“, insistiu o político.

Esta semana, foi noticiado que o secretário-geral do PS foi alvo de uma averiguação preventiva por parte do DCIAP, “na sequência de receção de denúncias e tendo em vista a recolha de elementos”.

Está em causa a aquisição de dois imóveis, um em Lisboa e outro em Montemor-o-Novo, cuja documentação foi, entretanto, publicada online pelo próprio, no site da campanha socialista. Quanto à origem dos fundos para a aquisição destes imóveis, esta amanhã, o Correio da Manhã avança que Pedro Nuno Santos garante que 70 mil euros dos 245 mil euros da compra da sua primeira casa, em Lisboa, foram pagos “com recurso a capitais próprios da família“.

O líder socialista já assegurou também que não foge ao escrutínio e que está disponível para o mesmo, ao contrário, atirou, do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que acusou de não o fazer.

Esta sexta-feira, o secretário-geral do PS foi ainda questionado se já entregou um requerimento para ser ouvido pelo Ministério Público sobre a averiguação preventiva. “O requerimento ainda não foi entregue, mas será entregue na próxima semana”, respondeu, manifestando a esperança de poder ser ouvido antes do início do período da campanha eleitoral para as legislativas, que começa oficialmente em 04 de maio.

“Acho que era importante, até porque ontem [quinta-feira] foi noticiado um arquivamento sobre o mesmo caso, com base supostamente nas mesmas notícias, há um ano. Portanto, obviamente isto tem impacto, confunde as pessoas, e é injusto, porque precisamos de ter todos os dados para fazer as nossas escolhas”, referiu, frisando ser “do interesse de todos” que o seu caso seja clarificado.

“Pacto nacional” para o envelhecimento

Esta sexta-feira, Pedro Nuno Santos aproveitou também para reforçar a promessa de, caso vença as eleições marcadas para maio, avançar com aumentos extraordinários permanentes das pensões, “sempre que a capacidade orçamental do Estado o permita”.

Foi o que fizemos quando estávamos no poder e também quando estávamos na oposição“, lembrou o socialista, que critica a posição da AD, que tem prometido suplementos extraordinários (não permanentes) aos pensionistas, caso a execução orçamental o permita.

Por outro lado, o secretário-geral do PS defendeu hoje um “pacto nacional” para lidar com as questões do envelhecimento e criticou a “situação de instabilidade e caos” no SNS, com 15 urgências fechadas este fim de semana, responsabilizando o primeiro-ministro.

Pedro Nuno Santos lamentou que, neste período de pré-campanha, se esteja a falar “muito pouco dos mais velhos”, considerando que é preciso dar “mais atenção” à questão do envelhecimento da população. “Deve haver um pacto nacional para esta área”, disse, frisando que é preciso reforçar os apoios sociais para as camadas mais velhas da população e “voltar a fazer o investimento que o país fez durante muitos anos” para alargar a rede de lares de terceira idade.

Além deste investimento nos lares, Pedro Nuno Santos referiu que é também necessário integrar os cuidados sociais e os cuidados de saúde e passar-se de um “sistema que está centrado no hospital para que esteja centrado cada vez mais na comunidade”.

“Isso significa que nós precisamos de equipas multidisciplinares, com médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, que façam acompanhamento dos doentes crónicos e dos mais velhos nas suas casa, quando isso é possível”, disse.

O secretário-geral do PS disse que isso seria não só melhor para os próprios, mas também para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), porque “evita que as pessoas tenham de recorrer aos hospitais ou às urgências e melhora a qualidade de vida dos doentes”.

Além da atenção às pessoas mais idosas, Pedro Nuno defendeu que o pacto nacional para o envelhecimento deve também procurar valorizar as pessoas que trabalham nos lares e nas IPSS, considerando que o país “tem uma dívida para com esses homens e mulheres”.

(Notícia atualizada às 15h17)

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Justiça dos EUA determina que Google monopolizou mercado da publicidade na Internet

  • Lusa
  • 18 Abril 2025

Juíza concluiu que "Google se envolveu conscientemente numa série de ações anticoncorrenciais para alcançar e manter o poder de monopólio nos mercados de servidores de anúncios".

Uma juíza federal norte-americana concluiu que a Google monopolizou o mercado da publicidade online, dizendo que a gigante tecnológica norte-americana “executou intencionalmente uma série de ações anticoncorrenciais” e causou “danos significativos” aos seus clientes.

