Universidade de Aveiro conclui que subida do nível da água será moderada

  • Lusa
  • 14 Junho 2022

Investigadores da Universidade de Aveiro confirmam subida do nível da água em Portugal nas próximas décadas, "mas sem catastrofismos”.

Um estudo da Universidade de Aveiro (UA) que integrou modelos numéricos de elevada resolução espacial, adaptados a cada local, conclui que o nível da água “vai subir, mas sem catastrofismos”.

De acordo com esse estudo, no estuário do Tejo, no ano de 2055, 10,9 quilómetros quadrados de zonas urbanas serão alagadas devido ao efeito combinado da maré, da subida do nível médio do mar e em consequência de fenómenos meteorológicos extremos, que podem ocorrer uma vez a cada 100 anos.

Até 2100, esse valor será de 14,9 quilómetros quadrados, prevendo os investigadores que estejam cerca de 66 quilómetros quadrados de áreas agrícolas e de pastagem inundadas em 2055.

Estima-se que mais de 6.500 pessoas possam ser afetadas pela subida da água do estuário do Tejo em 2055. Em 2100 o número de pessoas afetadas será superior a 12500.

Do mesmo modo, no que às áreas urbanas diz respeito, na Ria de Aveiro serão 6,4 quilómetros quadrados de área inundada em 2055 e oito até 2100, na foz do Mondego 1,4 em 2055 e 1,7 até 2100, no estuário do Sado 5,6 em 2055 e 6,7 até 2100 e na Ria Formosa 3,6 quilómetros quadrados em 2055 e 4,4 até 2100.

“Os números não são alarmantes, apesar de todos os prejuízos decorrentes da perda de território”, considera João Miguel Dias, da Universidade de Aveiro.

Relativamente às áreas agrícolas e de pastagem alagadas, e ao número de habitantes afetados, os cálculos da equipa de investigação apontam para 57 quilómetros quadrados em 2055 e 62,6 em 2100 e com mais de 10.500 pessoas afetadas em 2055 e de 13.100 até 2100, na Ria de Aveiro, enquanto na Foz do Mondego com 33 quilómetros quadrados em 2055, e 36 até 2100, com cerca de 600 pessoas afetadas em 2055 e de 800 até 2100.

Para o Estuário do Sado, a previsão é de 43,5 quilómetros quadrados em 2055 e 44,9 até 2100, com mais e 2.500 pessoas afetadas em 2055 e cerca de 5.000 até 2100, enquanto para a Ria Formosa é de 3,6 quilómetros quadrados em 2055 e 4,4 até 2100, com cerca de 2.200 pessoas afetadas em 2055 e 2.500 até 2100.

Os investigadores salientam que há múltiplos fatores envolvidos no valor do nível máximo da água nos estuários, derivado da subida do nível médio do mar decorrente das alterações climáticas.

“O nível médio do mar subir meio metro, por exemplo, não implica necessariamente uma subida de meio metro do nível máximo da água em todo o estuário”, referem.

“As previsões de inundação nos estuários nacionais que têm sido divulgadas são exageradas e consideravelmente superiores às obtidas neste estudo, pois decorrem de trabalhos que desprezam os processos físicos que determinam a propagação da onda de inundação ao longo dos estuários”, esclarece o investigador do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e do Departamento de Física (dfis).

Outro elemento da equipa de investigação, Carina Lopes, refere que foi verificado que “a energia da onda de inundação é fortemente dissipada durante a inundação de planícies de maré e aluviais e que essa dissipação se traduz numa redução do nível máximo da água, e consequentemente da extensão de inundação”.

“Este mecanismo é particularmente importante na Ria de Aveiro e nos estuários do Tejo e do Mondego, que possuem extensas planícies de maré e aluviais”, diz Carina Lopes.

A dimensão da embocadura dos estuários é outro fator que determina a amplitude da onda de inundação: “verificámos que a onda de inundação é fortemente atenuada durante a sua propagação ao longo de embocaduras estreitas e pouco profundas, como é o caso da Ria de Aveiro e estuário do Mondego”, referem os investigadores.

