Trabalhadores da Navigator em Aveiro iniciam greve de três dias na quinta-feira

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

Os trabalhadores entendem que o aumento de 2% "não é compatível com os lucros apresentados pela empresa”, sendo que "a grande maioria" vai levar 25 euros, segundo o sindicato.

Os trabalhadores das empresas de produção de pasta para papel da Navigator, em Aveiro, iniciam na quinta-feira uma greve de três dias, segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (SITE) do Centro-Norte.

Em declarações à Lusa, Paulo Ferreira, dirigente do SITE do Centro-Norte, referiu que a paralisação abrange cerca de 150 trabalhadores das empresas Navigator Pulp Aveiro e The Navigator Company (antiga Portucel), situadas no complexo de Cacia. O sindicalista explicou que a greve foi convocada após várias reuniões infrutíferas, ao longo dos últimos meses, para negociar com a empresa uma melhoria dos aumentos salariais para o próximo ano.

No início deste ano, a The Navigator Company assinou um acordo de dois anos (2024 e 2025) com a Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviço, que, segundo Paulo Ferreira, prevê um aumento salarial no próximo ano de 2% com um mínimo de 25 euros. No entanto, os trabalhadores entendem que este aumento “não é compatível com os lucros apresentados pela empresa”, diz o sindicalista, adiantando que “a grande maioria o que vai levar é os 25 euros”.

Paulo Ferreira referiu ainda que o SITE do Centro-Norte apresentou uma proposta para um aumento de 150 euros para todos os trabalhadores, tendo baixado este valor para os 125 euros, mas não obteve qualquer resposta por parte da empresa. No comunicado, o SITE do Centro-Norte refere que os trabalhadores “sentem-se desconsiderados”, tendo decidido avançar com a greve no sentido de “fazer ver a administração da empresa que não pode andar a jogar com as palavras nas referidas reuniões”.

“Os trabalhadores carecem de um real aumento dos salários que lhes permitam fazer face ao aumento do custo de vida, e ao mesmo tempo os valorize enquanto trabalhadores”, refere a mesma nota.

Além de “aumentos salariais justos”, os trabalhadores reivindicam ainda o fim das imposições da administração e a reposição dos direitos retirados. A greve decorre entre as 00:00 do dia 26 e as 16:00 do dia 28.

 

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Cuatrecasas assessora CTT na criação de joint venture com o Grupo DHL e na aquisição da CACESA

Cuatrecasas assessora CTT na criação de joint venture com o Grupo DHL e na aquisição da CACES. Rafael Lucas Pires e Isabel Gandoy Fernández lideram operações, respetivamente.

A Cuatrecasas assessorou os CTT – Correios de Portugal em duas operações: a criação de uma parceria de joint venture com o Grupo DHL, nos mercados de encomendas de comércio eletrónico em Portugal e em Espanha, e a aquisição da Compañia Auxiliar al Cargo Expres (CACESA), empresa espanhola do setor aduaneiro de comércio eletrónico internacional.

Para materializar o acordo ibérico entre CTT e a DHL, que corporizará uma joint venture com duas empresas conjuntas, uma em Portugal e outra em Espanha (a CTT Expresso e a Danzas), a CTT Expresso começará por adquirir 100% da DHL Parcel Portugal. Depois, a DHL adquirirá uma participação de 25% na CTT Expresso (ficando os CTT com os remanescentes 75%) e os CTT adquirirão 25% da Danzas/DHL Parcel Iberia (ficando a DHL com os remanescentes 75%). Os CTT e a DHL ficarão com a possibilidade de aumentar as suas participações minoritárias na joint venture company respetiva (isto é, os CTT na Danzas e a DHL na CTT Expresso) até 49%.

Advocatus Summit 2021 - 20/21MAI21
Rafael Lucas Pires, sócio da CuatrecasasHugo Amaral/ECO

Esta parceria visa constituir uma joint venture para abordar os segmentos B2C (business-to-consumer) e B2B (business-to- business), com capacidade diária superior a um milhão de envios e serviços out-of-home nos mercados combinados de Portugal e de Espanha.

A equipa da Cuatrecasas envolvida na assessoria jurídica na referida parceria foi liderada por Rafael Lucas Pires, advogado co-coordenador da área de Societário e M&A, e incluiu: Luís Miguel Cortes Martins, Raquel Santos Pereira e Mariana Brazão, da mesma área; Pedro Marques Bom e António Souto Moura, de Concorrência; Manuel Requicha Ferreira e Inês do Carmo Montalvo, de Bancário & Financeiro e Mercado de Capitais; bem como um conjunto alargado de advogados de várias outras áreas e de ambas as jurisdições no âmbito dos trabalhos de due diligence.

