Lucros da Netflix sobem 23,9% para 2,89 mil milhões de dólares

  • Lusa
  • 18 Abril 2025

Nos primeiros três meses do ano, a Netflix registou um aumento homólogo dos lucros em 23,9%, para 2,890 mil milhões de dólares.

A Netflix apresentou hoje os números do seu desempenho trimestral, que indicam um aumento homólogo dos lucros em 23,9%, para 2,890 mil milhões de dólares, e das receitas em 12,5%, para os 10,543 mil milhões.

Para o segundo trimestre do ano, a empresa antecipa um aumento das receitas em 15%, para os 11,035 mil milhões, devido ao aumento de preços e de assinantes da plataforma.

Para o conjunto do ano, a previsão é de aumento das receitas para o intervalo entre 43,5 e 44,5 mil milhões de dólares.

A plataforma está a beneficiar do boom da série britânica ‘Adolescence’, que se converteu na terceira produção em Inglês mais popular da história, com 124 milhões de visualizações.

“Contamos com uma enorme audiência, estimada em mais de 700 milhões de pessoas, das quais mais de dois terços residem fora dos EUA”, detalhou a empresa, no comunicado de divulgação dos resultados.

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Medina acusa MP de “reforçar a publicidade” a denúncias anónimas arquivadas em 2024

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

O Ministério Público não deveria ter contribuído para reforçar a publicidade às denúncias anónimas através de uma denominada 'investigação preventiva'", escreve Fernando Medina.

O ex-ministro das Finanças Fernando Medina criticou esta quinta-feira a abertura de uma averiguação preventiva na qual é visado o secretário-geral do PS, acusando o Ministério Público de “reforçar a publicidade” a denúncias anónimas arquivadas em 2024.

“Face à antiguidade das notícias (2023) e da profundidade dos esclarecimentos então produzidos, o Ministério Público não deveria ter contribuído para reforçar a publicidade às denúncias anónimas através de uma denominada ‘investigação preventiva'”, escreve Fernando Medina.

Num texto publicado na rede social Facebook, o ex-ministro questiona a decisão do MP, sobretudo a confirmar-se a notícia avançada esta quinta pelo canal Now de que, em 2024, o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto arquivou uma denúncia anónima referente aos mesmos factos. Fernando Medina deixou ainda críticas aos adversários políticos que, “a coberto de denúncias anónimas”, aproveitaram o caso para atacar Pedro Nuno Santos.

O Ministério Público (MP) confirmou, na quarta-feira, a abertura de uma averiguação preventiva na qual é visado o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos. “Na sequência de receção de denúncias e tendo em vista a recolha de elementos, o Ministério Público determinou a abertura de uma averiguação preventiva”, referiu fonte oficial da PGR à Lusa, sem adiantar mais detalhes sobre o caso.

Segundo o jornal “Observador”, que avançou a notícia, em causa estão suspeitas relacionadas com a aquisição de um imóvel em Lisboa e outro em Montemor-o-Novo. A averiguação preventiva “corre termos” no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), no qual é investigada a criminalidade económico-financeira mais complexa.

Hoje, a documentação prometida pelo líder do PS, Pedro Nuno Santos, sobre a compra das suas duas casas foi publicada no ‘site’ da campanha, estando disponíveis escrituras, contratos, cadernetas prediais ou notificações sobre IMI.

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Banco de Fomento já está a recomprar ações próprias desde março

Norgarante e Agrogarante tiveram uma redução de capital de 10%, através da extinção de ações próprias. O que eliminou o limite à recompra das ações das empresas com créditos garantidos.

“Uma operação contabilística simples” foi a solução para desbloquear um processo que se arrastava desde abril de 2024. O Banco de Fomento já está, desde março, a recomprar ativamente ações próprias às empresas injetando liquidez nas mesmas. Para isso foi necessário reduzir, em 10%, o capital das Norgarante e da Agrogarante para “levar a zero o stock do portfolio das ações próprias e começar do início essa contagem até ao limite máximo dos 10%”, explicou a diretora de conformidade e risco, Marta Penetra.

