Confiança empresarial na Alemanha sobe em janeiro, depois de seis meses a cair

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

O instituto de investigação económica alemão ifo anunciou a subida na confiança das empresas em janeiro para 95,7 pontos. Confiança aumenta significativamente no setor industrial.

A confiança das empresas aumentou em janeiro na Alemanha, depois de seis meses consecutivos de declínio, na esperança de que a economia recupere nos próximos meses, anunciou esta terça-feira o instituto de investigação económica alemão ifo.

O índice de confiança empresarial para a Alemanha como um todo do instituto de investigação económica alemão ifo subiu para 95,7 pontos em janeiro, contra 94,8 pontos em dezembro.

A confiança das empresas alemãs aumentou no início do ano porque “as suas expectativas melhoraram consideravelmente”, embora a avaliação da sua situação atual fosse “um pouco menos positiva”, de acordo com o ifo.

“A economia alemã está a começar o novo ano com um brilho de esperança”, disse o presidente do ifo, Clemens Fuest.

No setor industrial alemão, a confiança empresarial aumentou significativamente porque as empresas estão mais satisfeitas com a sua situação atual e estão também mais otimistas em relação aos próximos meses.

Os estrangulamentos no fornecimento de bens intermédios e matérias-primas diminuíram um pouco, segundo o ifo.

A utilização da capacidade também aumentou de 84,9% para 85,6%.

No setor dos serviços, a confiança das empresas voltou a melhorar depois de ter caído durante três meses consecutivos.

O pessimismo desapareceu das expectativas empresariais e a indústria do turismo espera “um verão promissor”.

No entanto, alguns prestadores de serviços estão menos satisfeitos com a sua situação atual e a indústria hoteleira e de restauração permanece em crise.

A confiança empresarial melhorou no comércio também porque as expectativas melhoraram e apesar de as empresas terem classificado a sua situação atual um pouco pior.

O pessimismo sobre o futuro foi grandemente reduzido, especialmente no setor retalhista.

Na construção, a confiança empresarial aumentou porque as empresas estão um pouco mais satisfeitas com a sua situação atual e porque as suas expectativas melhoraram à medida que a escassez de materiais melhorou ainda mais.

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Porto abre concurso para 28 bancas, lojas e restaurantes no novo Bolhão

Há 16 bancas, nove lojas e três restaurantes ainda por ocupar no histórico mercado do Porto, que reabre no segundo trimestre após quatro anos de obras de requalificação no valor de 22,3 milhões.

A empresa municipal GO Porto – Gestão e Obras do Porto lançou esta terça-feira os concursos públicos para a atribuição de licenças de utilização de bancas e contratos de utilização de restaurantes e de arrendamento comercial de lojas no Mercado do Bolhão, que está em obras de requalificação desde 2018 e que vai reabrir na primavera de 2022.

Com um prazo de atribuição de 20 anos, que pode ser renovado por períodos idênticos, as 16 bancas são destinadas ao comércio de várias categorias de produtos: açúcares, algas e cogumelos, cafés e cafetarias, carne e aves, chá e café, fruta, massas, temperos, condimentos e especiarias, ovos e laticínios, peixe e marisco fresco, produtos naturais e dietéticos, vegetais, raízes e plantas, e cereais e leguminosas.

Igualmente com candidaturas abertas até 14 de fevereiro, os espaços para três restaurantes (um de crus, outro vegetariano e um terceiro de tapas e petiscos) terão contratos de utilização de 12 anos, renováveis por oito. O valor base por metro quadrado está fixado em 12 euros, oscilando as bases de licitação entre 1.030,80 e 2.512,80 euros.

Obras em curso no interior do Mercado do BolhãoFilipa Brito/CMP 20 Novembro, 2021

Finalmente, as nove lojas do ramo alimentar no exterior do histórico mercado localizado na Baixa da cidade Invicta, com contratos a firmar por um período de seis anos (renovável por quatro), têm valores mínimos de licitação entre os 2.735 e os 6.037,46 euros. Não podem confecionar alimentos nem concorrer com as categorias de azeite, bacalhau e chá.

