Bolsas europeias caem 1% antes da decisão histórica da Fed

Índice português acompanhou a Europa na descida, antes da decisão da Fed de subir os juros nos EUA. Dados económicos desanimaram os investidores, mas a Corticeira Amorim disparou mais de 6%.

As bolsas europeias encerraram em forte baixa esta quarta-feira, poucas horas antes de a Fed anunciar um aumento histórico das taxas de juro. Pelo menos essa é a expectativa dominante nos mercados, que estão a prever uma subida de 50 pontos base, a segunda este ano, para tentar controlar a inflação.

O Stoxx 600 caiu 1%, enquanto o português PSI perdeu 0,88%, para 5.831,68 pontos. A Galp, o BCP, a Jerónimo Martins e a família EDP foram os membros que mais castigaram o índice.

No dia em que a Comissão Europeia propôs o embargo ao petróleo russo na União Europeia, a Galp Energia perdeu 2,1% e liderou as quedas no PSI. Já o banco liderado por Miguel Maya recuou 1,95%, enquanto a dona do Pingo Doce perdeu 1,49%. No setor elétrico, a EDP desvalorizou 1,39% e a EDP Renováveis derrapou 1,02%.

A travar as perdas esteve a Corticeira Amorim. Depois de ter revelado uma subida de 8,6% dos lucros no primeiro trimestre, para 20,1 milhões de euros, as ações da companhia dispararam 6,63%, para 10,46 euros.

As bolsas tinham arrancado a sessão pouco alteradas, à espera da decisão da Fed. Mas o sentimento deteriorou-se quando foi revelado que o índice dos gestores de compras no setor dos serviços nos EUA caiu de 58,3 em março para 57,1 em abril. Leituras acima de 50 indicam expansão, mas esta ficou aquém das expectativas dos economistas, que apontavam para uma melhoria (58,5).

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Gestão inteligente vai transformar mercado imobiliário

  • Servimedia
  • 4 Maio 2022

A homming, uma plataforma 360º de gestão inteligente, está a acelerar a entrada no mercado imobiliário para transformar a gestão do arrendamento. A ação teve um investimento de três milhões de euros.

A plataforma 360º de homming para a gestão inteligente, centrada na gestão eficiente de imóveis para aluguer a médio e longo prazo, está agora totalmente operacional para acelerar a sua entrada no mercado imobiliário, noticia a Servimedia.

O objetivo passa por responder ao desafio da digitalização na gestão de propriedades, que até agora se caraterizava por processos de gestão descentralizada e manual.

Com um investimento de mais de três milhões de euros e uma equipa de 20 pessoas, a homming tornou-se, assim, a ‘proptech’ de referência na categoria de gestão imobiliária, após três anos de desenvolvimento e de melhoria da plataforma.

A startup permite cobrir todo o ciclo do aluguer de forma integral e com apenas uns cliques, através de uma gestão inteligente, centralizada e eficiente dos imóveis de aluguer a médio e longo prazo.

“Na homming queríamos transformar a gestão do aluguer com uma solução única que respondesse a um problema de ineficiência e, para isso, optámos por uma estratégia empresarial próxima do cliente, que desse prioridade às suas necessidades e fornecesse valor real e tangível”, afirmou Jorge Montero, co-fundador e CEO da homming.

Com esta ajuda, os gestores de propriedades de terceiros conseguem fazer uma gestão mais eficiente de todas as tarefas administrativas, desde a comercialização até à liquidação do proprietário e gestão de incidentes, o que lhes permite reduzir os tempos de gestão em até 60%, ao mesmo tempo que ajudam os seus clientes a escalar o seu negócio.

No caso de proprietários e escritórios familiares, esta opção permite-lhes gerir todos os alugueres, do início ao fim, de uma forma automatizada e eficiente e, consequentemente, controlar a rentabilidade de cada um.

Como funciona?

A homming oferece planos com preços personalizados para cada cliente, em função do volume de propriedades a gerir, e controla o estado dos investimentos imobiliários de qualquer tipo de imóvel para arrendamento (seja uma casa, um local de negócios, um armazém, um escritório, uma garagem ou um terreno).

