Anacom acusa Nowo de violar regras nos contratos e faturas

Regulador aplicou multa de pouco mais de 356 mil euros à operadora que agora pertence à Digi, acusando-a de ter violado a lei em várias situações relacionadas com contratação e faturação.

A autoridade das comunicações aplicou uma multa de cerca de 356 mil euros à Nowo, acusando a operadora de ter violado as regras da celebração e cessação de contratos e faturas detalhadas, anunciou a Anacom num comunicado.

As alegações remontam a um período anterior à compra da Nowo pela Digi, que foi anunciada e concluída no ano passado, e vão desde falhas na informação pré-contratual dada aos consumidores a pedidos de documentos que eram desnecessários para concretização de denúncias.

A Anacom entende que “os comportamentos adotados pela empresa são especialmente gravosos por resultarem no incumprimento de uma ordem legítima da Anacom que lhe foi regularmente comunicada, colocando em causa a própria regulação do mercado em que opera”.

Segundo o regulador, a Nowo “já apresentou recurso de impugnação judicial contra” esta decisão no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão. Uma decisão que implica que a operadora discorda dos factos de que é acusada.

A Anacom tem vindo a aplicar nos últimos meses várias multas às operadoras de telecomunicações por situações semelhantes a esta. Por exemplo, em outubro, a Nos foi multada em mais de um milhão de euros por violações das regras legais sobre contratos e suspensão de serviços.

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Construtora famalicense ACA ganha obra do novo hotel da cadeia Radisson em Gaia

A construir em 20 meses, Hotel Radisson Red Gaia terá 250 quartos distribuídos por oito pisos e ocupará área bruta superior a 12.200 metros quadrados. Saraiva Associados assina projeto de arquitetura.

A construtora famalicense ACA vai edificar o futuro Hotel Radisson Red, em Vila Nova Gaia, com um prazo de construção de 20 meses. “Esta obra representa mais um marco importante no nosso portefólio e reforça a nossa posição no exigente setor da construção de unidades hoteleiras”, assinala a empresa.

Com obras conhecidas no portefólio, como o Maison Albar – Le Monumental Palace ou o Hotel Aliados Plaza, ambos na cidade do Porto, a construtora minhota assinou esta semana o contrato e consignação da empreitada de construção do Hotel Radisson.

Este hotel vai integrar a marca internacional Radisson Red, reforçando a presença desta cadeia hoteleira no mercado português, segundo um comunicado partilhado pela empresa.

O Hotel Radisson Red Gaia terá 250 quartos, distribuídos por oito pisos acima do solo, ocupando uma área bruta de construção superior a 12.200 metros quadrados. A Saraiva Associados assina o projeto de arquitetura, enquanto as especialidades ficam a cargo da Enes – Consulting Engineering.

Esta obra representa mais um marco importante no nosso portfólio e reforça a nossa posição no exigente setor da construção de unidades hoteleiras.

ACA Engenharia e Construção

A ACA Engenharia e Construção tem um prazo de 20 meses para concluir a obra, “garantindo os mais altos padrões de qualidade e eficiência”. Esta obra “destaca-se pela sua escala, inovação e impacto económico, sendo mais um exemplo da confiança que investidores internacionais depositam na ACA para materializar projetos estratégicos”, detalha a empresa famalicense.

Esta empreitada vem, assim, reforçar “a capacidade de executar empreitadas de grande dimensão e complexidade, em prazos curtos, contribuindo para o desenvolvimento da infraestrutura turística da região do Porto”, completa na mesma nota.

Criado em 1982, o Grupo ACA conta no portefólio com uma obras em vários países e nas áreas da engenharia e construção, ciclo da água e gestão florestal e ambiental.

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Comissário dos transportes promete “apoio” a Portugal para ligações ferroviárias com a Europa

O comissário europeu do turismo e dos transportes sustentáveis sublinhou ainda, na Assembleia da República, que "não há tempo a perder" na indústria automóvel, que enfrenta dificuldades.

O comissário europeu Apostolos Tzitzikostas, responsável pelas pastas do turismo e dos transportes sustentáveis, afirmou esta terça-feira, no Parlamento português, que pretende apoiar Portugal na ligação ferroviária com Espanha e promover esta ligação entre Espanha e França.

Não só pode contar com o meu apoio para esta conexão [ferroviária, entre Portugal e Espanha], mas também para a conexão entre Espanha e França“, assim como o corredor Atlântico, que é de “máxima importância”, disse o comissário, assumindo que irá encontrar-se com os Governos destes dois países para avançar nestes temas.

A ligação entre Portugal e Espanha foi abordada após o comissário ser questionado se Portugal poderia contar com o apoio da União Europeia (UE) para construir a linha que liga Salamaca a Vilar Formoso. No entanto, no discurso inicial, já havia referido: “Uma viagem de três horas entre Lisboa e Madrid está ao nosso alcance, e terão todo o meu apoio”, sendo que Portugal submeteu candidaturas de projetos neste sentido ao programa de financiamento Connecting European Facilities (CEF).

Ainda no que diz respeito à ferrovia, o comissário disse querer simplificar a compra de bilhetes para estes transportes, para que seja equiparada, em facilidade, ao que acontece no transporte aéreo. “Hoje os viajantes têm de visitar muitas páginas online diferentes se querem usar diferentes empresas de comboios”, explicou. O objetivo é que exista um “bilhete inteligente” intermodal a nível europeu.

