Norma da DGS não prevê doses de reforço da vacina contra a Covid-19 para crianças

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2022

A norma integra a vacinação em idade pediátrica (dos 05 aos 11), dando prioridade às patologias com risco acrescido, mas não prevê, por enquanto, doses de reforço para as crianças.

A Direção-Geral da Saúde atualizou a norma relativa à campanha de vacinação contra a covid-19, que integra as vacinas em idade pediátrica mas exclui, por enquanto, as crianças das doses de reforço.

Segundo a norma, está recomendada a dose de reforço, por prioridades, a profissionais, residentes e utentes em lares ou instituições do género, profissionais dos serviços de saúde (públicos e privados) e de outros serviços prestadores de cuidados e bombeiros envolvidos no transporte de doentes.

Depois destes grupos, são abrangidas pela dose de reforço as pessoas com 40 ou mais anos de idade, por faixas etárias decrescentes, as pessoas entre os 18 e os 39 anos de idade, com patologias prioritárias como as neoplasias, transplantação, imunossupressão, doenças neurológicas, perturbações do desenvolvimento, doenças mentais, doença hepática crónica, diabetes ou obesidade, doença cardiovascular ou doença renal ou pulmonar crónica.

Estão ainda abrangidas pelas doses de reforço as pessoas com idade igual ou superior a 18 anos com esquema vacinal primário com a vacina da Janssen e pessoas entre os 18 e os 39 anos de idade, por faixas etárias decrescentes.

A norma, que refere que o plano de vacinação contra a covid-19 é “dinâmico, evolutivo e adaptável à evolução do conhecimento científico, à situação epidemiológica e à calendarização da chegada das vacinas contra a covid-19 a Portugal”, integra a vacinação em idade pediátrica (dos 05 aos 11), dando prioridade às patologias com risco acrescido, mas não prevê, por enquanto, doses de reforço para as crianças.

Os esquemas vacinais recomendados dependem da história da infeção por SARS-CoV-2, da marca da vacina e das especificidades de cada vacina, refere a norma, que indica que a dose de reforço para quem tomou a vacina da Janssen é dada 3 meses após a última toma (ou após infeção) e para as restantes o intervalo deve ser de seis meses após a última dose/infeção, mas pode ser antecipada assim que completar os cinco meses.

A norma diz igualmente que os esquemas vacinais podem ser adaptados em caso de “viagens inadiáveis ou programadas ou em que o país de destino exige um esquema vacinal diferente do recomendado em Portugal” ou “antes do início de terapêuticas imunossupressoras, ou outros atos clínicos devidamente fundamentados”.

Segundo os últimos dados da DGS, desde que se iniciaram as respetivas campanhas de vacinação, mais de 8,7 milhões de pessoas têm a vacinação contra a covid-19 completa e mais de 3,4 milhões a dose de reforço. Entre as crianças dos 5 aos 11 anos, 300.492 começaram a vacinação contra a covid-19, com uma dose.

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Empresa de criptomoedas brasileira 2TM compra plataforma portuguesa CriptoLoja

A empresa brasileira recusou-se a divulgar os termos da aquisição, mas adiantou que a transação está pendente de aprovação do Banco de Portugal.

A empresa brasileira 2TM, apoiada pelo Softbank, vai adquirir uma participação de controlo da plataforma portuguesa de transação de ativos digitais CriptoLoja, sedeada em Lisboa, avançou a Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

A 2TM gere a maior plataforma de criptomoedas da América Latina, o Mercado Bitcoin, e está avaliada em cerca de 2,2 mil milhões de dólares. Agora, vai ter uma participação na portuguesa CriptoLoja, que está em operação desde julho do ano passado, depois de ter recebido em junho a primeira licença oficial de Portugal como prestadora de serviços de ativos virtuais.

A empresa brasileira recusou-se a divulgar os termos da aquisição, mas adiantou que a transação está pendente de aprovação do Banco de Portugal. “Portugal é um mercado estratégico para nós, porque requer uma licença específica, está a tornar-se um hub importante para a cripto na Europa e abre a porta para o mercado europeu”, apontou Roberto Dagnoni, CEO do grupo 2TM, em comunicado.