Com este sistema, o proprietário consegue, a partir de qualquer lugar e em qualquer altura, gerir tantas propriedades quantas forem necessárias de forma abrangente e segura.

A plataforma 360º para gestão inteligente também permite uma comunicação centralizada e independente com inquilinos, proprietários e fornecedores, de forma totalmente transparente e personalizada e possui os mais altos níveis de segurança, tanto em termos de proteção de dados como em termos de pagamentos.

Atualmente, a empresa gere oito mil propriedades e o seu objetivo é encerrar 2022 com mais de 50 mil propriedades, o que representa um volume de negócios de mais de 1,5 milhões de euros.

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Associação automóvel alerta para contratos anticoncorrenciais entre fabricantes e concessionários

  • Lusa
  • 4 Maio 2022

“As propostas contratuais formuladas pelos fabricantes aos concessionários são cada vez mais criativas", indica a associação.

A Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) alertou esta quarta-feira para a ilicitude de modelos de venda propostos aos concessionários por alguns fabricantes automóveis, transferindo riscos do negócio para os revendedores, mas mantendo o controlo do preço final dos veículos.

As propostas contratuais formuladas pelos fabricantes aos concessionários são cada vez mais criativas, havendo propostas no sentido de os revendedores continuarem a suportar investimentos e riscos significativos, sem que o preço final de venda esteja completamente definido”, denuncia a associação em comunicado.

Segundo salienta a ARAN, “esta prática não é permitida”, pois traduz-se, na realidade, “num controlo do preço de venda final do veículo pelo fabricante, continuando os riscos inerentes ao negócio por conta do concessionário”. Contudo, os concessionários “muitas vezes aceitam as propostas, por receio de cessação da relação comercial com as marcas/fabricantes”.

O comunicado da ARAN surge na sequência de um alerta feito em abril pelo Conselho Europeu do Comércio e Reparação Automóvel (CECRA), segundo o qual “muitos fabricantes automóveis estão a alterar os modelos de venda e os contratos celebrados com os concessionários para além do que é legalmente admissível”. Em causa estão propostas feitas por parte de alguns fabricantes automóveis a distribuidores para que celebrem o que denomina de “‘falsos’ contratos de agência”.

Atualmente muito usados pelos construtores automóveis, os contratos de agência são um modelo em que os concessionários atuam como agentes de vendas, sendo meros intermediários do fabricante nas encomendas de veículos e cobrando as respetivas comissões. O preço final de venda dos veículos é fixado pelo fabricante, que assume todos os riscos financeiros e investimento, pelo que este modelo não se enquadra no âmbito das leis da concorrência.

Este modelo comercial difere do clássico modelo de distribuição, em que os riscos financeiros e os investimentos são, em grande medida, suportados pelo concessionário distribuidor, tendo este quase total liberdade para fixar o preço final de venda do veículo ao cliente.

Num comunicado divulgado no passado dia 4 de abril, o CECRA diz ter tido conhecimento de que “alguns fabricantes estão a ‘propor’ aos distribuidores contratos de agência ‘não genuínos’”, nos quais os concessionários “continuam a suportar riscos e investimentos significativos” e o preço final de venda dos veículos não é totalmente definido pelo fabricante.

Contudo, explica o CECRA, na verdade os fabricantes apenas permitem aos distribuidores uma ligeira flutuação, de muito poucos euros, no preço final ao consumidor: “Este valor é irrisório e não permite, certamente, considerar que o fabricante deixa de controlar o preço final de venda, ficando por isso dispensado de assumir os custos e riscos comerciais e financeiros”, sustenta.

“Na ausência de uma efetiva possibilidade de os ‘agentes’ abdicarem de uma parte significativa da sua comissão, há o risco de as autoridades da concorrência considerarem que existe, de facto, uma imposição do preço de revenda, uma prática proibida no âmbito da atual ‘Block Exemption Regulation’ e que continuará a sê-lo no futuro, aquando da revisão deste regulamento”, sustenta.