De acordo com as regras – que apenas tiveram uma exceção em algumas linhas Covid –, as empresas, que beneficiam de créditos com garantia mútua, têm de se tornar acionistas da sociedade de garantia mútua (SGM) responsável por essa linha, num valor equivalente a 2% da garantia concedida.

A empresa deve manter as ações em carteira até ao fim do empréstimo, altura em que a SGM é chamada a recomprar as ações próprias. No entanto, as regras societárias limitam a compra de ações próprias a 10%, o que deixou as empresas com ações na mão que não desejam.

Este problema arrastava-se desde abril de 2024 e afetava 2.000 empresas com créditos garantidos pela Norgarante e 500 com créditos garantidos pela Agrogarante.

Nas duas sociedades onde, temporariamente, suspendemos as recompras aos mutualistas fizemos uma operação de redução de capital que nos permitiu levar a zero o stock do portfolio das ações próprias e começar do início essa contagem até ao limite máximo dos 10%”, explicou Marta Penetra, na conferência de imprensa de balanço dos 100 dias de atividade do Banco de Fomento.

“As assembleias-gerais de redução de contas ocorreram no início deste ano e estão agora efetuados todos os registos”, acrescentou a responsável. Assim, “desde o final de março, início de abril, estamos a fazer ativamente as recompras”. Antes disso já tinha havido algumas operações de recompra porque foram geradas algumas “folgas” na sequência de “transações grandes de vendas com alguns bancos”.

“Mas ativamente, e de forma mais regular, foi desde as AG e o posterior registo das duas operações de redução de capital”, detalhou Marta Penetra.

“Com esta mecânica o nosso stock de ações próprias recomeçou do zero. Não há limitações societárias e liquidez nunca foi um tema, solvência nunca foi um tema. Era um tema burocrático que simplificámos com uma operação contabilística simples”, concluiu.

Marta Penetra não soube precisar o número de empresas às quais já foram recompradas as ações, mas garante que “os pedidos de final de ano estavam muito perto de estar regularizados”. A diretora de conformidade e risco da BPF explicou ainda que a recompra está a ser feita por ordem de chegada.

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Montenegro diz que não precisa de “atacar pessoalmente” os adversários para fazer política

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

"Eu não preciso de atacar pessoalmente ninguém para fazer vencer os meus argumentos", diz Luís Montenegro.

O primeiro-ministro e presidente do PSD afirmou esta quinta-feira que não precisa de “atacar pessoalmente” ninguém para fazer valer os seus argumentos, numa referência ao caso das casas do líder socialista alvo de uma avaliação preventiva do Ministério Público.

“Não preciso de atacar pessoalmente ninguém para fazer vingar as ideias que defendo e as convicções que tenho”, salientou Luís Montenegro.

O primeiro-ministro disse ainda que não lhe compete fazer a avaliação sobre a decisão de Pedro Nuno Santos, que apresentou documentos relativos à compra de duas casas, em Lisboa e em Montemor-o-Novo, e disponibilizou-se para ser ouvido pelo Ministério Público.

Perante a insistência dos jornalistas, o primeiro-ministro reforçou: “Eu não preciso de atacar pessoalmente ninguém para fazer vencer os meus argumentos“.

Na quarta-feira, o Ministério Público confirmou que abriu uma averiguação preventiva que visa o secretário-geral do PS pela aquisição de duas casas.

Pedro Nuno Santos disse não temer o escrutínio e disponibilizou-se para ser ouvido sobre este tema pelo MP, tendo publicado esta manhã, no ‘site’ de campanha do PS, documentação sobre a compra das duas casas.

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Nova sondagem mostra AD à frente mas ainda em empate técnico com PS

  • ECO
  • 17 Abril 2025

Sondagem feita na semana de arranque dos debates dos partidos coloca a AD à frente do PS nas intenções de voto dos portugueses nas legislativas de 18 de maio. Há 11% de indecisos.