A 2TM vai assim arrancar a expansão na Europa com uma operação “over-the-counter“, sendo que, numa segunda fase, tem em vista levar toda a plataforma MercadoBitcoin.com para investidores de retalho e institucionais.

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Mais de 200 candidaturas aguardam apoio para elétricos e bicicletas

  • ECO
  • 12 Janeiro 2022

Há mais de duas centenas de candidaturas à espera de receber o apoio concedido pelo Fundo Ambiental para a compra de veículos sem emissões. São mais de 110 mil euros que estão por atribuir.

mais de 110 mil euros por atribuir do apoio concedido pelo Fundo Ambiental para a compra de veículos sem emissões por particulares e empresas, com mais de 200 candidaturas por validar, a aguardar elementos adicionais ou em lista de espera. Mas centenas de automóveis vão ficar sem ajuda do Estado.

“Estão ainda por atribuir 112.876 euros e seis cêntimos” em incentivos e, embora as candidaturas tenham fechado em 30 de novembro, ainda não há prazo para resolver os pedidos pendentes, revelou ao Diário de Notícias fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática. “Será atribuído em breve” o restante montante, apontou a mesma fonte.

Até agora, este apoio, de cerca de 4,5 milhões de euros, já ajudou a comprar 926 automóveis ligeiros e de mercadorias sem emissões e 4.712 bicicletas, motociclos e ciclomotores sem emissões, assim como velocípedes de carga e convencionais.

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Energia e Corticeira Amorim animam bolsa de Lisboa

O dia arranca positivo para as principais bolsas europeias e a praça lisboeta não foge à regra, prolongando os ganhos registados na última sessão.

A bolsa de Lisboa prolonga os ganhos no arranque da sessão desta quarta-feira, seguindo o sentimento positivo vivido nas congéneres europeias. O desempenho do índice de referência nacional é impulsionado pelas valorizações da Corticeira Amorim, da EDP Renováveis e da Galp Energia.

O PSI-20 sobe 0,54% para os 5.671,94 pontos, com a maioria das cotadas a negociar no verde. Na Europa, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valoriza 0,7%, bem como o alemão DAX, enquanto o britânico FTSE 100 e o espanhol IBEX somam 0,5% e o francês CAC 40 avança 0,8%.

Por cá, é a Corticeira Amorim que lidera os ganhos do índice de referência nacional, ao subir 1,89% para os 10,76 euros. A empresa anunciou esta terça-feira que adquiriu metade do capital da empresa italiana Saci, que tem como principal atividade a produção e comercialização de muselets, estrutura em arame que encaixa na rolha de uma garrafa de champanhe, por 48,66 milhões de euros.

Em terreno positivo, nota também para a EDP Renováveis, que sobe 1,42% para os 19,98 euros, e para a Galp Energia, que avança 1,21% para 9,70 euros. Isto numa altura em que os preços do petróleo estão a negociar acima dos 80 dólares, depois de terem atingido esta terça-feira máximos de dois meses.

Por outro lado, nas perdas encontra-se a Mota Engil, cujos títulos recuam 0,99% para os 1,295 euros, e a Jerónimo Martins, que desvaloriza 0,82% para os 20,64 euros.

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Três quartos das grandes obras em Portugal em 2021 atribuídos a construtoras nacionais

  • ECO
  • 12 Janeiro 2022

As empresas de construção nacionais conseguiram arrecadar 500 milhões em obras públicas de grande dimensão adjudicadas em Portugal no ano passado, o que representa três quartos da fatia total.

Em 2021, as empresas de construção nacionais conseguiram a maior fatia das obras públicas de grande dimensão (superiores a dez milhões de euros) adjudicadas em Portugal. Dos 640 milhões de euros somados entre as mais de duas dezenas de empreitadas contratadas, 500 milhões foram para construtoras nacionais, o que corresponde a três quartos do valor total, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

Segundo os dados do portal Base, a Mota-Engil assinou o maior contrato no ano passado, no valor de 132,9 milhões de euros, para a execução dos túneis de drenagem da cidade de Lisboa, seguindo-se os cerca de 87 milhões de euros da empreitada ferroviária de via e catenária entre Évora e Elvas/Fronteira, e construção civil do subtroço Évora–Évora Norte, que juntou a Mota-Engil e a Teixeira Duarte.