Quanto aos contratos de agência, o CECRA clarifica que, “se as responsabilidades do agente ultrapassarem um risco financeiro e de investimento ‘insignificante’, perde-se a isenção face ao direito da concorrência” e passa a estar-se perante um contrato de agência “não genuíno”, em que “o produtor não está autorizado a definir o preço para o cliente final”. Neste contexto, o organismo europeu alerta para a obrigação de cumprimento das regras da concorrência aquando da celebração destes contratos.

No comunicado que emitiu, a ARAN reitera que, “no âmbito do contrato de agência, quando há transferência de riscos financeiros e de investimento para os concessionários, mesmo que insignificantes, os fabricantes não podem fixar preços, por tal prática ser suscetível de violar as regras da concorrência”.

Conforme salienta, “este sistema de ‘falsos’ contratos de agência não é aceitável, nem viável, e apresenta sérios riscos tanto para os fabricantes, como para os distribuidores, designadamente no âmbito contraordenacional”.

“Considera o CECRA, e também a ARAN, que os modelos de negócio devem pugnar pela legalidade pela viabilidade económica e não colocar em causa o futuro da distribuição, reparação e manutenção de automóveis”, enfatiza a associação portuguesa.

Na mesma linha, o Conselho Europeu do Comércio e Reparação Automóvel diz que, “economicamente, os fabricantes não devem ‘oferecer’ contratos aos seus parceiros quando sabem que o modelo de negócio proposto não é viável.

“O CECRA não se opõe, ‘per se’, ao uso de contratos de agência genuínos, que podem ter elementos positivos quer para os fabricantes, quer para os agentes, mas, qualquer que seja o modelo de distribuição escolhido, um aspeto fundamental é que tem de ser um modelo de negócio viável”, remata.

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Programa de apoio a edifícios sustentáveis recebeu mais de 106 mil candidaturas

Até esta quarta-feira, tinham sido consideradas elegíveis mais de 26 mil candidaturas, ascendendo a um total de 43,7 milhões de euros. 

A segunda fase do programa apoio a edifícios sustentáveis recebeu mais de 106 mil candidaturas, anunciou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, em comunicado. Até esta quarta-feira, tinham sido consideradas elegíveis mais de 26 mil candidaturas, ascendendo a um total de 43,7 milhões de euros.

“Encerrada na segunda-feira, a 2.ª fase do Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis recebeu mais de 106 mil candidaturas. Foram consideradas elegíveis até ao final da manhã desta quarta-feira mais de 26 mil candidaturas, que representam um apoio de 43,7 milhões de euros”, informa o gabinete liderado por Duarte Cordeiro, em comunicado enviado às redações.

Entre os maiores motivos para a apresentação de candidaturas constam apoios para “painéis fotovoltaicos, janelas mais eficientes e bombas de calor”.

O Ministério do Ambiente e da Ação Climática destaca ainda que, face “à elevada procura”, o Governo decidiu aumentar a dotação deste programa “em 21 milhões de euros para um total de 96 milhões de euros”, assinala a nota de imprensa.

O Executivo esclarece ainda que o aumento da dotação “vai abranger as candidaturas consideradas elegíveis e submetidas até às 23h59 de 2 de maio”, garantindo ainda celeridade no processo, por forma a “efetuar o pagamento daquelas que forem consideradas elegíveis e, posteriormente, reavaliar o Programa”.

A iniciativa nasceu em 2020, e a procura foi desde o início elevada, o que levou o Governo a avançar com uma segunda fase de candidaturas, que terminou na segunda-feira. Este programa é financiado pelo Fundo Ambiental, através do Plano de Recuperação e Resiliência, com o intuito de permitir uma melhoria do desempenho ambiental e energético das habitações em Portugal, possibilitando às famílias melhorarem o conforto térmico, bem como reduzirem a sua fatura energética.

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Socialistas e Mélenchon unem-se para as legislativas francesas

PS e France Insubmissa querem unir-se nas eleições parlamentares de junho numa tentativa de impedir Macron de obter a maioria. União à esquerda com verdes e comunistas pode ser a primeira em 20 anos.

O Partido Socialista francês e o líder da France Insoumise (França Insubmissa), Jean-Luc Mélenchon, acordaram concorrer lado a lado nas eleições parlamentares de junho, para tentar evitar que Emmanuel Macron consiga uma maioria, avançou esta quarta-feira a Reuters (acesso condicionado).