Quanto à aquisição da CACESA, irá permitir “acelerar a transformação do negócio dos CTT, que se apresentam cada vez mais como um operador logístico de e-commerce”, nomeadamente, “numa altura em que o retalho online é cada vez mais transfronteiriço”, pelo que “as soluções integradas de desalfandegamento assumem um papel crucial na estratégia de crescimento nessa cadeia de valor”, destacam os CTT em comunicado.

A assessoria foi liderada pela advogada Isabel Gandoy Fernández, da área de Societário e M&A, e incluiu Luís Miguel Cortes Martins, David Fernández Martínez e Carla Rovira Espadaler, da mesma área; Pedro Marques Bom, António Souto de Moura e María Marcote Feijóo, de Concorrência; e Alessandro Jones Capobianco, da área de Fiscal.

A conclusão de ambas as operações está, naturalmente, subordinada à satisfação das condições habituais neste tipo de transação, entre as quais as necessárias autorizações regulatórias.

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Mário Ferreira celebra liderança da TVI: “Fomos ambiciosos e persistentes. Inovámos. E, por fim, vencemos”

  • + M
  • 23 Dezembro 2024

O líder do grupo dono da TVI celebra numa mensagem de Natal o primeiro lugar conquistado pela estação, referindo ainda que a CNN é agora "insubstituível a informar e a formar opinião".

Para Mário Ferreira, presidente do conselho de administração da Media Capital, grupo dono da TVI, 2024 foi um ano vencedor. “Fomos ambiciosos e persistentes. Inovámos. E, por fim, vencemos. Terminamos o ano com a TVI no primeiro lugar da televisão nacional, assim como mantivemos o primeiro lugar no grupo de canais de TV”, refere numa mensagem de Natal.

Também a CNN Portugal, “que viu muitos torcerem o nariz à sua chegada por acharem que ia estrangular um mercado já de si pequeno, é agora insubstituível a informar e a formar opinião. A parceria com a Prime Video está mais forte e, com ela, a nossa capacidade de valorizar os nossos recursos, técnicos e humanos, além-fronteiras”.

Em novembro, a TVI reforçou a liderança, ficando 1,7 pontos percentuais à frente da SIC, fechando o mês com um share de 15,9% e tendo sido acompanhada em média por 333,9 mil pessoas. Recorde-se que o canal da Media Capital recuperou em fevereiro o estatuto de estação líder de audiências ao fim de 60 meses atrás da SIC. De acordo com a análise da Dentsu Media, a CNN continuou também a ser o canal de informação mais visto, com um share de 2,4% em novembro.

Segundo Mário Ferreira, embora não existam “anos fáceis na vida das empresas”, há uns mais desafiantes do que outros. “Sou o primeiro a reconhecer que, em 2024, colocámos a fasquia elevada no grupo Media Capital: queríamos liderar, na televisão e no digital; queríamos desenvolver o negócio audiovisual; queríamos dar ainda mais relevância, nacional e internacional, às nossas marcas“, afirma.

O empresário antevê também que as conquistas possam continuar no futuro: “A liderança é um desafio permanente, que exige humildade, compromisso, estabilidade. É minha firme convicção de que podemos continuar a conquistar e a celebrar o lugar cimeiro, em várias frentes“, escreveu.

“Enquanto chairman, em meu nome pessoal e de todo o conselho de administração do Grupo Media Capital, agradeço a todos os que connosco percorreram este caminho em 2024. Faço votos para que 2025 seja próspero e para que cada um cumpra os seus desejos e sonhos”, conclui o responsável.

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Caso BES. Passos Coelho vai testemunhar a 15 de janeiro

O ex-primeiro-ministro vai ser testemunha sobre a queda do BES a 15 de janeiro. Passos Coelho era o líder do Executivo quando foi decidida a resolução do banco.

No dia 15 de janeiro, o ex-primeiro ministro, Pedro Passos Coelho, será ouvido pela juíza presidente do coletivo que julga Ricardo Salgado por associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.

Inicialmente, o testemunho do ex-líder do PSD estava marcado para finais de outubro deste ano mas acabou por ser adiado.

Em 2015, a defesa de Salgado sublinhava que o BES “não faliu”. Mas sim, “foi obrigado a desaparecer pelo Banco de Portugal [BdP]. Hoje sabemos que com o apoio do governo de Portugal, liderado pelo Dr. Pedro Passos Coelho.”

