Museus e monumentos nacionais somam mais de cinco milhões de visitantes em 2023

  • Lusa
  • 12 Agosto 2024

O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, liderou as visitas no ano passado, com 965.526 entradas, seguido pela Fortaleza de Sagres, com 427.817 visitantes, e pelo Castelo de Guimarães, com 387.570.

Os museus, monumentos e palácios desde janeiro sob a gestão da Museus e Monumentos de Portugal (MMP) receberam 5.157.360 visitantes em 2023.

De acordo com dados divulgados pela empresa pública, este número junta mais de 3,6 milhões de visitas recebidas nos 26 equipamentos que até 31 de dezembro de 2023 estavam na dependência da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e mais de 1,5 milhões de visitantes dos outros 12 espaços culturais antes sob alçada das direções regionais.

As estatísticas de 2023 “mostram que, nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais agora geridos pela MMP se verificou um aumento de visitantes na ordem dos 10% comparativamente com o ano anterior, o que representa cerca de mais 444 mil visitas ao longo do ano”, indica, no comunicado.

Globalmente, os 38 equipamentos culturais agora tutelados pela empresa tinham recebido 4.713.006 milhões de visitantes em 2022.

Os museus, monumentos e palácios têm vindo gradualmente a recuperar as perdas de visitantes devido à pandemia de covid-19, que impôs fortes restrições de acesso e encerramentos, provocando perdas de visitantes e de receitas da ordem dos 70%.

De acordo com os dados reunidos pela MMP relativos a 2023, os visitantes com entrada paga representaram 76% do total de entradas, nas quais se destacam os turistas estrangeiros, que perfazem 57,6% do total.

Entre os equipamentos culturais mais visitados em 2023, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, lidera com 965.526 entradas, seguido pela Fortaleza de Sagres, com 427.817 visitantes, e pelo Castelo de Guimarães, com 387.570.

Em quarto lugar surge o Paço dos Duques, em Guimarães, que somou 387.222 visitantes, e em quinto o Mosteiro da Batalha, com 366.872 visitantes. Em sexto está a Torre de Belém, em Lisboa, que recebeu 356.769 visitas em 2023.

Dos monumentos inscritos como Património Mundial da Humanidade, destacam-se o Convento de Cristo, em Tomar, que registou 311.879 entradas e o Mosteiro de Alcobaça recebeu 200.531 visitantes.

O Palácio Nacional de Mafra, inscrito como Património Mundial em 2019, recebeu 164.972 visitas, enquanto o Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, registou 118.123 visitantes, e o Panteão Nacional, em Lisboa, contabilizou 180.705 entradas.

Nos museus, os dados mostram que o mais visitado continua a ser o Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, que em 2023 recebeu 276.209 visitantes, seguido pelo Museu Nacional dos Coches, com 226.634 entradas.

Em terceiro e quarto lugares surgem o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, que somou 107.223 entradas, e o Museu Nacional de Conímbriga, com 97.097 visitas.

O Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães, registou 85.543, o Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, 67.797, enquanto o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, em Lisboa, totalizou 58.904 visitantes.

A MMP recorda, por outro lado, que, entre 2022 e 2023, foram vários os museus e monumentos que tiveram de encerrar ao público devido a obras de reabilitação, entre os quais o Museu Nacional de Arqueologia, o Museu Nacional Resistência e Liberdade, e o Museu Nacional da Música.

Em 2022, as estatísticas divulgadas na altura, pela DGPC, sobre os 26 equipamentos tutelados, indicavam uma recuperação de dois milhões de visitantes, somando um total de 3.339.416 entradas.

No entanto, a afluência tinha ficado ainda aquém dos cerca de quatro a cinco milhões atingidos antes da pandemia, entre 2017 e 2019.

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Portuguesa Milestone conta ultrapassar fasquia dos 200 trabalhadores este ano

Consultora tecnológica portuguesa recrutou 20 profissionais no primeiro semestre deste ano e quer contratar mais. Conta ultrapassar fasquia dos 200 trabalhadores este ano, com aposta na retenção.

A portuguesa Milestone já recrutou 20 trabalhadores este ano, mas conta adicionar mais membros às suas equipas até ao fim de dezembro. A consultora tecnológica prevê contratar mais 15 profissionais nos próximos meses, o que significa que vai ultrapassará a barreira dos 200 trabalhadores. Além da atração de talento, esta empresa garante que tem também apostado na retenção dos seus empregados.

“No primeiro semestre de 2024, a empresa realizou 20 novas contratações e prevê adicionar mais 15 profissionais à sua equipa até ao fim do ano. Atualmente, a Milestone conta com 195 colaboradores, e o objetivo é ultrapassar os 200“, revelou a consultora tecnológica, numa nota enviada esta segunda-feira às redações.

