Quais os setores digitais que têm o maior crescimento em Portugal no início de 2025?

  • Conteúdo Patrocinado
  • 2 Maio 2025

Portugal é um dos principais pólos de inovação digital na Europa, com vários setores a apresentarem um crescimento acentuado no início de 2025.

A convergência entre tecnologia avançada, regulamentação favorável e maior acesso à Internet da população abriu portas para muitos setores no país. Plataformas online e novas indústrias revitalizaram a economia e mostraram seu potencial em números esse ano.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, o número de portugueses com acesso regular à Internet ultrapassou os 85% no início de 2024, um fator essencial para o crescimento de praticamente todos os mercados online. Um deles é o setor de iGaming, que abraçou os avanços tecnológicos para oferecer uma experiência interativa para os utilizadores.

Em plataformas como a Fast Slots é possível encontrar gráficos de excelente qualidade, sistemas de pagamento seguros e uma variedade de jogos que explicam as receitas do setor de jogos em Portugal. De acordo com dados do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ), no terceiro trimestre de 2024, as receitas brutas do jogo online atingiram 266,3 milhões de euros.

Outro setor que demonstrou o seu valor foi o comércio eletrónico. O número de lojas virtuais tem aumentado, assim como a preferência dos consumidores por compras online. Diversas empresas nacionais e internacionais têm investido em plataformas de e-commerce localizadas para o mercado português, reforçando as opções disponíveis a quem valoriza praticidade e variedade de produtos.

Em simultâneo, as melhorias nos sistemas de pagamento online e a maior confiança nas transações digitais sustentam esse crescimento da procura. Essa tendência não se limita apenas a bens de consumo; serviços de subscrição mensais, como streaming de filmes, música e séries, também beneficiam da adesão ao digital.

O segmento das fintech, por sua vez, também se encontra em ascensão. Startups e empresas consolidadas têm desenvolvido soluções que simplificam pagamentos, transferências e gestão de finanças pessoais, contribuindo para uma integração cada vez maior de sistemas bancários tradicionais com plataformas modernas de serviços financeiros.

Essa dinâmica é reforçada pelo apoio de programas de incubação, como a Rede Nacional de Incubadoras e Aceleradoras que integra mais de 150 entidades distribuídas por todo o país e aceleração de empresas tecnológicas. Um fenómeno especialmente notório em cidades como Lisboa e Porto, que têm atraído investimentos estrangeiros e favorecido a criação de novos empregos qualificados. Empresas estrangeiras são responsáveis por 25% da investigação e desenvolvimento no país.

Na Área Metropolitana do Porto, o investimento direto estrangeiro criou quase seis mil empregos em 2023, o dobro em relação a 2022, com um investimento de cerca de 1.020 milhões de euros.

A procura por soluções digitais inovadoras também influencia setores como a educação online e a saúde digital, com plataformas que conectam profissionais de saúde a pacientes, bem como cursos à distância que vêm a ganhar relevância após mudanças nos padrões de aprendizagem. Essa pluralidade de segmentos a prosperar reforça a posição de Portugal enquanto referência na adoção de novas tecnologias, beneficiando da elevada qualidade de vida no país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Liberdade de imprensa em situação crítica devido à pressão económica

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

Relatório aponta o dedo à concentração da propriedade das empresas de comunicação social, à pressão dos anunciantes e financiadores, e à "ajuda pública restrita, ausente ou alocada de forma opaca".

A liberdade mundial de imprensa está numa situação crítica, com o indicador económico sob pressão e no nível mais baixo da sua história, alertou hoje a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF)

No relatório anual, a RSF indicou que o Índice de Liberdade de Imprensa atingiu, em 2024, um nível crítico sem precedentes e alerta que o declínio continua em 2025, pelo que o estado global da liberdade de imprensa é agora classificado como “situação difícil”.

De acordo com a RSF, grande parte da situação deve-se “à concentração da propriedade [das empresas de comunicação social], à pressão dos anunciantes e financiadores e à ajuda pública restrita, ausente ou alocada de forma opaca”.

Segundo dados recolhidos pela RSF, em 160 dos 180 países avaliados (88,9%), os meios de comunicação social só alcançam resultados financeiros estáveis “com dificuldade” e muitos nem sequer os conseguem.

“Pior ainda, os meios de comunicação social estão a fechar devido a dificuldades económicas em quase um terço dos países de todo o mundo”, como é o caso dos Estados Unidos, da Tunísia ou da Argentina, segundo a análise.

Os dados medidos pelo indicador económico mostram “claramente que os meios de comunicação social estão divididos entre preservar a sua independência editorial e garantir a sua sobrevivência económica”, lamentaram os RSF.