“O conselho de administração do Banco de Portugal deliberou aplicar ao Banco Espírito Santo, SA uma medida de resolução. A generalidade da atividade e do património do Banco Espírito Santo é transferida para um banco novo, denominado de Novo Banco, devidamente capitalizado e expurgado de ativos problemáticos”, afirmou Carlos Costa, numa declaração, no dia 3 de agosto de 2014, transmitida em direto pela televisão.

Este que já é o maior processo judicial da história da justiça portuguesa juntou no processo principal 242 inquéritos, (que foram sendo apensados) e reuniu queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro.
Devido à vastidão de crimes, arguidos, assistentes, testemunhas, factos e documentos que integram este caso, o processo informático do BES tem oito terabytes de informação, correspondente a muitos milhares de ficheiros.

Em novembro, mais um crime de Ricardo Salgado prescreveu. Desta vez é o de falsificação de documento.

Segundo despacho do Juízo Central Criminal de Lisboa, julga-se “extinto, por prescrição, o procedimento criminal: quanto ao arguido Ricardo Salgado, pelo crime de falsificação de documento, ocorrida no dia 24.11.2024. Quanto ao arguido Francisco Machado da Cruz, o de falsificação de documento (com início do prazo de prescrição em 28.2.2014), ocorrida no dia 24.11.2024 e quanto ao arguido Amílcar Morais Pires pelo crime de falsificação de documento, com início do prazo de prescrição em 28.2.2014), ocorrida no dia 24.11.2024″, pode ler-se no despacho.

Já em outubro, o Juízo Central Criminal de Lisboa declarou a prescrição de 11 crimes do processo BES/GES, dos quais três eram imputados pelo Ministério Público (MP) ao antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES), Ricardo Salgado. Segundo o despacho assinado pela juíza Helena Susano, o ex-banqueiro viu cair dois crimes de falsificação de documento e um de infidelidade da lista de 65 crimes pelos quais tinha sido acusado pelo MP em 2020.

Em causa estão um crime de falsificação referente a um documento entre o fim de 2013 e o início de 2014 com declaração imputada ao governo da entidade Fonden, outro de falsificação de um contrato entre a sociedade ES Tourism Europe e outra entidade, e um de infidelidade, por uso do BES em dezembro de 2013 em operações com o BES Londres.

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Xerox compra fabricante de impressoras Lexmark por 1,5 mil milhões

A Xerox pretende reforçar o negócio e os serviços de gestão de impressão. A aquisição faz com que a Lexmark volte para as mãos de acionistas dos EUA, após ter sido comprada pela PAG Asia Capital.

A Xerox chegou esta segunda-feira a acordo para a compra da fabricante de impressoras Lexmark International por 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,4 mil milhões de euros) para reforçar o negócio e os serviços de gestão de impressão.

A transação entre as duas multinacionais da indústria gráfica deverá estar concluída no segundo semestre de 2025 – se tiver ‘luz verde’ dos reguladores e dos acionistas da Ninestar – e representa o regresso da Lexmark para as mãos de investidores norte-americanos, depois de em 2016 ter sido adquirida pela chinesa Apex Technology e PAG Asia Capital.

A Xerox vai financiar a operação através de cash flow disponível e financiamento de dívida. O CEO diz que a empresa quer fortalecer o processo de disrupção que tem levado a cabo – por exemplo, tem-se dedicado mais à gestão documental e outros serviços ligados à digitalização empresarial – e estar mais bem preparada “para impulsionar o crescimento sustentável a longo prazo e servir os nossos clientes em todos os mercados”.

Ademais, considera uma oportunidade de evoluir no mercado dos equipamentos a cores A4 e diversificar a distribuição e presença geográfica, incluindo a região Ásia-Pacifico. “A aquisição da Lexmark [reunirá duas empresas líderes do setor com valores partilhados, forças complementares e um profundo compromisso com o avanço da indústria da impressão para criar uma organização mais forte”, referiu Steve Bandrowczak.

Mais parco nas palavras, o presidente e diretor executivo da Lexmark, Allen Waugerman, mencionou apenas a longa história da empresa e o futuro portefólio “mais forte”.

A combinação da Xerox com a Lexmark, cuja sede é em Lexington (estado norte-americano do Kentucky), irá agregar mais de 200 mil clientes em 170 países e produzir em 125 fábricas distribuídas por 16 países. Prevê-se que a transação aumente, no imediato, tanto o lucro por ação (EPS) como o fluxo de caixa (cash flow) e apoie ao cumprimento de um dos objetivos financeiros da estratégia de “Reinvenção” da Xerox: estabilizar a evolução das receitas e do lucro operacional ajustado a dois dígitos.