O Governo de Joe Biden processou a Google em janeiro de 2023 num tribunal federal na Virgínia (leste dos Estados Unidos), exigindo que o grupo fosse forçado a alienar os seus bens.

O julgamento foi concluído em novembro de 2024 com a apresentação dos argumentos finais pelo governo dos EUA e pela Google, após três semanas de audiências sem júri, em setembro.

Os demandantes provaram que a Google se envolveu conscientemente numa série de ações anticoncorrenciais para alcançar e manter o poder de monopólio nos mercados de servidores de anúncios e de troca de anúncios na Internet“, concluiu a juíza numa decisão de 115 páginas divulgada hoje.

“Durante mais de uma década, a Google ligou o seu servidor de anúncios e as suas bolsas de anúncios através de cláusulas contratuais e integração tecnológica, o que permitiu à empresa estabelecer e proteger a sua posição monopolista em ambos os mercados”, continuou.

Segundo a magistrada, o grupo também “garantiu o seu monopólio impondo políticas anticoncorrenciais aos seus clientes e eliminando características favoráveis de determinados produtos”. Concluiu que, ao fazê-lo, a Google causou “danos significativos” aos seus clientes e impediu que os rivais competissem com ela.

A juíza deu um prazo de sete dias para que as partes apresentem um cronograma para a continuação do procedimento, de forma a determinar as soluções para esta situação. Depois, pronunciará a sua sentença.

A gigante tecnológica já indicou que pretende recorrer da decisão, num comunicado enviado à agência France-Presse (AFP) pela vice-presidente, Lee-Anne Mulholland.

“Ganhámos metade deste caso e vamos recorrer da outra metade. Discordamos da decisão do tribunal em relação às nossas ferramentas de publicação”, acrescentou.

O desfecho do caso pode ser determinado pela nova administração e o presidente Donald Trump deu a entender, em outubro, que não era a favor da divisão da Google, sublinhando que penalizaria os Estados Unidos no panorama internacional.

Por volta das 17:15 (hora de Lisboa), as ações da Alphabet, empresa-mãe da Google, caíam 1,26% na bolsa de Nova Iorque.

O governo norte-americano acusou a Google de controlar o mercado de anúncios em banners em sites, incluindo os de muitos meios de comunicação, e de usar isso para cobrar preços artificialmente elevados e partilha injusta de receitas.

Segundo a acusação, o grupo apoiou-se em três softwares de gestão de publicidade considerados essenciais pela maioria dos sites. A advogada da Google, Karen Dunn, denunciou a interpretação errónea da lei por parte do ministério.

A empresa alegou que o caso se baseava numa versão desatualizada da Internet, ignorando o contexto atual, onde os anúncios são também colocados nos resultados de pesquisa, aplicações móveis e redes sociais.

Noutro julgamento, um júri de um tribunal federal em Washington considerou o Google culpado de práticas anticoncorrenciais em pesquisas na Internet. Aguarda ainda que o magistrado decida sobre as restrições que lhe serão impostas.

As autoridades, que processaram a Google em 2020, exigiram que a empresa se desfizesse do browser Chrome. Também querem proibi-lo de fazer acordos com fabricantes de smartphones para instalar o seu motor de busca por defeito.

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Tarifas. BRICS juntos contra barreiras comerciais agropecuárias

  • Lusa
  • 18 Abril 2025

Declaração conjunta indica que bloco BRICS quer "trabalhar para fortalecer um sistema de comércio multilateral baseado em regras, não discriminatório, aberto, justo, equitativo e transparente".

O bloco dos BRICS ratificou na quinta-feira uma declaração conjunta no qual garantiram esforços para “remover as barreiras comerciais que são inconsistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio”.

“Estamos empenhados em remover as barreiras comerciais que são inconsistentes com as regras da OMC e em trabalhar para fortalecer um sistema de comércio multilateral baseado em regras, não discriminatório, aberto, justo, inclusivo, equitativo e transparente”, lê-se na declaração conjunta da conclusão da reunião ministerial de Agricultura, que decorreu na quinta-feira em Brasília.

Mais cedo, em declarações à imprensa, o ministro da Agricultura do Brasil disse hoje acreditar que a postura de afrontamento dos EUA e o seu “protecionismo sem precedentes” vai fortalecer ainda mais o bloco dos BRICS (grupo de países emergentes).

