Drahi oferece até 15% da Altice France aos credores em troca de um corte na dívida

O dono da Altice apresentou uma "proposta informal" aos credores com dívida garantida, trocando uma participação na empresa por um perdão de dívida, sem perder o controlo sobre a mesma.

A Altice France propôs aos credores com dívida garantida uma participação entre 10 e 15% na empresa, pedindo em troca um perdão de dívida equivalente. A “proposta informal”, noticiada na quinta-feira pela Bloomberg, também prevê a extensão das maturidades e redução dos juros da dívida existente.

A subsidiária francesa da Altice vê-se a braços com uma dívida de 24,4 mil milhões de euros e um rácio dívida/EBITDA de 6,7x, que pretende baixar para menos de 4x. Nos termos agora apresentados aos credores, Patrick Drahi, o dono do grupo, continuaria aos comandos sem ter de injetar dinheiro fresco.

Segundo a agência financeira, esta proposta visa lançar as bases para o eventual início de negociações confidenciais com os credores, caso estes aceitem.

Estes, por sua vez, já tinham apresentado uma proposta que previa que Drahi, potencialmente, perdesse o controlo da companhia. Contactados pela Bloomberg, nem a Altice nem o grupo de credores quiseram fazer comentários.

Foi em março que a Altice France surpreendeu os investidores ao sugerir que os obrigacionistas também terão de participar no esforço de redução do endividamento da empresa. Desde então, os principais bancos centrais já inverteram o ciclo de subida de juros e o sentimento é agora mais positivo, explica a agência noticiosa.

A Altice France é um dos três ramos do grupo Altice e detém a operadora SFR no mercado francês. A Altice International, outra das subsidiárias, detém a Altice Portugal, que controla a Meo, mas opera de forma independente da operação francesa. A Altice está ainda presente no mercado norte-americano através da Altice USA.

Nos últimos meses, a venda da Altice Portugal esteve em cima da mesa, mas as negociações com a operadora estatal saudita STC caíram por terra. A 29 de agosto, a administração da Altice International afastou a possibilidade de uma venda “envolvendo o perímetro total da Altice Portugal”, sem descartar, no entanto, a possibilidade de novas vendas de ativos isolados.

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Tempestade Kirk expõe lacunas nos seguros agrícolas e reforça a importância dos multirriscos

A tempestade provocou prejuízos principalmente no Norte e Centro do país. Seguradoras respondem a participações e agricultores querem revisão do Sistema de Seguros Agrícolas.

Os prejuízos provocados pela passagem da tempestade Kirk em Portugal levantam questões relativamente à proteção adequada contra fenómenos climáticos extremos.

À medida que as seguradoras respondem a participações de sinistros, especialistas destacam a importância de seguros multirriscos para mitigar prejuízos materiais em propriedades residenciais e comerciais. Embora o setor esteja a mobilizar peritos e equipas para avaliação dos danos, as lacunas de cobertura, especialmente em seguros agrícolas, são agora temas centrais no debate sobre a capacidade de resposta face a desastres naturais.

Seguradoras respondem a participações

Já foram apresentadas queixas às seguradoras em consequência da tempestade Kirk, mas contactadas pelo ECOseguros adiantam ser ainda precoce avançar com o valor dos estragos.

  • O Grupo Ageas Portugal já “recebeu um volume significativo de participações relacionadas com os danos causados pela tempestade Kirk”. Adiantou ainda que conta com equipas de peritos no terreno, relevando a intenção de “dar resposta a todos os pedidos com a maior brevidade possível”.
  • A Generali Tranquilidade tinha registado 55 ocorrências até à 1h00 desta quinta-feira. Também tem equipas de peritos no terreno “a dar apoio às populações”.
  • Também a Allianz registou participações “logo na manhã” de quarta-feira. “Foram de imediato desencadeados os protocolos de NATCAT [catástrofes naturais] estabelecidos com os peritos, que iniciaram logo as deslocações aos locais de risco sinistrados”, esclareceu. A seguradora adiantou ainda que oferece cobertura para estes fenómenos nas apólices multirriscos, empresas e automóvel (danos próprios).