Segundo a informação disponibilizada pela autarquia, os concursos públicos vão decorrer em duas fases até à adjudicação. Na primeira, os interessados apresentam o formulário de candidatura e os documentos exigidos nos respetivos programas; na segunda fase, de arrematação em hasta pública, em que todos os candidatos admitidos em condições de igualdade vão poder licitar os espaços a concurso.

Regresso confirmado na primavera de 2022

Construído no início do século XX e inaugurado em 1914, o Mercado do Bolhão está classificado como imóvel de interesse público desde 2006. O edifício de arquitetura neoclássica ocupa um quarteirão inteiro no centro do Porto – delimitado pelas ruas de Sá da Bandeira, da Formosa, de Alexandre Braga e de Fernandes Tomás – e vai continuar a funcionar como mercado de frescos, complementado por espaços comerciais e de restauração. As obras de reabilitação do Bolhão foram orçadas em mais de 22 milhões de euros e ficaram a cargo do consórcio formado pela Lúcios e pela Alberto Couto Alves — esta última acaba de vencer o concurso da linha de metrobus na Boavista.

Fachada do Mercado do BolhãoFilipa Brito/CMP 20 Novembro, 2021

Fonte oficial da Câmara do Porto confirmou ao ECO que a reabertura ao público deve mesmo acontecer no segundo trimestre deste ano, decorrendo até lá os ensaios, as vistorias e a instalação de equipamentos e outras adaptações. De regresso ao Bolhão original estão os históricos comerciantes que nos últimos quatro anos mantiveram a atividade num espaço temporário instalado a 200 metros do original em restauro, na cave do centro comercial La Vie (antigo shopping GranPlaza).

A 26 de julho do ano passado, a Câmara aprovou uma verba de 2,13 milhões para ajudar estes comerciantes a executar obras de adaptação dos espaços do edifício. O Executivo municipal avançou com duas modalidades de apoio financeiro: uma para obras de adaptação do espaço de restaurante aos comerciantes do interior (cerca de 268 mil euros) e outra para obras de reposição das lojas do exterior aos respetivos inquilinos (até 1,86 milhões de euros), a distribuir por 25 comerciantes.

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UE quer que pessoas com certificados não sejam alvo de testes ou quarentenas

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

A Comissão Europeia insta os Estados-membros a aceitarem o certificado digital Covid para viagens na UE, pedindo para que os portadores deste documento não sejam alvo de restrições adicionais.

Os Estados-membros da União Europeia (UE) acordaram esta terça-feira que pessoas com o certificado Covid-19 válido, como vacinados ou recuperados, não devem ser alvo de “restrições adicionais à livre circulação”, como testes ou quarentenas, para facilitar viagens.

“O Conselho adotou hoje [terça-feira, 25 de janeiro] uma recomendação sobre uma abordagem coordenada para facilitar a livre circulação segura durante a pandemia” e, segundo as novas regras, “as medidas relativas à Covid-19 devem ser aplicadas tendo em conta o estatuto da pessoa e não a situação a nível regional, com exceção das áreas onde o vírus circula a níveis muito elevados”, informa em comunicado a estrutura em que estão representados os Estados-membros.

Na prática, “isto significa que a vacinação, teste ou estado de recuperação da Covid-19 de um viajante, tal como evidenciado por um certificado Covid-19 da UE válido, deve ser o determinante fundamental”, acrescenta o Conselho da UE, vincando que esta nova “abordagem baseada na pessoa simplificará substancialmente as regras aplicáveis e proporcionará clareza e previsibilidade adicionais aos viajantes”.

Prevê-se, então, que quem tenha o Certificado Covid-19 da UE válido, como vacinados, recuperados ou testados, “não deva estar sujeito a restrições adicionais à livre circulação”, isto é, de nova testagem ou quarentenas.

“Esta recomendação responde ao aumento significativo da adoção de vacinas e à rápida implementação do Certificado Covid-19 da UE”, adianta o Conselho da UE, atualmente presidido por França.

A nova recomendação, acordada esta terça-feira no Conselho de Assuntos Gerais, substitui as regras existentes ao entrar em vigor a 1 de fevereiro, quando começam também a estar operacional um novo período de aceitação de 270 dias para os certificados de vacinação.