Sobre a indústria automóvel, o comissário afirmou que “não há tempo a perder”. Há cinco dias, foi lançado o Diálogo Estratégico com o setor, a nível europeu, que servirá para discutir os problemas e opções em cima da mesa, para que “esta indústria não esteja apenas segura, mas prospere”. Isto uma vez que representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) europeu.

“A questão aqui é com tornar esta indústria competitiva”, afirmou. Nesse sentido, remeteu para o Plano Industrial do Setor Automóvel, que deverá ser apresentado a 5 de março e responder aos problemas que estão a ser apresentados. “Temos de investir fortemente na industrialização, ter a certeza que nos mantemos competitivos” e que esta indústria vai continuar a ser “protagonista” a nível mundial.

No turismo, o comissário defendeu que o destino Europa, embora muito diversificado, seja apresentado num pacote único, já que é possível visitar várias cidades de países diferentes “muito facilmente”. Afirmou ainda estar a olhar para como estes pacotes poderão ser desenvolvidos.

Ao mesmo tempo, indicou que há que responder aos “desequilíbrios” do turismo, que sobrecarregam determinadas regiões e deixam outras, com potencial, de fora. Ao mesmo tempo, colmatar as dificuldades em atrair trabalhadores para o setor e, finalmente, digitalizá-lo e tornar as infraestruturas mais resilientes às alterações climáticas.

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Candidatos a bastonário dos advogados vão abdicar do ordenado? Dois sim e dois não

Cargo é remunerado desde o tempo de Marinho e Pinto, eleito em 2011. Desde então, apenas Menezes Leitão não recebeu ordenado. Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária e recandidata, é paga.

O cargo de bastonário da Ordem dos Advogados (OA) é remunerado – desde que exercido em exclusividade – como acontece atualmente, com o salário bruto de 7119,50 euros, equiparado ao de Procurador-Geral da República (PGR). Uma regra que não é obrigatória e que nasceu no mandato de António Marinho e Pinto, o 24ª bastonário e o primeiro a ser remunerado. O advogado de Coimbra exerceu o cargo de 2008 a 2014 (dois mandatos). A situação manteve-se com a sucessora, Elina Fraga e Guilherme de Figueiredo. Já Luís Menezes Leitão abdicou dessa remuneração.

Com as eleições (antecipadas) para 18 e 19 de março, o ECO/Advocatus foi saber com os quatro candidatos a bastonário se pretendem exercer o cargo em exclusividade e, consequentemente, ser remunerados. A candidata Fernanda de Almeida Pinheiro, atual bastonária recebe ordenado pelo exercício do cargo e assim presume-se que continuará, caso seja reeleita. Horas depois da publicação desta notícia, a bastonária disse ao ECO que não estava disponível para responder à questão.

Já José Costa Pinto foi o primeiro a assumir à Advocatus que, caso seja eleito, abdicará integralmente do salário. “Quero servir a Ordem, não servir-me dela. O meu mandato será um verdadeiro mandato de missão. Mais do que palavras, quero dar o meu exemplo, uma vez que também eliminarei todos os pagamentos aos membros do Conselho Geral que foram introduzidos por esta Bastonária. A Ordem precisa de uma gestão criteriosa, eficiente e focada nos advogados – não em benefícios internos nem em contrapartidas remuneratórias para os seus dirigentes”, disse o advogado mais novo na corrida ao Largo de São Domingos.

Acrescentando ainda que vai reduzir as quotas para todos os 36 mil advogados inscritos. “A Ordem existe para defender os advogados, não para lhes pesar nos ombros com contribuições desproporcionais nem com despesas desnecessárias. Esta é a mudança que quero liderar”, conclui.

Sócio fundador da Costa Pinto Advogados, José Costa Pinto, é atualmente Vogal da Direção do Instituto Português de Corporate Governance, Vice-Presidente da Comissão de Jurisprudência da Sociedade de Geografia de Lisboa e Vogal da Direção Executiva do Observatório Português de Compliance e Regulatório.

É também vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da GALP, desde maio de 2023, e ainda secretário da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, desde 2018. É também presidente da mesa da assembleia geral de várias sociedades e fundos de investimento.

José Costa Pinto, de 42 anos, foi Associado Sénior da Uría Menéndez – Proença de Carvalho e estagiário na Simmons & Simmons. e presidente da Associação Nacional de Jovens Advogados Portugueses (ANJAP) entre 2014 e 2018.

“É o momento de afirmar uma nova voz que una os advogados e os volte a reunir em torno de uma Casa Comum que sirva o seu propósito. É o momento de afirmar uma nova voz que melhore as condições efetivas de exercício da profissão e que converta a força coletiva da Advocacia num instrumento solidário e dialogante ao serviço do projeto de vida de cada um. É o momento de afirmar uma nova voz que reponha a Ordem dos Advogados como uma instituição central do Estado de Direito e primeira promotora da ‘defesa pela defesa’”, diz o advogado.