As seguradoras deixaram ainda algumas dicas para o cliente acelerar o processo de resolução do sinistro: entrar em contacto com a seguradora com brevidade, reunir fotografias e/ou vídeos dos danos e realizar orçamentos e estimativas para recuperação.

Seguro multirriscos adequado pode resguardar famílias e empresas de prejuízos

As coberturas de tempestades, “que garante danos como os provocados pelo furacão kirk” constam nos seguros multirriscos habitação e multirriscos comerciais, industriais ou de serviços, explica o coordenador regional da DS Seguros. Sérgio Nolasco indicou ao ECOseguros que o primeiro pode cobrir os prejuízos na habitação do cliente e o segundo “os danos em bens de atividades profissionais”.

O especialista alerta que este produto pode cobrir totalmente o valor das perdas ou ter uma franquia (em que parte do prejuízo fica a cargo do tomador de seguro).

“Este tipo de seguro é feito frequentemente pela maior parte das famílias ou empresas, quando existe uma obrigação por parte de entidade credora, ou pelo facto de se tratar de uma propriedade em regime de propriedade horizontal, pela própria lei, mas também pode ser contratada facultativamente e sem qualquer dificuldade, nas situações em que tal não se verifique”, explica Nolasco.

Segundo o especialista, a cobertura deste fenómeno está “incluída de forma geral nas apólices multirriscos de qualquer seguradora”.

Não obstante, essencial ter atenção ao plano de seguro para perceber o que está coberto e em que condições.

De acordo a DECO PROteste, esta cobertura “paga os danos provocados por ventos fortes, desde que a velocidade seja superior a 90 ou 100 quilómetros por hora (consoante a apólice) e provoquem estragos em edifícios sólidos num raio de cinco quilómetros”.

Estão excluídos danos em dispositivos de proteção como as persianas, marquises, vedações e portões “exceto se o edifício ficar destruído”, assim como “estragos provocados pelo mar ou pela entrada de chuva nos telhados, portas, janelas e terraços, salvo se estas estruturas ficarem danificadas pela tempestade. Ou seja, se deixar uma janela aberta e a chuva entrar e provocar danos, o seguro pode não pagar“.

Importa notar que o ministro da Agricultura prometeu apoio, com regras específicas, aos agricultores. À Renascença, José Manuel Fernandes afirmou que para receber apoio, “cerca de 30% do tomar tem de ser afetado [pelo mau tempo]”. “Se o prejuízo for até 10 mil euros, pagamos a 100%; se for de 10 mil euros a 50 mil euros, o cofinanciamento é de 85%, e acima dos 50 mil euros é de 50% o nosso apoio”, acrescenta.

O governante relembrou o papel dos seguros que “deverão ser acionados” mas sem que haja “uma sobreposição de apoios”.

Estas declarações surgem em resposta aos prejuízos na exploração das produções (nomeadamente de maçã e castanha) registados por agricultores, principalmente os que têm as explorações no Norte, particularmente nas zonas de Lamego, Armamar e Carrazeda de Ansiães, provocados pela passagem da tempestade Kirk, assinalou a Confederação de Agricultores de Portugal (CAP).

Agricultores querem revisão de sistema de seguros agrícolas

A confederação reiterou a necessidade de revisão do Sistema de Seguros Agrícolas (SSA) “o mais rapidamente possível” para “contemplar e garantir cobertura do capital produtivo em situações como aquelas verificadas agora na região do Douro”.

Segundo a CAP, a “violência do vento e da chuva” provocou estragos que “comprometem a produção da colheita (nalguns casos acima dos 40%), impondo prejuízos imediatos e avultada perda de rendimentos aos produtores” e “coloca em causa a capacidade produtiva futura e a viabilidade da sua atividade, atendendo aos extensos danos verificados em infraestruturas e sistemas produtivos”.

Qual é a lacuna de proteção sobre as tempestades em Portugal?

Segundo o quadro do regulador europeu de seguros e fundos de pensões, EIOPA, que monitoriza os sinistros de eventos climáticos, existe ‘elevada’ variedade de oferta deste tipo de cobertura e ‘média’ aceitação de cobertura de seguro, sendo que a penetração deste seguro ronda os 50% e 75%, quer para objetos seguros comerciais quer residenciais em 2023.