Queremos ter deputados na maioria dos círculos eleitorais, para evitar que Emmanuel Macron continue com a sua política injusta e brutal… e derrotar a extrema-direita“, avançaram ambos os partidos em comunicado conjunto. Caso a coligação entre os verdes e os comunistas seja formalmente reconhecida, após esta possibilidade ter sido divulgada na passada segunda-feira, será a primeira vez que a esquerda francesa se une em vinte anos.

A união entre PS e LFI (França Insubmissa) requer aprovação do comité nacional do PS, mas ambos os lados já se manifestaram a favor de uma União Europeia centrada em direitos sociais, e na proteção do meio ambiente. A candidata socialista, Anne Hidalgo, conseguiu apenas 1,75% dos votos nas eleições de abril, ao passo que Mélenchon garantiu o terceiro lugar com 22%.

O antigo líder do PS, Jean-Christophe Cambadelis, já se manifestou contra o acordo que pode marcar o fim de uma força à esquerda pró-União Europeia. Entre as medidas reivindicadas pela coligação à esquerda estão a redução da idade da reforma dos 62 para os 60 anos, o aumento do salário mínimo, e um teto máximo no preço de bens essenciais. A cerimónia de posse para o segundo mandato de Macron irá realizar-se este sábado.

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Marcelo questiona timing de divulgação de contas das petrolíferas em momentos de alta dos combustíveis

O Presidente da República aponta que a divulgação de resultados das petrolíferas poderá ter contribuído para o descontentamento face à dimensão das descidas dos preços dos combustíveis.

O Presidente da República diz não ter dados para avaliar porque é que a redução do preço dos combustíveis foi mais ligeira do que o anunciado com a descida do ISP, mas salienta que terá contribuído para a “perplexidade” a divulgação dos resultados das empresas petrolíferas ao mesmo tempo.

“Não tenho dados para saber exatamente o que se passou, teria de se analisar se aquilo que era reduzido em termos de preço foi comido numa parte pelo aumento do preço de petróleo nos mercados ou não“, começa por apontar Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações transmitidas pelas televisões.

No entanto, o Presidente considera que “o que acabou por dar mais que falar foi a coincidência no tempo destas questões e a divulgação dos resultados das empresas“, numa referência às contas da Galp, que multiplicou por seis os lucros no primeiro trimestre, para 155 milhões.

Tal “terá levado alguns setores de opinião a ficarem perplexos pela coincidência no tempo, mas isso é problema que tem a ver com a comunicação e gestão das empresas, não cabe ao Presidente da República considerar prudente, sensato ou oportuno haver posição numa altura em que pessoas estão muito sensíveis”.

É de salientar, no entanto, que esta não é uma opção na qual empresas como a Galp tenham muita margem de manobra. Isto já que as empresas cotadas em bolsa têm de seguir regras de informação trimestral e semestral, existindo prazos estabelecidos na lei para a apresentação dos resultados.

Já sobre a escolha de atuar sobre os preços do combustível através do ISP, o Presidente aponta que “a opção que foi adotada partiu da impossibilidade de termos a redução do IVA”, que obrigava a uma autorização a nível europeu. Questionado sobre as medidas aplicadas em Espanha, Marcelo diz que o país “à sua maneira tem estado a encontrar soluções”.

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Comissão Europeia ainda aguarda proposta ibérica mas garante rápido aval

  • Lusa
  • 4 Maio 2022

"A Comissão aguarda com expectativa os projetos detalhados de medidas espanhol e português, que ainda não foram apresentados formalmente ou na forma de projeto”, indicou fonte oficial de Bruxelas.

A Comissão Europeia disse esta quarta-feira que ainda aguarda a proposta oficial de Portugal e Espanha para o estabelecimento de um mecanismo temporário que permitirá fixar o preço médio do gás nos 50 euros por MWh, garantindo rápido aval.