Já quanto à retenção de talento, a Milestone adianta que, em 2023, a taxa foi de 88%. “Vários estudos destacam a retenção de talento como um desafio crucial, especialmente no setor das tecnologias de informação, sublinhando a importância de estratégias flexíveis e centradas nas habilidades dos colaboradores para manter uma equipa de alto desempenho”, sublinha a consultora.

Para reforçar essa capacidade de fidelizar os profissionais, a empresa tem investido, nomeadamente, no bem-estar dos seus trabalhadores. Por exemplo, em 2023, 17% dos seus trabalhadores beneficiaram do programa de apoio psicológico, destaca a própria.

A estes dados, a diretora de pessoas, Liliana Silva, acrescenta ainda um outro: “Existe uma elevada taxa de colaboradores que deixam a Milestone e voltam ao fim de algum tempo”.

Fundada em 2010, a Milestone é uma consultora de tecnologias de informação, especializada na implementação de sistemas de gestão de informação, com um foco particular em soluções SAP. No último ano, registou um volume de negócios de 12,5 milhões de euros e “foi reconhecida como a quinta melhor empresa para trabalhar em Portugal“.

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China supera os 10 milhões de pontos de carregamento para veículos elétricos

  • Lusa
  • 12 Agosto 2024

A China concluiu a instalação de 10,60 milhões de estações de carregamento até ao final de julho. Enquanto 3,209 milhões são pontos de carregamento públicos, os restantes 7,394 milhões são privados.

A China tem agora mais de 10 milhões de pontos de carregamento para veículos elétricos em todo o país, entre os quais 3,2 milhões são estações públicas, de acordo com dados oficiais divulgados esta segunda-feira.

No total, a China concluiu a instalação de 10,60 milhões de estações de carregamento até ao final de julho, o que representa um aumento de 53%, em termos homólogos, informou a televisão estatal CCTV, que citou dados da Administração Nacional de Energia do país.

Entre estes, 3,209 milhões são pontos de carregamento públicos e os restantes 7,394 milhões são privados.

De acordo com a CCTV, nas cidades do leste do país, incluindo Hangzhou e Xangai, as autoridades estão a tentar expandir a utilização de estações de carregamento partilhadas, “o que permite aumentar a eficiência destes pontos em três vezes”.

Foram também construídas estações de carregamento ultrarrápido nas autoestradas que ligam as cidades centrais de Chengdu e Chongqing, enquanto o país está agora a tentar acelerar a instalação de pontos de carregamento nas zonas rurais.

Segundo Zou Peng, secretário-geral executivo da Aliança para a Promoção de Infraestruturas de Carregamento de Veículos Elétricos da China (EVCIPA), o país tem “a maior rede de serviços de carregamento e partilha do mundo“.

A potência total de carregamento e partilha ultrapassou os 160 milhões de quilowatts, que podem atualmente satisfazer as necessidades de carregamento de mais de 24 milhões de veículos de energia nova“, afirmou.

Numa tentativa de promover este tipo de energia automóvel e reduzir a grave poluição nas cidades chinesas, as autoridades de várias províncias anunciaram, nos últimos anos, todo o tipo de medidas, incluindo medidas fiscais, para promover a utilização de carros elétricos.

A taxa de penetração dos veículos elétricos no mercado atingiu 25% em 2023 na China, em comparação com 15% na Europa e 8% nos EUA, de acordo com um estudo publicado no ano passado pela empresa de consultoria global Bain & Company.

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Rendimento real das famílias portuguesas é dos que mais cresce na OCDE

Polónia destacou-se como país da OCDE onde rendimento real das famílias mais cresceu no primeiro trimestre. Com subida de 6,7%, Portugal também conseguiu superar a média e ficar nos lugares do topo.

Os primeiros três meses do ano foram positivos para os rendimentos das famílias dos países que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Em média, o rendimento real dos agregados per capita aumentou 0,9%, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira. Já Portugal conseguiu superar a média da OCDE, com uma subida de 6,7%.

“O rendimento real dos agregados per capita na OCDE aumentou 0,9% no primeiro trimestre de 2024, o que compara com a subida de 0,3% registada no trimestre anterior“, é sublinhado na nota enviada esta manhã às redações. Quer isto dizer que nos primeiros três meses do ano o rendimento real das famílias da OCDE acelerou.

Entre os vários países que compõem essa organização — de notar que não há dados relativos a todos eles (só para 21 dos 38 países) –, a Polónia destacou-se. “A Polónia viu o maior aumento (10,2%), fruto sobretudo dos aumentos das compensações pagas aos trabalhadores, dos benefícios sociais e dos rendimentos prediais”, sublinha a OCDE.

Já a Grécia ocupou o lugar oposto da tabela, isto é, foi o país onde o rendimento real dos agregados per capita mais emagreceu, com uma quebra de 1,9%.