No entanto, o regulador europeu nota que “o montante dos limites e das franquias para o segmento comercial é mais volátil porque é menos normalizado e está relacionado, normalmente, com montantes segurados muito elevados.”

Fundo Climático é a solução?

Para a DECO PROteste, reduzir a exposição dos cidadãos a eventos climáticos extremos passa pela criação de um fundo de catástrofes (tempestades, inundações, incêndios florestais, tornados, sismos, entre outros).

Propõe um sistema de proteção de riscos catastróficos baseado num modelo de parceria público-privada – envolvendo seguradoras, Estado e a constituição de um fundo financeiro autónomo – e “assente na mutualização do risco” em que os tomadores, as seguradoras, o fundo e o Estado participam e contribuem para o sistema em diferentes níveis.

Defende também que esta cobertura deve ser acessível a todos os consumidores “em particular dos mais vulneráveis, seja em função do risco, seja em função da sua situação económica, através da fixação de limites legais, quer em termos de encargos com a própria cobertura, quer em termos de franquias”.

A criação de um fundo sísmico tem sido defendido pelas entidades empresariais do setor segurador, como a Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros (APROSE) e Associação Portuguesa de Seguradores (APS), e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) promete entregar o anteprojeto desse fundo ao governo até ao final deste ano.

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+M

Apple continua a ser a marca mais valiosa do mundo, mas valor cai pela primeira vez em mais de duas décadas

Microsoft, Amazon, Google e Samsung mantêm as suas posições, a completar o top cinco de marcas mais valiosas, encabeçado pela Apple.

A Apple continua a ser a marca mais valiosa do mundo, ao ser avaliada em 488,9 mil milhões de dólares, mas o seu valor de marca caiu pela primeira vez em mais de duas décadas, num decréscimo na ordem dos 3%.

O restante top cinco continua a ser ocupado pelas mesmas marcas: Microsoft, Amazon, Google e Samsung, segundo o ranking das marcas mais valiosas da Interbrand. Todas estas marcas, por seu lado, cresceram em termos de valor, a maioria na ordem dos dois dígitos.

De acordo com a consultora, a Microsoft aumentou o seu valor em 11% (para 352,5 mil milhões de dólares). Já a Amazon vale 298,1 mil milhões (+8%), a Google 291,1 mil milhões (+12%) e a Samsung 100,8 mil milhões (+10%).

Toyota (72,8 mil milhões), Coca-Cola (61,2 mil milhões), Mercedes-Benz (58,9 mil milhões), McDonald’s (53 mil milhões) e BMW (52 mil milhões) completam as primeiras dez posições do ranking, que identifica as 100 marcas mais valiosas do mundo.

A Interbrand sublinha o facto de que, desde 2000 (ano em que publicou o ranking pela primeira vez), o valor acumulado das 100 marcas mais valiosas do mundo ter crescido 3,4 vezes, passando de 988 milhões (2000) para 3,4 biliões de dólares (2024).

Destaque ainda para o facto de 14 das 100 maiores marcas de 2024 serem do setor automóvel, contribuindo mais para o ranking do que qualquer outro setor. Três marcas automóveis – Toyota (6º), Mercedes-Benz (8º) e BMW (10º) – aparecem mesmo nas primeiras 10 posições. No setor automóvel, a Tesla foi a insígnia que apresentou um dos maiores declínios deste ano em valor de marca, na ordem dos 9%.

Entre as estreias no ranking encontram-se a Nvidia (36º), Pandora (91º), Range Rover (96º) e Jordan (99º), que entram pela primeira vez. Já a Uber (78º) e LG (97º), depois de terem saído, regressam novamente para a lista.

A Interbrand alerta ainda que “muitas das marcas mais valiosas do mundo estão a perder um potencial significativo de ganhos ao investir demais em ganhos de curto prazo“. “A nossa análise mostra que esses ganhos, quando vinculados predominantemente a táticas de curto prazo, podem minar o potencial de receita de médio a longo prazo de uma empresa”, acrescenta a consultora.