“Isto será possível através de uma melhor posição competitiva e exposição a segmentos de crescimento mais rápido dentro da impressão. Irá igualmente ser possível realizar a redução de custos em cerca de 200 milhões de dólares, fruto das sinergias identificadas a serem realizadas no prazo de dois anos após o fecho da transação”, detalham os parceiros de longa data.

O rácio de alavancagem da dívida bruta da Xerox diminuirá de 6x a 30 de setembro de 2024 para aproximadamente 5,4x antes das sinergias, enquanto o rácio de alavancagem da dívida bruta deverá ser menos de 3x no médio prazo.

No âmbito deste acordo, o conselho de administração da Xerox cortou o dividendo anual de 1 dólar por ação para 50 cêntimos por ação para dar “maior capacidade incremental para reduzir a dívida, enquanto continua a recompensar os acionistas com um rendimento acima do praticado no mercado”.

A assessorar este negócio esteva a Jefferies, o Citi, o LLC, a Strait Capital Management e os escritórios de advogados Ropes & Gray, Willkie Farr & Gallagher, Dechert e King & Wood Mallesons.

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Daniel Chapo proclamado Presidente de Moçambique com 65,17% dos votos

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

Conselho Constitucional de Moçambique confirmou a vitória de Daniel Chapo na eleição presidencial, com 65,17%. Venâncio Mondlane teve 24,19% dos votos, Ossufo Momade 6,62% e Lutero Simango 4,02%.

O Conselho Constitucional de Moçambique proclamou esta segunda-feira Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frelimo, como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi.

Proclama eleito Presidente da República de Moçambique o cidadão Daniel Francisco Chapo”, anunciou a presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, ao fim de uma hora e meia de leitura do acórdão de proclamação, em que reconheceu irregularidades no processo eleitoral, mas que “não influenciaram” o resultado final.

De acordo com a proclamação feita, Venâncio Mondlane registou 24,19% dos votos, Ossufo Momade 6,62% e Lutero Simango 4,02%. Enquanto decorria a leitura do acórdão de proclamação dos resultados, já manifestantes, apoiantes de Venâncio Mondlane, contestavam na rua, com pneus em chamas.

A proclamação destes resultados pelo CC confirma a vitória de Daniel Chapo, jurista de 47 anos, atual secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), anunciada em 24 de outubro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), mas na altura com 70,67%.

Esse anúncio da CNE desencadeou durante praticamente dois meses violentas manifestações e paralisações, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não os reconhecia, provocando pelo menos 130 mortos em confrontos com a polícia. Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos, extraparlamentar), tinha ficado em segundo lugar, com 20,32%, segundo o anúncio anterior da CNE.

Seguiu-se Ossufo Momade, presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), até agora maior partido da oposição, com 403.591 votos (5,81%), seguido de Lutero Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceiro partido parlamentar), com 223.066 votos (3,21%).

As eleições gerais de 9 de outubro incluíram as sétimas presidenciais – às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite de dois mandatos – em simultâneo com legislativas e para assembleias e governadores provinciais.

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Advogados passam a pagar 288 euros, no mínimo, para terem apoios sociais

O gabinete de Rita Júdice decidiu com base na deliberação do conselho geral da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores de 9 de dezembro de 2024.

O Ministério da Justiça já decidiu o fator de correção para calcular o valor da mensalidade que estas classes profissionais terão de pagar à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS). Segundo o que o ECO/Advocatus apurou, este fator de correção é, assim, de menos 8% para o ano de 2025. Assim sendo, todos os meses, advogados e solicitadores têm de pagar, no mínimo, 288,66 euros (o escalão mais baixo) para ter direito aos apoios sociais e a uma reforma futura.

O gabinete de Rita Júdice decidiu com base na deliberação do conselho geral da CPAS de 9 de dezembro de 2024. A determinação do fator de correção, que é proposto pela direção da CPAS ao CG, é fixada pelos ministérios da Justiça e da Segurança Social, sendo publicado no Diário da República.

Durante a discussão da proposta, alguns conselheiros manifestaram oposição à proposta inicial da direção da CPAS de menos 6%, tendo a direção da CPAS “mantido o seu compromisso de evitar a ausência de um fator de correção, o que representaria um agravamento, de forma repentina, da carga contributiva dos Beneficiários”, segundo comunicado da CPAS, liderada por Vítor Alves Coelho.