“Isso motiva-nos ainda mais para o fortalecimento desse bloco geopolítico. A afronta neste momento, por parte do Governo norte-americano, e um protecionismo sem precedentes, certamente nos induz ao fortalecimento do bloco e buscar novas oportunidades”, frisou Carlos Fávaro, à margem de uma reunião dos ministros da agricultura deste bloco, que este ano é presidido pelo Brasil.

No Palácio do Itamaraty, em Brasília, citado pela imprensa local, o ministro brasileiro sublinhou ainda que o conflito comercial iniciado pelos EUA contra a China pode favorecer o mercado agropecuário brasileiro, que já é um dos maiores exportadores mundiais.

Este compromisso surge numa altura de extrema incerteza internacional, em resultado da guerra comercial desencadeada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, que impôs uma tarifa universal de 10%, embora a tenha aumentado para 145% para a China, membro dos BRICS.

Perante esta situação, os ministros da agricultura do chamado grupo de economias emergentes sublinharam que “o comércio global e o investimento continuam a ser importantes motores do crescimento agrícola”.

Por outro lado, concordaram em “reforçar as reservas alimentares”, investir em infraestruturas para o armazenamento de alimentos, promover “instrumentos de política pública com apoio a preços mínimos” e monitorizar os custos de produção para garantir o acesso a fatores de produção essenciais.

Desta forma, os países membros do grupo “procuram enfrentar a volatilidade dos preços, identificada como um dos principais desafios à segurança alimentar global”, segundo o governo brasileiro em comunicado de imprensa.

Ainda na declaração conjunta, os 11 países membros reforçaram o compromisso de que, em situações excecionais que afetam um dos países membros, como a escassez de alimentos ou aumentos súbitos de preços, serão ativados mecanismos de cooperação para ajudar a nação afetada.

O fórum BRICS foi fundado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e inclui agora o Egito, os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia, o Irão e a Indonésia, bem como a Arábia Saudita, que foi convidada mas ainda não confirmou a sua adesão.

A reunião ministerial em Brasília terminará com a assinatura de um documento, que será depois discutido na cimeira que os chefes de Estado e de Governo dos BRICS realizam a 06 e 07 de julho no Rio de Janeiro.

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China interrompe importações de gás liquefeito dos EUA

  • Lusa
  • 18 Abril 2025

Guerra comercial entre Pequim e Washington se estendeu também à cooperação energética, com as importações chinesas de GNL provenientes dos EUA a estarem completamente interrompidas.

As importações chinesas de gás natural liquefeito (GNL) provenientes dos EUA foram completamente interrompidas há mais de dez semanas, indicando que a guerra comercial entre Pequim e Washington se estendeu também à cooperação energética.

Desde que um navio-tanque com 69.000 toneladas de GNL, oriundo de Corpus Christi, no Texas, chegou à província de Fujian, no sudeste da China, em 6 de fevereiro, não se registaram mais carregamentos entre os dois países, segundo uma análise do jornal Financial Times a dados do transporte marítimo.

Um segundo navio-tanque foi redirecionado para o Bangladesh, depois de não ter chegado ao destino, pouco antes de a China impor uma tarifa de 15% sobre o gás norte-americano, a 10 de fevereiro.

Desde então, as taxas alfandegárias aumentaram para 49%, tornando o GNL dos EUA economicamente inviável para os compradores chineses.

Durante o primeiro mandato do Presidente Donald Trump (2017–2021), as importações de GNL dos EUA pela China já tinham sido suspensas por mais de um ano, num período igualmente marcado por tensões comerciais entre os dois países.

O atual impasse poderá ter implicações de longo alcance, ao reforçar os laços energéticos entre Pequim e Moscovo e levantar dúvidas sobre a viabilidade da vasta expansão de terminais de GNL nos Estados Unidos e no México, projetos avaliados em milhares de milhões de dólares.

Desde a invasão da Ucrânia, a China tem importado apenas uma percentagem relativamente baixa do seu GNL dos EUA, com várias empresas chinesas a optarem por revender o gás para a Europa, aproveitando margens de lucro mais elevadas.

No ano passado, apenas 6% das importações chinesas de GNL tiveram origem nos Estados Unidos, contra um pico de 11% em 2021, segundo o Financial Times.