“Quando os meios de comunicação social enfrentam dificuldades financeiras, entram numa corrida para atrair audiências em detrimento de reportagens de qualidade e pode ser vítimas de oligarcas e autoridades públicas que procuram explorá-los”, acrescentou a organização.

A diretora editorial da RSF, Anne Bocande, citada no relatório, apontou que “quando os jornalistas estão empobrecidos, não têm meios para resistir aos inimigos da imprensa, os que defendem a desinformação e a propaganda”.

Segundo o relatório, em 34 países verificaram-se encerramentos em massa dos seus meios de comunicação, o que levou ao exílio de muitos jornalistas.

Isto aconteceu sobretudo na Nicarágua, na Bielorrússia, no Irão, em Myanmar, no Sudão, no Azerbaijão e no Afeganistão, onde as dificuldades económicas agravam os efeitos da pressão política.

Nos Estados Unidos, onde o indicador económico tem vindo a descer nos últimos dois anos, vastas regiões estão a transformar-se em desertos noticiosos.

Apesar de ter começado apenas em janeiro, o segundo mandato do Presidente norte-americano, Donald Trump, já intensificou esta tendência, com falsas previsões económicas que são utilizadas para colocar a imprensa sob pressão.

O fim abrupto do financiamento da Agência dos Estados Unidos para os Media Globais (USAGM), que afetou várias redações — incluindo a Voice of América e a Rádio Europa Livre/Rádio Liberdade — levou mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo a ficarem subitamente privadas de acesso a informação fidedigna.

Da mesma forma, o congelamento do financiamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) interrompeu a cooperação internacional dos EUA, lançando centenas de meios de comunicação num estado crítico de instabilidade económica e obrigando alguns a fechar — sobretudo na Ucrânia.

Estes graves cortes no financiamento constituem um golpe adicional numa economia já enfraquecida pelo domínio que gigantes tecnológicos como a Google, a Apple, o Facebook, a Amazon e a Microsoft têm sobre a divulgação de informação.

Estas plataformas, em grande parte não regulamentadas, estão a absorver uma fatia cada vez maior das receitas publicitárias que normalmente apoiariam o jornalismo.

O gasto total com publicidade nas redes sociais atingiu os 247,3 mil milhões de dólares (cerca de 217 mil milhões de euros) no ano passado, um aumento de 14% em relação a 2023.

Além da perda de receitas publicitárias, que limitou severamente a economia dos media, a concentração da propriedade dos meios de comunicação social é outro fator-chave na deterioração do indicador económico do Índice de Liberdade de Imprensa e representa uma séria ameaça à pluralidade dos media.

O índice mostra que, em 46 países, a propriedade dos meios de comunicação está altamente concentrada e, em alguns casos, é totalmente controlada pelo Estado.

Isto é evidente sobretudo na Rússia, onde a imprensa é dominada pelo Estado ou por oligarcas ligados ao Kremlin, e na Hungria, onde o Governo controla os meios de comunicação através da distribuição desigual de publicidade estatal, referiu a RSF.

Também é evidente nos países onde as leis de “influência estrangeira” são utilizadas para reprimir o jornalismo independente, como a Geórgia, a Tunísia, o Peru e Hong Kong.

Mesmo em países com classificações elevadas de liberdade de imprensa, como a Austrália, o Canadá, a República Checa ou a França, a concentração dos media é motivo de preocupação, porque suscita preocupações sobre a independência das redações.

Em mais de metade dos países e territórios avaliados pelo Índice (92 em 180), a maioria dos entrevistados referiram que os proprietários dos meios de comunicação social limitavam “sempre” ou “frequentemente” a produção editorial.

No Líbano, Índia, Arménia e Bulgária, muitos media devem a sua sobrevivência ao financiamento por indivíduos próximos do mundo político ou empresarial e, em 21 países, incluindo Ruanda, Emirados Árabes Unidos e Vietname, a maioria dos inquiridos disseram que os proprietários dos meios de comunicação sempre interferiram na parte editorial das publicações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: apagão, Spinumviva e concorrência

  • ECO
  • 2 Maio 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As redes de comunicação móvel foram alimentadas por baterias e geradores durante o apagão de segunda-feira, tendo corrido o risco de colapso total. A fuga de informação acerca da recente declaração entregue por Luís Montenegro à Entidade para a Transparência pode configurar crime. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Apagão: telecomunicações estiveram a poucas horas do colapso total