“A direção não se demitiu da sua responsabilidade, reafirmando a sua missão de proteger os interesses dos beneficiários e adequando o esforço financeiro exigido a um contexto económico desafiante, e submeteu uma nova proposta de menos 8%. A proposta agora aprovada, com 11 votos a favor e 8 votos contra, estabelece uma medida equilibrada e gradual, que mitiga o impacto do esforço contributivo sem comprometer a sustentabilidade financeira da CPAS”. Assim sendo, os advogados passam a pagar mais 11 euros por mês, no caso do escalão mais baixo (o quinto), para a CPAS.

A Direção da CPAS “lamenta, no entanto, que este possível desfecho não tenha sido ponderado por alguns conselheiros do CG na votação contra o FC menos 8%, apesar das consequências, e mesmo após as explicações da Direção da CPAS. Na verdade, a fixação do FC em menos 8%, que representa um aumento de 2% em relação à proposta inicialmente defendida pela Direção, terá de ser tida em consideração nas medidas a apresentar à Comissão de Avaliação”, explica o mesmo comunicado.

Desde 2018, o fator de correção do Indexante Contributivo (IC) da CPAS tem sido votado, anualmente, pelo Conselho Geral da CPAS. Isto porque o regime que entrou em vigor a 1 de julho de 2015 – que fez aumentar a contribuição a pagar -define (de forma transitória e excecional) a definição anual do fator de correção que define as várias mensalidades dos mais de 37 mil beneficiários. Para que o esforço contributivo dos beneficiários, com a subida do montante dos escalões não fosse imediato e muito significativo.

Assim sendo, quanto mais alto for o fator de correção, menor será o valor a pagar por um advogado ou solicitador. Para o ano de 2019, o IC foi ajustado por um FC de menos 14%. Para o ano de 2020 – e até 2024 – ficou em menos 10%. Com exceção deste 2024, as propostas da direção da CPAS acabaram sempre por ser aprovadas.

Segundo dados de março deste ano, os advogados e solicitadores devem 165 milhões à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), mais 15 milhões do que o valor em março de 2023, que se situava na ordem dos 150 milhões em dívida, relativos a contribuições mensais que um advogado ou solicitador tem de pagar para ter acesso aos benefícios. Esta taxa de incumprimento situa-se à volta dos 21% do total dos beneficiários, que são cerca de 37 mil.

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Stellantis nomeia Ana Gema Ortega diretora da Peugeot para Espanha e Portugal

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

Ana Gema Ortega, que iniciou a sua carreira profissional em 2001 na Renault Retail, vai reportar ao diretor-geral da Iberia da Stellantis, Marco Cane.

A Stellantis nomeou Ana Gema Ortega como diretora da marca Peugeot para Espanha e Portugal, funções que assume a partir de 01 de janeiro de 2025, segundo foi anunciado esta segunda-feira.

Ana Gema Ortega, que iniciou a sua carreira profissional em 2001 na Renault Retail, vai reportar ao diretor-geral da Iberia da Stellantis, Marco Cane.

A responsável tornou-se diretora de frota do Grupo Renault Espanha em 2017 e, desde 2021, era responsável pelas vendas da Dacia em Espanha. A partir do próximo ano, Ana Gema Ortega ficará responsável pela marca Peugeot para Espanha e Portugal.

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Ordem dos Médicos ao lado dos profissionais que desobedecerem a restrições do SNS para estrangeiros

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

Carlos Cortes diz que "não lhe passa pela cabeça, nem por um segundo" que um médico "não preste socorro" por causa "de questões administrativas".

O bastonário da Ordem dos Médicos manifestou esta segunda-feira a sua solidariedade aos profissionais que recusarem limitar o acesso de estrangeiros não residentes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e prometeu dar apoio jurídico a eventuais atos de desobediência.

Em declarações à Lusa, Carlos Cortes afirmou que os médicos devem colocar a vida acima de qualquer questão economicista e lembrou os riscos para a saúde pública caso não sejam tratados setores da população.

Esta segunda, mais de 800 profissionais de saúde disseram que não vão obedecer às alterações à Lei de Bases da Saúde aprovada na generalidade no dia 19 de dezembro, que consideram discriminatórias, e admitem praticar atos de desobediência civil. “Eu já expressei a minha solidariedade para com os princípios invocados no abaixo-assinado”, afirmou Carlos Cortes, considerando que, antes do mais, está em causa “uma questão ética e de deontologia médica” e um “imperativo moral”.