E em Portugal? Por cá, esse indicador valorizou 6,7% no primeiro trimestre, superando a média. Ou seja, o país conseguiu um lugar entre os países onde o rendimento real das famílias mais cresceu, mas convém observar que o final de 2023 tinha sido sinónimo de um recuo de 0,6%.

Já entre os países do G7, todos registaram aumentos do rendimento real dos agregados per capita no primeiro trimestre de 2024, com a Itália a brilhar: registou uma subida de 3,4%, recuperando da quebra de 0,5% verificada no trimestre anterior.

A Alemanha também registou um grande aumento do rendimento real das famílias per capita face ao trimestre anterior (1,4% contra 0,1%), em resultado em parte da subida das compensações pagas aos trabalhadores, tendo o Produto Interno Bruto per capita também valorizado”, acrescenta ainda a OCDE.

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Viagem Medieval da Feira recebeu 650 mil visitantes e faturou 2,2 milhões de euros

  • Lusa
  • 12 Agosto 2024

A receita total representa um superavit de 100 mil euros face ao investimento de 1,9 milhões. A edição deste ano recebeu uma média de 50 mil visitantes por dia.

A recriação histórica “Viagem Medieval”, que este domingo terminou em Santa Maria da Feira, registou cerca de 650 mil visitantes em 12 dias e contabilizou, entre entradas e merchandising, uma faturação global de 2,2 milhões de euros.

A informação é avançada à agência Lusa pelo presidente da autarquia que, no distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, organiza o evento através da empresa municipal Feira Viva, em colaboração com dezenas de coletividades locais e com recurso a cerca de 1.600 trabalhadores e 400 voluntários por dia.

A afluência global à iniciativa reflete uma média de 50 mil visitantes por dia – entre portadores de bilhete único e utilizadores de pulseiras livre-trânsito – e a receita total representa um superavit de 100 mil euros face ao investimento de 1,9 milhões na edição de 2024 – referindo-se apenas a entradas no recinto, merchandising da organização e áreas temáticas de pagamento adicional, sem contabilizar a faturação dos comerciantes privados que exploraram tabernas e bancas de venda no evento.

“Conseguimos erguer algo que é fantástico, único e singular em Portugal”, declara o presidente da Câmara Municipal da Feira, Amadeu Albergaria. “O balanço desta 27.ª edição é extremamente positivo e as opiniões recolhidas no local e nas redes sociais confirmam a nossa perceção de que o recinto esteve mais arejado, com mais zonas de estar, mais zonas de sombra e perto de 4.500 lugares sentados nas praças e palcos, sendo esses alguns dos fatores que contribuíram para a satisfação dos visitantes”, justifica.

O autarca social-democrata realça ainda o contributo cultural da iniciativa, com os seus mais de 30 espetáculos inéditos: “Nesta edição estiveram envolvidos perto de 1.200 intervenientes culturais, entre encenadores, coreógrafos, atores amadores e profissionais, figurantes, dançarinos, músicos e técnicos de luz e som. Este número posiciona a Viagem Medieval como um dos maiores eventos culturais do país”.

Das 110 propostas de animação disponíveis diariamente nos 37 hectares do recinto, houve seis que se destacaram pela sua procura: entre as de acesso já incluído no bilhete ou livre-trânsito, os três espetáculos de grande formato junto à Mata das Guimbras, com encenações sobre episódios do reinado de D. Duarte; entre as que implicavam pagamento adicional, o Castelo da Feira, a Liça dos Torneios e a Floresta Mágica.

“Em relação ao Castelo, que este ano regressou em pleno à Viagem Medieval [após obras de requalificação], registou-se um crescimento de 80% face à edição de 2023, ou seja, desta vez recebemos 10.000 visitantes”, realça Amadeu Albergaria.

Os torneios na liça junto à Ecovia do Cáster, por sua vez, registaram “várias sessões esgotadas e foram vistos por cerca de 1.400 pessoas por dia, numa afluência que quase duplicou em relação a 2023”.

Propondo-se investir os 100 mil euros de lucro da edição deste ano na melhoria dos espaços a utilizar no próximo, o presidente da câmara anuncia que a Viagem Medieval de 2025 irá decorrer de 30 de julho a 10 de agosto e promete: “Vai manter os preços que vigoraram em 2024”.

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INE confirma abrandamento da inflação para 2,5% em julho

O índice de preços voltou a desacelerar em julho, com o INE a confirmar uma desaceleração de 0,3 pontos percentuais face à taxa de inflação de junho.

A taxa de inflação homóloga voltou a abrandar em julho. O Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu 2,5% no último mês, menos do que o aumento de 2,8% registado em junho, confirmou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) esta segunda-feira.

O indicador de inflação subjacente, o que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, manteve-se em 2,4%, o mesmo valor registado em junho, segundo avança o INE, que confirmou as estimativas relativas à inflação publicadas no final de julho.