Nos anos anteriores, foram os agrupamentos que integram empresas espanholas a arrecadar algumas das grandes obras públicas em Portugal, mas no ano passado não conseguiram ir além de 87 milhões de euros, ou seja, contrataram menos de 14% da fatia total.

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BCE investiga relação entre Ramalho e Vieira no Novobanco

  • ECO
  • 12 Janeiro 2022

O Banco Central Europeu está a seguir a Informação conhecida no inquérito parlamentar e no processo Cartão Vermelho sobre a relação entre o antigo presidente do Benfica e o Novobanco.

Dados conhecidos recentemente sobre a relação entre António Ramalho e Luís Filipe Vieira, nomeadamente as escutas ao antigo presidente do Benfica, estão a ser seguidos pelo Banco Central Europeu (BCE), que está, “neste momento, a investigar a matéria”, avança o Público (acesso condicionado).

Com a informação revelada também na Comissão Parlamentar de Inquérito ao Novo Banco, o Banco de Portugal tinha já remetido para o BCE uma eventual avaliação da idoneidade de Ramalho, por ser a “autoridade de supervisão prudencial competente”, como justificaram em declarações ao diário.

A investigação do BCE surge assim depois de serem publicadas escutas telefónicas, realizadas pelo Ministério Público e pela Autoridade Tributária, no quadro da Operação Cartão Vermelho, que indicavam que a gestão do Novobanco vendeu ativos a desconto aos próprios devedores incumpridores, bem como negócios opacos entre o banco e o universo do ex-presidente do Benfica.

Numa escuta deste processo, revelada esta quarta-feira pelo Correio da Manhã (acesso pago), Luís Filipe Vieira terá pressionado Álvaro Neves, então diretor do Novobanco, a trabalhar em benefício dos seus interesses, de José António Santos, empresário conhecido como ‘Rei dos Frangos’, e de Avelino Carvalho, parceiro de negócios de ambos.

Álvaro Neves terá recebido 50 mil euros por estes serviços, através de uma fatura emitida pela mulher em nome da Palpites & Teorias, empresa detida pelo Rei dos Frangos e por Sara Vieira, filha de Luís Filipe Vieira.

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Hoje nas notícias: Novobanco, construtoras e cheques para elétricos

  • ECO
  • 12 Janeiro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Banco Central Europeu está a investigar a relação entre António Ramalho e Luís Filipe Vieira no Novobanco, sendo que as escutas do processo Cartão Vermelho revelaram que este último terá pressionado Álvaro Neves, então diretor do Novobanco, a trabalhar em prol dos seus negócios. As construtoras nacionais conseguiram arrecadar cerca de 500 milhões de euros em obras de grande dimensão realizadas em Portugal no ano passado. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

BCE está a investigar relação entre Ramalho e Vieira no Novobanco

Dados conhecidos recentemente sobre a relação entre António Ramalho e Luís Filipe Vieira, nomeadamente as escutas ao antigo presidente do Benfica, estão a ser seguidos pelo Banco Central Europeu (BCE), que está, “neste momento, a investigar a matéria”. Com a informação revelada também na Comissão Parlamentar de Inquérito ao Novo Banco, o Banco de Portugal tinha já remetido para o BCE uma eventual avaliação da idoneidade de Ramalho.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Luís Filipe Vieira manda trabalhar diretor do Novobanco

Luís Filipe Vieira terá pressionado Álvaro Neves, então diretor do Novobanco, para trabalhar em benefício dos seus interesses, de José António Santos, empresário conhecido como Rei dos Frangos, e de Avelino Carvalho, parceiro de negócios de ambos, segundo revelam escutas do processo Cartão Vermelho. Álvaro Neves terá recebido 50 mil euros por estes serviços (através da mulher).