“Na sequência do acordo político de princípio alcançado a 26 de abril, a Comissão aguarda com expectativa os projetos detalhados de medidas espanhol e português, que ainda não foram apresentados formalmente ou na forma de projeto”, indica fonte oficial do executivo comunitário, em resposta escrita enviada à agência Lusa.

De acordo com a mesma fonte, em causa estão “informações essenciais sem as quais a Comissão não pode concluir a sua avaliação”. “Com base nas informações a serem fornecidas por Espanha e Portugal, os contactos prosseguirão a nível técnico”, acrescenta.

Certo é que “a Comissão continua empenhada em avaliar urgentemente se as medidas temporárias de emergência no mercado da eletricidade propostas por Espanha e Portugal estão alinhadas tanto com as regras da UE em matéria de auxílios estatais como com a lei do mercado interno da energia”, adianta a fonte oficial à Lusa.

Em 26 de abril, os governos de Portugal e Espanha chegaram, em Bruxelas, a um acordo político com a Comissão Europeia para o estabelecimento de um mecanismo temporário que permitirá fixar o preço médio do gás nos 50 euros por MWh.

O anúncio foi feito numa conferência de imprensa conjunta do ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, e da terceira vice-presidente do Governo espanhol responsável pela Transição Ecológica, Teresa Ribera, na representação permanente de Portugal junto da União Europeia, após uma reunião de trabalho com a Comissão Europeia.

“Portugal e Espanha alcançaram hoje um acordo político com a Comissão Europeia depois de semanas muito intensas de trabalho”, disse Duarte Cordeiro na altura, congratulando-se por ter sido possível chegar a “um resultado muito satisfatório”, que permitirá dissociar os preços do gás e eletricidade na Península Ibérica, que beneficiará assim de uma exceção, tal como acordado no Conselho Europeu de março.

Os governantes explicaram que o mecanismo terá uma duração de cerca de 12 meses e permitirá fixar o preço médio de gás em cerca de 50 euros por megawatt, contra o atual preço de referência no mercado de 90 euros, sendo que o preço começará nos 40 euros, assim que o acordo político hoje alcançado for formalizado.

Após o acordo político, será necessário “fechar este entendimento” para que o mecanismo possa ser implementado, esperando ambos os países que a Comissão Europeia encerre rapidamente o dossiê de forma formal.

Questionados na altura sobre o facto de o acordo político alcançado contemplar um teto máximo para o preço de referência do gás superior àquele proposto por Portugal e Espanha – de 30 euros por megawatt (MWh) para as centrais térmicas –, os dois governantes realçaram os ganhos que o compromisso acertado com Bruxelas representará para todos os consumidores.

Na atual configuração do mercado europeu, o gás determina o preço global da eletricidade quando é utilizado, uma vez que todos os produtores recebem o mesmo preço pelo mesmo produto — a eletricidade — quando este entra na rede.

Na UE, tem havido um consenso geral de que o atual modelo de fixação de preços marginais é o mais eficiente, mas a acentuada crise energética, exacerbada pela guerra da Ucrânia, tem motivado discussão.

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Uma dose de economia: #1 – A guerra na Europa

  • ECO
  • 4 Maio 2022

No primeiro episódio do podcast "Uma dose de economia", Manuel Branco e João Gerardo conversam sobre a guerra na Europa e o aumento generalizado dos preços.

“Uma dose de economia” é um podcast onde alunos do ISEG discutem temas de atualidade ligados às finanças e à economia.

Este podcast é fruto de uma parceria entre o ECO e a associação ISEG Young Economics Society e todos os meses haverá um novo episódio.

Neste primeiro episódio, Manuel Branco e João Gerardo conversam sobre a guerra na Europa e o aumento generalizado dos preços.

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Comissão quer embargo total às importações de petróleo russo. Veja as novas sanções à Rússia

Proposta, que tem ainda de ser votada pelos Estados-membros, é banir totalmente as importações de petróleo russo. Primeiro do crude, de forma faseada ao longo dos próximos seis meses.

Presidente da Comissão Europeia apresentou esta quarta-feira o sexto pacote de sanções contra a Rússia, que passam pelo embargo total dos produtos petrolíferos russos até ao final do ano.