Os investigadores da UA verificaram ainda que “a onda de inundação é amplificada nas regiões a montante da entrada dos estuários do Tejo e Sado, devido à sua configuração geométrica divergente”.

No entanto, observam, “esta amplificação não resulta num aumento da área inundada, uma vez que as regiões adjacentes à entrada destes estuários apresentam cotas relativamente elevadas”.

O estudo, em que participaram também Magda Sousa, Américo Ribeiro, Humberto Pereira, João Pinheiro e Leandro Vaz, todos investigadores do CESAM/dfis, procura fornecer “uma visão global dos mecanismos físicos que determinam a extensão da inundação em estuários com características geomorfológicas distintas” e aconselha a aplicação de modelos numéricos em vez dos modelos de inundação simplificados em sistemas estuarinos.

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António Guterres alerta que a guerra e falta de ações agravam “caos climático”

  • Lusa
  • 14 Junho 2022

O secretário-geral da ONU considera que a "crise energética agravada pela guerra na Ucrânia provocou uma duplicação perigosa [do consumo] dos combustíveis fósseis nas principais economias".

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse esta terça-feira que o “caos climático” agravou-se devido ao aumento do consumo de combustíveis fósseis provocado pela guerra na Ucrânia e pela falta de intervenção dos Estados contra o aquecimento global.

“A guerra (em território ucraniano) reforçou uma lição desagradável: a nossa matriz energética está estragada”, disse António Guterres numa intervenção na cimeira Austria World Summit organizada pelo ator Arnold Schwarzenegger, que há seis anos reúne em Viena políticos, empresários e ativistas para debates sobre o clima e o meio ambiente.

“A crise energética agravada pela guerra na Ucrânia provocou uma duplicação perigosa [do consumo] dos combustíveis fósseis nas principais economias”, declarou o secretário-geral das Nações Unidas, que participou no encontro de forma remota.

Guterres referia-se à crise energética atual que diz estar a ser agravada pelo conflito na Ucrânia assim como pelas sanções internacionais contra a Rússia, que diz estarem a prejudicar a luta contra as emissões de gases de feito estufa.

Após recordar que as “casas e as empresas” enfrentam preços exorbitantes, Guterres considerou “delirantes” os novos investimentos de exploração e de produção de combustíveis.

Esta tendência “só vai aumentar as calamidades da guerra, a contaminação e a catástrofe climática”, acrescentou António Guterres.

“O único caminho possível no sentido da segurança energética, estabilidade dos preços e prosperidade num planeta habitável consiste no abandono dos combustíveis fósseis contaminantes, em especial o carvão, e acelerar a transição energética”, frisou.

Guterres pediu aos países mais ricos para desmantelarem as centrais de carvão até 2030 e “no resto do mundo” até 2040. “O nosso planeta já aqueceu 1,2 graus e para se manter o objetivo de não ultrapassar um aquecimento de 1,5 graus devemos reduzir 45% das emissões até 2030” reiterou.

Mesmo assim, segundo o secretário-geral da ONU os comportamentos dos países “não são suficientemente bons” para se garantirem os valores desejados receando um aumento de 14% das emissões de gases de efeito estufa durante a atual década.

“Muitos governos não estão a fazer nada. Esta falta de ação tem graves consequências”, insistiu. Para contrariar a situação, António Guterres, defende o fim das subvenções destinadas aos combustíveis fósseis e a promoção das ajudas ao desenvolvimento do investimento das fontes energéticas renováveis que devem “triplicar”.

Neste sentido, Guterres instou os Estados a melhorarem o acesso a matérias-primas assim como a facilitarem os meios burocráticos de acesso a projetos solares e eólicos.

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“Pedras Parideiras” de Arouca classificadas como Monumento Natural Local

  • Lusa
  • 14 Junho 2022

Pedras Parideiras" de Arouca estão agora classificadas Monumento Natural Local como reconhecimento das características únicas que este maciço de granito apresenta a nível mundial.

A formação geológica de Arouca conhecida como “Pedras Parideiras” foi classificada como Monumento Natural Local, segundo um aviso publicado hoje em Diário da República, em reconhecimento das características únicas que esse geossítio apresenta a nível mundial.