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Construtoras nacionais ganham três quartos das grandes obras

Em 2021, as empresas de construção nacionais conseguiram a maior fatia das obras públicas de grande dimensão (acima dos dez milhões de euros) adjudicadas em Portugal. Dos 640 milhões de euros somados das mais de duas dezenas de empreitadas contratadas, as construtoras nacionais arrecadaram cerca de 500 milhões de euros, o que corresponde a cerca de três quartos do valor total.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Mais de 200 candidaturas aguardam apoio para elétricos e bicicletas

Há mais de 110 mil euros por atribuir do apoio concedido pelo Fundo Ambiental para a compra de veículos sem emissões por particulares e empresas, com mais de 200 candidaturas por validar, a aguardar elementos adicionais ou em lista de espera. Até agora, este apoio, de cerca de 4,5 milhões de euros, já ajudou a comprar 926 automóveis ligeiros e de mercadorias sem emissões e 4.712 bicicletas, motociclos e ciclomotores sem emissões, assim como velocípedes de carga e convencionais.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Fundação Berardo diz que extinção é injusta e ilegal

O Estado iniciou na semana passada o procedimento de extinção da Fundação Berardo, que já recebeu, assim, a notificação quanto à operação. O advogado responsável pelo caso do lado da Fundação, Paulo Saragoça da Matta, defende que este é um procedimento ilegal e injusto, reiterando que há uma perseguição a Joe Berardo.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

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5 coisas que vão marcar o dia

O INE divulga os dados sobre a inflação e relativos ao volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas nos serviços. A Jerónimo Martins apresenta um update operacional sobre as vendas.

O Instituto Nacional de Estatística divulga os dados finais relativos ao Índice de Preços no Consumidor em dezembro de 2021, bem como os dados referentes ao volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas nos serviços. No plano empresarial, a Jerónimo Martins vai apresentar o update operacional. Há nova ronda de debates rumo às legislativas de 30 de janeiro.

Como evolui a inflação?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta quarta-feira os dados finais relativos ao Índice de Preços no Consumidor (IPC) referentes a dezembro, que permitem medir o pulso à inflação durante 2021. De acordo com as estimativas rápidas do gabinete de estatística, os preços em Portugal voltaram a acelerar em dezembro, com o índice de preços no consumidor a subir 2,8%. A taxa de inflação terá ficado, em média, nos 1,3% em 2021.

Efeitos da pandemia nos serviços

Além do IPC, o INE divulga os dados relativos ao índice de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas nos serviços, relativos a novembro de 2021. Em outubro, o índice de volume de negócios nos serviços aumentou 15,7%, e pela primeira vez desde o início da pandemia apresentou um valor superior (1,4%) ao homólogo no ano de 2019, segundo os últimos dados do gabinete de estatísticas.

Jerónimo Martins divulga dados preliminares sobre as vendas em 2021

Ainda antes de arrancar a época de resultados das cotadas presentes no PSI-20, a Jerónimo Martins vai dar a conhecer os dados preliminares sobre as vendas em 2021. Até setembro, os lucros da dona do Pingo Doce subiram cerca de 48% para para 324 milhões de euros, segundo a informação comunicada à CMVM.

Continuam os debates rumo às legislativas

Esta quarta-feira há nova ronda de debates entre os líderes partidários rumo às legislativas, marcadas para 30 de janeiro. Francisco Rodrigues dos Santos (CDS) vai estar frente-a-frente com André Ventura (Chega), pelas 17h00 em direto na CNN Portugal. A SIC transmite às 21h00 o debate entre Rui Rio (PSD) e João Oliveira (PCP), que vai substituir Jerónimo de Sousa, dado que o secretário-geral do PCP vai ser operado de urgência esta quarta-feira. Por fim, às 22h00 a SIC Notícias vai transmitir o debate entre João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal) e Rui Tavares (Livre).

Eurostat divulga dados sobre voos comerciais

A pandemia arrasou vários setores e a indústria da aviação foi um dos mais afetados. Neste sentido, o Eurostat divulga esta quarta-feira a evolução dos voos comerciais em dezembro, mês marcado por fortes restrições em vários países europeus dado a rápida disseminação da variante Ómicron. Em novembro, os aeroportos nacionais receberam cerca de quatro milhões de passageiros, o equivalente a uma subida de 180,6% face ao mesmo mês do ano passado. Contudo, os números continuam cerca de 30% abaixo dos níveis pré-pandemia, de acordo com os últimos dados do INE.

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Sem canudo, mas altamente especializadas. Conheça as profissões técnicas com salários até 49.000€

No primeiro lugar do pódio está o estivador, que recebe um salário bruto anual entre os 42.000 e os 49.000 euros. Já o segundo lugar é partilhado pelo modelador têxtil, ferramenteiro e tubista.