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Donos do Bournemouth negoceiam compra do Moreirense, após falhar acordo com Casa Pia

  • ECO
  • 11 Outubro 2024

O grupo de investidores Black Knight Football Club tem estado a avaliar a opção de comprar um clube português. Depois de falharem as negociações com o Casa Pia, virou as atenções para o Moreirense.

Bill Foley, proprietário do Bournemouth, está em negociações para comprar o Moreirense. A possibilidade de avançar para a compra do clube de futebol de Moreira de Cónegos, no concelho de Guimarães, surge depois de as negociações para a compra do lisboeta Casa Pia não terem chegado a bom porto.

Ainda não foi concretizada nenhuma oferta formal, mas têm sido mantidas conversas visando a celebração de um acordo, segunda avança o The New York Times.

O Moreirense venceu a Taça da Liga portuguesa em 2017 e tem militado a primeira divisão nacional na maior parte das últimas duas décadas. Atualmente encontra-se na oitava posição do campeonato português, após ter somado 11 pontos em oito jogos.

Bill Foley é o sócio-gerente do Black Knight Football Club, grupo de investidores que comprou o Bournemouth em dezembro de 2022. Um mês depois, o grupo adquiriu uma participação de 30% do clube francês Lorient. Mais tarde comprou também uma participação minoritária no Hibernian, equipa da primeira divisão escocesa, e é dono de 100% do Auckland (Nova Zelândia).

Agora, o grupo tem estado a avaliar a opção de comprar um clube português.

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Marco de Canaveses reúne 60 empresas na Bienal da Pedra

  • ECO
  • 11 Outubro 2024

A Bienal da Pedra abre portas nesta sexta-feira em Marco de Canaveses. Extração e transformação de granito envolve dezenas de empresas, cuja faturação soma mais de 90 milhões, indica a organização.

O concelho de Marco de Canaveses vai assinalar a importância do granito para a economia do município, promovendo mais uma edição do Bienal da Pedra que começa esta sexta-feira e vai até domingo. O município salienta que conta com a maior concentração empresarial de extração e transformação de granito nacional, com 56 empresas e mais de 1100 trabalhadores na área.

O setor de extração e transformação de granito na região movimenta 90 milhões de euros por ano, dos quais 57% são provenientes das exportações. O maior mercado é o europeu, mas também a Ásia e o continente americano. O granito proveniente de Marco de Canaveses está presente em obras internacionais, como por exemplo o Olimpic Way, próximo do estádio de Wembley, em Londres.

A Bienal da Pedra pretende celebrar este setor e juntar empresários de mais de 60 empresas do granito ou do setor de extração e transformação.

Esta feira de negócios decorre no Parque de Lazer de Alpendorada, a partir desta sexta-feira. O evento inclui atividades culturais, como espetáculos de danças, animação infantil, artesanato, prova de vinhos e concertos.

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TTR: Cuatrecasas lidera valor de operações de M&A com 1.592 milhões de euros

A Cuatrecasas lidera por valor total das operações, cerca de 1.592,38 milhões de euros. Já a Morais Leitão lidera o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com 24.

O recente ranking do TTR Data, que analisa o período entre 1 janeiro a 30 de setembro de 2024, revela quais foram os principais escritórios de advogados e legal advisors, nas principais operações de M&A, Venture Capital, Private Equity e Asset Acquisition. A Cuatrecasas lidera por valor total das operações, cerca de 1.592,38 milhões de euros. Já a Morais Leitão lidera o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com 24.

Segundo o relatório do TTR, nos primeiros nove meses do ano foram realizadas 387 transações que se traduziram num valor total de 8.462 milhões de euros. Das quatro áreas, M&A destacou-se com 172 transações (2.899 milhões de euros), seguida por Asset Acquisition com 90 transações (2.929 milhões de euros), Venture Capital com 85 transações (568 milhões de euros), e Private Equity com 41 transações (2.083 milhões de euros).

O mercado de fusões e aquisições em Portugal registou uma queda significativa no acumulado do ano de 2024, com uma redução de 22,74% no valor total agregado das transações. “O número de transações também diminuiu 23,67%, com um total de 387 transações completadas”, revelam.

Veja aqui todos os rankings.