Uma sondagem realizada pelo ICS/ISCTE para o Expresso e a SIC, cujo trabalho de campo foi feito na semana de arranque dos debates entre os candidatos às legislativas, mostra a Aliança Democrática (AD) à frente do PS, com com 33% e 29% das intenções de voto, respetivamente, com uma margem de erro que ainda mantém o empate técnico, noticia esta quinta-feira o jornal Expresso.

O Chega ocupa o terceiro lugar com 21%, seguido a grande distância dos liberais, com 4%. CDU e Bloco de Esquerda surgem com intenções de voto de 2%, cada. Já o Livre e o PAN aparecem com 1% nesta sondagem. Estes resultados excluem os abstencionistas e incluem a imputação dos indecisos.

Há 11% de indecisos e 12% que responderam que não iriam votar. Entre os que afirmam votar PS, 73% asseguram que não vão mudar de ideias até ao dia das eleições legislativas marcadas para 18 de maio. Já para os 81% dos inquiridos, que dizem votar AD, a escolha é definitiva.

O trabalho de campo foi realizado entre os dias 5 e 14 de abril e resulta de 803 entrevistas válidas entre 2.815 contactos, presenciais e com simulação de voto em urna.

Em março, a sondagem do ICS/ISCTE, a primeira após a queda do Governo, colocava a AD com 20% de intenção de voto direta, surgindo à frente do PS, que se fica pelos 15%.

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CTT investem 25 milhões em recompra de ações e vão propor redução de capital social

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

Os CTT levaram a cabo três programas de recompra de ações próprias no montante global de 66,5 milhões de euros, tendo adquirido 16,18 milhões de ações representativas de 10,79% do capital social.

Os CTT concluíram o programa de recompra de ações, anunciado em julho do ano passado, tendo comprado mais de 4,6 milhões de ações por 25 milhões de euros e vão agora propor aos acionistas a redução do capital social.

Segundo um comunicado, publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os CTT concluíram o programa de recompra de ações próprias da sociedade anunciado em 19 de julho de 2024 “tendo, ao abrigo deste programa, sido adquiridas 4,620 milhões de ações pelo montante global de 25 milhões de euros”.

A empresa indicou ainda que “desde 2022 até à presente data, os CTT levaram a cabo três programas de recompra de ações próprias no montante global de 66,5 milhões de euros, tendo adquirido 16,18 milhões de ações representativas de 10,79% do capital social dos CTT anterior aos três programas”.

Assim, destas 16,18 milhões de ações “foram canceladas 6,085 milhões de ações correspondentes ao primeiro programa” e “5,475 milhões de ações relativas ao segundo programa”. Já as “4,620 milhões de ações relativas ao presente programa serão oportunamente canceladas, em conformidade com o que vier a ser aprovado na Assembleia Geral Anual que ocorrerá em 30 de abril de 2025”, destacou o grupo.

Os CTT informam ainda que, tendo adquirido os 25 milhões de euros anunciados, o programa de compra pode dar-se “por concluído na presente data, terminando antes do final do seu período máximo de duração”, previsto entre de 22 de julho de 2024 a 22 de julho de 2025 (inclusive).

Em consequência, nesta data, “a sociedade detém um total acumulado de 5.908.046 próprias, representativas de 4,27% do seu capital social”, indicou.

Por fim, “sendo o objetivo único do programa de recompra a redução do capital social dos CTT mediante a extinção das ações próprias adquiridas” ao abrigo deste programa, “o Conselho de Administração submeteu para aprovação da Assembleia Geral Anual dos CTT de 2025 a realizar em 30 de abril uma proposta de redução do capital social dos CTT em até 4.250.000 euros correspondente à extinção de até 8.500.000 ações próprias representativas de até 6,14% do capital social da sociedade”.

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Trump ameaça “demitir” Powell se não baixar as taxas de juro: “Ele sai se eu pedir”

O presidente dos EUA intensificou as críticas ao presidente da Fed, depois de o BCE ter decidido mais um corte nas taxas. "Não está a fazer o seu trabalho. Não estou contente com ele", atirou.