“Perante um doente que necessita de cuidados de saúde, temos que sempre intervir e fazer o nosso melhor para poder tratar esse doente”, independentemente da “sua condição, nacionalidade, raça, etnia ou religião”, afirmou. Por outro lado, a exclusão de imigrantes irregulares do SNS levanta “questões de saúde pública”, porque aumenta o risco de transmissão de doenças, já que uma franja da população está sem tratamento.

“Para poder cuidar da minha saúde, eu tenho que cuidar da saúde de todos e nós vimos isso na pandemia”, exemplificou.

As questões financeiras correspondem a “um aspeto administrativo que tem que ser resolvido na área administrativa”, que pode passar por seguros de saúde ou protocolos entre países, mas “em nenhuma circunstância, nenhuma mesmo, esse aspeto pode interferir com o tratamento do doente e com a prática dos atos médicos são absolutamente necessários”, acrescentou o bastonário.

“Não me passa pela cabeça, um único segundo, que haja um único médico neste país que possa ponderar, por exemplo, que, perante uma pessoa que tem um problema de saúde, por causa de questões administrativas, não preste socorro”, acrescentou Carlos Cortes. A Ordem irá comunicar formalmente a sua oposição “junto de quem de direito” e está disponível a dar apoio jurídico aos clínicos que recusarem cumprir esta decisão do parlamento.

Numa carta aberta, um “total de 840 profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, técnicos de diagnóstico e terapêutica e outros profissionais” consideram que estas alterações condicionam o acesso dos imigrantes em situação irregular, pelo que se comprometem “a continuar a prestar cuidados a todas as pessoas, sem discriminação, considerando que a proteção da saúde da população visada, no âmbito da ética e a deontologia que regem as [suas] profissões, poderá justificar ações de desobediência civil”.

Acusando o Governo de promover desigualdades e dificultar o combate a doenças transmissíveis, os subscritores recordam que, em França, uma medida semelhante não avançou devido à oposição de 3.500 médicos. “Utentes daqui e de outros lados, a nossa porta está aberta para todos. E assim continuará”, prometem.

Para os subscritores, a alteração é discriminatória, viola a constituição e tratados internacionais e “agravará desigualdades, sobrecarregará os serviços de urgência e comprometerá a saúde pública, ao dificultar o acesso a cuidados de saúde em segurança e à prevenção e tratamento de doenças transmissíveis”.

Segundo um levantamento estatístico, “a população não-residente em Portugal que recorre ao SNS é residual”, escrevem os subscritores, recordando que este tipo de medidas noutros países mostra “os impactos negativos a nível de saúde pública, mortalidade e custos económicos”.

Na sexta-feira, foram aprovados projetos de Lei do Chega e do PSD e CDS-PP sobre as condições de acesso de cidadãos estrangeiros não residentes ao SNS. O projeto do Chega altera a Lei de Bases da Saúde de 2019 para limitar o acesso ao SNS a estrangeiros que não residam em Portugal, só lhes permitindo aceder aos cuidados de saúde públicos em casos de emergência ou mediante pagamento.

Também o projeto de lei apresentado por PSD e CDS-PP visa alterar a Lei de Bases da Saúde para travar a “utilização abusiva” do Serviço Nacional de Saúde por estrangeiros não residentes em Portugal, exigindo documentação extra a estes cidadãos.

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PLMJ assessora Castellana Properties na compra do Alegro Sintra

A equipa da PLMJ foi liderada pelo sócio e co-coordenador da área de Imobiliário e Turismo, Ricardo Reigada Pereira.

A PLMJ assessorou a Castellana Properties Socimi, S.A. na compra de 50% do capital social da sociedade Alegro Sintra – Sociedade Imobiliária, S.A., a proprietária do centro comercial Alegro Sintra, à Tiekenveen Golding BV.

A equipa da PLMJ foi liderada pelo sócio e co-coordenador da área de Imobiliário e Turismo, Ricardo Reigada Pereira, que coordenou a aquisição e a estruturação fiscal no negócio e contou com os advogados Leonardo Scolari, Hélder Santos Correia, Sofia Nogueira Leite, Catarina Patrício Cruz e Leonor Urbano Guiomar.

Em setembro deste ano, a PLMJ já tinha assessorado a Castellana Properties na entrada no mercado português, com a aquisição de três centros comerciais à Harbert European Real Estate.

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Governo vai alargar ‘borla’ no IRS a mais profissões de alto valor

Portaria limitou a oito áreas os pedidos a submeter ao Fisco, mas o ministério da Economia vai incluir outras atividades. Lista final estará pronta entre o fim do ano e o início do próximo.