As antenas e redes de comunicação móvel estiveram dependentes da energia fornecida por geradores e baterias durante quase dez horas e, no momento em que a energia voltou, grande parte delas não aguentaria muito mais horas em funcionamento. No setor das telecomunicações, há a convicção de que 24 horas sem energia poderia encaminhar o país para um colapso total das comunicações. Na manhã de terça-feira, 98% da rede móvel já estava resposta, mas chegou a temer-se o pior nos gabinetes de crise dos três principais operadores, Meo, NOS e Vodafone, que ativaram de imediato os planos de contingência.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Fuga de informação sobre Montenegro pode ser crime

A divulgação de informações que constam da declaração de Luís Montenegro enviada à Entidade para a Transparência (EpT), quando ainda não validada e publicamente disponibilizada na plataforma da entidade, pode configurar a prática de um crime, segundo o penalista Paulo Saragoça da Matta. “A informação é sigilosa porque é informação entregue ao abrigo de uma determinada regra e que tem um determinado formalismo até ser tornada pública”, explicou, embora tenha considerado que não se aplica a questão de sigilo profissional nas informações sobre os clientes da Spinumviva agora divulgados pelo primeiro-ministro. Como os dados que são fornecidos à EpT pelos titulares de cargos políticos, independentemente da fase de tratamento em que se encontrem, Paulo Saragoça da Matta aponta que podem ser consultados apenas após a apresentação de uma fundamentação para esse pedido, pelo que “a informação que consta da EpT não é — por definição e na sua totalidade — pública”.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Autoridade da Concorrência “trabalha a favor das empresas”

O presidente da Autoridade da Concorrência, Nuno Cunha Rodrigues, sublinha que a AdC “não está contra as empresas”. “Nós estamos a trabalhar a favor das empresas, que também atuam como consumidores intermédios. Não pensamos apenas nos consumidores finais, também nos preocupamos com os intermédios, que têm os seus fornecedores”, diz o líder da entidade. A saúde, o retalho alimentar, as telecomunicações, os transportes e os combustíveis, ou seja, “tudo aquilo que afeta o dia-a-dia das famílias”, são os setores que mais preocupam Nuno Cunha Rodrigues. “Queremos que exista um ambiente competitivo e concorrencial, onde elas possam atuar e desenvolver-se. Queremos que as empresas concorram pelo mérito. E, para isso, temos de ter mercados competitivos para que a economia floresça e os consumidores sejam beneficiados”, realçou.

Leia a entrevista completa no Jornal Económico (acesso pago)

Teixeira Duarte espera “fazer 20% da obra da alta velocidade”

O presidente da Teixeira Duarte tem a “expectativa de fazer cerca de 20% da obra” do primeiro troço da alta velocidade, cujo contrato foi ganho pelo consórcio Lusolav, do qual a construtora faz parte. “O nosso maior contributo é no desenvolvimento do projeto e na produção. Estamos muito centrados na área de engenharia – é o nosso ADN”, afirmou Manuel Maria Teixeira Duarte. O projeto “representa 26% da carteira” de encomendas na construção – cerca de 400 milhões de euros – da Teixeira Duarte, o que, segundo o empresário, “ilustra o seu peso operacional”. “Este contrato reforça a nossa posição no setor das grandes infraestruturas e projeta-nos para futuras fases da rede ferroviária de alta velocidade. Adicionalmente, ao trazer previsibilidade à atividade permite investir em equipamento que irá melhorar a nossa competitividade”, assinalou.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Presidente da agência anticorrupção aluga carro reservado a ministros

O presidente do Mecanismo Nacional Anti-Corrupção (Menac), o juiz jubilado Pires da Graça, trocou o velho Mercedes em que se deslocava por um veículo de categoria reservada a ministros, numa altura em que faltam poucos meses para cessar funções antecipadamente. O concurso público que previa a troca de automóvel foi lançado em abril e prevê que a agência nacional anticorrupção despenda até 1.283 euros mensais no aluguer da viatura, que deverá ficar durante 18 meses ao serviço do atual e dos futuros dirigentes desta entidade independente, implicando uma despesa até 23 mil euros — uma categoria de veículos que se equipara à de ministro, sendo apenas superada pelos carros usados pelo Presidente da República ou o primeiro-ministro. Para um secretário de Estado, por exemplo, a lei só lhe permite alugar veículos oficiais de representação que custem até 1.100 euros mensais.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministério da Saúde ordena auditoria a morte possivelmente associada ao corte de energia

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

Uma mulher que estava ventilada em casa morreu no dia do apagão, com a família a alegar que a morte se deveu à falta de energia. Ministra pede auditoria à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde.

O Ministério da Saúde ordenou uma averiguação das circunstâncias da morte de uma mulher septuagenária que estava ventilada e que terá morrido, alegadamente, em consequência do apagão de segunda-feira.