Donald Trump ameaçou esta quinta-feira “despedir” o presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, se não baixar novamente as taxas de juro. “Não acho que Powell está a fazer o seu trabalho. Não estou contente com ele. Ele sai se eu lhe pedir“, afirmou, durante uma conferência de imprensa aos jornalistas, ao lado da líder italiana, Giorgia Meloni.

No entanto, o presidente dos EUA não pode exonerar diretamente os dirigentes da Fed. E Powell garantiu, no início de abril, que tencionava “permanecer no cargo até ao final do mandato”, até 2026.

As declarações mais duras do presidente norte-americano surgem depois de o Banco Central Europeu (BCE), o homólogo da Fed, ter decidido aprovar um novo corte das taxas diretoras em 25 pontos base.

Mas o presidente da Fed tem adotado uma postura mais prudente e já alertou que as tarifas anunciadas por Trump são “significativamente maiores do que o esperado” e que irão acelerar a inflação e travar a economia, criando incerteza sobre o rumo das taxas de juro. “É demasiado cedo para dizer qual será o caminho apropriado para a política monetária”, sinalizou.

Face a esta posição e depois de ver o BCE a avançar com o corte nas taxas de juro, Trump endureceu a voz contra Powell. Aos jornalistas disse mesmo que considera que a Fed “não tem pessoas inteligentes” e que Powell estava a “fazer jogos políticos”.

O líder republicano já tinha instado Powell, a 4 de abril, a reduzir as taxas de juro, dizendo na altura que seria “o momento perfeito”.

Desde o início do ano, a Fed tem mantido as suas principais taxas de juro entre 4,25% e 4,50%. Donald Trump nomeou Jerome Powell para dirigir a Reserva Federal no seu primeiro mandato, em 2018, mas agora acusa-o de politizar o banco central americano.

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Trabalhadores da Águas do Vimeiro vão estar em greve no dia 24 de abril

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

Os trabalhadores querem "denunciar publicamente o chorrilho de ignóbeis ataques que têm sofrido da nova administração".

Os trabalhadores da Águas do Vimeiro vão estar em greve no dia 24 de abril, argumentando que a nova administração “tem tentado impor a sua vontade, assente em enorme prepotência, que bate no muro da legalidade”.

Os trabalhadores vão reunir-se durante o período da manhã à porta da empresa na Maceira, Torres Vedras, para “denunciar publicamente o chorrilho de ignóbeis ataques que têm sofrido da nova administração”, lê-se em comunicado enviado, esta quinta-feira, pelo Sindicato dos Trabalhadores da agricultura e das indústrias de alimentação, bebidas e tabacos de Portugal (SINTAB).

Entre as críticas denota-se ainda uma “opção clara da administração pelo ataque acentuado aos seus representantes, Dirigentes e Delegados Sindicais, na tentativa de os amedrontar e desmobilizar a sua capacidade agregadora pelos direitos e pela legalidade”.

São feitos relatos de práticas como alteração de horários em sinal de castigo e sem aviso prévio nem motivo, obrigar os trabalhadores a transportar os de garrafões de água, que pesam cerca de oito quilos, à mão após a avaria de um equipamento de transporte, bem como a tentativa da administração de impor a pausa para almoço a partir das 10:00.

Perante esta situação, gerou-se uma “onda de solidariedade de outras estruturas sindicais da CGTP, quer nas mensagens de solidariedade que vão chegando ao SINTAB, quer pelo repúdio desta forma de trabalhar completamente bafienta, pelo que o plenário do dia da greve contará com vários representantes de outros sindicatos”, indica a estrutura.

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Ventura exige que Pedro Nuno esclareça origem dos fundos com que comprou imóveis

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

Líder do Chega está chocado com o valor das casas de Pedro Nuno e vai propor o reforço das obrigações declarativas por parte de titulares de cargos públicos quando adquirem imóveis de elevado valor.