A manter-se está o travão de emergência, mecanismo criado para responder ao aparecimento de variantes de preocupação e que permite uma imediata suspensão das viagens, como aconteceu no final do ano passado com os países da África Austral devido à variante de preocupação Ómicron, proibição entretanto levantada.

A recomendação aprovada esta terça-feira surge depois de outras em que o Conselho da UE propunha que vacinados e recuperados da Covid-19 não fossem submetidos a medidas restritivas como quarentenas ou testes, ainda assim salvaguardando este travão de emergência.

Numa altura de elevado ressurgimento de casos de infeção precisamente devido à Ómicron, a previsão dos especialistas é que a maioria dos europeus ganhe imunidade natural pelo contágio ou proteção devido às vacinas, pelo que os países começam a levantar imposições adicionais para viajantes vacinados da UE.

Em novembro passado, a Comissão Europeia propôs um reforço da coordenação sobre viagens na UE devido ao aumento de casos, sugerindo que os vacinados não sejam submetidos a restrições adicionais e que não vacinados sejam mais testados.

Na altura, o executivo comunitário sugeriu esta “abordagem baseada na pessoa” para que quem tenha “um Certificado covid-19 Digital da UE válido não seja, por princípio, sujeito a restrições adicionais, tais como testes ou quarentena, independentemente do seu local de partida” na União.

Por seu lado, “as pessoas sem um Certificado Covid-19 Digital da UE podem ser obrigadas a submeter-se a um teste realizado antes ou depois da chegada”, propôs Bruxelas aos Estados-membros, aos quais cabe a decisão final sobre viagens.

Em causa está o Certificado Digital da UE, comprovativo da testagem (negativa), vacinação ou recuperação do vírus SARS-CoV-2, que entrou em vigor na União no início de julho de 2021.

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Investidores portugueses mais cuidadosos com reforma após impacto da pandemia

  • ECO
  • 25 Janeiro 2022

Pandemia levou a grande maioria dos investidores a ser mais cuidadosa com a poupança para garantir uma vida confortável na reforma, de acordo com um estudo da gestora de ativos Schroders

O impacto económico da pandemia de Covid-19 motivou os investidores em todo o mundo a darem maior atenção às poupanças para o período após a vida ativa. Portugal não foi exceção.

Mais de oito em cada dez investidores portugueses (83%, para ser mais exato) inquiridos no estudo Schroders Global Investor Study afirmam já ter começado a poupar mais para a sua reforma. É um resultado em linha com a média europeia (84%) e ligeiramente abaixo da Ásia (87%).

Por outro lado, a pandemia deixou a maioria dos investidores mais cautelosos em gastar as suas poupanças para a reforma: 76% dos investidores portugueses passaram a ter mais cuidado na sequência da crise económica provocada pela pandemia, sendo uma percentagem mais elevada do que na Europa (50%), Ásia (65%) e Américas (64%). Foram inquiridas mais de 23 mil pessoas com dinheiro investido em 32 locais em todo o mundo.

“A pandemia trouxe muitas incertezas, mas também suscitou uma interessante reflexão sobre poupanças a longo prazo. É encorajador que os portugueses estejam dispostos a poupar mais”, refere Carla Bergareche, diretora da Schroders para Portugal e Espanha.

Embora estejam cientes da necessidade de poupar para a reforma, os investidores portugueses sentem que estão a poupar menos do que deviam para ter uma vida confortável após o período ativo: estão a poupar 11,73% dos seus rendimentos atuais, embora admitam que precisam de poupar 12,32%, aponta o mesmo estudo.

Ao contrário, na maioria das outras regiões, os investidores estão a poupar acima das suas necessidades: guardam 14,19% dos rendimentos, quando acreditam que poderiam poupar apenas 12,78% para ter uma proteção financeira segura na velhice.

Ainda de acordo com o estudo da Schroders, quem mais poupa são os que possuem maiores conhecimentos financeiros. “É muito importante que este nível de conhecimento seja amplamente aumentado para que todos os cidadãos estejam mais conscientes das suas necessidades e do que precisam fazer para as satisfazer, por mais complexo que o cenário possa ser”, destaca Carla Bergareche.