O Governo anunciou que vai alargar a ‘borla’ fiscal a mais atividades de alto valor, depois de um diploma ter encolhido a sua abrangência. Imigrantes ou portugueses há pelo menos cinco anos fora do país vão poder ter uma taxa única de 20% de IRS sobre os seus rendimentos de trabalho dependente ou a recibos verde se regressarem a Portugal para exercerem profissões qualificadas.

Uma portaria, publicada esta segunda-feira, limita o leque de áreas elegíveis pela Autoridade Tributária (AT) a oito, quando, neste momento, são 20. Mantêm-se na lista as profissões de médico e gestor.

Entretanto, o Ministério da Economia indicou ao ECO que vai alargar o incentivo fiscal à investigação científica e inovação (IFICI+), que é o sucessor do regime dos residentes não habituais, a outro conjunto de profissões. A lista final estará concluída entre o final deste ano e o início do próximo. O objetivo é captar mão-de-obra altamente qualificada.

“Em complemento à portaria hoje publicada […] serão divulgadas, nos próximos dias, as listas de profissões qualificadas e atividades económicas reconhecidas pela AICEP e pelo IAPMEI como relevantes para a economia nacional, designadamente na atração de investimento produtivo e redução das assimetrias regionais”, segundo fonte oficial do gabinete do ministro da Economia, Pedro Reis. “Nestas listas, estão contempladas profissões e atividades económicas com uma abrangência acrescida por comparação ao que vem previsto na portaria hoje publicada”, salienta a tutela. Contudo, não revela quais as profissões em causa nem quando serão efetivamente divulgadas.

A portaria publicada esta segunda-feira vem regulamentar uma medida do Executivo anterior, de António Costa, e que consta atualmente do artigo 58.º A do Estatuto dos Benefícios Fiscais. O mecanismo, designado de incentivo fiscal à investigação científica e inovação​​ (IFICI+) é dirigido a imigrantes e portugueses com morada fora do país há pelo menos cinco anos.

A medida já estava prevista no Orçamento do Estado para 2024, mas nunca saiu do papel, porque o Portal das Finanças não permitia que um não residente se pudesse inscrever neste regime de forma automática. Para o mecanismo ser operacionalizado, era precisa ser regulamentado por portaria.

No entanto, o n.º 8 do artigo 58.º A do Estatuto dos Benefícios Fiscais determina que, “até à aprovação da portaria […], consideram-se como profissões altamente qualificadas aquelas que correspondam às atividades previstas na portaria n.º 12/2010, de 7 de janeiro, e consideram-se como empresas industriais e de serviços aquelas cujo código CAE principal corresponda a um dos definidos na portaria n.º 282/2014, de 30 de dezembro”. Esse diploma, entretanto, alterado pela portaria n.º 230/2019, de 23 de julho, contém cerca de 20 áreas de atividade, cujos rendimentos de categoria A e B, isto é, de trabalho dependente e independente, podem ser tributados a uma taxa especial de IRS de 20%.

Mas a nova portaria agora publicada determina que, sob a esfera da AT, está apenas um conjunto de oito profissões qualificadas podem aceder ao IFICI+:

  1. Diretor-geral e gestor executivo, de empresas;
  2. Diretores de serviços administrativos e comerciais;
  3. Diretores de produção e de serviços especializados;
  4. Especialistas das ciências físicas, matemáticas, engenharias e técnicas afins;
  5. Designer de produto industrial ou de equipamento;
  6. Médicos;
  7. Professor dos ensinos universitário e superior;
  8. Especialistas em tecnologias de informação e comunicação (TIC).

Estes trabalhadores têm de possuir um doutoramento ou licenciamento, desde que, neste caso, tenham três anos de experiência profissional devidamente comprovada. Da lista de profissões de alto valor, desaparecem as ligadas às artes do espetáculo, à hotelaria, ao jornalismo, à agricultura, pesca e caça.

Para além disso, e cumulativamente, o diploma define que, para beneficiar do regime, estas profissões devem estar integradas nos seguintes grupos de empresas, que têm de exportar pelo menos 50% do seu volume de negócios:

  1. Indústrias extrativas;
  2. Indústrias transformadoras;
  3. Atividades de informação e comunicação;
  4. Investigação e desenvolvimento das ciências físicas e naturais;
  5. Ensino superior;
  6. Atividades de saúde humana.

Se a empresa em causa for já beneficiária do RFAI – Regime Fiscal de Apoio ao Investimento, está dispensada deste requisito.