Uma queda bem superior foi registada pelos produtos energéticos, cujos preços desceram 4,2%, face aos 9,4% fixados em junho, “essencialmente devido ao menor aumento mensal registado nos preços da eletricidade (0,3%) quando comparado com o que se tinha verificado em julho de 2023 (15,4%)”.

A variação do índice referente aos produtos alimentares não transformados aumentou para 2,8%, face aos 1,8% registados em junho, uma aceleração que o INE diz que “provém da conjugação do aumento mensal de preços verificado em julho de 2024 (0,4%) com o efeito de base associado à redução registada um ano antes (-0,5%)”.

Em termos de classes de despesa, a evolução do índice face ao mês anterior foi influenciada pelas descidas das taxas de variação homóloga da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis e dos restaurantes e hotéis, com variações de 6% e 3,5%, respetivamente (9,8% e 4,1% no mês anterior). “Em sentido oposto, assinalam-se os aumentos das taxas de variação homóloga dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas (classe 1) e do Lazer, recreação e cultura (classe 9), com variações de 3,7% e 0,2%, respetivamente (3,0% e -0,3% em junho)”, acrescenta o INE.

A variação mensal do índice de preços no consumidor foi -0,6% (nula no mês precedente e -0,4% em julho de 2023), enquanto a variação média dos últimos 12 meses foi 2,5%, o mesmo valor registado em junho.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), utilizado como indicador comparável em termos europeus, registou uma variação homóloga de 2,7%, menos 0,4 pontos percentuais que no mês anterior.

A taxa de inflação continua assim a aproximar-se da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE). Segundo as estimativas divulgadas no dia 31 de julho, a taxa de variação homóloga da inflação na Zona Euro terá acelerado em julho para os 2,6%.

(Notícia atualizada às 11h28)

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Academia Portuguesa de Cinema escolhe entre cinco filmes para uma candidatura aos Óscares

  • Lusa
  • 12 Agosto 2024

A Academia Portuguesa de Cinema vai escolher entre cinco películas qual a candidata de Portugal a uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Internacional 2025. A decisão é conhecida a 11 de setembro.

Os filmes “A Flor do Buriti”, “Grand Tour”, “Manga d’Terra”, “O teu rosto será o último” e “O vento assobiando nas gruas” vão a votos na Academia Portuguesa de Cinema para uma candidatura aos Óscares de 2025.

A Academia Portuguesa de Cinema anunciou esta segunda-feira que estes cinco filmes são finalistas e vão agora ser submetidos a votação entre os seus membros, para se escolher qual o candidato de Portugal a uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Internacional em 2025.

Estes cinco filmes foram selecionados por um comité da academia, a partir de trinta longas-metragens de produção nacional consideradas elegíveis, com estreia ocorrida entre 1 de novembro de 2023 e garantida até 30 de setembro deste ano.

Das obras selecionadas, todas tiveram já estreia cinematográfica em Portugal, exceto “Grand Tour”, de Miguel Gomes, que chegará aos cinemas a 19 de setembro.

A história de “Grand Tour” segue um romance de início do século XX, com Edward (Gonçalo Waddington), um funcionário público do império britânico que foge da noiva Molly (Crista Alfaiate) no dia em que ela chega para o casamento.

Miguel Gomes fez um arquivo de viagem pela Ásia, passando por Myanmar (antiga Birmânia), Vietname, Tailândia ou Japão, para traçar o trajeto das personagens, recolhendo imagens e sons contemporâneos para uma longa-metragem de época de 1918. Só depois desse périplo, rodou as cenas com os atores em estúdio em Roma.

“Grand Tour” valeu a Miguel Gomes o prémio de melhor realização este ano no Festival de Cinema de Cannes, em França.

A Flor do Buriti” é um filme de João Salaviza e Renée Nader Messora e foi rodado no território indígena da Kraholândia, no Brasil, onde já tinham feito “Chuva é cantoria na aldeia dos mortos” (2019).

A narrativa foi construída com relatos históricos e conversas com indígenas e conquistou um Prémio de Elenco em 2023 em Cannes.

Manga d’Terra” é a nova incursão do realizador luso-suíço Basil da Cunha no território social da Reboleira, na Amadora, e conta a história de Rosa (Eliana Rosa), uma jovem cabo-verdiana que adora cantar e deixa os filhos no arquipélago africano enquanto tenta a sua sorte em Portugal.

O teu rosto será o último” e “O vento assobiando nas gruas” são duas adaptações literárias de romances de João Ricardo Pedro e Lídia Jorge, respetivamente.

Do romance de João Ricardo Pedro nasceu um filme de Luís Filipe Rocha sobre um jovem, Duarte, que não soube lidar com uma capacidade extraordinária, inata, de tocar piano, e que renegou também pelas circunstâncias familiares em que cresceu.