José Costa Pinto, sócio fundador da Costa Pinto Advogados, em entrevista ao podcast do ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

João Massano, atual líder da Regional de Lisboa, vai pelo mesmo caminho e defende que encara o cargo de bastonário “como uma honra e uma missão conferida pelos colegas. Não pretendo exercê-lo em exclusividade, pois acredito que manter a prática da advocacia é fundamental para compreender os desafios reais da profissão. A minha experiência como Presidente do Conselho Regional de Lisboa mostrou-me que o sucesso depende mais da estratégia, do empenho e do compromisso do que do tempo dedicado exclusivamente ao cargo. Estou habituado ao ritmo intenso e preparado para este desafio, conciliando as responsabilidades institucionais com a advocacia”, diz o candidato. “O meu objetivo é liderar eficazmente, mantendo uma conexão direta com as realidades do dia-a-dia dos Advogados, para melhor servir a Ordem e a nossa classe”, concluiu.

Ligado ao Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados desde 2011. Primeiro, como Vogal-Tesoureiro do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, para o triénio 2011-2013, e, nos dois mandatos seguintes, como Vice-Presidente responsável pelo pelouro da Formação, nos triénios 2014-2016 e 2017-2019. Em novembro de 2019, foi eleito Presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados. Mandato que foi renovado há quase dois anos.

O advogado lançou candidatura à Ordem dos Advogados sob o lema “Devolver a Ordem aos Advogados”. Para João Massano, “há dois anos e meio, quando me recandidatei à presidência do Conselho Regional de Lisboa (CRLisboa), sentia-me dividido entre o trabalho que ainda tinha por fazer e uma vontade de devolver o prestígio à Ordem, com uma possível candidatura a Bastonário”. Para o mesmo, “essa divisão emocional entre dois projetos já não existe. Neste momento, uma candidatura que devolva a Ordem à Advocacia e aos Advogados é mais importante”.

Advocatus Summit Porto - 22SET20
João Massano, presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos AdvogadosHugo Amaral/ECO

 

Ricardo Serrano Vieira, responde no sentido oposto. “Obviamente, vou dedicar-me a 100% às funções de bastonário. Os meus colegas conhecem-me da barra do Tribunal e esta experiência no terreno permite-me conhecer os desafios reais da profissão, mas a Ordem dos Advogados é um compromisso que exige foco e dedicação. E esse é o compromisso que assumo. Até ao final de maio, terei de concluir os julgamentos que já tenho marcados, tendo em conta que, em média, participo em cerca de 30 sessões de julgamento por mês”, diz o advogado. Irei assegurar uma transição responsável, para a qual contarei com uma equipa de 20 Advogados altamente experientes, preparados para garantir a implementação do nosso programa, fortalecendo a Advocacia e assegurando um mandato focado nos interesses de todos os Advogados”, concluiu.

“Apesar deste contexto inesperado de eleições antecipadas e depois de falar com muitos colegas, decidimos avançar com uma candidatura que defende uma Ordem para a profissão e representa um compromisso com os Advogados. Tomámos esta decisão e considerámos importante comunicá-la primeiro aos colegas, antes de o fazer junto de entidades externas à profissão. Em breve, iremos partilhar consigo o nosso programa e toda a equipa. Seria uma honra poder contar com o seu apoio e participação”, conclui.

O advogado é especialista em direito penal e já esteve em casos mediáticos como a da cegueira do hospital de Santa Maria, na defesa de inspetores do SEF – condenados pela morte do ucraniano Ihor Homeniuk – e na do ex-agente da Polícia Marítima acusado de ter sequestrado a filha menor, em 2012, condenado a três anos e dois meses de prisão efetiva pelo crime de sequestro agravado. E ainda dos oficiais da Polícia Judiciária Militar no processo de Tancos.

O advogado Ricardo Serrano Vieira

Fernanda de Almeida Pinheiro foi a primeira candidata oficial às eleições antecipadas de março de 2025, anunciando logo no dia em que anunciava o ato eleitoral, no final de novembro.

“Apresento a minha recandidatura a bastonária da Ordem dos Advogados. Esta decisão reflete o nosso compromisso com a Advocacia e a continuidade do trabalho que iniciámos, num momento crucial para o futuro da nossa profissão” com o mote “Juntos Pela Ordem que Queremos!”.

“Estas eleições antecipadas são decorrentes do novo Estatuto da Ordem dos Advogados que entrou em vigor em abril de 2024. Perante os desafios impostos pela implementação deste novo quadro legal e perante as críticas públicas (incluindo de titulares dos órgãos da OA), apresentação de recursos e ameaças de ações judicias à nossa opção de designação do Conselho de Supervisão, vimo-nos forçados a convocar eleições antecipadas para garantir a estabilidade e a legitimidade plena dos órgãos da Ordem, alinhados com os desafios que temos pela frente. A nossa missão, ainda em curso, exige determinação e continuidade. Parar agora seria abdicar do progresso alcançado nos últimos quase dois anos e comprometer o futuro da advocacia”, disse, à data, a bastonária.

(Atualizada às 16.35)

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IHRU autoriza municípios da Área Metropolitana de Lisboa a construir mais de 10 mil casas

A Área Metropolitana de Lisboa já entregou 4.700 casas a famílias carenciadas do total das 10.500 habitações agora aprovadas pelo IHRU, no âmbito do PRR.

Os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) já têm luz verde para construir ou reabilitar 10.500 casas depois de o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) ter validado mais de 42% das candidaturas que apresentaram no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Dessas 10.500 habitações, cerca de 4.700 já foram entregues às famílias, o que corresponde a aproximadamente 19% do total das casas que as autarquias candidataram, contabiliza a AML, num comunicado enviado às redações.

Até janeiro deste ano, os 18 municípios da área metropolitana de Lisboa submeteram candidaturas para a construção ou reabilitação de 25.000 casas a financiamento do PRR. O Governo tinha estipulado a aprovação de 26.000 habitações para todo o país.