A escassez de talento tem afetado muitos setores e há perfis especializados, que não exigem uma formação ao nível do ensino superior, onde essa falta de profissionais ainda é mais agudizada, levando a um aumento dos níveis salariais. Estivador, modelador têxtil, ferramenteiro e o tubista estão entre os sete profissionais especializados mais bem pagos, segundo o levantamento feito pelo ManpowerGroup para a Pessoas. Um estivador pode receber até 49.000 euros anuais, salário que não difere muito de um big data specialist.

Algumas funções que, por serem altamente técnicas e especializadas, enfrentam um enorme desafio ao nível da captação de talento. A formação de novos profissionais não acompanha a necessidade do mercado, levando a “uma escassez de perfis capacitados” e, consequentemente, a um “aumento nos níveis salariais”, antecipa Rui Teixeira, diretor-geral de operações do ManpowerGroup, à Pessoas. Embora sem canudo, há profissões que conseguem elevar o patamar salarial para perto de 50.000 euros por ano. É o caso dos estivadores, que ocupam o primeiro lugar do pódio das funções, sem canudo, mais bem pagas em 2022.

Este ano o salário bruto anual deste profissional deverá rondar os 42.000 e os 49.000 euros, o que equivale a um rendimento mensal entre os 3.000 e os 3.500 euros. Para ter uma ideia, este salário não difere muito do rendimento de um big data specialist, software engineer, digital marketeer ou machine learning specialist, consideradas a 7.ª, 8.ª, 9.ª e 10.ª profissões mais bem pagas de Portugal este ano, segundo outro ranking do ManpowerGroup.

O segundo lugar do pódio, por sua vez, é partilhado por três profissionais diferentes. Com um salário anual entre os 35.000 e os 42.000 euros brutos (2.500 a 3.000 euros por mês) está o modelador têxtil, o ferramenteiro e o tubista.

Veja aqui as sete profissões técnicas e especializadas mais bem pagas em 2022:

1.º: Estivador: 42.000€ a 49.000€/ano (3.000€ a 3.500€/mês)

2.º: Modelador têxtil: 35.000€ a 42.000€/ano (2.500€ a 3.000€/mês)

2.º: Ferramenteiro: 35.000€ a 42.000€/ano (2.500€ a 3.000€/mês)

2.º: Tubista: 35.000€ a 42.000€/ano (2.500€ a 3.000€/mês)

5.º: Afinador de máquinas de injeção: 22.400€ a 42.000€/ano (1.600€ a 3.000€/mês)

6.º: Técnico de instalação e reparação de elevadores: 25.200€ a 27.600€/ano (1.800€ a 2.300€/mês)

7.º: Instalador de sistemas solares e eólicos: 25.200 a 28.000€/ano (1.800€ a 2.000€/mês)

“Em todas as funções referidas assistimos a um aumento nos salários praticados com respeito a 2022. No entanto, é ainda de referir que um número crescente de empresas está também a apostar numa maior diversidade de incentivos, mais além do vencimento, procurando assim alinhar a sua proposta de valor com aquilo que são as atuais preferências dos profissionais”, comenta Rui Teixeira.

Elementos como o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, a possibilidade de desafio e evolução de carreira ou o propósito da organização são cada vez mais valorizados pelos colaboradores.

“Estes elementos complementam a oferta salarial e podem ser o elemento diferenciador que define a decisão final do candidato, pelo que é cada vez mais importante a sua integração na estratégia de atração de talento das organizações”, finaliza o diretor-geral de operações do ManpowerGroup.

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70% do setor de energia mudou de negócio e está a apostar mais nas renováveis

  • Capital Verde
  • 12 Janeiro 2022

Com esta mudança para energias limpas, as grandes empresas de energia (que no passado se dedicavam apenas ao petróleo e gás) já registaram um aumento de 6% nas suas receitas, diz o estudo da Capgemini

São 70% as empresas do setor da energia e utilities que já mudaram os modelos de negócio para reduzirem impactos ambientais. Ainda assim, a maioria das organizações continua sem ter os recursos necessários para desenvolver mais intensa e rapidamente as energias renováveis.

Um novo estudo do Capgemini Research Institute, intitulado “Remodeling the future: How energy transition is driving new models in energy and utilities”, demonstrou que os novos modelos das energias renováveis estão a transformar completamente o setor da energia, uma vez que a mitigação do impacto das alterações climáticas se transformou na razão de ser destas empresas.