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Mais de metade dos consumidores descobriram luz mais barata no simulador da ERSE

Mais de cinco em cada dez consumidores que simularam preços na plataforma da ERSE encontraram ofertas mais acessíveis com as mesmas condições. Poupança pode chegar aos 40 euros mensais.

Se usou o simulador de preços de energia da ERSE no ano passado, provavelmente encontrou preços mais baixos em comparação com o seu contrato atual. Foi o que aconteceu com mais de metade (54%) dos consumidores que compararam ofertas de eletricidade na ferramenta disponibilizada online pelo regulador.

Num balanço divulgado esta terça-feira, a ERSE contabiliza a utilização do simulador de preços por “cerca de 120 mil consumidores”. Foram realizadas 1,4 milhões de simulações em 2021, refere, notando que o instrumento “foi lançado a 29 de maio de 2018” para permitir comparar ofertas de eletricidade (baixa tensão normal) e de gás natural (baixa pressão) em Portugal continental.

A maioria dos utilizadores em 2021 acabou mesmo por encontrar preços mais baixos face àqueles que estava a pagar no momento da simulação: “O inquérito realizado aos utilizadores do simulador revela que 54% encontraram preços mais baixos face ao seu contrato atual e, desses, 82% manifestaram intenção de mudar de comercializador”, informa a ERSE, num comunicado.

A ERSE recomenda a todos os consumidores, estejam eles no mercado regulado ou no mercado liberalizado, que se mantenham “informados sobre a eventual existência de ofertas comerciais mais vantajosas”. “O simulador de preços de energia da ERSE responde a estas duas situações, ao reunir atualmente a informação de mais de 639 tarifários do mercado liberalizado, de um total de 21 comercializadores na eletricidade e de nove comercializadores no gás natural”, acrescenta.

Poupança na luz pode chegar a 40 euros/mês

Para exemplificar a utilidade do simulador de preços no plano das finanças pessoais, a ERSE dá como exemplo um consumidor doméstico de eletricidade com uma potência contratada de 3,45 kVA e um consumo anual de 1.900 kWh. “A oferta de preço mais baixo resulta numa fatura mensal de 34,27 euros, enquanto a oferta mais cara pode implicar um custo acrescido de mais de 40 euros ao mês”, estima a ERSE, já incluindo as taxas e impostos, exceto a “taxa DGEG”.

Assim, a ferramenta do regulador deve ser usada “pelo menos uma vez por ano”, de modo a garantir que os portugueses contratam sempre a oferta mais acessível. A melhor altura será em janeiro para a eletricidade e em outubro para o gás natural, dado que “os preços das ofertas comerciais no mercado liberalizado dependem, em parte, das tarifas aprovadas anualmente pela ERSE, como é o caso das tarifas de acesso às redes”.

Isto é tão ou mais significativo numa altura em que o mercado da eletricidade vive um período atípico de preços grossistas em recordes, devido à fraca geração eólica e às baixas reservas de gás natural na Europa, que têm levado os preços do MWh para máximos históricos.

Além deste simulador, a ERSE recorda que disponibiliza outra ferramenta que “permite aos consumidores escolher a potência contratada adequada ao seu caso particular”. A ERSE estima que a redução da potência do contador para um nível mais baixo, mais adequado ao perfil de consumo, “pode gerar poupanças a partir de 24 euros anuais”. No ano passado, esse simulador “atingiu um total de 25 mil utilizadores e de 86 mil simulações”, conclui a ERSE.

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Descarbonização até 2050 custará 9,2 biliões de dólares por ano, diz McKinsey

Será necessária uma transformação económica "significativa" para atingir a descarbonização em 2050 com gastos de capital em ativos físicos na ordem dos 275 biliões de dólares, diz a McKinsey & Company

Que transformação económica será necessária para atingir a descarbonização em 2050? Este é o ponto de partida do novo relatório da McKinsey & Company, divulgado esta terça-feira — “Transição Net Zero: quanto custaria, o que poderia trazer” — que aponta para uma “transformação significativa”, com gastos de capital em ativos físicos na ordem dos 275 biliões de dólares até 2050 à medida que diminuem as atividades responsáveis por emissões elevadas e aumentam as atividades com emissões mais baixas.