HabitaçãoLusa

“Este elevado volume de candidaturas é ilustrativo das carências habitacionais sentidas na região”, que já em 2022 ascendiam a 50 mil agregados familiares, de acordo com o “Diagnóstico das Condições Habitacionais Indignas da Área Metropolitana de Lisboa” apresentado em novembro desse ano.

Entretanto, a AML está a proceder a uma estimativa de custos e receitas das rendas referente à gestão do parque habitacional público sob a gestão das 18 autarquias. Com estes dados, os municípios podem depois “sustentar a necessidade de reforço da comparticipação do Estado na promoção habitacional e na reabilitação deste parque habitacional”, explana a AML.

Fazem parte desta entidade os municípios de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

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Euribor a três e a seis meses cai para novos mínimos de cerca de dois anos

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2025

Esta terça-feira, as taxas Euribor caíram para 2,541% a três meses, para 2,475% a seis meses e para 2,350% a 12 meses.

A Euribor desceu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses, nos dois prazos mais curtos para novos mínimos desde fevereiro de 2023 e dezembro de 2022, e nos dois prazos mais longos para níveis abaixo de 2,5%. Com estas alterações, na terceira sessão depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter descido de novo as taxas diretoras, a taxa a três meses, que baixou para 2,541%, continuou acima da taxa a seis meses (2,475%) e da taxa a 12 meses (2,350%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou para 2,475%, menos 0,061 pontos do que na segunda-feira e um novo mínimo desde 9 de dezembro de 2022.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou, para 2,350%, menos 0,086 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu, ao ser fixada em 2,541%, menos 0,021 pontos e um novo mínimo desde 2 de fevereiro de 2023.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,47% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,92% e 25,58%, respetivamente.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não poderá ser superior a 2,50% nem inferior a 0%. A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, em janeiro de 2025 foi fixada em 2,500%.

Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair. Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base. A próxima reunião de política monetária da instituição liderada por Christine Lagarde realiza-se em 5 e 6 de março em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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China já retaliou contra tarifas de Trump, mas abre a porta a negociação com EUA

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Fevereiro 2025

Medidas retaliatórias da China incluem controlos à exportação de metais para eletrónica e possíveis sanções à dona da Calvin Klein e à Tesla. Trump e Xi Jinping devem conversar no final da semana.

No dia em que entra em vigor a tarifa adicional de 10% sobre todas as importações chinesas para os EUA, Pequim deu a conhecer a prometida retaliação contra as mais recentes restrições comerciais impostas por Donald Trump. Além de novas taxas sobre uma série de produtos provenientes dos Estados Unidos, entre os quais carvão, petróleo e gás natural liquefeito (GNL), abriu uma investigação à Google, adicionou a dona da Calvin Klein à lista de “entidades não fiáveis” e impôs controlos à exportação de equipamento militar, painéis solares e metais essenciais para equipamentos eletrónicos.

As medidas, anunciadas esta terça-feira pelo Ministério do Comércio da China, devem entrar em vigor a partir de 10 de fevereiro. O que está a ser encarado como uma estratégia do gigante asiático para uma “diplomacia de última hora” entre Xi Jinping e o homólogo norte-americano, que planeiam falar com no final da semana, segundo um porta-voz da Casa Branca.

Presidente dos EUA, Donald J. Trump, e o homólogo chinês, Xi Jinping, numa cerimónia de boas-vindas no Grande Salão do Povo em Pequim, China, 2017.EPA/ROMAN PILIPEY

“Se ocorrerem conversações entre os dois líderes nos próximos dias, há espaço para ajustes, isenções parciais ou gestos recíprocos que poderiam evitar uma nova espiral de tensões comerciais“, considera Julien Chaisse, professor da City University de Hong Kong e especialista em Direito Económico Internacional, citado pela Al Jazeera. Mas, ressalva, tudo depende da interpretação que Donald Trump fizer destas medidas.

No entanto, ao contrário do Canadá e do México, com quem o líder da Casa Branca chegou a acordo na segunda-feira para suspender por 30 dias as tarifas que se preparava para aplicar aos países vizinhos, não será tão fácil um acordo entre a China e e EUA.

É claramente mais difícil para os EUA e a China chegarem a acordo sobre as exigências económicas e políticas de Trump. O anterior otimismo do mercado em relação a um acordo rápido ainda parece incerto”, assinalou Gary Ng, economista sénior da Natixis em Hong Kong, citado pela Reuters.

O economista da Natixis alerta que, mesmo que as duas maiores potências económicas do mundo cheguem a acordo sobre algumas questões, “é possível que as tarifas sejam utilizadas como uma ferramenta recorrente, o que pode ser uma fonte importante de volatilidade do mercado este ano”.

Em resposta às novas tarifas impostas pelos EUA, o Ministério das Finanças chinês anunciou a aplicação de taxas de 15% sobre o carvão e o GNL e de 10% sobre o petróleo, o equipamento agrícola e alguns camiões provenientes dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos representaram apenas 1,7% das importações de petróleo da China no ano passado, no valor de cerca de 6 mil milhões de dólares, enquanto forneceram cerca de 6% das importações de GNL da China.