Com assinatura de Jeanne Waltz, realizadora suíça há muito radicada em Portugal, “O vento assobiando nas gruas” segue Milene, uma jovem mulher que, depois da morte da avó, se depara com uma família de tios que a despreza por causa de um problema de desenvolvimento mental.

À procura de respostas pela morte da avó, Milene ruma às instalações desativadas de uma antiga conserveira, ocupada por uma família cabo-verdiana emigrada, e onde se apaixona por Antonino Mata.

Estes cinco filmes foram escolhidos por um comité composto pela produtora Andreia Nunes, pela realizadora Cristèle Alves Meira, pela atriz Binete Undonque, pelo diretor de fotografia José Tiago, pelo realizador Luís Galvão Teles, pelo produtor Pedro Borges, pela argumentista Rita Benis, pelo ator Rui Morrison e pelo distribuidor Saúl Rafael.

A Academia Portuguesa de Cinema anunciará o filme candidato por Portugal a 11 de setembro.

A 97.ª edição dos Óscares está marcada para 2 de março de 2025 em Los Angeles, nos Estados Unidos da América, sendo os nomeados revelados a 17 de janeiro.

De acordo com a Academia Portuguesa de Cinema, desde 1980 Portugal tem submetido anualmente um candidato à categoria de Melhor Filme Internacional. No entanto, nunca houve um nomeado português nesta categoria.

À parte deste processo de seleção da Academia Portuguesa de Cinema, é possível ao cinema português entrar na corrida a uma nomeação aos Óscares, noutras categorias, consoante diferentes critérios de elegibilidade, como por exemplo, os filmes serem premiados em determinados festivais internacionais.

Na edição de 2023, pela primeira vez uma produção portuguesa esteve nomeada, na categoria de Melhor Curta-Metragem de Animação com “Ice Merchants”, de João Gonzalez, mas não obteve a estatueta dourada.

Este ano, a curta-metragem portuguesa “Um Caroço de Abacate”, do realizador Ary Zara, foi candidata a uma nomeação para o Óscar de Melhor Curta-Metragem (“Live Action Short Film”, na designação em inglês), mas não chegou às nomeações finais.

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Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 12 Agosto 2024

Esta segunda-feira, a Euribor caiu para 3,548% a três meses, mas subiu para 3,445% a seis meses e para 3,191% a 12 meses.

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a sexta-feira. Com as alterações, a taxa a três meses, que recuou para 3,548%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,445%) e da taxa a 12 meses (3,191%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, subiu esta segunda-feira para 3,445%, mais 0,008 pontos, depois de ter caído na terça-feira para 3,397%, um novo mínimo desde 12 de abril de 2023, e de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,7% e 25,7%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também subiu esta segunda-feira, para 3,191%, mais 0,015 pontos, depois de ter recuado na terça-feira para 3,138%, um novo mínimo desde 21 de dezembro de 2022, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses caiu, ao ser fixada em 3,548%, menos 0,009 pontos, depois de ter descido na terça-feira para 3,523%, um novo mínimo desde 15 de junho de 2023, e de, em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Dono da Altice vende 24,5% da British Telecom a empresa indiana

  • ECO
  • 12 Agosto 2024

Drahi decidiu vender 24,5% da British Telecom à indiana Bharti Global. Esta operação surge numa altura em que a Altice tem estado sob pressão para vender ativos de forma a reduzir a sua dívida.

O dono da Altice, Patrick Drahi, vai vender a sua posição de 24,5% na British Telecom (BT), avaliada em 3,2 mil milhões de libras (3,7 mil milhões de euros), à empresa de telecomunicações indiana Bharti Enterprises. O valor da venda à Bharti não foi revelado.

Drahi tinha entrado no capital da operadora britânica em 2021, numa decisão que gerou algum desconforto no Governo britânico de então, mas o magnata, que também é dono da Altice Portugal, tem estado sob pressão para vender ativos e reduzir a avultada dívida do grupo.

A operação ocorrerá de forma faseada. Inicialmente foi celebrado um acordo vinculativo com a Altice UK para a compra de 9,99% do capital. Os restantes 14,51% serão adquiridos após a autorização dos reguladores.

A Bharti, dona da segunda maior operadora de telecomunicações indiana, diz não ter intenção de comprar a totalidade da BT, nem vai pedir assento no Conselho de Administração. A compra ocorre depois de, em junho, o magnata mexicano Carlos Slim também ter adquirido 3,2% da BT.

Com esta notícia, as ações da BT estão a subir 6% esta segunda-feira, para 139 pence. As ações da BT já aumentaram 24% nos últimos seis meses, à medida que os frutos do seu plano de investimento a longo prazo para construir a rede de fibra ótica do país começam a materializar-se.

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Cinco urgências de Ginecologia e Obstetrícia fechadas esta segunda-feira

  • Lusa
  • 12 Agosto 2024

Os encerramentos são maioritariamente em Lisboa, segundo informação oficial, que indica também o fecho de uma urgência pediátrica no Barreiro.