O aviso em DR dá conta da decisão da Câmara de Arouca – já aprovada em Assembleia Municipal – de classificar o maciço de granito identificado apenas em cerca de um quilómetro quadrado da aldeia da Castanheira, na Serra da Freita, e cuja peculiaridade científica é apresentar-se pontilhado por nódulos biotíticos escuros que, por força da erosão, acabam por soltar-se da rocha-mãe – por isso chamada de “parideira”.

À base de biotite na sua camada externa e de quartzo e feldspato no interior, esses nódulos negros são descritos pelo Geoparque de Arouca, no distrito de Aveiro, como “um fenómeno único no mundo” e a sua composição remonta ao período entre 320 e 310 milhões de anos.

Para a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, a classificação desse património geológico como monumento representa a formalização de um reconhecimento que a população local – “e também a externa ao concelho e até ao país” – já há muito tem para com o fenómeno.

A grande vantagem da classificação pelo Decreto-Lei 142/2008 é que agora temos uma proteção legal do sítio e não apenas um reconhecimento científico e educativo da sua singularidade.

Margarida Belém

Presidente da Câmara Municipal de Arouca

O afloramento das “Pedras Parideiras” vem sendo ainda mais valorizado desde 2009, quando foi classificado como geossítio do Arouca Geopark e passou a integrar a Rede Europeia e Global de Geoparques, sob a tutela da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

“A grande vantagem da classificação pelo Decreto-Lei 142/2008 é que agora temos uma proteção legal do sítio e não apenas um reconhecimento científico e educativo da sua singularidade. Materializamos assim a recomendação que emana dos estatutos do Programa Internacional de Geociências e Geoparques da UNESCO, que define que cabe a cada estado-membro garantir a classificação legal do património natural que integre esse programa”, realça Margarida Belém.

Além disso, a classificação como Monumento Natural Local significa que o referido património pode agora ser objeto do processo mediante o qual “passará a ser reconhecido pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e a integrar a Rede Nacional de Áreas Protegidas”, de acordo com um regulamento próprio ainda a redigir.

A classificação, formalizada em Diário da República, vem assim, como realçou a autarca socialista, “ajudar as autoridades no seu esforço de protegerem um local que é único no país e no mundo”.

 

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Dificuldades logísticas podem tirar 920 mil milhões ao PIB da Zona Euro

Estudo revela necessidade da reinvenção das cadeias de abastecimento para enfrentar a mudança de paradigma económico. Covid-19 e guerra na Ucrânia podem aumentar quantidade e duração das disrupções.

O produto interno bruto da Zona Euro pode encolher cumulativamente 920 mil milhões de euros até 2023 devido às dificuldades nas cadeias de abastecimento provocadas pela invasão russa da Ucrânia e à pandemia da Covid-19, aponta um estudo da Accenture.

A potencial perda equivale a 7,7% do PIB da Zona Euro em 2023, pode ler-se no estudo “From Disruption to Reinvention – The future of supply chains in Europe”, publicado durante a Reunião Anual do Fórum Económico Mundial em Davos.

As economias da Zona Euro perderam 112,7 mil milhões de euros em 2021, fruto da disrupção das cadeias de abastecimento causada pela pandemia. A “falta de fornecimento de materiais, falhas na logística e pressões inflacionárias” minaram a recuperação económica europeia, o que levou a uma sobrecarga nas cadeias de abastecimento, pode ler-se.

Agora, com a invasão da Ucrânia pela Rússia, esta situação foi agravada. Esperava-se que a falta de semicondutores ficasse resolvida no segundo semestre de 2022, mas o estudo aponta agora para que a mesma persista até 2023. Em caso de guerra prolongada, a perda adicional do PIB pode ascender aos 318 mil milhões em 2022 e 602 mil milhões em 2023.

Embora o estudo da consultora aponte para um consenso entre os especialistas de que a Europa evitará uma recessão este ano, a combinação da Covid-19 com a guerra na Ucrânia tem o potencial de desacelerar o crescimento europeu. Neste sentido, o estudo sugere e destaca a necessidade de uma reinvenção das cadeias de abastecimento como forma de enfrentar a mudança de paradigma.