O caso da mulher de 77 anos foi avançado pela RTP. Na reportagem emitida no canal público, a família relatou que a mulher, que estava ventilada em casa, morreu no dia do apagão, alegando que a morte deveu-se à falta de energia.

“Tendo tido o Ministério da Saúde conhecimento, esta quinta-feira, dia 01 de maio, de uma eventual vítima causada pelo corte de energia no passado dia 28 de abril, a ministra da Saúde decidiu pedir uma auditoria à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para o esclarecimento cabal deste caso”, referiu o ministério, numa breve nota enviada às redações.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha. Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tarifas. China está a avaliar proposta de negociação dos Estados Unidos

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

Pequim reconhece pela primeira vez contactos com os Estados Unidos sobre as tarifas, mas avisa Washington que precisa de "corrigir as suas más práticas" antes de poder iniciar negociações.

A China anunciou esta sexta-feira que está a avaliar uma proposta apresentada pelos Estados Unidos para iniciar negociações sobre as tarifas impostas pelos dois países aos seus produtos.

Desde que o Presidente norte-americano Donald Trump iniciou a guerra comercial, no início de abril, os Estados Unidos impuseram tarifas de 145% sobre os produtos chineses, e o gigante asiático respondeu com taxas de até 125% sobre as importações norte-americanas.

“Os Estados Unidos tomaram recentemente a iniciativa, em diversas ocasiões, de transmitir informações à China (…), afirmando que [esperam] discutir com a China”, disse o Ministério do Comércio chinês, em Pequim.

Num comunicado, o ministério acrescentou que “a China [está] atualmente a avaliar isso”.

Há semanas que Trump vinha a insistir que os Estados Unidos estavam em conversações diretas com a China para resolver a guerra tarifária e disse até que falou com o líder chinês Xi Jinping sobre o assunto, algo que Pequim negou completamente.

Esta foi a primeira vez que a China reconheceu publicamente a existência de contactos sobre os Estados Unidos sobre as tarifas.

No entanto, Pequim avisou Washington que o país precisa de “corrigir as suas más práticas” antes de poder iniciar negociações sobre a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

“Se os Estados Unidos quiserem conversar, devem mostrar a sua sinceridade ao fazê-lo, estar dispostos a corrigir as suas práticas erradas e cancelar tarifas unilaterais, e tomar medidas”, afirmou o Ministério do Comércio chinês.

“Espero que cheguemos a um acordo com a China. Estamos a falar”, disse Donald Trump, na quarta-feira, durante uma reunião com o seu gabinete na Casa Branca para assinalar os primeiros 100 dias do segundo mandato.

O republicano afirmou que a China está a ser “duramente atingida” pelas tarifas impostas às importações chinesas, mas acrescentou não querer que o gigante asiático sofra.

O líder norte-americano considerou que a China “está em muito má forma neste momento”, mas observou não querer “que isso aconteça” ao país por “gostar muito do Presidente Xi Jinping”.

“Fico muito triste, mas a China está a ser duramente atingida”, acrescentou Trump, que afirmou que os grandes navios de carga com destino ao gigante asiático estão a dar meia volta para não descarregarem ali.

Japão fala de “discussões construtivas” sobre tarifas em Washington

Por outro lado, o negociador-chefe do Japão para um eventual acordo comercial com os Estados Unidos, Ryosei Akazawa, disse ter tido “discussões francas e construtivas” com o Governo do Presidente Donald Trump, em Washington. “Conseguimos progredir em discussões concretas sobre o desenvolvimento do comércio bilateral, medidas não tarifárias e cooperação económica e de segurança”, disse Akazawa aos jornalistas.

O também ministro para a Revitalização Económica japonês falou com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, com quem já se tinha reunido em meados de abril, juntamente com Trump.

No início de abril, o Presidente norte-americano anunciou a imposição de uma taxa de direitos aduaneiros para todas as importações vindas do Japão de 24%, temporariamente reduzida para 10%. À semelhança de outros países, o Japão também enfrenta uma taxa de 25% sobre as remessas de automóveis, aço e alumínio.

Uma nova ronda de “negociações ministeriais intensivas” está planeada para começar em meados de maio, disse Akazawa, que espera concluir um “acordo abrangente” que abranja todas as questões em junho.

“Ainda não chegámos ao ponto em que possamos encontrar um ponto em comum”, disse hoje o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba, ao saudar as discussões como “positivas e construtivas”.

A imprensa nipónica tem avançado que, como moeda de troca para o levantamento das tarifas, Tóquio poderia comprar mais milho e soja aos EUA e flexibilizar as suas normas de segurança automóvel, abrindo as estradas aos automóveis norte-americanos.