M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

As sociedades em destaque são a Cuatrecasas, com um valor de 1.592,38 milhões de euros, seguida pela PLMJ, com 1.447,20 milhões, e a fechar o top 3 a Vieira de Almeida (VdA) com um valor total de 1.087,49 milhões de euros.

No que concerne ao número de transações em M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions a liderar a tabela ficou a Morais Leitão, com 24 transações, seguida da Garrigues, com 22, e da CCA Law Firm e PLMJ, com 21 operações cada.

Já relativamente aos “dealmakers“, advogados que centram a sua prática na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, sete sociedades de advogados estão representadas na tabela, face ao valor de transações. O sócio da PLMJ Diogo Perestrelo ocupa o lugar cimeiro da tabela com cinco transações que se traduzem em 999,80 milhões de euros.

O advogado dealmaker que somou um maior número de transações nestas áreas foi Domingos Cruz, managing partner da CCA Law Firm, com 18. No top 3 ficou ainda Luís Roquette Geraldes, sócio da Morais Leitão, e Paulo Bandeira, sócio da SRS Legal.

Os “rising star dealmakers” na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, por valor de transações, pertencem a cinco firmas: PLMJ, com cinco destacados, Cuatrecasas com três, Deloitte Legal e VdA, com dois cada, e a CS’Associados, com um. Francisco Martins Caetano, associado sénior da Cuatrecasas, e Sofia Alves, associada da Cuatrecasas, ocupam o primeiro lugar com um valor total de transações de 900 milhões de euros.

Constatando o número de transações, o advogado rising star pertence à CCA Law Firm: Joana Bugia, associada principal, com 16 transações.

Private Equity

Na área de Private Equity as sociedades em destaque são a Cuatrecasas e a Deloitte Legal, com 900 milhões cada, e a VdA, com 692 milhões.

No que concerne ao número de transações, o lugar cimeiro da tabela é ocupado pela PLMJ, com oito, seguida pela Garrigues, com cinco operações.

Venture Capital

Na área de Venture Capital as sociedades em destaque são a Morais Leitão, com um valor de 270,86 milhões de euros, a CCA Law Firm, com 114,42 milhões, e a SRS Legal, com 110,29 milhões.

No que concerne ao número de transações, o lugar cimeiro da tabela é ocupado pela CCA Law Firm, com 20, seguida pela Morais Leitão, com 12, e pela SRS Legal, com 11.

Equity Capital Markets

Na área de Equity Capital Markets, a Pérez-Llorca é a única firma destacada com uma operação. O sócio Manuel Cordeiro Ferreira foi o único advogado destacado como “dealmaker“, com uma operação. Por outro lado, Inês Dias Lopes foi referenciada como “rising star dealmaker”.

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Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 11 Outubro 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa tiveram comportamentos divergentes. Caíram no prazo a três meses, mas subiram a seis e 12 meses.

As Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, desceram a três meses para um novo mínimo desde 14 de abril de 2023 e subiram a seis e a 12 meses.

  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, avançou para 3,064%, mais 0,009 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu para 2,822%, mais 0,031 pontos do que na quinta-feira.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses desceu para 3,179%, menos 0,005 pontos e um novo mínimo desde 14 de abril de 2023.

A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

Na mais recente reunião de política monetária, em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Fábrica de transformação de peixe fresco de 9 milhões inaugurada 2.ª feira em Peniche

  • Lusa
  • 11 Outubro 2024

A nova unidade de transformação de pescado fresco da Omni Fish é inaugurada na segunda-feira em Peniche, representando um investimento entre oito e nove milhões de euros.

A nova unidade de transformação de pescado fresco da Omni Fish é inaugurada na segunda-feira em Peniche, representando um investimento entre oito e nove milhões de euros numa nova linha de produção da empresa.

“Esta nova unidade vai preparar e transformar em filete o pescado fresco, porque não há muitas soluções em Portugal nesta área e se importa peixe de Espanha e, por isso, há uma janela de oportunidade”, justificou o diretor da empresa, João Gomes, à agência Lusa.

O investimento surge da necessidade de “acompanhar o mercado, porque as pessoas e os restaurantes compram pescado já preparado para cozinhar”, já limpo e sem espinhas.