Cinco serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia vão continuar encerrados esta segunda-feira, na sua maioria na região de Lisboa, segundo informação oficial, que indica também o fecho de uma urgência pediátrica.

Segundo as escalas de urgência publicadas no Portal do SNS, às 23:30 de domingo, as urgências de Ginecologia e Obstetrícia fechadas esta segunda-feira são as do Hospital de São Bernardo, Setúbal, Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, Hospital das Caldas da Rainha e Hospital de Santo André, em Leiria.

Esta semana, quinta-feira e sábado serão os dias com mais urgências de Ginecologia fechadas – sete no total.

Esta segunda-feira vai também estar fechada a urgência pediátrica do hospital Nossa Senhora do Rosário, Barreiro, distrito de Setúbal.

Segundo a mesma informação do Portal do SNS, estarão referenciadas as urgências de pediatria dos hospitais de Viseu no período noturno e no hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) também no período noturno.

Nos hospitais Santa Maria, em Lisboa, e Garcia de Orta, em Almada, também serão recebidos apenas os casos referenciados, ou seja, reservados às urgências internas, aos casos referenciados pelo Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e pela linha SNS 24.

A Direção Executiva do SNS apela à população para “ligar sempre para a Linha SOS Grávida [808 24 24 24] antes de se deslocar a um serviço de urgência de Ginecologia”.

Segundo dados dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) avançados na sexta-feira à Lusa, a Linha SNS Grávidas, que faz parte do SNS 24, atendeu 16.141 chamadas, entre os dias 01 de junho e 26 de julho, sendo que 8.268 chamadas se referem às triagens realizadas no mês de junho.

Em dois meses, cerca de 2.490 utentes foram referenciadas para os cuidados de saúde primários e 11.209 para os serviços de urgências hospitalares, refere a SPMS, indicando ainda que 246 foram referenciadas para o INEM.

Os dados revelam também que mais de 13,5% das grávidas foram aconselhadas a ficar em autocuidados.

Quanto ao número de atendimentos realizados pelo SNS 24 nos primeiros oito meses do ano, os dados referem que totalizaram 1.875.56, menos 9.493 relativamente ao período homólogo de 2023.

Segundo os números, 610.941 utentes foram reencaminhados para urgências hospitalares e 461.379 para os cuidados de saúde primários.

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Só um terço dos portugueses consegue poupar ao final do mês

  • Lusa
  • 12 Agosto 2024

Dados da consultora Deloitte revelam que 69% dos portugueses afirma não conseguir poupar dinheiro ao fim do mês. Metade não consegue fazer face a uma despesa inesperada no espaço de três meses.

Apenas um terço dos portugueses consegue poupar dinheiro ao final do mês, de acordo com dados recolhidos pela Deloitte, enquanto 51% diz não conseguir fazer face a uma despesa inesperada no espaço de três meses.

Segundo os dados do ConsumerSignals, base de dados da Deloitte Global que reúne informação relativa aos padrões de despesa dos consumidores em vários países, 69% dos portugueses afirma não conseguir poupar dinheiro no final do mês, revela a consultora, em comunicado.

Ainda assim, o número de portugueses que diz conseguir poupar subiu ligeiramente em junho (de 30% para 31%), de acordo com os dados da plataforma, após uma queda em maio.

Metade dos portugueses não consegue fazer face a uma despesa inesperada importante nos próximos três meses, sendo que uma fatia semelhante (54%) admite estar a adiar compras de grande dimensão. “Nestes dois indicadores, Portugal regista o valor mais alto no último mês entre todos os [17] países analisados”, indica a Deloitte.

A última compra extraordinária reportada pelos inquiridos teve um valor, em média, de 40 euros, sendo que a principal preferência foi roupa e acessórios. Por outro lado, “noutros países europeus como a Alemanha, Espanha, França e Itália, a prioridade foi comida e bebida”.

Nas questões sobre a inflação, a grande maioria dos portugueses (83%) disseram estar preocupados com a subida do custo de vida, com mais de metade a sinalizar que em junho compraram, sobretudo, marcas brancas.

A plataforma ConsumerSignals recolhe dados mensalmente e tem como base informação relativa a mil consumidores portugueses, adultos com mais de 18 anos.

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A brindar ao convívio e à cerveja, Filipa Magalhães, da Heineken, na primeira pessoa

A cerveja faz parte da vida da marketing manager da Heineken, tanto em termos de trabalho como dos seus momentos de convívio. Se não fosse o marketing, Filipa Magalhães seria chef de cozinha.

A cerveja está presente na vida de Filipa Magalhães, tanto nos seus momentos de convívio com amigos e família – altura de eleição para beber uma cerveja – como no seu trabalho, ou não fosse marketing manager da Heineken em Portugal.