Até 30% do valor agregado total da Zona Euro está dependente de cadeias de abastecimento transfronteiriças funcionais, aponta o estudo, quer como fontes de input ou como destino para a produção. Neste sentido, o estudo sugere que as cadeias de abastecimento devem hoje ser mais resilientes, ágeis e sustentáveis, como forma de resposta às crescentes incertezas de oferta.

Para Pedro Galhardas, líder na área de Strategy & Consulting da Accenture em Portugal, a guerra na Ucrânia poderá ainda aumentar a quantidade e a duração das atuais disrupções nas cadeias de abastecimento. “A gravidade dependerá de como a guerra evoluir” refere, mas garante que uma reinvenção será necessária à medida que a nova ordem económica se desenvolve dentro dum ambiente “inflacionário, maior regionalização, transição energética e um mercado de talentos limitado”.

“Melhorar a eficiência energética e acelerar a transição para fontes de energia verde será fundamental para alcançar a segurança”, acrescenta Pedro Galhardas. O responsável sublinha ainda que, em paralelo, a “capacidade de atrair, reter, e fazer o reskill e upskill dos colaboradores” está também a evoluir para “uma das questões mais urgentes desta década”.

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Conversas de Praia 2T #1: Chamas a isso Sucesso?

  • Conteúdo Patrocinado
  • 14 Junho 2022

A primeira sessão da 2ª temporada do ciclo Conversas de Praia parte desta pergunta para uma partilha da visão de vários convidados a quem o sucesso não subiu à cabeça.

A pergunta “Chamas a isso sucesso” serviu de mote para esta primeira conversa, que juntou alguns especialistas na área de marketing de diferentes setores: Ana André, Marketing Director na Leroy Merlin, Armando Alves, Digital Marketing Director na Brisa, Frederico Arouca, Marketing Communication Team Leader na Sogrape, e Luísa Manso, New Business Director na WYcreative.

Estes profissionais, a quem o sucesso não subiu à cabeça, foram convidados a discutirem a sua visão sobre como o medem e como o valorizam. Curioso? Assista aqui à conversa.

As Conversas de Praia, uma iniciativa promovida pelo WYgroup em parceria com o ECO, que já vai na segunda temporada, pretendem abordar temas transversais da atualidade, que vão desde sustentabilidade, educação, passando pelo marketing de conteúdo. Poderá acompanhar as Conversas todas as terças-feiras, no Facebook do ECO, até 12 de julho. Descubra o tema da próxima neste calendário.

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Emissão de gases poluentes na UE caiu 33% nos 30 anos até 2020. Mas depois voltou a subir

Segundo os dados do Eurostat, foi registada uma quebra de 1.563 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente entre 1990 e 2020. No entanto, em 2021, as emissões já superaram níveis de 2019.

As emissões de gases com efeito de estufa (GEE) na União Europeia (UE) reduziram-se em 33% nos 30 anos entre 1990 e 2020. Uma tendência que acabou por ser contrariada em 2021, no pós-pandemia, quando voltaram a registar-se níveis de emissões acima dos de 2019.

De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat, foi registada uma quebra de 1.563 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente entre 1990 e 2020, sendo que, só em 2020, as emissões diminuíram 10,7% (373 milhões de toneladas de CO2 equivalente) em relação aos níveis de 2019, grande parte devido às restrições da pandemia de covid-19.

Em Portugal, em 1990, o Eurostat contabilizou 60 milhões de toneladas de CO2 equivalente emitidas, ou seja, menos um milhão de toneladas quando comparado com 2020 (59 milhões), ano em que foram emitidos menos gases desde de que há registo. Já 2005 foi o ano com o maior número de emissões de gases com efeito de estufa no país (88 milhões de toneladas). Entre 2019 e 2020, a entidade contabiliza uma queda de 9 milhões de emissões

Apesar desta redução, importa referir que a entidade europeia já havia alertado que, no último trimestre de 2021, as emissões de GEE para a atmosfera na UE já superavam as registadas no mesmo trimestre de 2019, antes da pandemia. Segundo o Eurostat, foram emitidas para a atmosfera 1.041 milhões de toneladas de CO2 equivalente, entre outubro e dezembro. O valor está “ligeiramente acima” das 1.005 milhões de toneladas emitidas pela UE no último trimestre de 2019.