A empresa, que se dedicava até agora à comercialização de pescado fresco em grosso, adquiriu instalações já existentes e ampliou-as, para aí instalar a nova unidade de preparação e transformação, uma nova linha de produção.

O investimento de oito a nove milhões de euros tem financiamento aprovado, no âmbito do programa comunitário Mar 2030.

Com a nova fábrica, a empresa vai criar cerca de 60 novos postos de trabalho, a juntar aos atuais 100.

Com instalações em todos os portos de pesca do país para a compra e armazenamento de pescado, a empresa está sediada há 15 anos em Peniche, no distrito de Leiria, onde centraliza toda a operação de preparação, transformação e embalamento do pescado fresco para vender à restauração e ao consumidor final em todos os hipermercados.

A Omni Fish fatura entre 40 a 50 milhões de euros por ano.

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Carlos Leiria Pinto vai ser o novo chairman do Banco de Fomento

Carlos Leiria Pinto, diretor-geral no Brasil do IFC, o braço privado do Banco Mundial e a maior instituição de desenvolvimento do mundo, vai substituir Celeste Hagatong. Gonçalo Regalado será o CEO.

A cúpula do Banco Português de Fomento vai mudar. A CEO Ana Carvalho vai ser afastada e a equipa remodelada. Carlos Leiria Pinto deverá ser o novo chairman, substituindo Celeste Hagatong que saiu no verão por motivos de saúde, e Gonçalo Regalado o novo presidente executivo, tal como foi avançado esta sexta-feira pelo Jornal Económico e confirmado pelo ECO.

Carlos Leiria Pinto é diretor-geral no Brasil do IFC, o braço privado do Banco Mundial, e a maior instituição de desenvolvimento do mundo, mas também membro executivo do conselho de administração do Montepio e presidente do Montepio Valor. Tem experiência em investment banking, private equity, project finance e parcerias público privadas no Brasil e em Portugal, onde passou por bancos como o Santander, BNP Paribas e Commerzbank.

Carlos Leiria Pinto

Ao que o ECO apurou, o ministro da Economia deu carta-branca a Gonçalo Regalado, diretor de marketing para empresas, corporate e PME do BCP, para escolher o board que ainda está a ser formado.

O mandato do atual conselho de administração termina em novembro. Mas, a chairwoman, Celeste Hagatong, renunciou ao cargo, por “motivos de saúde”, no início de agosto, com efeitos a partir de 1 de setembro. Uma baixa de peso tendo em conta que Hagatong e Ana Carvalho foram as escolhidas pelo então ministro da Economia, António Costa Silva para refundar o banco. A CEO Beatriz Freitas foi afastada numa decisão surpresa e foram depositadas grandes expectativas nas mudanças que ambas iriam introduzir no banco. Mas a equipa do BPF só ficou completa em janeiro de 2023, o que teve reflexo na atividade da instituição. E desde abril deste ano tem um elemento a menos, porque o administrador executivo com o pelouro comercial, Hugo Roxo, apresentou a demissão, por motivos pessoais. Ana Carvalho, desde então, tem acumulado também estas funções.

Os elementos da nova administração vão ter de passar pelo processo de fit and proper no qual o Banco de Portugal avalia os candidatos. Só depois da luz verde do regulador é possível assumirem funções, algo que pode durar três a quatro meses. Além disso, é necessário realizar-se uma assembleia-geral anual na qual as contas têm de ser aprovadas.

O Banco de Fomento é uma peça importante na execução do Plano de Recuperação e Resiliência, já que tem de garantir que são injetados na economia 268 milhões de euros da bazuca, até final de 2025.

O ECO questionou o Ministério da Economia, que optou por não fazer comentários.

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A Worten quer “transformar tudo em TUMO”. Comunicação arranca dia 14

A Worten vai transformar o seu programa de responsabilidade social num dos momentos de comunicação mais relevantes do ano. Miguel Mota Freitas, CEO da marca, explica porquê.