Isto equivale a cerca de 9,2 biliões de dólares por ano, um aumento de 3,5 biliões face aos gastos anuais que hoje já são feitos.

“Por exemplo, hoje 65% dos gastos com energia (e outros) vão para produtos responsáveis por um elevado nível de emissões. No futuro, 70% iriam para produtos com baixas emissões e as infraestruturas necessárias, revertendo a tendência atual“, refere a McKinsey em comunicado.

Outra conclusão do estudo é que a transição terá de ser universal. Ou seja, todos os setores económicos e todos os países serão afetados à medida que são revistos todos os sistemas de energia e de uso da terra que sustentam as economias e que são responsáveis por gerar emissões.

Além disso, as mudanças a operar teriam de ser antecipadas. “A próxima década será decisiva. Os gastos, que hoje rondam os 6,8% do PIB, aumentariam para 8,8% entre 2026 e 2030, antes de diminuírem. Além disso, os custos de produção de eletricidade aumentariam de imediato, mas cairiam depois de atingirem o pico”, refere o relatório.

Ao mesmo tempo, pode ser necessária uma “redistribuição massiva de mão-de-obra”, com cerca de 200 milhões de empregos diretos e indiretos gerados e 185 milhões perdidos até 2050 com a transição para “net zero”.

“A transição para alcançar zero emissões líquidas equivalerá a uma enorme transformação económica. As iniciativas encetadas por empresas, de forma individual, e por governos, juntamente com o apoio coordenado a setores, países e comunidades mais vulneráveis, podem facilitar os ajustes económicos e sociais que serão necessários”, considera Bruno Esgalhado, sócio de McKinsey & leader of sustanabiility practice in Iberia, citado no mesmo comunicado.

O relatório “Transição Net Zero: quanto custaria, o que poderia trazer” avalia as implicações para a procura, gastos de capital, custos de produção e empregos em setores que produzem 85% das emissões totais, com uma análise detalhada realizada em 69 países, incluindo Portugal.

Outra das conclusões diz que os mais expostos seriam: os setores com produtos ou operações com elevados níveis de emissões (cerca de 30% do PIB mundial); países com rendimentos mais baixos per capita e aqueles com grandes recursos de combustíveis fósseis; e comunidades cujas economias locais dependem dos setores expostos.

Já as famílias com rendimentos mais baixos, por todo o mundo, poderão ser mais afetadas pelo aumento do custo da eletricidade a curto prazo e pelos custos relacionados com o capital que possam vir a necessitar para aquisição de produtos com emissões mais reduzidas, como novos aquecedores ou carros elétricos, refere o estudo

“Uma transição mais ordenada não evitaria apenas os piores impactos de um clima em mudança, mas poderia trazer enormes benefícios. Os custos de energia poderiam diminuir a longo prazo, assim como outros gastos. E a uniformização de intenções e ações que exigirá é um bom augúrio para resolver outros problemas globais. Ao mesmo tempo, os riscos a curto prazo de uma transição mal pensada não podem ser ignorados”, alerta ainda Bruno Esgallhado, sócio da McKinsey & leader of sustainability practice in Iberia.

E acrescenta ainda: “A transição económica para alcançar zero emissões líquidas será complexa e desafiadora, mas é necessária. A questão agora é se o mundo pode agir com ousadia e aumentar a resposta e o investimento necessários na próxima década.”

O relatório divulgado esta segunda-feira baseia-se no documento de referência realizado pela McKinsey “Solving the net-zero equation: Nine requirements for a more orderly transition”, sendo uma atualização da publicação efetuada em 2020 “Climate risk and response: Physical hazards and socioeconomic impacts”.

A análise toma como ponto de partida e caminho para atingir zero emissões líquidas o cenário hipotético “Net Zero 2050”, da Network for Greening the Financial System (NGFS).

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Ricardo Batista assume direção do Lola Market em Madrid. Joaquín Vázquez lidera Glovo Portugal

Glovo planeia aumentar investimento em Portugal e criar mais postos de trabalho, chegando a mais cidades. Hoje está presente em 90 cidades no país.