Embora ainda não existam dados sobre as emissões referentes a 2022, sabe-se que, no final de 2021, as emissões destes gases que contribuem para as alterações climáticas e o aquecimento global, recuperaram para níveis pré-covid, ainda que no terceiro trimestre desse ano o Eurostat tivesse informado que as emissões ficaram “ligeiramente abaixo” do registado nos mesmos três meses de 2019.

Quanto às emissões a nível global, os investigadores presentes na cimeira do ambiente Cop26, em Glasgow, já tinham alertado para uma recuperação considerável, em 2021, depois do abrandamento registado durante a pandemia, identificando a União Europeia e os Estados Unidos como responsáveis por 7,6% do aumento dessas emissões.

Emissões de GEE em “tendência geral de queda” na UE

De acordo com o documento divulgado esta manhã pelo gabinete de estatísticas europeu, “houve uma tendência geral de queda” nas emissões de GEE entre 1990 e 1999, apesar de, em 1996, as temperaturas baixas terem levado a um aumento considerável das necessidades de aquecimento.

Entre 1999 e 2008, a evolução das emissões de GEE na UE manteve-se “relativamente inalterada”, enquanto o ano seguinte foi “marcado por uma forte queda nas emissões como consequência da crise económico-financeira global e da consequente redução da atividade industrial”, lê-se no documento. Em 2011, depois de um breve aumento em 2010, as emissões voltaram a abrandar e entre 2015 e 2017 retomaram a tendência de crescimento de forma ligeira.

As estatísticas recolhidas pelo Eurostat avaliam todos os gases de efeito estufa: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hidrofluorcarbonos (HFCs), perfluorcarbonos (PFCs), hexafluoreto de enxofre (SF6) e trifluoreto de natrium (NF3).

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Médicos dizem que Plano Nacional Saúde 2021-2030 está incompleto e apontam omissões

  • Lusa
  • 14 Junho 2022

Ordem dos Médicos quer correções no Plano Nacional de Saúde nas áreas da doença renal crónica e reumáticas musculoesqueléticas cujo absentismo custa ao Estado 204 milhões de euros por ano.

A Ordem dos Médicos (OM) considera que o Plano Nacional de Saúde (PNS) 2021-2030 está incompleto e aponta omissões nas áreas da doença renal crónica, que atinge 10% a 20% dos portugueses, e das doenças reumáticas musculoesqueléticas. O absentismo resultante destas patologias “custa ao Estado português aproximadamente 204 milhões de euros por ano. Já as reformas antecipadas custam 910 milhões de euros por ano”, recorda a OM.

Num documento a que a Lusa teve acesso, a OM diz também que o PNS “ignora o enorme peso dos problemas referentes ao sistema nacional de saúde e, em particular, ao Serviço Nacional de Saúde”, sublinhando que “a ausência de um diagnóstico quanto às próprias estruturas do sistema, faz com que o plano elaborado esteja incompleto e impossibilita o cumprimento de outros objetivos na próxima década”.

Em declarações à Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos considerou que há várias questões importantes que “não foram devidamente avaliadas” naquilo que se pretende num Plano Nacional de Saúde para os próximos dez anos.

Vamos ter alterações nos fluxos migratórios – já estamos a ter e vamos ter ainda em maior escala – e isso não está previsto no Plano Nacional de Saúde”, disse Miguel Guimarães, insistindo que “estes planos obrigam a determinado tipo de opções e, se calhar, a algumas intervenções para que essas pessoas possam ter acesso a cuidados de saúde, para que possam ser integradas. E nada disso está previsto”.

Na posição que emitiu na consulta pública do PNS 2021-2030, a OM diz que não é dada a devida relevância à doença renal crónica, recordando que é “muito prevalente” – atinge 10% a 20% da população portuguesa – e sublinha que a incidência “deverá aumentar nas próximas décadas”.