Sem confirmar essas possibilidades, Akazawa sublinhou que o Governo japonês não tem “qualquer intenção de negociar de uma forma que prejudique o interesse nacional” e assegurou que as relações comerciais entre o Japão e a China não foi discutida.

Pequim alertou recentemente os países que estão a tentar apaziguar os Estados Unidos contra qualquer acordo comercial que comprometa os interesses chineses. “Temos relações comerciais muito fortes com a China”, bem como com os Estados Unidos, “e continuaremos a acompanhar o desenvolvimento das relações sino-americanas com grande interesse”, comentou Akazawa.

Apesar de Trump mencionar frequentemente o custo do apoio militar dos EUA ao Japão, o ministro disse que as negociações não abordaram questões de segurança nem o valor da moeda japonesa. O Presidente dos Estados Unidos tem acusado Tóquio de tirar partido indevido de um iene enfraquecido para impulsionar as exportações.

Após previsões pessimistas do banco central do Japão, a moeda nipónica caiu nas últimas horas, aproximando-se dos 146 ienes por dólar, mas mantendo-se mais forte do que em janeiro.

Também hoje, o ministro das Finanças japonês, Katsunobu Kato, disse à emissora TV Tokyo que, na ausência de progressos, as participações do Japão em títulos do Tesouro dos Estados Unidos — cujo valor não é divulgado — podem constituir “um ativo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O dia em direto nos mercados e na economia – 2 de maio

  • ECO
  • 2 Maio 2025

Ao longo desta sexta-feira, 2 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 2 Maio 2025

Quanto cresceu a economia portuguesa no início do ano? E qual o ritmo da inflação em março? São perguntas que vão ter resposta esta sexta-feira.

Numa semana marcada por uma falha histórica no abastecimento de eletricidade em Portugal e Espanha, o Instituto Nacional de Estatística (INE) publica hoje a estimativa rápida do crescimento económico no primeiro trimestre e da inflação em março. Enquanto isso, o Banco de Portugal atualiza dados da dívida pública.

Quanto cresce a economia?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta sexta-feira a estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais relativa ao primeiro trimestre de 2025. De acordo com os últimos dados divulgados pelo gabinete de estatística, a economia portuguesa cresceu 1,9% em 2024, influenciada sobretudo pelo consumo. A divulgação destes dados foi adiada para hoje por causa do ‘apagão’ que se registou na segunda-feira e impediu a conclusão dos trabalhos, explicou o instituto.

Como evoluiu a inflação em abril?

O INE vai ainda revelar a estimativa rápida da evolução do Índice de Preços no Consumidor em abril. Em março, a taxa homóloga de inflação foi de 1,9%, menos 0,5 pontos percentuais face a fevereiro. Quanto à inflação subjacente, que retira da equação os produtos energéticos e os produtos alimentares não transformados, a variação homóloga no terceiro mês de 2025 foi também de 1,9%, contra 2,5% em fevereiro.

Banco de Portugal atualiza dívida pública

O Banco de Portugal publica esta sexta-feira a nota de informação estatística sobre a dívida pública registada em março. Em fevereiro, a dívida das administrações públicas subiu pelo terceiro mês seguido, tendo atingido os 277,2 mil milhões de euros, o valor mais alto desde setembro de 2023. O supervisor financeiro revelou que endividamento das Administrações Públicas deu um salto de 2,9 mil milhões de euros em fevereiro. A evolução deveu-se sobretudo ao acréscimo dos títulos de dívida (2,5 mil milhões de euros) e dos Certificados de Aforro (600 milhões de euros).

Desemprego recua na Zona Euro?

O órgão de estatística europeu divulga esta sexta-feira dados do desemprego na Zona Euro e da União Europeia (UE) relativos a março. Em fevereiro, a taxa de desemprego da UE foi de 5,7% em fevereiro de 2025, também abaixo dos 5,8% em janeiro de 2025 e dos 6,1% em fevereiro de 2024. O Eurostat estimou que 12,6 milhões de pessoas na UE, das quais 10,6 pertencem à Zona Euro, estavam desempregadas em fevereiro.

INE analisa setor do comércio

Por fim, o INE divulgará também o Índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas no Comércio relativo a março. Em fevereiro, o comércio registou um crescimento homólogo de 5,8%, uma aceleração de 0,3 pontos percentuais (p.p.) em comparação com o mês anterior. As vendas no comércio a retalho cresceram 5%, enquanto os índices de emprego e de remunerações apresentaram crescimentos homólogos de 1,2% e 5,7%, respetivamente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ações da Telefónica sobem mais de 12% após os primeiros 100 dias de Murtra como presidente

  • Servimedia
  • 2 Maio 2025

As ações da Telefónica subiram mais de 12% desde que Marc Murtra assumiu a presidência em janeiro.