Empresas do setor de maquinaria agrícola e de construção como a Caterpillar, a Deere & Co. e a AGCO podem ser afetadas pelas taxas chinesas. Mas também a Tesla, detida por Elon Musk, caso o Cybertruck — que, neste momento, ainda aguarda ‘luz verde’ das autoridades de Pequim para iniciar as vendas no país — seja designado como um “camião elétrico”.

Se ocorrerem conversações entre os dois líderes nos próximos dias, há espaço para ajustes, isenções parciais ou gestos recíprocos que poderiam evitar uma nova espiral de tensões comerciais.

Julien Chaisse

professor da City University de Hong Kong e especialista em Direito Económico Internacional

Em paralelo, a China também anunciou a abertura de uma investigação à Google por alegada violação das leis antitrust (práticas de monopólio) do país, e adicionou à lista de “entidades não fiáveis” a PVH Corp, holding de marcas como a Calvin Klein e a Tommy Hilfiger, ou a empresa de biotecnologia Illumina.

De acordo com o Ministério do Comércio do gigante asiático, a PVH Corp e a Illumina adotaram o que considera serem “medidas discriminatórias contra as empresas chinesas” e “prejudicaram” os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas. No que toca à Google, os produtos, como o motor de busca, estão bloqueados na China, com as receitas provenientes deste país a representarem cerca de 1% das vendas globais. Ainda assim, trabalha com parceiros chineses, como os anunciantes.

A estas medidas junta-se a imposição de controlos à exportação de alguns metais essenciais para aparelhos de eletrónica, equipamento militar e painéis solares.

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Liderar a Transformação: Pessoas no Centro da Mudança

  • Conteúdo Patrocinado
  • 4 Fevereiro 2025

O seu negócio está preparado para mudar com confiança? A forma como um líder monitoriza os comportamentos e as emoções das equipas é um preditor decisivo para o sucesso da transformação.

No atual cenário empresarial, marcado por mudanças constantes e um elevado grau de incerteza, os líderes enfrentam o desafio de reinventar continuamente os seus negócios para garantir a sua competitividade e relevância. A transformação deixou de ser um evento pontual para se tornar um processo contínuo, exigindo uma abordagem resiliente que combine a adoção de tecnologia, inovação em escala e as pessoas.

No entanto, mais de 70% das iniciativas de transformação falham. A tecnologia e a inovação criam a base para a mudança, mas o seu sucesso depende da capacidade das organizações em priorizar o fator Human@Center – as Pessoas e as suas emoções.

Como podem, então, os líderes planear e moldar a transformação, definindo o seu sucesso e os resultados esperados?

Cláudia Gomes, Senior Consultant EY, People Consulting
Cláudia Gomes, Senior Consultant EY, People Consulting

1. Construir a Confiança para Mudar

O que diferencia um líder na transformação não é apenas a capacidade de planeá-la, mas de garantir a sua sustentabilidade, reconhecendo que o fator humano é o motor da mudança. O líder deve ajustar a experiência ao contexto e às equipas, promovendo a mudança de mindset, capacitando-as para agir com confiança.

Criar estas condições implica definir uma visão com propósito, alinhando a mudança às necessidades das pessoas (Meaning); fomentar um ambiente de segurança psicológica e colaboração, para que as equipas co-criem e evoluam juntas (Empowerment); e promover um ambiente de aprendizagem contínua e alta performance (Growth).

Quando estas condições estão asseguradas, a transformação acontece de forma integrada – do indivíduo para a equipa e da equipa para a organização – maximizando as hipóteses de converter a mudança em resultados de negócio sustentáveis.

2. Acelerar a Transformação

A abordagem Human@Center assegura uma transformação centrada na experiência humana, através de quatro pilares essenciais:

Liderança: Os líderes não gerem apenas a mudança—eles definem o rumo e transformam visão em ação. Os Leader & Transformation Teams Workshops visam criar o “case of change”, alinhar as lideranças com os objectivos da mudança e desenvolver uma narrativa que inspire as equipas.

Engagement: As pessoas apoiam aquilo que ajudam a criar. Identificar influenciadores internos e padrões de colaboração através de network analysis permite direcionar comunicações personalizadas e adaptar iniciativas aos momentos críticos da transformação.

Proficiência: Garantir que as equipas desenvolvem as competências necessárias para as novas formas de trabalhar. As learning journeys, personalizadas para cada colaborador, capacitam para novas funções, enquanto os Proficiency labs aceleram o desenvolvimento e garantem a aplicação prática dos novos modelos de trabalho.

Confiança: Medir, ajustar e garantir que a transformação entrega resultados. Dashboards e métricas de adoção monitorizam a prontidão organizacional e fornecem dados estratégicos para antecipar desafios.

3. O Momento de Sucesso

Cerca de 96% das transformações passam por momentos críticos, onde a evolução do programa pode estagnar ou desviar-se do rumo – os chamados turning point. 75% destes momentos ocorrem na fase de planeamento e implementação inicial.

Nesta fase, os primeiros sinais de alerta surgem nas mudanças de comportamentos e emoções das equipas (KBIs), antecipando possíveis desvios antes que qualquer indicador de desempenho os reflita. Um turning point é decisivo e pode definir o rumo da transformação – positivamente, acelerando o impacto e a confiança das equipas, ou negativamente, aumentando a resistência à mudança e comprometendo os resultados.

Para transformar estes momentos em vantagem competitiva – e aumentar em 12 vezes a probabilidade de um turning point se tornar num episódio acelerador da mudança –, os líderes precisam de identificar rapidamente o problema, trabalhar com as equipas para compreender a causa e criar as condições certas para impulsionar a performance e garantir a sustentabilidade da transformação.