A Glovo em Portugal tem uma nova direção geral. Ricardo Batista, o até aqui diretor-geral da plataforma no mercado português, vai assumir a direção-geral do Lola Market, em Madrid, sendo substituído no cargo por Joaquín Vázquez. A plataforma planeia aumentar investimento em Portugal e criar mais postos de trabalho, chegando a mais cidades. Hoje está presente em 90 cidades no país.

Desde 2019 diretor-geral para Portugal da Glovo, Ricardo Batista assume como diretor-geral do Lola Market, operação de entregas de mercearia comprada pela Glovo em setembro do ano passado, juntamente com o português Mercadão. Em Portugal, o cargo até aqui desempenhado pelo português será assegurado por Joaquín Vázquez.

Portugal com nova liderança em Portugal

Licenciado em Gestão de Marketing e Vendas pela Universidade College Northern Denmark, Joaquín Vázquez juntou-se à Glovo em 2019 como diretor do departamento de Parceiros para Espanha, cargo que desempenhou até ser nomeado diretor-geral para o Centro e Sul de Espanha. Anteriormente tinha assumido diferentes funções na Amazon Espanha, colaborando também com a filial da Austrália, pertencendo à equipa de lançamento neste país, informa a Glovo.

Agora assume a liderança do mercado português. “A Glovo está a entrar no quinto ano de operação em Portugal e continua a crescer no país ano após ano – 2021 registou um crescimento superior a 100% em todas as categorias. Queremos diversificar ainda mais os produtos disponíveis na app, pensar fora da caixa e assim cumprir a nossa visão: dar acesso a tudo e a todos a qualquer coisa nas suas cidades”, diz Joaquín Vázquez, citado em comunicado.

O gestor traça os planos para o mercado nacional, um dos primeiros países para onde a plataforma expandiu depois da sua criação em 2015. “Este ano vai ser extremamente importante para a Glovo em Portugal, estamos ativamente a investir no país, prevemos criar postos de trabalho diretos, bem como aumentar o número de cidades onde estamos atualmente“, garante.

A operar atualmente em 25 países, em Portugal a plataforma está presente em 90 cidades. A mudança de gestão surge pouco depois da Delivery Hero ter comprado uma posição maioritária na Glovo. Hoje a plataforma detém cerca de 44% da Glovo, posição que vai crescer para 83,4%.

“A confirmação do negócio está pendente de aprovação regulatória em diversos países, incluindo a aprovação de fusão em diversos mercados. É expectável a conclusão do negócio no segundo trimestre deste ano”, informa a Glovo.

A Glovo vai continuar a operar de forma independente, tanto a nível de marca como de plataforma. E a equipa de gestão da Glovo vai continuar a ser liderada pelos dois fundadores da empresa, Oscar Pierre e Sacha Michaud.

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Pedro Simões assume direção-geral da Novo Verde

Ricardo Neto mantém a presidência da entidade gestora de resíduos de embalagens.

A Novo Verde nomeou Pedro Simões como novo diretor-geral da entidade gestora de resíduos de embalagens que encetou a concorrência no setor em Portugal. Ricardo Neto mantém a presidência da Novo Verde e da ERP Portugal, a entidade gestora de resíduos de equipamentos elétricos, eletrónicos, pilhas e acumuladores (REEE & RPA).

“É com enorme orgulho e sentido de responsabilidade que aceitei este desafio na Novo Verde, que, nos últimos cinco anos, desenvolveu um trabalho notável no setor dos resíduos de embalagem, com o claro compromisso de fazer frente aos desafios que Portugal ainda vive no correto encaminhamento destes resíduos, a bem de uma economia circular, da poupança dos recursos naturais e, claro, pelo nosso país”, afirma Pedro Simões, diretor-geral da Novo Verde, em comunicado.

Licenciado em engenharia do ambiente pela Nova School of Science & Technology, Pedro Simões conta também com uma pós-graduação em engenharia sanitária e gestão integrada de resíduos. O profissional iniciou a sua carreira em 2005 e assumiu funções como environmental manager na Associação Nacional de Recuperação e Reciclagem de Papel e Cartão (RECIPAC). Em 2017 ingressou na Novo Verde como operations manager, função que desempenhou durante cinco anos.