Após cem dias de mandato, com uma agenda intensa para conhecer a empresa em primeira mão, Murtra promoveu uma reflexão estratégica que, embora deva ser anunciada no segundo semestre do ano, já adiantou na Assembleia Geral de Acionistas de 10 de abril que seria ambiciosa e na qual a Europa seria a principal prioridade.

Os primeiros 100 dias de Murtra foram bem recebidos pelos investidores, tendo as ações da Telefónica subido nas últimas semanas num ambiente de mercado volátil devido ao contexto geopolítico internacional. As ações estão atualmente a ser negociadas a cerca de 4,5 euros, contra cerca de 4 euros na sessão anterior à sua nomeação.

Murtra viu também a sua gestão ser apoiada pelos analistas. De acordo com o consenso de mercado divulgado pela Bloomberg, 83% dos analistas que seguem a empresa recomendam a compra ou a manutenção da ação, descrevendo-a como uma ação sólida e estável num ambiente global de incerteza.

Por sua vez, a Morgan Stanley, num relatório recente, destacou a Telefónica como uma das ações europeias mais bem posicionadas no atual contexto de mercado, sublinhando o seu baixo risco geopolítico e a sua capacidade de gerar valor através de possíveis operações empresariais, redução de investimentos e crescimento ligado à inteligência artificial. Destacaram também o elevado rendimento dos dividendos da empresa.

A Telefónica acelerou a sua estratégia de desinvestimento na América Latina com a venda das suas filiais na Argentina, a primeira grande operação sob a liderança de Murtra, na Colômbia e no Peru. Estes movimentos fazem parte da estratégia avançada pelo próprio Marc Murtra de se concentrar em mercados-chave como Espanha, Alemanha e Reino Unido e do seu objetivo de reduzir a exposição na região, um objetivo já expresso pela Telefónica em 2019. Desde então, a empresa reduziu o capital investido na região em 44%.

No entanto, Murtra defendeu nestes primeiros 100 dias que o Brasil continuará a ser um mercado central para a Telefónica e que a empresa manterá a sua liderança no país. A Vivo fechou 2024 com uma quota de mercado móvel de 38,8%, 43,1% em contrato e 17,6% em FTTH.

Para liderar a nova fase que Telefónica enfrenta, na qual, segundo o próprio Murtra, a solidez financeira será uma marca da companhia, o presidente da empresa de telecomunicações promoveu uma profunda transformação da Comissão Executiva.

Emilio Gayo, com uma extensa trajetória na empresa e um perfeito conhecimento do negócio das telecomunicações, é o novo CEO; Borja Ochoa é o novo Presidente Executivo da Telefónica España; Sofía Collado é a nova CEO da Telefónica Tech; Sebas Muriel é o novo Diretor de Digital da Telefónica e Álvaro Echevarría é o novo Diretor do Gabinete do Presidente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Stratesys ‘pisca o olho’ português à Adidas, Bosch e Siemens

Multinacional desenvolve projetos a partir de Portugal para mais de 100 clientes da Argentina, Brasil, México e Espanha. Com escritórios em dez países, emprega 1.900 pessoas e fatura 130 milhões.

Presente em Portugal desde 2010, a multinacional Stratesys quer começar a prestar serviços a partir de território nacional para grandes empresa da Alemanha e Reino Unido dentro de dois a três anos. Tem na mira clientes como Adidas, Bosch, Siemens, Deutsche Bank, entre outros. A espanhola já tem escritório nestes dois países.

O diretor e partner da tecnológica Stratesys explica ao ECO que “nestes dois mercados já existe alguma apetência para trabalhar com equipas em modelo nearshore, ou seja, contratarem empresas que prestem serviços a partir de outros países”. Business Technology Platform (SAP BTP) e gestão de analítica de dados são as áreas que a Stratesys pretende explorar a partir de Portugal para estes dois mercados.

“Estamos a pensar em multinacionais presentes em vários países e com presença especificamente nos países onde temos escritórios, porque assim vamos conseguir diferenciar-nos”, adianta Tiago Lopes Duarte, diretor e partner da tecnológica Stratesys.

A tecnológica faturou o ano passado cinco milhões de euros no país, mais 1,5 milhões que no ano anterior. A multinacional emprega 100 pessoas em território nacional, mas prevê chegar aos 130 profissionais até ao final do ano. A nível global, a espanhola está presente em dez países, emprega 1.900 pessoas e fechou o ano com um volume de negócios de 130 milhões de euros. Já executou mais de 5.000 projetos em 60 países.