Empresas como a PetroChina e a Sinopec assinaram anteriormente 13 contratos de longo prazo com terminais norte-americanos, alguns dos quais com validade até 2049. Estes acordos foram fundamentais para viabilizar grandes projetos de GNL nos EUA.

Zhang Hanhui, embaixador da China em Moscovo, afirmou no início da semana que a China deverá aumentar as suas importações de GNL russo.

“Sei com certeza que há muitos compradores. Tantos estão a pedir à embaixada ajuda para estabelecer contactos com fornecedores russos, que penso que haverá definitivamente mais importações”, afirmou o diplomata.

A Rússia é atualmente o terceiro maior fornecedor de GNL à China, a seguir à Austrália e ao Qatar. Os dois países estão também a negociar a construção de um novo gasoduto, o Poder da Sibéria 2.

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Entre o ouro e o âmbar: a CR&F XO Fine & Rare que transforma a tradição em arte

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 18 Abril 2025

João Portugal Ramos assina a 4ª edição da CR&F XO Fine & Rare, uma aguardente que homenageia a tradição portuguesa com um perfil moderno e um carácter irrepetível.

A arte de criar aguardente, como a de compor um grande perfume ou um relógio raro, exige tempo, rigor e sentido de detalhe. A nova edição limitada da CR&F XO Fine & Rare, lançada agora pela mão de João Portugal Ramos, é um tributo à obsessão pela perfeição, uma celebração do saber fazer português, com origem num terroir singular — a Região Demarcada da Lourinhã, única no país, e irmã das célebres Cognac e Armagnac, em França, a que João Portugal Ramos chamou de Lourinhac.

Num estojo onde tradição e modernidade se entrelaçam — com serigrafia a ouro, gargantilha numerada e lacre histórico —, esta edição surge a tempo da Páscoa, pronta para celebrar momentos a vida à mesa. Destacando-se pela cor dourada intensa e reflexos âmbar, resultado do prolongado estágio em barricas de carvalho francês e nacional, no nariz, revela notas elegantes de frutos secos, como nozes e amêndoas torradas, envolvidas em nuances de baunilha, caramelo e especiarias. A influência Atlântica da região nota-se ainda num leve toque iodado e salino. No palato, a textura sedosa e equilibrada confirma os aromas, com destaque para o fruto seco tostado, mel e chocolate negro. A acidez bem integrada confere frescura e prolonga o processo de degustação, enquanto as notas de madeira nobre e especiarias acrescentam estrutura e sofisticação. O seu fim de boca é longo, persistente e harmonioso, deixando uma sensação de calor e elegância. É a companhia ideal para iguarias como o bolo de noz, o figo ou o tradicional folar da Páscoa.

A aguardente XO Fine & Rare é uma história engarrafada: da minúcia do processo de destilação ao envelhecimento em madeiras nobres, da escolha rigorosa das castas à alquimia da mistura final. Uma obra-prima para apreciadores exigentes — ou simplesmente para quem sabe que há prazeres que merecem ser raros.

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Tarifas. Governo Trump impõe novas taxas aos navios de fabrico chinês que atracam nos EUA

  • Lusa
  • 18 Abril 2025

Navios de fabrico chinês terão de pagar novas taxas quando atracarem nos portos dos EUA. Medida entrará em vigor dentro de 180 dias.

Os proprietários e armadores de navios de fabrico chinês terão de pagar novas taxas quando atracarem nos portos dos EUA, uma medida que entrará em vigor dentro de 180 dias e cujos valores aumentarão gradualmente.

Os proprietários e operadores chineses de embarcações não fabricadas na China também serão afetados, revelou na quinta-feira o gabinete do representante comercial da Casa Branca (USTR, na sigla em inglês), em comunicado.

Estas taxas serão cobradas por visita aos Estados Unidos — e não em cada porto americano visitado — e no máximo cinco vezes por navio por ano.

O USTR também planeou uma tarifa específica para as embarcações que transportam veículos, que também entrará em vigor dentro de 180 dias, e para as que transportam gás natural liquefeito (GNL), mas cuja cobrança só começará daqui a três anos e aumentará de forma faseada ao longo de 22 anos.

“O USTR tomou hoje medidas específicas para restaurar a construção naval americana e abordar as ações, políticas e práticas irracionais da China para dominar os setores marítimo, logístico e de construção naval”, pode ler-se, no comunicado.