Estima-se que em 2040 a doença renal crónica seja a quinta causa de anos de vida perdidos.

“A doença renal crónica está ligada a uma parte daquilo que são os custos que o Estado tem nas parcerias que faz para assegurar serviços, como é o caso da hemodiálise”, sublinhou o bastonário, destacando igualmente o “enorme esforço” que o país tem feito na área da transplantação.

“Não se enquadrando exatamente nos indicadores definidos pela DGS para o Plano Nacional de Saúde, a verdade é que nós temos uma posição dominante a nível internacional na área da transplantação, estamos no top 3 mundial, mas ninguém liga”, acrescentou Miguel Guimarães, considerando que esta era “uma boa oportunidade de associar a doença renal crónica e ter uma boa estratégia para a área da transplantação”.

A ordem sublinha que as despesas com os doentes renais crónicos representam cerca de 2% do orçamento da Saúde, correspondendo o custo com hemodiálise a mais de 35% de todo o setor convencionado do estado, o que equivale a um aumento de quase 15% na última década.

Considera, por isso, essencial a inclusão de estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e a criação de condições para aumentar as modalidades domiciliárias de terapêutica de substituição da função renal e otimizar a articulação entre a Rede de Cuidados de Saúde Primários, o setor social, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e de Cuidados Paliativos e as Unidades responsáveis pelo tratamento dos doentes renais crónicos terminais.

Diz ainda que o PNS também “não valoriza as doenças reumáticas musculoesqueléticas”, uma das doenças crónicas do adulto “mais dominantes em Portugal”, com “uma prevalência de 53% na população e um impacto social e laboral significativo – superior a mil milhões de euros de despesa”.

O absentismo resultante destas patologias custa ao Estado português aproximadamente 204 milhões de euros por ano. Já as reformas antecipadas custam 910 milhões de euros por ano.

Miguel Guimarães

Bastonário da Ordem dos Médicos

Em declarações à Lusa, o bastonário insiste: “Se eu tiver um Plano Nacional de Saúde e definir determinado tipo de estratégias, sem falar nas alterações que têm de acontecer nos serviços de saúde para que elas sejam concretizáveis, é curto”.

Diz ser essencial ter orçamentos plurianuais e uma “lei de meios” que defina estritamente parcelas para determinadas áreas, “como o investimento em equipamentos, ou em prevenção, protegendo o investimento nestas áreas”.

“Neste momento, não temos um fio condutor. Temos parcelas no orçamento, mas não são estanques, o dinheiro circula, há cativações, há suborçamentação dos hospitais (…) e estamos sempre e prejuízo”, acrescentou.

A OM lembra igualmente que não concorda com a posição assumida no documento relativamente aos problemas da mortalidade materna, cuja taxa, segundo os últimos dados divulgados, subiu em 2020 para 20,1 óbitos por 110 mil nascimentos, o nível mais alto dos últimos 38 anos.

“A mortalidade materna tem de ser explicada pela DGS. As questões da mortalidade materna têm sofrido algum desgaste e isto eleva-nos a pensar no que não estamos a fazer bem. Tem de ser avaliado”, insistiu Miguel Guimarães.

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Casos de Monkeypox em Portugal sobem para 231

Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos. Os casos identificados se mantêm "em acompanhamento clínico" e que estão "estáveis".

Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou esta terça-feira mais 22 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal. Isto significa que já existem no país 231 casos confirmados.

“A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve“, acrescenta a entidade liderada por Graças Freitas em nota publicada no site.

Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, precisa a DGS, acrescentando que os casos identificados se mantêm “em acompanhamento clínico” e que estão “estáveis”.

O vírus Monkeypox é uma doença geralmente transmitida pelo toque ou mordida de animais selvagens infetados na África Ocidental e Central, podendo também transmitir-se através do contacto com uma pessoa infetada ou materiais contaminados. Os sintomas incluem “lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço”.

A informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está “a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional”, explica a DGS na mesma nota que publicou no site, acrescentando que “continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias”.