Gosto de beber cerveja, mas claro que de forma responsável. Para mim faz parte do convívio com os amigos e a família. Essa é a altura de eleição. Não há uma melhor altura para beber uma cerveja, mas se tivesse de eleger um momento esse seria o meu momento. Mas em concertos ou a ver futebol também gosto muito de beber uma cerveja”, diz Filipa Magalhães, em conversa com o +M.

Algumas destas cervejas são bebidas com os amigos de infância, que são os seus “verdadeiros amigos” e aqueles que a acompanham desde sempre e até hoje, “um grupo de amigos muito forte, muito coeso e muito consistente”. Grupo este de Lisboa, ou não fosse Filipa Magalhães “mesmo alfacinha”, nascida e criada em Lisboa, onde ainda hoje vive, na zona de Alvalade, com o marido e os dois filhos, dois rapazes, um com três anos e o outro com seis.

Durante a infância – e muito impulsionada pela mãe – foi experimentando várias coisas e atividades muito diferentes. Para lá do desporto – onde praticou ginástica de alta competição e natação e futebol de uma forma esporádica – fez também teatro e danças populares. Hoje em dia a atividade física é mais calma, praticando pilates.

Também influenciada pela mãe, que achou que seria importante ter uma experiência internacional, passou 15 dias durante o seu nono ano de escolaridade num colégio de verão inglês, nos arredores de Londres, rodeada com pessoas de diversas nacionalidades. Mais tarde, a experiência internacional “repetiu-se” quando fez Erasmus já durante o percurso universitário. Filipa Magalhães considera “muito enriquecedor” este tipo de experiências, que ajuda a que se tenha uma “mente muito mais aberta”.

Sendo uma pessoa que adora animais, a marketing manager da Heineken teve durante a sua infância um cão de estimação, bem como um coelho. “Acho que os animais são muito importantes no crescimento das crianças. Ainda não dei nenhum animal aos meus filhos, andamos em negociações para decidir qual o animal que vamos ter cá em casa, mas tive essa presença durante a minha infância e acho que desenvolve outros tipos de características nas pessoas”, refere.

Um dos seus hobbies de eleição é cozinhar – aliás, se não tivesse enveredado pelo marketing, talvez fosse chef de cozinha – gostando principalmente de confecionar bolos e sobremesas, principalmente um bolo de chocolate “daqueles que fica húmido por dentro”. Filipa gosta também muito de arriscar e experimentar cozinhar coisas novas, que nunca tenha aprendido.

Esta vontade de enveredar pelo desconhecido na culinária é transposta também para a arte de saborear: “Não tenho um prato de eleição, tenho vários. Ou seja, não tenho nada em específico que goste muito muito de comer, mas gosto muito de experimentar coisas novas e gastronomias diferentes“, explica.

Ainda dentro desta perspetiva de descobrir o desconhecido, Filipa Magalhães também gosta muito de viajar, querendo que os filhos tenham essa possibilidade de “conhecer coisas novas” e que de terem “experiências completamente diferenciadoras”. “Acho importante estarmos em contacto com outras realidades, para criarmos seres humanos para o futuro com uma mentalidade mais aberta e que pense mais nos outros“, entende.

A última viagem que fez foi a Salou, perto de Barcelona, para irem a um parque temático. “Todos os anos tentamos ir a um parque temático, para fazer uma viagem mesmo a pensar nos miúdos. A próxima ainda estamos a decidir. Há-de ser mais no inverno mas ainda não chegámos a um consenso de qual será a próxima viagem, porque todos queremos coisas diferentes”, diz Filipa Magalhães.

A leitura é outro prazer da responsável de marketing. “Os Líderes Comem por Último” foi um livro que terminou “há pouco tempo” e que a marcou bastante por utilizar muitos paralelismos. “Achei interessante porque faz muitos paralelismos, alguns deles, claro, dentro da cultura americana, mas é um livro que recomendaria sem dúvida alguma. Ainda estou a decidir o próximo que hei-de ler, mas este marcou-me bastante”, refere.

Entre a “Filipa” pessoal e profissional, a marketing manager de 36 anos não encontra grandes diferenças. “Sou uma pessoa com uma mente aberta, inclusiva, que gosta de ouvir opiniões diferentes. Ao mesmo tempo sou uma pessoa bastante exigente, e tenho noção disso. Mas também gosto muito dos momentos descontraídos“, diz.

A nível profissional, o seu percurso começou na Unilever, empresa que considera ter sido “claramente uma escola”. Essa experiência foi “super enriquecedora para mim, e aquilo que vivi na Unilever foi claramente uma cultura de aprendizagem, e isso foi muito importante, principalmente no início de carreira. Era uma empresa que tinha valores muito próximos dos meus e onde fiz grandes amigos”, diz, acrescentando que foi lá onde conheceu o seu atual marido.