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Registos no domínio .pt atingem mais de 136 mil e crescem 3,1% em 2021

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

Número de registos em .pt aumenta 3,1%, para 136.921, face a 2020, ou 11% em relação a 2019. Fevereiro (14,7%) e março (19,4%) foram os meses de maior crescimento face ao ano anterior.

O número de registos em .pt aumentou 3,1% em 2021, totalizando mais de 136 mil, face a 2020, tendo ainda crescido 11% em relação a 2019, de acordo com um comunicado divulgado esta terça-feira.

“O número de registos em .pt cresceu 11% em 2021 face a 2019, período considerado pré-pandemia, de acordo com os dados divulgados pelo .PT, entidade responsável pela gestão do domínio de topo português .pt”, indicou a entidade, referindo que “ainda que o crescimento em relação a 2020 – um ano atípico no que diz respeito ao número de registos de domínios – tenha sido menor (cerca de 3,1%), contabilizaram-se, no último ano, 136.921 novos registos, o que representa um novo recorde anual”.

De acordo com o mesmo comunicado, “os meses de fevereiro e março foram os que apresentaram o maior crescimento face ao ano anterior (14,7% e 19,4%, respetivamente), bem como o maior número de novos registos (12.996 e 13.797), numa subida impulsionada pela obrigatoriedade de confinamento, o que levou cidadãos e empresas a apostar no digital”.

Por outro lado, no verão, que normalmente é o período do ano em que os registos abrandam, voltaram a ser a observados “números em linha com o período homólogo de 2020 e acima dos verificados antes da pandemia”, sendo que “os meses de junho, julho e setembro ultrapassaram a barreira dos 10 mil registos enquanto agosto superou os 9 mil”.

A entidade revelou também que foram registados, no ano passado, “39.315 domínios via Empresa na Hora, mais 1.857 do que em 2020, nomeadamente através da iniciativa 3em1.pt” segundo a qual “quem crie uma empresa, associação ou sucursal na hora” tem direito a “um pacote de serviços gratuitos, pelo período de um ano, que inclui um domínio .pt, uma ferramenta para desenvolvimento de ‘site’ e respetivo alojamento técnico e caixas de correio eletrónico”.

“O balanço referente ao número de registos em .pt no último ano segue a tendência de crescimento de 2020, se compararmos com os dados do período pré-pandemia”, de acordo com Luísa Ribeiro Lopes, presidente do Conselho Diretivo do .PT, citada na mesma nota.

“Este desempenho positivo, demonstrado ao longo dos últimos dois anos e que atingiu níveis recorde, é resultado de um contexto particular que funcionou como um catalisador da digitalização na vida dos cidadãos e das empresas, de forma a contornar o impacto económico e social da crise sanitária, mas também do esforço que temos vindo a fazer para trazer cada vez mais pessoas para o ecossistema digital”, rematou.

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Startup da Galp desenvolve soluções de mobilidade elétrica para EUA

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

A 'GoWithFlow' está a desenvolver soluções de mobilidade elétrica sustentável no âmbito do projeto 'Digital Delta', focado na eletrificação de soluções logísticas 'last mile'.

A ‘startup’ da Galp ‘GoWithFlow’ está a desenvolver soluções de mobilidade elétrica sustentável, no âmbito do projeto ‘Digital Delta’, que deverão ser implementadas em Memphis, nos Estados Unidos, anunciou esta terça-feira a petrolífera.

“A ‘GoWithFlow’, uma ‘startup’ [empresa com rápido potencial de crescimento económico] para a mobilidade sustentável detida pela Galp desde 2019, está a desenvolver soluções de mobilidade elétrica e sustentável que deverão ser aplicadas na cidade de Memphis, nos Estados Unidos”, indicou, em comunicado, a Galp.

Questionada pela Lusa, a empresa não revelou o valor de investimento nestas soluções.