As alterações climáticas e a procura de energias mais limpas por parte dos investidores são os principais motores da mudança que, de acordo com o estudo, já levaram 68% das organizações do setor da energia e utilities a optarem por novas formas de fazer negócio em prol da redução do impacto das alterações climáticas.

Na mesma análise, 63% das empresas revela que a procura por parte dos investidores também é um acelerador da mudança e 44% dos gestores inquiridos referiram que a rentabilidade é o motivo principal pelo qual estão a optar por novos modelos de negócio, já que percebem que há benefícios claros que podem advir da mudança.

Além disso, de acordo com o novo estudo, as organizações que estão a implementar modelos de energia limpa alcançaram uma redução de 4,6% nas emissões de âmbito 3 e esperam uma nova redução de 13% nos próximos três anos. Algumas empresas também afirmaram que registaram um aumento de 6% nas suas receitas com esta mudança.

Estes novos modelos de energias limpas, além de serem bons para o planeta, também se revelam positivos para o negócio destas empresas, uma vez que atraem novos clientes e criam mais oportunidades de vendas. Prova disso são os dados do Capgemini Institute que revelam que as empresas multinacionais já obtiveram um aumento de 4% nas oportunidades de upselling/vendas, estando ainda previsto que este número aumente para 9,2% nos próximos três anos.

Contudo, ainda há muitas empresas que não implementaram nenhum modelo de energia mais sustentável. Segundo a mesma análise, apesar de 64% das empresas afirmarem que planeiam implementar soluções de armazenamento de energia no futuro, apenas 19% já o estão a fazer e só 18% dos inquiridos afirmaram possuir uma estratégia global com objetivos e prazos bem definidos.

Além disso, o estudo mostra que, atualmente, a maioria das organizações (70%) diz não ter os recursos necessários para desenvolver os novos modelos. As empresas enfrentam atrasos na área das tecnologias a nível interno e na aposta em novas tecnologias (68%), nas competências relacionadas com o serviço (62%) e nos conhecimentos especializados em dados (56%).

“Apenas um terço das empresas inquiridas revelaram possuir áreas de inovação ativas e com escala a trabalharem no desenvolvimento e na testagem dos novos modelos com vista a procederem à industrialização dos resultados alcançados. É tempo de os vários players adotarem uma filosofia fail-fast e de forjarem novas parcerias, dentro e fora dos ecossistemas existentes”, alertou Peter King, Global Energy and Utilities Lead da Capgemini Invent.

Para a realização deste estudo, o Capgemini Research Institute inquiriu 530 gestores de topo de empresas do setor da energia e utilities que reportaram receitas superiores a 200 milhões de dólares em agosto e setembro de 2021.

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Mais de metade dos autotestes comunicados ao SNS em dezembro eram positivos

Desde que a plataforma foi lançada, já foram comunicados mais de 45 mil resultados, dos quais 15.300 positivos, revelaram os SPMS, ao ECO. Só em dezembro, foram comunicados mais de 12.600 resultados.

Só em dezembro, foram reportados mais de 12.600 resultados de autotestes de despiste à Covid-19 na plataforma online criada para o efeito. Deste total, cerca de 7.400 foram positivos, segundo os dados divulgados pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), ao ECO. Isto significa que mais de metade (58,7%) dos portugueses que comunicaram os resultados no último mês de 2021 testaram positivo à Covid.

Esta plataforma, criada pelos SPMS, entrou em funcionamento a 20 de maio de 2021 e permite aos cidadãos reportarem os resultados dos autotestes de despiste à Covid-19 que estão a ser vendidos nas farmácias, parafarmácias e supermercados portugueses para utilização da população em geral.

Desde então e até à passada quinta-feira, 6 de janeiro, “foram reportados na plataforma mais de 45 mil autotestes, dos quais cerca de 15.300 são positivos”, revelou fonte oficial dos SPMS e INSA, em resposta ao ECO. Nesse contexto, é possível constatar que cerca de três em cada dez autotestes (34%) comunicados nesta plataforma foram positivos.