O ex-presidente Joe Biden encarregou o USTR de investigar “as práticas desleais da China nos setores da construção naval, transportes e logística”.

Esta investigação foi mantida pelo seu sucessor, Donald Trump, que anunciou também no início de março a criação de um Gabinete de Construção Naval a anexar à Casa Branca.

Dominante no final da Segunda Guerra Mundial, a indústria naval norte-americana foi decaindo gradualmente e representa agora apenas 0,1% da construção naval a nível global, agora dominada pela Ásia, com a China a construir quase metade dos navios lançados, à frente da Coreia do Sul e do Japão.

Os três países asiáticos são responsáveis por mais de 95% dos navios civis construídos, de acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

Este anúncio surge em plena guerra comercial entre Washington e Pequim. Donald Trump afirmou na quinta-feira que “todos os países” querem negociar as tarifas aduaneiras, “incluindo a China”, com a qual o conflito comercial se agravou e as taxas foram reciprocamente aumentadas até 145%.

O Ministério do Comércio da China adiantou na quinta-feira que mantém “comunicação constante” com os seus homólogos norte-americanos e reiterou que Pequim está “aberta a consultas” com Washington se estas se basearem no “respeito mútuo”.

Também hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Lin Jian disse que as “tarifas recíprocas” adotadas pelos EUA “perturbam seriamente a ordem económica mundial e o sistema comercial multilateral”, bem como “os interesses e o bem-estar das nações de todo o mundo”.

A guerra comercial desencadeada pelo Presidente dos Estados Unidos intensificou-se a 02 de abril, com o anúncio de “tarifas recíprocas” sobre o resto do mundo, uma medida que retificou uma semana depois, face à queda dos mercados e ao aumento do financiamento da dívida norte-americana.

Mas enquanto suavizava a sua ofensiva com a maioria dos países, aplicando uma tarifa generalizada de 10%, decidiu aumentar as taxas alfandegárias sobre a China, que retaliou com mais taxas.

Washington impôs taxas de 145% sobre as importações chinesas, enquanto Pequim aumentou as suas taxas sobre os produtos norte-americanos para 125%.

Os EUA decidiram, entretanto, isentar muitos produtos tecnológicos chineses, embora Trump tenha anunciado a aplicação de tarifas sobre os semicondutores “num futuro próximo”.

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EUA e Ucrânia assinam memorando sobre acesso a recursos naturais e minerais

  • Lusa
  • 18 Abril 2025

EUA e Ucrânia assinaram "memorando de intenções" com o objetivo de concluir um acordo complexo sobre o acesso aos recursos naturais e minerais da Ucrânia.

Washington e Kiev assinaram esta quinta-feira um “memorando de intenções” com o objetivo de concluir um acordo complexo sobre o acesso aos recursos naturais e minerais da Ucrânia, anunciou a vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko.

“Temos o prazer de anunciar a assinatura, com os nossos parceiros americanos, de um memorando de intenções que abre caminho a um acordo de parceria económica e à criação do Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia”, declarou na rede social X, Yulia Svyrydenko.

Os Estados Unidos e a Ucrânia tinham planeado assinar um acordo sobre a extração de minerais estratégicos da Ucrânia há várias semanas, mas uma disputa entre o Presidentes dos EUA, Donald Trump e o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, em fevereiro, suspendeu temporariamente os trabalhos sobre o acordo.

Trump quer o acordo, que tem como objetivo dar aos EUA parte dos lucros da exploração de recursos ucranianos e minerais raros, como compensação pela ajuda dada à Ucrânia pelo seu antecessor, Joe Biden.

Svyrydenko não divulgou detalhes do memorando, mas disse que o trabalho estava a ser feito para chegar a um acordo final.

“Esperamos que o Fundo se torne um instrumento eficaz para atrair investimentos para a reconstrução do nosso país, modernizar as infraestruturas, apoiar as empresas e criar novas oportunidades económicas”, afirmou.

“Ainda há muito trabalho a fazer, mas o ritmo atual e os progressos significativos permitem esperar que o documento seja muito benéfico para ambos os países”, afirmou Svyrydenko.

As autoridades americanas afirmam que o reforço dos interesses comerciais dos Estados Unidos na Ucrânia ajudará a dissuadir futuras agressões russas em caso de cessar-fogo. Kiev está a exigir garantias militares e de segurança concretas como parte de qualquer acordo para pôr fim à guerra de três anos.

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