O projeto ‘Digital Delta’ será implementado no âmbito de um consórcio liderado pela Universidade de Memphis, selecionado pelo Governo dos EUA, a propósito do programa ‘Build Back Better Regional Challenge’, e está centrado na eletrificação de soluções logísticas last mile para soluções logísticas, em opções de micro mobilidade urbana e destinadas aos transportes públicos e partilhados para empresas, trabalhadores, visitantes e habitantes de Memphis.

Segundo a mesma nota, o consórcio recebeu uma subvenção inicial de 500.000 dólares (cerca de 442.000 euros) para desenvolver a proposta.

O plano do consórcio prevê a implementação de infraestruturas para gerir as tarifas, “ultrapassar barreiras à criação de economias de escalas” e para ligar componentes urbanas, suburbanas e rurais através de programas para a promoção da mobilidade sustentável.

“Os planos do consórcio transformarão a área de Memphis e servirão como um exemplo de liderança em transformação urbana não apenas nos Estados Unidos, mas também a nível internacional”, afirmou, citado no mesmo documento, a presidente executiva da ‘GoWithFlow’, Jane Hoffer.

Em Portugal, a ‘GoWithFlow’ tem trabalhado com empresas e municípios como Lisboa, Porto e Cascais.

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Sónia Silva é a nova diretora do NAU Salgados Dunas Suites

A profissional, que assume agora a direção da unidade hoteleira NAU Salgados Dunas Suites, em Albufeira, começou no grupo hoteleiro desempenhando funções de rececionista.

O NAU Salgados Dunas Suites começa o novo ano com uma nova liderança. Sónia Silva, que ingressou no grupo como rececionista e até agora era diretora do hotel NAU Morgado Golf & Country Club, em Portimão, assumiu a direção da unidade hoteleira NAU Salgados Dunas Suites, em Albufeira.

Formada em turismo pela Universidade do Algarve, “a nova diretora do hotel NAU Salgados Dunas Suites integrou o grupo NAU Hotels & Resorts em 2013, onde iniciou funções como rececionista, no hotel NAU Salgados Palace, tendo posteriormente transitado para o cargo de guest relations e de assistente de direção nas unidades hoteleiras do grupo NAU Hotels & Resorts em São Rafael”, lê-se em comunicado.

Em 2017, Sónia Silva assumiu a direção do hotel Morgado Golf & Country Club, que deixa agora para dirigir o Salgados Dunas Suites, unidade do grupo NAU, integrado na Herdade dos Salgados, em Albufeira.

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Prazo para pagar portagens eletrónicas alargado para 15 dias úteis

A partir de final de fevereiro, os portugueses vão passar a ter até 15 dias úteis para pagarem as portagens, quando está em causa um sistema de pós-pagamento para os sistemas de cobrança eletrónica.

Os portugueses passam a ter até quinze dias úteis para pagarem as taxas de portagens, quando está em causa um sistema de pós-pagamento para os sistemas de cobrança eletrónica. Medida entra em vigor no final de fevereiro.

Nas infraestruturas rodoviárias que apenas disponham de um sistema de cobrança eletrónica de portagens, os proprietários dos veículos podem, ainda, proceder ao pagamento das portagens em regime de pós-pagamento, realizado em dinheiro ou meio equivalente junto de uma ECP autorizada para o efeito, nos quinze dias úteis posteriores à passagem num local de deteção de veículos para efeitos de cobrança eletrónica“, informa a portaria n.º 60/2022, assinada pelo Ministério das Infraestruturas e publicada esta terça-feira em Diário da República.

O ministério liderado por Pedro Nuno Santos adianta ainda que até agora, nestas circunstâncias, o prazo estava fixado em cinco dias úteis, pelo que “é agora estendido para quinze dias úteis”, porque a prática de dez anos demonstrou que o período era demasiado curto. O prazo começa a contar “a partir das 0 horas do dia seguinte à passagem num local de deteção de veículos para efeitos de cobrança eletrónica de portagem”, acrescenta o Governo.

O objetivo deste alargamento é “melhorar um dos aspetos mais limitativos do atual regime de pós-pagamento, facilitando a realização atempada dos pagamentos pelos utentes”. A medida entra em vigor “30 dias após a sua publicação”, isto é, a 25 de fevereiro.

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