O presidente do Chega manifestou-se esta quinta-feira “chocado” com o valor dos dois imóveis adquiridos pelo secretário-geral socialista, que estimou entre 1,3 e 1,4 milhões de euros, e exigiu saber se há fundos públicos na origem das aquisições.

Em conferência de imprensa, André Ventura também anunciou que, na próxima legislatura, vai propor a aprovação de um programa para reforçar as obrigações declarativas por parte de titulares de cargos públicos quando adquirem imóveis considerados de elevado valor. Segundo o líder do Chega, com o seu programa, em caso de ocultação dessas obrigações declarativas, a pena pode ir até três anos de prisão – uma matéria em relação à qual pediu consenso político.

Perante os jornalistas, André Ventura disse que já analisou a documentação disponibilizada pelo secretário-geral do PS sobre os processos relativos a dois imóveis que adquiriu em Lisboa e Montemor-o-Novo. “A aquisição de imóveis no valor de 1,3 ou 1,4 milhões de euros salta à vista – e não só salta à vista como choca o cidadão comum. Choca pelo valor e pela forma”, afirmou.

Para o presidente do Chega, subsistem “contradições” nas diversas declarações proferidas por Pedro Nuno Santos sobre este caso.

“Numa primeira resposta, parecia que tinha havido ajudas de uma determinada forma e de um determinado círculo familiar, mas, agora, parece que a explicação é outra para a obtenção desses fundos. Como é que um político tem este património para adquirir estes imóveis, sendo que, no caso, penso que os dois são titulares de cargo político ou de cargo público”, interrogou.

Ainda sobre a origem dos fundos para a compra das duas casas, o presidente do Chega exigiu que se apure se, nessas operações, estiveram envolvidos fundos públicos ou comunitários – ponto em que fez uma alusão ao pai de Pedro Nuno Santos, que é empresário. “As suspeitas ficam mais graves quando há a possibilidade, ainda que abstrata, de que fundos públicos tenham sido misturados com apoios privados ou empresariais e que tenham acabado nas ajudas à aquisição desses imóveis. Isto afeta-nos a todos”, sustentou.

Por outro lado, o presidente do Chega, a propósito dos processos com Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, referiu-se em paralelo à crise da habitação em Portugal para atingir os líderes do PS e do PSD.

No país da OCDE em que é mais difícil aceder à habitação, as pessoas assistem com estupefação a políticos que compram, ora a pronto, ora não a pronto, a casas de elevadíssimo valor, sem conseguirem compreender bem a proveniência desses fundos e de onde veio o dinheiro que permitiu essa aquisição. Isto por si só é suspeito, embora não seja condenatório de ninguém”, ressalvou.

Nesta conferência de imprensa, em vários momentos, André Ventura visou também o primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, que também adquiriu recentemente imóveis. Disse mesmo que continuará a falar nestes temas ao longo da campanha eleitoral.

“A exigência de explicações não é nenhum voyeurismo, mas a necessidade de os portugueses compreenderem como é que alguns políticos chegam às funções que chegam e algum tempo depois conseguem comprar o que nenhum outro português, ou quase nenhum, consegue comprar ou adquirir”, disse.

A meio da manhã desta quinta, o secretário-geral do PS publicou a documentação por si prometida na quarta-feira sobre os processos de compra das suas duas casas. Essa documentação foi publicada no site da campanha do PS, estando disponíveis escrituras, contratos, cadernetas prediais ou notificações sobre IMI.

Na sequência da notícia de que Ministério Público abriu uma averiguação preventiva sobre compra de duas casas em Lisboa e em Montemor-o-Novo, Pedro Nuno Santos, em conferência de imprensa, além de ter prometido publicar estes documentos hoje, pediu para ser ouvido pelo Ministério Público e disse que “quem não deve não teme, quem não teme não foge”.

No topo do site da campanha para as legislativas – https://ofuturoeja.pt/ – e sob o lema “quem não deve não teme” são disponibilizados nove documentos sobre este património, assim como notícias e respostas à comunicação social que foram dadas na altura em que este caso veio a público, em 2023.