Está preparado para liderar o futuro com confiança, através das suas pessoas?

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Inquilinos impedidos de legalizar contrato de arrendamento no Fisco. PS questiona Governo

Socialistas querem saber por que razão o Ministério das Finanças ainda não regulamentou a medida prevista há mais de um ano no Mais Habitação. Requerimento já deu entrada no Parlamento.

Os inquilinos ainda não conseguem legalizar o contrato de arrendamento na Autoridade Tributária (AT), quando o senhorio não procede ao seu registo, apesar de a lei, que aprovou o Mais Habitação, o permitir há mais de um ano. Medida está por regulamentar e impede a dedução das rendas no IRS e o acesso a apoios.

O grupo parlamentar do PS já questionou o Ministério das Finanças para saber por que razão ainda não regulamentou a norma, quando o tenciona fazer e que resposta o Fisco tem dado aos cidadãos que procuram comunicar os seus contratos, segundo um requerimento que deu entrada na Assembleia da República.

“Caso o Governo não responda ou não dê uma explicação cabal, o grupo parlamentar admite chamar ao Parlamento a Autoridade Tributária e a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais”, Cláudia Reis Duarte, indicou ao ECO o deputado do PS, Miguel Matos. O Executivo está obrigado a responder aos grupos parlamentares no prazo de 30 dias.

“A lei do Mais Habitação entrou em vigor em outubro de 2023. Na altura, era o Governo do PS, de António Costa, que estava em funções, mas entrou em gestão pouco tempo depois. E a responsabilidade de regulamentar a possibilidade de registo do contrato pelo inquilino ficou do lado deste Executivo. Mas isso ainda não foi feito, passado mais de um ano”, salientou o parlamentar. “A única explicação para este atraso é o facto da AT ainda não ter os mecanismos informáticos desenvolvidos, mas o Governo tem de sinalizar isso, dar uma resposta”, reforçou.

Miguel Costa Matos, deputado do PS, em entrevista ao ECO - 16JAN23
Miguel Costa Matos, deputado do PS, em entrevista ao ECOHugo Amaral/ECO

Em concreto, a lei n.º 56/2023, de 6 de outubro altera o artigo 60º do Código do Imposto de Selo passando a prever que caso os senhorios não comuniquem à Autoridade Tributária o contrato de arrendamento, os inquilinos “podem fazê-lo, em declaração de modelo oficial, nos prazos e termos a regulamentar por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças”.

“Tratando-se de uma comunicação obrigatória, e cuja responsabilidade é remetida, em primeira instância, aos senhorios, entendeu o legislador, reconhecendo a existência de um elevado índice de informalidade no mercado do arrendamento, devem também os inquilinos ter a possibilidade de efetuar essa comunicação”, lê-se no requerimento que os socialistas enviaram ao Ministério, liderado por Joaquim Miranda Sarmento.

Miguel Matos defende que “esta é uma medida muito importante para combater o problema da informalidade” no mercado habitacional em Portugal. Aliás, uma auditoria da Inspeção-Geral das Finanças (IGF), divulgada no ano passado e relativa a 2023, já tinha detetado que “60% dos contratantes arrendatários não tinha contrato de arrendamento registado / vigente e 25% dos contratantes proprietários, com contratos de fornecimento para vários artigos / frações, não tinha atividade declarada”.

No final do ano passado, a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, indicou que o Fisco já “acomodou uma boa parte das recomendações” da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) para um maior controlo dos arrendamentos ilegais, acrescentando que outras “estão a ser implementadas”. Mas a medida do Mais Habitação continua por regulamentar.

Assim, “a comunicação dos contratos de arrendamento à Autoridade Tributária não só contribui para reduzir a informalidade e para melhorar a qualidade da informação disponível sobre o mercado, como possibilita a devida tributação dos rendimentos prediais auferidos pelos senhorios, assegurando também aos inquilinos o usufruto pleno dos seus direitos, quer em sede de dedução dos encargos com rendas, quer também em sede de acesso a instrumentos de política pública de apoio à habitação, como é o caso do apoio extraordinário à renda ou o Porta 65″, argumenta o grupo parlamentar.

No entanto, e “até à presente data – mais de um ano após a entrada em vigor da lei n.º 56/2023, de 6 de outubro – não se encontra publicada a regulamentação necessária à comunicação dos contratos de arrendamento por parte dos inquilinos à Autoridade Tributária, continuando a comunicação dos contratos de arrendamento a estar reservada aos senhorios”, sinalizam os deputados.

Por isso, os socialistas solicitam ao ministro das Finanças que responda às seguintes perguntas:

  1. Por que motivo o Governo ainda não procedeu à regulamentação da medida?
  2. Quando pretende o Governo publicar a regulamentação em falta e assegurar a sua implementação?
  3. Que resposta tem a Autoridade Tributária fornecido aos cidadãos que procuram comunicar os seus contratos de arrendamento?

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“Aposto que não és capaz”, desafia Betclic em campanha com Herman José

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  • 4 Fevereiro 2025

Assinada pela Funnyhow, a campanha conta com produção da Setenta e Oito e planeamento de meios da OMD. Marca presença em televisão, out-of-home, print, cinema e digital.