“O ano passado crescemos cerca de 30% em Portugal, ultrapassamos os 1,5 milhões de euros, sendo que a este valor isto acresce 3,5 milhões de euros de serviços para o estrangeiro a partir de Portugal”, explica ao ECO Tiago Lopes Duarte, diretor e partner da Stratesys.

Tiago Lopes Duarte, diretor e partner da Stratesys

A tecnológica espanhola entrou em Portugal em 2010 para trabalhar exclusivamente com a EDP. Sete anos depois depois lançou um plano de crescimento em território nacional. “Foi uma estratégia de crescimento no mercado local, ou seja, a partir de Portugal fazermos projetos não só com clientes portugueses, mas também para várias geográficas”, explica Tiago Lopes Duarte, que integra a equipa da Stratesys desde 2010.

A partir de Portugal, mais concretamente de Lisboa, a tecnológica de origem espanhola trabalha com 25 empresas portuguesas, mas desenvolve projetos para mais de 100 clientes da Argentina, Brasil, México e Espanha.

Em Portugal, a Stratesys tem clientes como o Grupo JAP, Logoplaste, Sumol-Compal, Convatec, MC Sone e Sonae Sierra, Delta Cafés, entre outras.

Fundada em Espanha em 2008, além de Portugal e Espanha, tem escritórios no Reino Unido, Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia e Países Baixos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estado arrecada mais 15% com taxas e multas. Rendem 1.170 milhões até março

Cobrança de taxas pela AIMA, ANACOM, Fundo Sanitário e de Segurança Alimentar Mais e autarquias contribuiu para subida de 15% da receita do Estado com taxas, multas e outras penalidades.

As taxas, multas e outras penalidades já renderam aos cofres do Estado 1.170,6 milhões de euros no primeiro trimestre, um aumento de 15,1% face a igual período do ano passado. Entre estas incluem-se as taxas cobradas pela Agência para a Integração,
Migrações e Asilo (AIMA) e pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM).

De acordo com os dados publicados na quarta-feira pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), a contribuir para o aumento da receita arrecadada esteve a cobrança de taxas pela AIMA, na sequência da “continuação da regularização de processos de manifestações de interesse”, bem como pelo Fundo Sanitário e de Segurança Alimentar Mais, “que assegurou a cobrança de Taxa de Segurança Alimentar Mais em atraso por parte de um operador económico“.

A estas juntam-se as taxas específicas cobradas pelas autarquias e as cobradas pela ANACOM “por conta de taxas de regulação, que normalmente ocorre no final do ano”.

“Tendo em consideração a declaração de inconstitucionalidade com força obrigatória geral, a ANACOM foi impedida de faturar aos operadores de comunicações eletrónicas as taxas de regulação (…) que era normalmente recebida em dezembro. No entanto, foi efetuado um pagamento por conta pelos operadores de comunicações eletrónicas em fevereiro de 2025, no âmbito da contribuição financeira”, bom base nos elementos essenciais da contribuição devida pelas empresas de redes e serviços de comunicações eletrónicas, explica a DGO.

Em sentido contrário, registou-se uma redução de receita de portagens pela sua eliminação nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior, de antigas autoestradas sem custos para o utilizador (SCUT) e em vias sem alternativas de qualidade e segurança.

Cobrança de taxas pela AIMA, ANACOM, Fundo Sanitário e de Segurança Alimentar Mais e autarquias contribuiu para subida de 15% da receita do Estado com taxas, multas e outras penalidades.

Além do aumento da receita arrecadada com taxas, multas e outras penalidades, assinala-se ainda o crescimento de 16,1% das transferências, contribuindo para uma subida de 5,9% da receita não fiscal e não contributiva do Estado.

Ainda assim, a principal contribuição para a melhoria das contas públicas no primeiro trimestre face a igual período do ano passado chegou através da receita fiscal, que subiu 12,5% para 1.3562,6 milhões de euros. Nos impostos diretos, o IRS rendeu 4.620,6 milhões de euros aos cofres públicos, mais 4,8% do que no primeiro trimestre de 2024, e o IRC 405 milhões de euros, mais 22,7% na comparação homóloga.

Nos impostos indiretos, cujo crescimento da receita representou 81% do aumento da receita fiscal, o IVA garantiu ao Estado 6.316,8 milhões de euros, mais 18,2% do que em igual período do ano passado, “motivado em grande parte pela diminuição significativa dos reembolsos”, enquanto a receita com o ISP subiu 13,6%, para 907,8 milhões de euros.

receita contributiva cresceu 8,2%, fundamentalmente devido à evolução das contribuições para a Segurança Social (9%).