Na quarta-feira, o Ministério Público confirmou que abriu uma averiguação preventiva na qual é visado o secretário-geral do PS. A averiguação preventiva “corre termos” no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), no qual é investigada a criminalidade económico-financeira mais complexa.

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Tarifas. Meloni confiante na “unidade do Ocidente” na conversa com Trump

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

“Acredito na unidade do Ocidente e acredito que temos simplesmente de conversar e encontrar o melhor meio-termo para crescermos juntos, é por isso que estou aqui”, disse Meloni na reunião com Trump.

A primeira-ministra italiana afirmou esta quinta-feira acreditar na “unidade do Ocidente” e nos potenciais resultados da conversa que vai manter com o Presidente norte-americano, Donald Trump, em Washington, para alcançar um acordo tarifário.

“Acredito na unidade do Ocidente e acredito que temos simplesmente de conversar e encontrar o melhor meio-termo para crescermos juntos, é por isso que estou aqui”, disse Giorgia Meloni no início do encontro com Trump na Casa Branca. Meloni acrescentou que se não acreditasse que os Estados Unidos são um parceiro fiável, não estaria agora em Washington.

O encontro entre Meloni e Trump ocorre num momento de negociações a alto nível, na sequência das tarifas impostas por Washington aos parceiros comerciais.

Estou certa de que podemos chegar a um acordo e estou aqui para ajudar. Não posso negociar em nome da União Europeia (UE). O meu objetivo seria convidar o Presidente Trump para uma visita oficial a Itália e ver se existe a possibilidade de organizar uma reunião semelhante com a Europa”, sublinhou Meloni, aludindo à necessidade de falar com franqueza.

Após a reunião, a primeira-ministra italiana avançou que Trump tinha aceite o convite para visitar Itália. E que iria aumentar as importações de gás liquefeito (LNG).

Meloni, que foi a única chefe de governo da UE presente na tomada de posse de Trump em janeiro passado, procura nesta visita assumir-se como a intermediária entre o bloco europeu e os Estados Unidos.

Nas vésperas deste encontro, Roma indicou procurar um compromisso de “tarifas zero” para bens industriais nas trocas comerciais entre ambos os blocos, mas vários responsáveis europeus advertiram contra iniciativas bilaterais nas negociações com os Estados Unidos que comprometam a unidade europeia.

Na semana passada, Bruxelas anunciou medidas para fazer face às taxas de 25% sobre o aço, alumínio e automóveis europeus, impostas pelos Estados Unidos, bem como tarifas de 20% ao bloco comunitário. Contudo, estas encontram-se suspensas, durante 90 dias, para permitir as negociações.

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Programação dos debates não fere representatividade, conclui a ERC

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

A Comissão Nacional de Eleições tinha considerado, ao contrário, que a transmissão televisiva de debates em sinal fechado pode pôr em causa a igualdade de oportunidades dos partidos candidatos.

O Conselho Regulador da ERC concluiu que a programação dos debates que está fixada “não fere” o princípio da representatividade política e social das candidaturas de acordo com a lei, na sequência de uma queixa do Chega.

O partido liderado por António Ventura tinha apresentado uma queixa contra os operadores de televisão RTP, SIC e TVI, a propósito dos critérios utilizados na definição de debates televisivos entre os partidos com assento parlamentar para as eleições à Assembleia da República de 18 de maio de 2025.

Na deliberação, datada de 16 de abril, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deliberou que “a programação dos debates que se encontra fixada não fere o princípio de representatividade política e social das candidaturas na aceção consagrada na Lei n.º 72-A/2015, de 23 de julho”.

O regulador destaca “que o modelo dos debates resultou de uma programação e calendarização previamente acordadas entre operadores de televisão, apresentadas às diversas candidaturas”.

Reitera ainda, “em consonância com a decisão vertida na deliberação ERC/2025/126 (PLU-TV), que não se encontra na esfera de decisão da ERC a possibilidade de definir quem deve representar determinada candidatura, nem qual o representante que poderá ou não ser aceite por parte dos operadores de televisão, desde que salvaguardados os preceitos da Lei n.º 72-A/2015, de 23 de julho, que estabelece o regime jurídico da cobertura jornalística em período eleitoral”.