Face à situação pandémica, Governo e especialistas têm vindo a incentivar o uso de autotestes para despistar eventuais casos de infeção por Covid-19, sendo que esta foi inclusivamente uma das opções recomendadas como medida de prevenção para os habituais encontros na época festiva. Só em dezembro, foram reportados “mais de 12.600 autotestes, dos quais cerca de 7.400 foram positivos”, sinalizam os organismos. Contas feitas, isto significa que 28% do total de autotestes comunicados desde que a plataforma entrou em funcionamento foram em dezembro. Além disso, isto significa também que do total de autotestes comunicados nesse período, mais de metade (58,7%) foram positivos.

Segundo as recomendações das autoridades de saúde, os utentes que tenham um autoteste positivo ou inconclusivo devem, depois de registarem na plataforma o resultado do teste, contactar a linha SNS24 ( (808 24 24 24), sendo que posteriormente é-lhes emitida uma prescrição para teste confirmatório PCR, dado que os autotestes não são considerados como método de referência para diagnóstico para o SARS-CoV-2, e se não tiverem tido um teste positivo nos últimos 180 dias. Além disso, para os indivíduos indivíduos sintomáticos ou que contactaram com um caso confirmado, independentemente do resultado do autoteste, é também recomendado que contactem a linha SNS24.

SNS 24 recebeu mais de 160 mil chamadas por autotestes positivos de assintomáticos

Entre abril de 2021 e domingo, 9 de janeiro, a linha SNS 24 recebeu “mais de 160 mil chamadas por resultados de autotestes positivos de utentes assintomáticos”, de acordo com os dados disponibilizados pelos SPMS e pelo INSA, ao ECO. Deste total, só no mês de dezembro, foram registadas mais de 56.400 chamadas, na sequência de autotestes positivos de utentes assintomáticos.

Apesar de fiabilidade dos autotestes (tal como dos testes rápidos de antigénio) não ser tão elevada quanto a dos PCR, estes têm-se revelado suficientemente sensíveis quando uma pessoa tem uma carga viral mais elevada e, portanto, é mais contagiosa. Além disso, são mais baratos e especialmente dirigidos a doentes com suspeita de infeção e em caso de contacto com doentes positivos, bem como, para fins de rastreio.

Nesse contexto, a equipa de peritos liderada por Raquel Duarte que aconselha o Governo nas questões relacionadas com a pandemia, recomendou, na última reunião do Infarmed, que o Governo tornasse os autotestes gratuitos. Até ao momento, o Executivo apenas comparticipa a 100% a realização de quatro testes de antigénio por utente por mês. Desde segunda-feira, que a DGS permite que os autotestes possam ser permitidos no acesso a eventos de grande dimensão (desportivos, culturais ou corporativos), desde que feitos à entrada sob supervisão dos responsáveis.

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Franceses abrem novas “janelas” de investimento em Famalicão

Grupo francês aplica 33,3 milhões e cria 84 empregos numa fábrica de janelas de madeira. Tem como sócia a Caixiave, participada pela gigante Tryba, que está a fazer outros investimentos no Minho.

O projeto na área da carpintaria para construção chama-se Natwindo, trata-se de uma nova unidade de produção de janelas eficientes de madeira e promete criar 84 novos postos de trabalho em Vila Nova de Famalicão, num investimento que ascende a 33,3 milhões de euros e em que a portuguesa Caixiave terá uma “parte muito minoritária”.

João Ferreira Gomes, diretor comercial da produtora minhota que reclama a liderança ibérica em janelas e portas eficientes de PVC (policloreto de vinila), adianta ao ECO que esta nova fábrica será controlada por capitais franceses, mas “ainda não está exatamente definida a parte societária” dos sócios que vão viabilizar este projeto dedicado à exportação, sem data prevista para o arranque das obras.

A Natwindo vai receber um incentivo a fundo perdido do Portugal 2020 de quase 4,6 milhões de euros, de acordo com os dados consultados pelo ECO, e também já assinou um contrato fiscal de investimento com a AICEP que prevê um crédito fiscal máximo de três milhões de euros. No último Conselho de Ministros de 2021 foi aprovada pelo Governo a atribuição de um crédito a título de IRC, uma redução do IMI e do IMT, e ainda a isenção de imposto de selo.

Carlos Sá, fundador e presidente executivo da Caixiave.