Na Unilever começou em gestão de categorias com artigos de limpeza como Skip, Surf, Cif, Sun, mudando depois para a marca Knorr, uma categoria “completamente diferente”.

“Passei de uma categoria onde a estratégia promocional é extremamente importante, e a forma como desenvolvemos as marcas nesse sentido é muito importante para estarmos próximos daquilo que é esperado pelo consumidor, para uma outra categoria onde na altura a marca era líder”, observa.

Ingressou depois na Central de Cervejas, onde passou um pouco por “todas as categorias”. Começando em águas, com a Luso Fruta, trabalhou depois a marca Sagres, onde teve a oportunidade de trabalhar tanto o mercado nacional como o mercado de exportação, “o que também foi muito bom para ter outros tipos de aprendizagens”.

Depois de uma passagem pela Heineken enquanto brand manager, trabalhou a categoria de sidras, que é “um mundo muito diferente” onde o grupo Heineken “também tem uma expertise incrível”, até que aceitou o desafio de ser a pessoa responsável pela marca Heineken, “uma marca premium, com valores muito sólidos e claramente a génese da criação da empresa”.

“E portanto temos aqui uma responsabilidade acrescida de continuar o legado que foi construído há mais de 150 anos”, diz Filipa Magalhães. Marketing manager da marca de cerveja há mais de três anos, considera que esta tem sido uma “jornada intensa, mas muito gratificante”.

“Agora mais recentemente, conseguimos duplicar o volume da marca, o que é muito positivo. A Heineken é uma marca que cada vez está mais próxima dos consumidores portugueses sem nunca perder o premium da marca. É muito desafiante encontrar o equilíbrio entre a pressão comercial no curto prazo e a construção de uma marca consistente que os consumidores reconheçam como premium no longo prazo. Mas acho que temos dado grandes passos e todas as pessoas – internas e externas – e agências que trabalham connosco têm-nos ajudado a construir uma marca sólida”, afirma.

Entre esse grupo de agências com que a marca trabalha mais regularmente encontram-se a Publicis, a Dentsu (agência de media), a SamyRoad (agência de influencer marketing), a M Public Relations (agência de relações públicas) e a Niu (agência de ativação em todos os festivais de música). Pontualmente devenvolvem também alguns eventos com influenciadores e convidados com a ajuda da H2N.

No entender de Filipa Magalhães, a Heineken é uma marca “consistente” assim como o são as suas plataformas de ativação e de comunicação, fator que a marketing manager considera ser muito importante.

Depois, “aquilo que tentamos sempre fazer é trazer algo que seja muito relevante para o consumidor português. E por isso é que a criatividade é tão importante. Podemos ser uma marca global mas é muito importante sermos relevantes para o consumidor português e é aí que tentamos dar um ponto diferenciador e é aí que os nossos parceiros são extremamente importantes e relevantes em toda a nossa estratégia“, explica.

Como exemplo dá a ativação no Nos Alive, com a realização do primeiro espetáculo com 500 drones em Portugal, naquela que foi uma forma de se impactar o consumidor português, e de tornar o patrocínio ao festival “muito mais relevante localmente”.

Filipa Magalhães em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

A nível internacional, a campanha “Toxic Influence” do projeto Beleza Real, da Dove. Teve o condão de apelar ao mesmo tempo à marketeer e à mãe – mostrando que em ambos os papéis devo ser fiel aos meus valores e à responsabilidade de estar a criar as mentes que no futuro vão definir os cânones da nossa sociedade, com as responsabilidades que acarreta querer deixar um mundo melhor.
Já em termos nacionais, a campanha “Tou xim É P’ra mim!”, da Telecel. Conseguiu lançar uma categoria nova e marcar uma nova era, criando um novo paradigma, tornando-se parte do imaginário coletivo duma geração.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Encontrar o equilíbrio entre uma pressão comercial de curto prazo com recursos finitos e a construção de uma marca consistente e próxima dos consumidores, para o longo prazo.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

Consumidor.

4 – O briefing ideal deve…

Ser inspirador, dinâmico e com um objetivo claro. O que dá asas à criatividade.

5 – E a agência ideal é aquela que…

Partilha da mesma paixão, e por isso sabe quando aceitar e quando desafiar, trabalhando a par e em verdadeira parceria.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Arriscar para conseguir romper e captar a atenção dos consumidores.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Não me agrada a ideia de um orçamento ilimitado pois leva a facilitismos e alguma desresponsabilização. A minha forma de ver marketing é orientada para a criação de valor e retorno do investimento, logo a existência de um limite é chave para medir o sucesso.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

O talento existe mas falta dimensão.

9 – Construção de marca é?

Uma maratona. Um processo longo, que vai ter momentos altos e baixos mas que no fim é muito gratificante.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Seria chef, pois tenho os ingredientes que me motivam: desafio, pressão e criatividade para ser sempre melhor e diferente.

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