A Worten vai ”transformar tudo em TUMO”. Ou, dito por outras palavras, o programa de responsabilidade social da insígnia da Sonae, o Worten Transforma, vai passar a apoiar integralmente o centro de tecnologias criativas para jovens dos 12 aos 18 anos, que alargou em setembro a presença a Lisboa.

A iniciativa vai começar a ser comunicada na próxima segunda-feira, dia 14, e trata-se de uma das maiores campanhas da Worten para este ano, antecipa a marca ao +M. Assinada pela Fuel, e realizada por António Amaral / Major West — com quem a marca trabalha pela primeira vez -–, trata-se também da estreia de Ricardo Araújo Pereira e da Inês Aires Pereira em campanhas de responsabilidade social da marca, o que ajuda a mostrar a força da aposta.

Este é um tema no qual o CEO da empresa, Miguel Mota Freitas, tem estado pessoalmente envolvido. “Os temas da educação e da sustentabilidade ambiental dizem-me muito. Quando tomamos conhecimento do projeto Tumo, a ligação surgiu de forma muito imediata”, recorda ao +M, explicando que com esta parceria se casa a missão de “democratizar o acesso à tecnologia”, da Worten, com a missão da Tumo, que é democratizar o acesso ao ensino da tecnologia e criatividade de forma bastante inovadora.

Lançado em 2023 em Coimbra e este ano em Lisboa, Miguel Mota Freitas lembra que objetivo do projeto de Pedro Santa Clara é “chegar a todas as geografias”, caminho que será percorrido com a Worten. Os cursos, recorde-se, são gratuitos.

O protocolo foi assinado para quatro anos e implicou nesta primeira fase equipar a escola, um investimento superior a 100 mil euros. Na campanha, será investido um montante até superior, conta. “São investimentos importantes”, resume.

Mas, para além do investimento mais imediato e financeiro, o objetivo da Worten é envolver, num apoio permanente, colaboradores e pessoas ligadas à marca.

Acreditamos que devolver à sociedade é um ato que deve envolver a empresa como um todo por isso queremos participar no Tumo de todas as formas em que lhe possamos acrescentar valor, seja partilhando conhecimento dos nossos colaboradores, criando projetos em conjunto, ou partilhando um pouco de conhecimento de pessoas que de alguma forma estão ligadas à Worten”, conta a marca.

O programa Worten transforma existe há 15 anos e, ao longo desta década e meia, possibilitou a reciclagem de mais de 66 mil toneladas de REEE (Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos), que se transformou no apoio a cerca de 3 mil instituições, com 25 mil novos eletrodomésticos doados e impactando cerca de 700 mil utentes.

Ou seja, os clientes entregam equipamentos elétricos avariados ou obsoletos, a Worten recicla os equipamentos com a ERP Portugal e com o valor angariado com a reciclagem, a Worten doa equipamentos. A marca pede então aos clientes que entreguem os equipamentos elétricos e eletrónicos em fim de vida para reciclagem, o que a partir deste ano será sinónimo de “transformar a educação de uma nova geração”.

O programa já foi comunicado em anos anteriores na época de Natal, mas a campanha deste ano, tem uma dimensão superior. “Avançamos agora, em outubro, para poder ter mais visibilidade e reforçar a mensagem”, explica Miguel Mota Freitas, admitindo que o programa “não tem tido a visibilidade e notoriedade, ao nível da população, que podia ter”. O objetivo é então reforçar a comunicação, fazendo com que a mensagem chegue a um maior número de pessoas, e potenciando o seu impacto.

“Temos muito orgulho neste programa. Facilita a reciclagem e, por outro lado, a geração de valor permite equipar instituições, faz essa transição de transformar o velho em novo”, resume o responsável.

A campanha, com Ricardo Araújo Pereira e Inês Aires Pereira vai estar em TV, rádio e digital.

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SPCB Legal conta com dois novos associados

António Maria Sarmento de Oliveira e Beatriz Couto são os novos associados da SPCB Legal.

A SPCB Legal promoveu António Maria Sarmento de Oliveira e Beatriz Couto a associados, depois de estes terem concluído, “com sucesso”, o seu estágio.

“A decisão da SPCB Legal é uma decisão de investimento no futuro e está em linha com a sua política de promoção do mérito e de reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos seus colaboradores“, sublinha o sócio Luís Couto.