A proposta sobre a mesa, e que tem ainda de ser votada pelos Estados-membros, é banir totalmente as importações de petróleo russo. Primeiro do crude, de forma faseada ao longo dos próximos seis meses, e depois dos produtos refinados até ao final do ano. Mas Hungria e a Eslováquia, tendo em conta a elevada dependência que têm da energia russa, são exceção e podem continuar a comprar petróleo a Moscovo até 2023.

Proibir importações de petróleo

“Hoje propomos banir totalmente o petróleo russo na UE”, disse Ursula Von der Leyen no seu discurso, em Estrasburgo. “Garantiremos que vamos fasear o fim do petróleo russo de forma ordenada para assegurar que possamos encontrar alternativas de abastecimento e, ao mesmo tempo, ter muito cuidado para minimizar o impacto no mercado global”, afirmou.

A proposta é “fasear o fim do fornecimento russo de crude no espaço de seis meses e os produtos refinados até ao final do ano”, detalhou a presidente da Comissão Europeia. O objetivo é “maximizar a pressão sobre a Rússia e, ao mesmo tempo, minimizar os danos colaterais” sobre os Estados membros e os parceiros da UE a nível global.

“Não vai ser fácil” reduzir a dependência europeia do petróleo russo, reconheceu Von der Leyen, “porque alguns Estados-membros são altamente dependentes do petróleo russo”. “Mas simplesmente temos de fazê-lo”, disse perentoriamente.

A Hungria e a Eslováquia vão poder continuar a comprar petróleo a Moscovo até ao final de 2023, tendo em conta a sua elevada dependência da energia russa. De acordo com a proposta enviada pelo Alto Representante e vice-presidente da Comissão, Josep Borrell, ao Conselho (Estados-membros), à qual a Lusa teve acesso, “as autoridades competentes da Hungria e da Eslováquia podem autorizar a execução até 31 de dezembro de 2023” dos contratos para a compra, importação ou transferência de mercadorias abrangidas pelas sanções “originárias da Rússia ou exportadas da Rússia”.

O documento ressalva que esses bens “não podem ser vendidos a outro Estado-membro ou país terceiro” e prevê que Budapeste e Bratislava notifiquem Bruxelas “de todas as autorizações concedidas”, devendo essas notificações “incluir uma referência explícita ao contrato e descrever os termos, incluindo informações sobre a contrapartida, as quantidades a transferir e as datas previstas de entrega”.

Retirar mais bancos russos do sistema Swift

Tal como Josep Borrell já tinha revelado, este pacote de sanções passa por retirar do sistema swift o Sberbank, o maior banco russo com 37% da quota de mercado, assim como três outras instituições bancárias. “Isto vai consolidar o isolamento total do setor financeiro russo do sistema global”, explicou Von der Leyen.

De acordo com fontes diplomáticas citadas pela Reuters, o Credit Bank of Moscow e o Russian Agricultural Bank são duas instituições bancárias que também deverão ser desligadas do sistema swift.

Congelar os bens de oficiais russos

Mais oficiais russos de altas patentes vão ver os bens congelados e proibidos de viajar no espaço europeu. A presidente da Comissão Europeia não deu nomes. De acordo com o Politico, que cita um documento do Serviço Europeu de Ação Externa, o chefe da Igreja Ortodoxa, o Patriarca Kiril, será um dos alvos deste sexto pacote de sanções, já que é um dos “mais proeminentes apoiantes da agressão militar contra a Ucrânia”.

Von der Leyen revelou ainda que será feita uma lista com os responsáveis militares de altas patente e outros indivíduos que cometeram crimes de guerra em Bucha e Mariupol.

Bloquear três estações de televisão russas

Este novo pacote de sanções proíbe as três maiores estações estatais russas de emitir na Europa. As sanções decretadas a 2 de março à Russia Today (RT) e à Sputnik proibiam a emissão e disseminação de conteúdos destas duas plataformas devido ao seu papel “essencial e instrumental” para promover a agressão russa à Ucrânia. Mas, um relatório do Disinformation Situation Center (DSC), uma aliança de organizações da sociedade civil concluiu que os conteúdos destes dois meios continuam a ser amplamente difundidos através das redes sociais.