“Os sujeitos passivos registados como residentes em território português devem apresentar os seus pedidos de inscrição para efeitos de aplicação do presente regime até 15 de janeiro do ano seguinte àquele em que se tornem residentes nesse território”, de acordo com a portaria. Mas, no primeiro ano da aplicação do diploma, relativo aos rendimentos de 2024, foi criado um regime transitório que permite que os pedidos possam ser realizados até 15 de março de 2025. O benefício dura 10 anos a contar do ano em que o trabalhador passa a ter morada fiscal em Portugal.

Portal das Finanças vai ter plataforma eletrónica para submeter os pedidos

Com a publicação da portaria, o portal das Finanças vai passar a ter uma plataforma eletrónica para submissão dos pedidos para aceder ao IFICI+, segundo fonte governamental. Neste momento, os procedimentos são mais burocráticos e implicam que o contribuinte solicite via ebalcão ou que se dirija a um estabelecimento das finanças.

O Governo desconhece quantos pedidos foram enviados à AT ao longo do ano, e ainda abrigo do regime transitória que abrange 20 profissões de alto valor, mas nota que deverá ser um número reduzido. Em relação a estas situações, fonte do Executivo esclarece que cada pedido será analisado separadamente.

Ou seja, um trabalhador que já solicitou a adesão ao IFICI e que seja elegível no regime transitório, mas que já possa vir a ser excluído pela nova portaria, terá direito a aceder ao incentivo, explica o Governo de Luís Montenegro.

Nem todos os formulários se dirigem à AT. No caso de atividades de docência no ensino superior e investigação científica, os pedidos de inscrição são dirigidos à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT); no caso de postos de trabalho qualificados e membros de órgãos sociais no âmbito dos benefícios contratuais ao investimento produtivo, as solicitações são endereçadas à Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP); no caso de atividades de investigação e desenvolvimento de pessoal cujos custos sejam elegíveis para efeitos do sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial, os pedidos são feitos junto da Agência Nacional de Inovação; e, no caso de postos de trabalho e membros de órgãos sociais em entidades certificadas como startups, os processos devem ser dirigidos à Startup Portugal.

Todas estas entidades devem depois comunicar os pedidos de inscrição à AT até 15 de abril do ano seguinte a que diz respeito os rendimentos. E o Fisco “disponibiliza aos sujeitos passivos a informação sobre a situação da respetiva inscrição até 30 de abril”, de acordo com a portaria.

O diploma, assinado pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, pelo ministro da Educação, Fernando Alexandre, e pelo ministro da Economia, Pedro Reis, produz efeitos a 1 de janeiro de 2024.

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CUF notifica Concorrência do controlo exclusivo de negócio de lares de idosos

A empresa SPSI, na qual a CUF tem uma participação de 70%, gere lares de idosos premium. A seguradora Ageas tinha entrado na estrutura acionista da sociedade em 2019.

A CUF notificou esta segunda-feira a Autoridade da Concorrência (AdC) do controlo exclusivo da S.P.S.I. – Sociedade Portuguesa de Serviços e Apoio a Idosos, empresa que gere lares de idosos e na qual tem uma participação de 70%.

A seguradora Ageas Portugal tinha entrado na estrutura acionista da SPSI em 2019, quando adquiriu uma participação de 30% na empresa também participada pela José de Mello. Na altura, Bruxelas aprovou o negócio por concluir que não suscitaria preocupações em matéria de concorrência, devido ao seu impacto limitado no mercado.

Agora, a dona dos hospitais privados CUF pretende obter o controlo exclusivo da empresa. A concentração será realizada através da CUF – Gestão de Clientes e de Serviços de Saúde (CUF GCSS), subsidiária do grupo CUF, segundo detalha a AdC.

 

A SPSI é uma sociedade que presta serviços de alojamento a idosos na Área Metropolitana de Lisboa, através da marca “Domus Vida”. Trata-se de lares premium em que os idosos estão em apartamentos T1 ou T2 em condomínios privados com as típicas comodidades destas residências para os mais velhos (zona de confraternização comum, capela, cabeleireiro…).

“A esta infraestrutura estão associados um conjunto de serviços que podem ser usados pelos moradores, contribuindo para o seu bem-estar e segurança e libertando-os de preocupações com a gestão da vida diária: refeições, limpeza, lavandaria e engomadoria”, esclarece a Domus Vida.

Envolvida no mercado das residências sénior desde 2003-2004, com a abertura do primeiro edifício da Domus Vida em Lisboa, a SPSI tem cerca de 200 colaboradores e uma faturação de 8,4 milhões e euros (2023), de acordo com os dados de consultoras especializadas consultados pelo ECO.

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