A ERC verifica que a distribuição dos debates entre candidaturas pelos serviços de programas de acesso não condicionado livre e acesso não condicionado por assinatura “obedeceu a critérios editoriais claramente identificados” e que, “tendo em conta a programação dos debates em que intervém o partido CH, o critério editorial aplicado pelos operadores não prejudica a respetiva candidatura em face das demais”.

Na quarta-feira, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou que a transmissão televisiva de debates em sinal fechado pode pôr em causa a igualdade de oportunidades dos partidos candidatos.

“Pode, de facto, a escolha do meio de transmissão (em sinal aberto ou fechado) prejudicar a efetiva igualdade de oportunidades das candidaturas consagrada no artigo 56.º da LEAR (Lei Eleitoral da Assembleia da República), segundo a qual estas têm direito a igual tratamento a fim de efetuarem, livremente e nas melhores condições, a sua campanha eleitoral”, justificou a CNE.

A posição consta de uma deliberação, divulgada em ata, referente a uma queixa apresentada pelo Chega contra a RTP, SIC e TVI pelos “pressupostos do debate televisivo”, que o partido diz inquinarem os princípios democráticos do processo eleitoral.

Em concreto, o Chega alega uma desigualdade de tratamento, por um lado, devido à escolha dos candidatos que vão representar a AD nos debates, repartidos entre os líderes do PSD, Luís Montenegro, e do CDS-PP, Nuno Melo, mas também devido à programação dos debates.

A maioria dos debates será transmitida em sinal aberto, na RTP1, RTP3, SIC e TVI, mas estão também agendados debates na SIC Notícias e na CNN Portugal, em sinal fechado.

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Teixeira Duarte volta aos lucros quatro anos depois. Carteira de encomendas salta para 1.540 milhões

Construtora fechou 2024 com lucros de 26 milhões de euros. O resultado operacional aumentou 84% para 70 milhões, o valor mais elevado desde 2020.

A Teixeira Duarte registou lucros de 26 milhões de euros em 2024, pondo fim a uma série de três anos consecutivos de prejuízos, segundo os resultados não auditados enviados esta quinta-feira ao mercado. A atividade da construtora beneficiou do forte aumento dos resultados operacionais.

O volume de negócios teve uma subida ligeira de oito milhões para 775 milhões, informa a empresa num curto comunicado ao mercado, onde adianta que o mercado interno foi responsável por apenas 42% dos rendimentos operacionais. A construção continua a ser a área de atividade mais relevante, com um peso de 56% nas receitas. Os rendimentos operacionais totais recuaram 3,4% para 843 milhões.

O resultado operacional da Teixeira Duarte aumentou 84% para 70 milhões de euros, alcançando o nível mais elevado desde 2020. O EBITDA (resultado antes de encargos com juros, impostos, apreciações e amortizações) cresceu 36% para 105 milhões, a soma mais elevada em cinco anos.

A carteira de encomendas na construção aumentou 43% para 1.540 milhões, sendo a mais alta desde 2018.

A empresa baixou ligeiramente (4 milhões) a dívida financeira líquida, para 643 milhões no final de 2024, enquanto o financiamento bancário bruto reduziu 16 milhões de euros.

O grupo anunciou no final de março o refinanciamento de 654,4 milhões de euros de dívida bancária contraída junto do BCP, Novobanco e Caixa, com o alongamento de maturidades e redução das taxas de juro, uma operação que beneficiou da melhoria dos resultados e das perspetivas positivas para o setor da construção.

Os resultados apresentados pela Teixeira Duarte são não auditados. A publicação dos documentos finais de prestação de contas “está prevista ocorrer no próximo dia 30 de abril, conjuntamente com os documentos dos órgãos de fiscalização e demais elementos para a Assembleia Geral anual”, esclarece o comunicado.

(notícia atualizada com correção do valor do volume de negócios)

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