Portugal estava a “constituir uma reserva nacional de vacinas, através do mecanismo europeu” e que através de especialistas da Comissão Técnica de Vacinação da DGS, “estava a ser estudada a eventual necessidade de administrar a vacina a contactos de casos confirmados e a profissionais de saúde, no contexto deste surto”. Mas desde então não foram dados mais detalhes. Mas a OMS avançou que para já estava posta de parte a necessidade de se avançar com um processo de vacinação em larga escala.

A DGS tem pedido que indivíduos que apresentem erupção cutânea, lesões ulcerativas, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem procurar aconselhamento clínico. Mas, “ao dirigirem-se a uma unidade de saúde, deverão cobrir as lesões cutâneas”, alerta a DGS.

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Taxa de segurança alimentar já rendeu 73 milhões

  • ECO
  • 14 Junho 2022

Grupo Jerónimo Martins tem em dívida 27 milhões de euros: nunca pagou a taxa e já tentou a sua impugnação judicialmente.

Em dez anos, a taxa de segurança alimentar rendeu 73 milhões de euros ao Estado, avança esta terça-feira o Jornal de Notícias (acesso pago). Criada pelo Governo de Pedro Passos Coelho, a contribuição tem sido sucessivamente contestada pela Jerónimo Martins e pelo Continente.

A dona do Pingo Doce tem em dívida 27 milhões de euros e já tentou impugnar a taxa judicialmente — o que suspende o pagamento da contribuição; a dona do Continente tem assegurado sempre o pagamento mesmo recorrendo à Justiça.

O encaixe obtido com a taxa é gerido pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária. O valor é de sete euros por metro quadrado; estão isentos os estabelecimentos com área de venda inferior a 2.000 metros quadrados.

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CP enfrenta nova greve ao trabalho extraordinário em julho

Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário entregou pré-aviso para paralisação entre 1 e 31 julho. Exige aumento dos salários e admissão de trabalhadores.

A CP arrisca enfrentar o segundo mês consecutivo de perturbações na circulação de comboios. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário entregou um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário entre 1 e 31 de julho.

A confirmar-se, a paralisação sucede à greve ao trabalho extraordinário convocado pelo mesmo sindicato afeto à CGTP e que está em vigor desde 3 de junho.

Os trabalhadores exigem aumentos salariais imediatos e em linha com a taxa de inflação dos últimos meses – acima dos 0,9% aplicados logo no início do ano. Os funcionários também exigem a integração nos quadros de trabalhadores a prazo.

A paralisação afeta o trabalho extraordinário, a partir da oitava hora de serviço e ao trabalho em dia de descanso.

A greve poderá afetar a circulação de comboios na CP: em 2021, as horas extraordinárias corresponderam a 10,3% do trabalho da empresa. Na área operacional e comercial, ligada aos maquinistas e revisores, a taxa foi de 14,2%.

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INE confirma inflação de 8% em maio, o valor mais alto desde 1993

A taxa de inflação atingiu os 8% em maio, um valor superior em 0,8 pontos percentuais ao observado em abril e o mais elevado desde fevereiro de 1993.

A taxa de inflação em Portugal acelerou para 8% em maio, de acordo com a segunda estimativa publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira, número que compara com a taxa de 7,2% registada em abril. Este é o valor mais elevado registado desde fevereiro de 1993.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) também acelerou, registando uma variação de 5,6% (5,0% em abril)“, acrescenta o gabinete de estatísticas, assinalando que este é o valor mais elevado registado desde outubro de 1994.

Apesar de o fenómeno ser agora mais transversal, a energia continua a dar o maior contributo para a elevada subida dos preços em Portugal. A inflação relativa aos produtos energéticos acelerou para 27,3% (26,7% em abril), o valor mais elevado desde fevereiro de 1985.

Outra das componentes que tem vindo a acelerar é o índice de preços dos produtos alimentares não transformados, o qual fixou-se nos 11,6% em maio, acima dos 9,4% de abril.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística.

Em comparação com abril, no mês de maio destacam-se os aumentos das taxas de variação homóloga das classes da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis e ainda das bebidas alcoólicas e tabaco. A um nível mais desagregado, o gabinete de estatísticas atribui os maiores contributos positivos à eletricidade, gás natural, fruta fresca ou frigorificada, vinho e mobiliário para o lar.