“Contratar um humorista para o teu funeral? Aposto que não és capaz”, diz a Betclic num dos episódios da campanha que estreia esta terça-feira e onde dá a conhecer oito diferentes histórias de amigos que se desafiam mutuamente e que transformam “situações banais em situações inesquecíveis”.

Herman José é o protagonista deste episódio onde, enquanto humorista, é contratado para atuar num funeral. Nos outros sete episódios é ainda possível assistir a personagens que tatuam frases com erros, amigos que recolhem o saco de entrega de comida ao estafeta com os dentes ou a performances de pole dance numa paragem de autocarro, sempre ao som da música “Tu és a que eu quero”, de José Pinhal.

“Com a campanha ‘Aposto que não és capaz’, queremos mostrar como uma simples aposta pode transformar qualquer situação numa experiência inesquecível. A nossa intenção é apelar ao lado mais divertido de uma aposta, incentivando a convivência entre amigos e criando histórias memoráveis. É mais uma ação onde a Betclic reforça o seu tom inusitado e autêntico, comunicando de forma ousada e irreverente“, diz Tiago Simões, country manager da Betclic, citado em comunicado.

Assinada pela Funnyhow, a campanha conta com realização de Nuno Alberto, produção da Setenta e Oito e planeamento de meios da OMD. Marca presença em televisão, out-of-home (OOH), print, cinema e digital.

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Madalena Caldeira é a nova sócia da Gómez-Acebo & Pombo

Madalena Caldeira foi nomeada sócia da Gómez-Acebo & Pombo, um ano após a sua integração no escritório de Lisboa, na qualidade de coordenadora do departamento de Direito do Trabalho.

A Gómez-Acebo & Pombo reforçou a equipa de sócios com a nomeação de Madalena Caldeira. Segundo explica a firma, esta nomeação surge um ano após a sua integração no escritório de Lisboa, na qualidade de coordenadora do departamento de Direito do Trabalho.

Esta nomeação traduz o justo reconhecimento pelo trabalho inexcedível que foi desenvolvido pela Madalena, consagrando o papel determinante que tem desempenhado no desenvolvimento e consolidação de uma área de prática absolutamente crucial para o nosso tecido empresarial e que tem vindo a assumir um cada vez maior protagonismo no seio da nossa prática”, sublinha a managing partner Mafalda Barreto.

Madalena Caldeira supervisiona e coordena a prestação de assessoria jurídica laboral a empresas nacionais e internacionais, assistindo, nomeadamente, na gestão de negociações e cessação de contratos de trabalho, em processos de despedimento coletivo e de rescisão, no acompanhamento e representação de clientes na revisão e negociação de instrumentos de regulamentação coletiva, e na elaboração de pareceres e memorandos.

A nova sócia conta ainda com vasta experiência em processos de mobilidade laboral, como transferências de local de trabalho e de estabelecimento, matérias relacionadas com segurança social e tributação de rendimentos do trabalho. Tem tido particular intervenção em assuntos relacionados com aquisições, sempre na perspetiva dos recursos humanos – quer na realização de processos de due diligence, quer na assistência na contratação, transmissão de estabelecimento e assuntos conexos – bem como no pré-contencioso e contencioso laboral.

A assessoria que presta é transversal aos vários setores de atividade, contudo, apresenta especial enfoque na indústria aeronáutica, dos transportes, das comunicações, da hotelaria e do retalho, tendo participado em importantes processos de reestruturação e privatização nacionais.

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Operação Tutti Frutti. Ministério Público arquiva investigação a Medina e acusa 60 arguidos

Entre os arguidos acusados neste caso estão o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, Luís Newton, o deputado do PSD Carlos Eduardo Reis e o ex-deputado social-democrata Sérgio Azevedo.

O Ministério Público acusou 60 pessoas, entre elas autarcas das mais importantes juntas de freguesia de Lisboa, funcionários e empresários, no âmbito do processo Tutti Frutti, avançou a CNN Portugal e confirmou o ECO. Em causa estão crimes de corrupção, prevaricação, abuso de poder, tráfico de influência e participação económica em negócio, segundo a acusação, a que o ECO/Advocatus teve acesso.

As imputações relativas a Fernando Medina, ex-ministro e ex-autarca socialista, foram todas arquivadas. Entre os arguidos acusados neste caso estão o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, Luís Newton, o deputado do PSD Carlos Eduardo Reis e o ex-deputado social-democrata Sérgio Azevedo. Em autoria estão em causa três de corrupção passiva (um agravado), dois de corrupção ativa, sete de branqueamento, dois de tráfico de influência. Além das dezenas de crimes imputados aos vários arguidos, o MP pediu ainda a perda de mandato para aqueles que foram eleitos para cargos autárquicos.

“Os arguidos Sérgio Azevedo, Rodrigo Gonçalves, Vasco Morgado, Nuno Firmo, Luís Newton, Ângelo Pereira, Fernando Braamcamp, Ameetkumar Subhaschandra, Patrícia Brito Leitão, Rodolfo de Castro Pimenta, Ana Sofia Oliveira Dias, Inês de Drummond e José Guilherme Aguiar praticaram os factos de que vêm acusados no exercício de mandato autárquico, valendo-se dos respetivos cargos para satisfazer interesses de natureza privada em prejuízo do interesse público, em grave violação dos deveres inerentes às suas funções de autarcas”, escreve o MP no despacho.