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Tráfego aéreo sobe 76% em março

  • Lusa
  • 4 Maio 2022

"Infelizmente estamos também a assistir a longas demoras em muitos aeroportos, com recursos insuficientes para lidar com estes números", disse o direto-geral da IATA.

O tráfego aéreo recuperou em março deste ano, subindo 76% em relação ao mesmo mês de 2021, adiantou a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), em comunicado.

“O tráfego total em março de 2022 (medido em passageiros-quilómetro) subiu 76% face a março de 2021”, disse a IATA, sublinhando que “ainda que este crescimento seja menor do que o de 115,9% em fevereiro” os volumes em março foram mais próximos de níveis de 2019, estando 41% abaixo desse período.

“Os impactos do conflito na Ucrânia nas viagens aéreas foram muito limitados, enquanto os impactos relacionados com a Omicron continuaram confinados aos mercados asiáticos”, lê-se, na mesma nota.

De acordo com a IATA, o tráfego doméstico cresceu 11,7% em março, em termos homólogos, abaixo do crescimento de 59,4% de fevereiro, o que a associação atribui aos confinamentos na China, devido à covid-19.

Já os passageiros-quilómetro internacionais cresceram 285,3%, ultrapassando os 259,2% de ganhos em fevereiro, face ao período homólogo, com a maioria das regiões a melhorar o comportamento.

Segundo a IATA, as companhias aéreas europeias “continuaram a liderar a recuperação”, com o tráfego de março a crescer 425,4% em relação ao mesmo mês de 2021, uma melhoria face ao aumento de 384,6% em fevereiro, referiu.

A performance em março está a ajudar a uma aproximação a níveis de 2019, indicou a IATA, sendo que os passageiros-quilómetro foram, neste mês, 41,3% abaixo de março de 2019, quando em fevereiro eram de menos de 45,5%.

“A recuperação no transporte aéreo é uma notícia excelente para a economia global, para amigos e famílias cujas separações forçadas estão a acabar e para milhões de pessoas que dependem deste transporte para subsistir”, indicou a IATA.

“Com as barreiras às viagens a desaparecer na maioria das regiões, estamos finalmente a assistir ao crescimento da procura. Infelizmente estamos também a assistir a longas demoras em muitos aeroportos, com recursos insuficientes para lidar com estes números. Este problema tem de ser resolvido com urgência para evitar frustrar o entusiasmo pelas viagens áreas”, disse Willie Walsh, diretor geral da IATA, citado na mesma nota.

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Abreu Advogados reforça equipa de sócios com três novas promoções

Diogo Pereira Duarte, Hugo Teixeira e Maria Santa Martha são os novos sócios da Abreu Advogados. Nomeações que revelam aposta nas áreas de Imobiliário, M&A, Fintech e Criptoativos.

Diogo Pereira Duarte, Hugo Teixeira e Maria Santa Martha são os novos sócios da Abreu Advogados. Nomeações que ilustram a aposta nas áreas de Imobiliário, M&A, Fintech e Criptoativos.

“O Diogo Pereira Duarte, o Hugo Teixeira e a Maria Santa Martha são a personificação do rigor, empenho, dedicação e talento que procuramos em todos os nossos profissionais, que aplicamos nos serviços que prestamos e nos projetos que desenvolvemos diariamente em conjunto com os que a Abreu Advogados é uma sociedade de e para o futuro, que aposta em novos líderes e, mais do que seguir tendências, procura antecipa-las. Acreditamos que este é o caminho certo para podermos, cada vez mais, continuar a pôr o futuro em prática”, afirmou Inês Sequeira Mendes, Managing Partner da Abreu.

Com estas três promoções, a Abreu Advogados passa a contar com 39 sócios, num universo de mais de 210 advogados.

Maria Santa Martha conta com mais de 20 anos de experiência na assessoria a clientes nacionais e estrangeiros. Trabalha sobretudo em transações imobiliárias de grande escala; em operações de corporate real estate, compra e venda de ativos; no desenvolvimento de projetos imobiliários comerciais, habitacionais, de serviços e logística ou na execução de planos de expansão de unidades de retalho. Trabalha igualmente em operações de Corporate e M&A. Presta regularmente apoio corporate (comercial e societário) a importantes grupos empresariais, nacionais e estrangeiros, em vários setores de atividade.