“Em sentido oposto, os transportes (classe 7) e as comunicações (classe 8) apresentaram uma diminuição da taxa de variação homóloga para 10,8% e 2,2% respetivamente (13,1% e 3,2% no mês anterior)”, refere o INE. Neste caso, o maior contributo negativo veio do gasóleo e da gasolina, por causa da redução do ISP, e dos produtos hortícolas frescos e frigorificados, exceto batatas e outros tubérculos, dos voos internacionais e das férias organizadas fora do território nacional.

Pela primeira vez desde que a inflação começou a acelerar em Portugal, a variação média dos últimos doze meses da taxa de inflação superou os 3%, atingindo os 3,4% em maio, acima dos 2,8% de abril.

E, também pela primeira vez, o IPC subjacente (“core”) a doze meses superou os 2%, o objetivo do Banco Central Europeu (BCE). “Excluindo do IPC os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de variação média foi 2,3 (1,8% no mês anterior)”, nota o INE.

O Governo mantém uma previsão de 3,7% (IPC) e 4% (IHPC) para a taxa de inflação deste ano, contando com uma desaceleração dos preços no segundo semestre. Porém, a tendência das organizações internacionais tem sido de revisões em alta. Ainda na semana passada a OCDE colocou a taxa de inflação em Portugal nos 6,3% (IHPC).

(Notícia atualizada às 11h33 com mais informação)

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PIB dos países do G20 desacelera no arranque de 2022

A economia dos países do G20 travou no primeiro trimestre deste ano, principalmente por causa dos Estados Unidos. Há exceções à regra, nomeadamente a União Europeia.

O PIB dos 20 países com as maiores economias desacelerou no início do ano. De acordo com os dados divulgados pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE), a atividade económica cresceu 0,7% em cadeia, entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022, travando face ao aumento de 1,3% no trimestre anterior.

Estes dados da OCDE confirmam a perda de fôlego económico notada em várias das principais economias do mundo devido à aceleração da inflação e, posteriormente, à invasão russa na Ucrânia. Um efeito que atenua a recuperação pós-pandemia que se verificava nos últimos trimestres à medida que a vacinação avançou.

A desaceleração na área do G20 no primeiro trimestre de 2022 reflete principalmente um desempenho mais fraco dos Estados Unidos, onde o PIB contraiu 0,4% em cadeia depois de crescer 1,7% no quarto trimestre de 2021“, escreve a Organização em comunicado enviado às redações esta terça-feira.

Esta contração da economia norte-americana, a qual representa 19,7% do total do PIB dos países do G20, é explicada por mudanças no contributo da procura externa (exportações menos importações) e por quedas do investimento em inventário e na despesa estatal relacionada com os apoios Covid-19.

Mas os EUA não foram o único caso. Também a economia da Austrália e a da Indonésia travou mais de dois pontos percentuais.

O PIB também desacelerou, ainda que menos, no Canadá, China, Itália, Índia, Coreia do Sul, Turquia e Reino Unido.

França e Japão acabaram mesmo por registar uma contração em cadeia de 0,2% e 0,1%, respetivamente, no primeiro trimestre de 2022.

Porém, também houve exceções à regra. O Brasil, Alemanha, México, Arábia Saudita — cuja economia cresceu 2,6% em cadeia, principalmente por causa do aumento das exportações do petróleo –, África do Sul e a União Europeia registaram um crescimento mais forte do que no trimestre anterior.

Focando nos 38 países que compõem a OCDE, o PIB cresceu 0,3% em cadeia no primeiro trimestre, o que representa uma revisão em alta face aos 0,1% divulgados há três semanas.

É de notar que o Reino Unido e a África do Sul superaram o nível do PIB pré-pandemia pela primeira vez no arranque deste ano. Já a Itália atingiu esse nível neste primeiro trimestre de 2022, mas ainda não o superou.

Economias como a alemã, a japonesa e a mexicana continuam com um nível de PIB inferior ao pré-Covid.

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