Fundada em 1993, a Caixiave, que representou este consórcio investidor nestes contratos assinados com o Estado português, em janeiro de 2019 abriu o capital ao grupo francês Atrya, dono de nove fábricas na Europa e da marca Tryba, que passou a deter uma participação de 49% na empresa portuguesa de materiais de construção. Dirigida por Carlos Sá e pelo primo Artur Leite, emprega mais de 400 pessoas e acaba de fechar o exercício de 2021 com um volume de negócios a rondar os 43 milhões de euros, acima dos quase 30 milhões que tinham sido reportados em 2020.

Eles andavam à procura de empresas parceiras em Portugal e nós andávamos à procura de um parceiro estratégico. Houve uma conjugação das duas vontades. Nós, portugueses, temos sempre um problema em ganhar dimensão, face ao mercado [interno] pequeno que temos; e estes grandes grupos têm mais disponibilidade financeira do que as empresas portuguesas”, contextualiza João Ferreira Gomes, responsável comercial e de marketing.

Nós temos sempre um problema em ganhar dimensão, face ao mercado [interno] pequeno que temos; e estes grandes grupos têm mais disponibilidade financeira do que as empresas portuguesas.

João Ferreira Gomes

Diretor comercial da Caixiave

Foi “já com o apport financeiro” do grupo gaulês que a Caixiave avançou com a ampliação da fábrica de caixilharias de PVC, cujas obras estão a decorrer e devem estar concluídas no final deste ano, acrescentando 40% à atual capacidade de produção. E num terreno junto a este complexo fabril, na freguesia de Ribeirão, está a ser construída uma outra unidade especializada em janelas eficientes de alumínio, para abastecer o mercado ibérico. É da iniciativa da Tryba SA, cuja maioria (51%) do capital está nas mãos do grupo sediado na comuna de Gundershoffen, na região do Grande Leste.

Anunciado em maio de 2020 com um montante total de 50 milhões de euros, este último investimento inclui ainda uma nave para produzir janelas standardizadas de PVC para as grandes superfícies como o Leroy Merlin, e outra de vidros duplos para encurtar o tempo de resposta aos clientes. Teve luz verde para um apoio a fundo perdido de 9,57 milhões no PT2020 e benefícios fiscais no valor de 309 mil euros atribuídos pela Câmara famalicense, incluindo uma redução de 91% nas taxas municipais de licenciamento das operações urbanísticas, no IMT e no IMI.

Exportar por perto e mudar janelas em casa

Do volume de vendas total – e este setor dos materiais de construção quase não foi afetado pela pandemia de Covid-19, recorda João Ferreira Gomes, também presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE) –, 35% foram realizadas no estrangeiro. Espanha e França são os principais mercados externos, pois, sendo um produto feito à medida e aplicado em obra, os clientes têm de estar em geografias próximas do local de fabrico.

Por outro lado, a Caixiave conta com o crescimento da procura no mercado doméstico, graças aos incentivos públicos para a melhoria da eficiência energética com a troca de janelas no âmbito de um programa do Fundo Ambiental e, em particular, às verbas destinadas a esta área que foram inscritas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e já começaram a ser distribuídas através de vários avisos. “Portugal tem de reforçar essa área. A seguir à Bulgária, é o país que tem as casas com pior conforto e pior desempenho térmico da Europa”, notou o gestor.

Segundo os cálculos da empresa minhota, o potencial de negócio é grande, uma vez que 29% dos edifícios em Portugal precisam de obras de reabilitação, 70% foram construídos sem requisitos de eficiência energética e apenas 6% dos fogos têm soluções de construção com requisitos de qualidade térmica e eficiência energética. O universo em causa ascende a 3,5 milhões de edifícios e 5,9 milhões de fogos, apenas no mercado interno.

Mas numa fase em que vários países, ao mesmo tempo, estão a programar investimentos tão avultados nesta área, este é mais um fator de pressão (a adicionar a outros, como o constrangimento logístico) para a escassez e para a escalada dos preços das matérias-primas, como o alumínio, o vidro, o PVC ou o aço. João Ferreira Gomes aponta o dedo à “especulação” e desabafa que “os grandes detentores de matérias-primas jogam com isso e os materiais de construção têm vindo a subir bastante para toda a gente e vão-se repercutir” no preço final.

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