“Da prova recolhida nos autos, não é possível extrair que Fernando Medina, acedendo às insistências de Sérgio Azevedo e acabando por resolver a situação de encontro aos interesses da XV -Associação Amigos do Rugby de Belém que lhe chegaram representados por este, o tivesse feito com o propósito inequívoco de os beneficiar por via de uma atuação conscientemente contrária ao direito”, diz a acusação. “A factualidade descrita revela comportamentos, incluindo de Fernando Medina, que se desviam e atropelam as normas que enquadram o exercício das funções públicas, e, por isso, ilícitos, reveladora de um modo de gestão e funcionamento da res publica merecedor de um juízo de censura. Porém, não sendo o crime em causa punido a título de negligência, mas de dolo, in casu até específico, sendo evidente que existia uma vontade de todos de que o resultado ocorresse, como ocorreu, não existe, contudo, a prova de uma intenção de desvirtuar as normas jurídicas e afastá-las para benefício dos mesmos”, acrescenta o despacho do Ministério Público.

Fernando Medina prestou declarações, dizendo, em síntese, “que não teve intervenção no procedimento conducente à atribuição do apoio financeiro, o qual competia aos serviços da Câmara Municipal de Lisboa, ao vereador responsável pelo pelouro do desporto e ao executivo camarário, não tendo sequer estado presente na reunião de executivo na qual foi deliberada a respetiva atribuição”, dizem os magistrados. “Referiu, ainda, que agendou a reunião a pedido de Sérgio Azevedo, desconhecendo os interesses que o mesmo pudesse ter na atividade da XV, e que nessa reunião ouviu os interessados, na presença do vereador do Desporto, e que o que daí saiu foi que a Câmara Municipal de Lisboa apoiaria a construção do campo, o que o próprio, intimamente, apenas admitiria na circunstância de estarem reunidos os pressupostos legais para o efeito. Negou ter comprometido o município com a sua atuação e ter interferido no procedimento, acrescentando que o município apoia financeiramente outros clubes na cidade e que, inclusivamente, Lisboa preparava-se para ser Cidade Europeia do Desporto, considerando que o apoio concedido era, também por isso, de interesse para a cidade”.

Neste processo são investigados, desde 2018, alegados favorecimentos a militantes do PS e do PSD, através de avenças e contratos públicos, estando em causa suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.

Fernando Medina anunciou a 29 de julho, em comunicado, que o MP solicitou a sua audição na qualidade de arguido no âmbito do processo “Tutti Frutti”, acrescentando, na altura, ter solicitado à Assembleia da República o levantamento da imunidade parlamentar “com a maior brevidade possível” para poder, “pela primeira vez em tantos anos, ter a oportunidade de esclarecer em sede própria as dúvidas que o MP tem”. No mesmo comunicado esclareceu ser suspeito da “prática de um alegado crime de prevaricação”.

A factualidade descrita revela comportamentos, incluindo de Fernando Medina, que se desviam e atropelam as normas que enquadram o exercício das funções públicas, e, por isso, ilícitos, reveladora de um modo de gestão e funcionamento da res publica merecedor de um juízo de censura. Porém, não sendo o crime em causa punido a título de negligência, mas de dolo, in casu até específico, sendo evidente que existia uma vontade de todos de que o resultado ocorresse, como ocorreu, não existe, contudo, a prova de uma intenção de desvirtuar as normas jurídicas e afastá-las para benefício dos mesmos”.

Magistrados do Ministério Público

Em causa está a atribuição alegadamente indevida, “por mim, enquanto Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em 23 de março de 2017, de um apoio financeiro no valor de duzentos mil euros – a realizar em dois anos – à XV – Associação Amigos do Rugby de Belém, no âmbito do apoio ao associativismo desportivo”, explicou então Fernando Medina. O deputado disse ter visto, “com perplexidade, que a fundamentação do MP assenta num erro grosseiro e inexplicável”, recusando qualquer ilegalidade. E salientou que já decorreram mais de sete anos desde o início do inquérito e de se ter manifestado disponível para prestar declarações.

A operação batizada de “Tutti Frutti” investiga desde 2018 alegados favorecimentos a militantes do PS e do PSD, através de avenças e contratos públicos, estando em causa suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.

Pedro Nuno lamenta demora “preocupante”. “Finalmente livre”, desabafa Duarte Cordeiro

Questionado sobre o facto de as imputações relativas a Fernando Medina terem sido todas arquivadas, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos salientou que essa é uma “boa notícia”, mas criticou que “as pessoas que tiveram o seu nome na praça pública envolvido neste caso tivessem de esperar oito a nove anos pelo arquivamento do processo”.

“Isso sim é preocupante e deve-nos fazer pensar a todos. Porque estes processos têm impacto na vida das pessoas e, por isso, os processos têm de ser mais céleres, para protegermos a nossa democracia e o Estado de direito. Portanto, a notícia boa é a do arquivamento, a notícia má é do tempo que demorou até ao arquivamento”, concretizou o líder socialista, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3.

Entretanto, também Duarte Cordeiro, igualmente ilibados no âmbito deste processo, recorreu às redes sociais para assinalar que fica “finalmente livre” depois de “anos a lidar com especulação e suspeita”. “Ficou clarificado o que sempre disse. Não há nada que surpreenda no que me diz respeito e só lamento o tempo que demoram estes processos a concluírem as suas investigações. Relembro que nunca fui sequer ouvido”, escreveu no Instagram.

(Notícia atualizada às 14h50 com reação de Duarte Cordeiro)

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