Diogo Pereira Duarte, tem uma experiência acumulada de quase duas décadas. É cocoordenador da área de Direito Financeiro da Abreu Advogados e Professor de Direito Civil e Direito Financeiro da Faculdade de Direito de Lisboa. Tem particular intervenção no aconselhamento jurídico na área da banca de investimento e especializou-se na assessoria relativa aos aspetos jurídicos das relações entre tecnologia e serviços financeiros, designadamente: smart contracts e blockchain; inteligência artificial e computação quântica; criptomoedas e criptoativos ou inovação nos serviços de pagamento. É coordenador de diversas conferências académicas sobre Fintech e editor de obras coletivas sobre o mesmo tema.

Hugo Teixeira, tem mais de 15 anos de experiência e trabalha essencialmente em fusões e aquisições, direito societário e contratos comerciais (distribuição). Tem particular intervenção nas vertentes societária e financeira, em operações de fusão e aquisição, cisões,
restruturação de grupos societários, compra de ativos, constituição de veículos de investimento, criação de start-ups e preparação de rondas de investimento, private equity e venture capital. Tem conduzido várias operações de estabelecimento de grupos estrangeiros em Portugal,
liderando equipas multidisciplinares capazes de assegurar aos clientes apoio integral nessas operações.

 

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Tickets educação. A melhor ajuda para os seus colaboradores!

  • Conteúdo Patrocinado
  • 4 Maio 2022

A atribuição dos Tickets para a educação e formação é uma decisão de gestão que pode conferir uma poupança significativa para a empresa, ao mesmo tempo que aumenta o rendimento dos colaboradores.

Os Tickets estão entre os benefícios extra-salariais que os colaboradores mais valorizam e, por essa razão, são uma excelente contributo de ajuda na retenção, valorização e promoção do bem-estar dos RH.

E, também muito importante, são uma ferramenta poderosa para uma saudável conciliação da vida profissional e familiar, permitindo poupar nas despesas de educação dos colaboradores e seus dependentes.

Atribuir benefícios aos colaboradores é fundamental para as organizações, permitindo ganhos fiscais e sociais para a empresa e para o colaborador. Nesse sentido, as soluções que a Ticket disponibiliza ao mercado são bastante bem acolhidas no mundo colaborativo e empresarial. Se, por um lado, promovem a redução de custos nas empresas, por outro, conseguem garantir à empresa uma atribuição mais elevada do efetivo salarial. Da alimentação à educação, à saúde e até aos produtos de incentivo, conseguimos suprir todas as expectativas dos recursos humanos. Não podemos esquecer que, oferecer ao colaborador algo que ele já tem ou que não valoriza, é desperdício de recursos. Apesar desta constatação ser do conhecimento universal, a verdade é que é necessário que as empresas tenham cada vez mais a preocupação de investir em benefícios que satisfaçam, de facto, os seus colaboradores. É importante fazer o match entre aquilo que a empresa pode oferecer e aquilo que o colabora realmente valoriza. E com o apoio da Ticket Serviços, isso é possível.

As soluções da Ticket Serviços refletem exactamente a preocupação em acompanhar os colaboradores em toda a sua jornada de vida, oferendo um conjunto de produtos que traduzem um custo/benefício imbatível para as organizações e flexibilidade na escolha dos benefícios, por parte dos colaboradores, seguindo a lógica da comunicação e reconhecimento, que garantem a valorização, atentos aos interesses e necessidades distintas.

Os Tickets para a Educação e Formação são dos benefícios que os colaboradores mais requisitam, por se tratar de um benefício que tem uma aplicação direta nas necessidades de Educação/Formação do próprio colaborador e dos seus dependentes. O Ticket Infância destina-se aos mais pequeninos (em idade pré-escolar), o Ticket Educação aos já mais crescidos (Ensino Secundário e Superior), e oTicket Ensino, mais vocacionado para a formação e actualização constante dos quadros e estruturas das empresas.

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