Para o advogado, estas nomeações representam o início de uma nova etapa para os novos associados. “Uma etapa que, desejamos, seja bem-sucedida e de contínua aprendizagem”, acrescenta.

Beatriz Couto é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto. Entre 2021 e 2023 integrou a Lopes Cardoso & Associados. Em 2023 transitou para a SPCB Legal, onde concluiu o seu estágio.

Já António Maria Sarmento de Oliveira é licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional do Porto. Antes de ingressar na SPCB Legal, em 2023, estagiou na Lopes Cardoso & Associados.

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Montenegro reconhece que foi “provocatório q.b.” com jornalistas, mas reação foi “exagerada e descontextualizada”

  • Lusa
  • 11 Outubro 2024

O primeiro-ministro considera que as reações às suas declarações sobre os jornalistas e a sua atividade onde são "sopradas perguntas" pelos auriculares foram exageradas e descontextualizadas.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, admite que foi “provocatório q.b.” com a declaração sobre os jornalistas a quem, segundo disse, são “sopradas perguntas” pelos auriculares, mas considerou as reações exageradas e descontextualizadas.

Aceito que fui provocatório q.b., mas a reação a que assisti de vários quadrantes, além de manifestamente exagerada, foi muito descontextualizada. Sim, porque havia um contexto!“, escreve Luís Montenegro, num texto publicado no jornal Expresso.

O texto surge depois das reações de vários quadrantes políticos e do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas às críticas que Montenegro fez esta semana aos jornalistas, a quem disse serem “sopradas” perguntas através de auriculares.

No texto que escreve esta sexta-feira, Montenegro disse que na mesma ocasião mostrou “preocupação com a cada vez maior precariedade laboral dos jornalistas, que dificilmente não é prejudicial aos direitos de informar e ser informado”.

“Como disse também, o regime precisa tanto de bons políticos como de bons jornalistas, porque ambos são essenciais à democracia, que só uma informação rigorosa, isenta e que não vá apenas atrás do tema do dia assegura”, escreve.

O primeiro-ministro lembrou ainda que, na mesma ocasião, reiterou que, no seu entender, “a cobertura de um evento ou acontecimento deve concentrar-se mais nisso e evitar a canibalização dos temas que se afunilam na procura incessante pela reação do chamado ‘assunto do dia’“, sublinhando que nos últimos dois anos se confrontou com situações dessas “inúmeras vezes” quando percorreu, com a imprensa, os 308 municípios do país.

“Não raras vezes estava a falar de temas concretos, que na minha perspetiva eram relevantes (como, por exemplo, a política florestal ou a política da água), respondendo a perguntas pertinentes dos jornalistas, e, de repente, percebia que eles eram instados a mudar de tema e a fazer as perguntas que lhes eram solicitadas sobre o tal ‘assunto do dia'”, escreve.

O primeiro-ministro diz ainda não desconhecer “a utilidade dos auriculares e dos telemóveis no exercício profissional dos jornalistas”, nem a utilidade e o potencial das redes sociais, quando utilizadas com rigor”.

“Eu próprio e os membros do meu Governo utilizamos esses aparelhos na nossa intercomunicação e as redes sociais como poderosa ferramenta de comunicação direta. A questão que abordei não era essa”, justifica, acrescentando: “A minha perspetiva foi sempre de valorização do papel insubstituível do jornalismo e da sua afirmação pela qualidade e responsabilidade”.

Na abertura da conferência sobre “O futuro dos media”, em Lisboa, na terça-feira, onde foi apresentado o plano do Governo para a comunicação social, Montenegro disse pretender em Portugal um jornalismo livre, sem intromissão de poderes, sustentável do ponto de vista financeiro, mas mais tranquilo, menos ofegante, com garantias de qualidade e sem perguntas sopradas.

“Digo-vos isto preocupado com as garantias de qualidade naquilo que é o exercício de uma profissão efetivamente muito relevante”, declarou Montenegro, que fez várias apreciações sobre a atividade jornalística, considerando que “é tão importante ter bons políticos como bons jornalistas para que a democracia funcione”.

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