Assim, o Estado registou um excedente orçamental de 1.592,3 milhões de euros até março, em contabilidade pública, contrariando o défice registado em igual período do ano passado. A melhoria do saldo em 1.715,8 milhões de euros resultou sobretudo de um crescimento da receita (9,6%) superior ao da despesa (2,9%).

Os dados divulgados na quarta-feira pela DGO são na ótica de compromissos, distinta do saldo em contabilidade nacional, apurado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e utilizado nas comparações internacionais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS rejeita responsabilidade na divulgação da nova lista de clientes da Spinumviva

  • Lusa
  • 1 Maio 2025

O PS rejeitou responsabilidades na divulgação da nova lista de clientes da Spinumviva, empresa fundada e do universo familiar de Montenegro, após um deputado do partido ter admitido que a consultou.

O PS rejeitou responsabilidades na divulgação da nova lista de clientes da Spinumviva, empresa fundada e para a qual trabalhou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, depois de um deputado do partido ter admitido que a consultou. “O deputado [do PS, Pedro Delgado Alves] já disse que não divulgou. Consultou“, afirmou o porta-voz do PS, Marcos Perestrelo, em declarações à imprensa, sublinhando que o partido “apenas pode dizer que não divulgou”.

Marcos Perestrelo referiu que do ponto de vista do PS esse não é “um facto essencial” e acusou o primeiro-ministro e líder do PSD e também este partido de “um padrão de opacidade e falta de transparência”. O importante é que “a informação foi entregue um ano depois do que devia ter sido entregue e com a preocupação — ficámos hoje a saber – de só vir a ser conhecida depois das eleições”, afirmou.

Numa nova declaração submetida no portal da transparência dos titulares de cargos políticos, Luís Montenegro acrescentou sete novas empresas para as quais trabalhou na empresa fundada pelo próprio e que passou recentemente para os seus filhos.

Essa informação foi conhecida pouco antes do debate com o líder do PS, Pedro Nuno Santos, na quarta-feira à noite, tendo este lançado a suspeita de que o próprio Luis Montenegro o tenha feito com o propósito de influenciar o debate.

Montenegro refutou durante o debate e reiterou esta quinta-feira que não entregou a nova lista de clientes da Spinumviva por decisão própria, mas por pedido da Entidade para a Transparência. “Por mim [a informação] não era pública”, manteve hoje Montenegro, que recusou ainda interferência em contratos do Estado com empresas ligadas à Spinumviva.

Questionado sobre estas declarações do primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos defendeu que Montenegro continua a “fugir aos esclarecimentos” sobre a sua empresa familiar. “Cada informação é libertada a ferros, a conta-gotas. Luís Montenegro escondeu várias contas do Tribunal Constitucional e faz o mesmo em relação aos clientes da sua empresa“, denunciou.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, assumiu, em Beja, que há indícios de que o PS “tem muito mais a ver” com a divulgação dos clientes da empresa Spinumviva e reiterou que não difundiu nem promoveu a difusão do documento. “Mais uma vez, os factos aparecem distorcidos, manipulados, e fui até acusado pelo líder do PS de o ter feito, quando, afinal de contas, não tenho a certeza, mas parece que o Partido Socialista tem muito mais a ver com isso do que eu“, afirmou.

Montenegro foi questionado pelos jornalistas numa ação da AD — Coligação PSD/CDS na feira Ovibeja, em Beja, sobre o deputado do PS Pedro Delgado Alves ter admitido a consulta de informação com novos dados de clientes da Spinumviva, empresa fundada pelo presidente do PSD e que passou recentemente para os seus filhos.

O Observador avançou que Delgado Alves assumiu numa reunião no Parlamento ter acedido a informação que o primeiro-ministro e líder do PSD enviou à Entidade para a Transparência e que partilhou informação com Fabian Figueiredo, do Bloco de Esquerda.

Na sequência da divulgação de novos dados, o deputado do PSD Hugo Carneiro pediu ao Grupo de Trabalho do Registo de Interesses no Parlamento que peça à Entidade para a Transparência os registos de quem acedeu aos dados sobre o primeiro-ministro.

Segundo o Observador, o coordenador do Grupo de Trabalho e vice-presidente da bancada do PS, Pedro Delgado Alves, terá assumido de imediato perante os outros deputados presentes que acedeu ao processo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crescimento da economia abrandou no arranque do ano. Incerteza das tarifas já se terá feito sentir

Economistas apontam para, no primeiro trimestre, um crescimento do PIB entre 2,4% e 2,8% na comparação homóloga e 0,1% e 0,6% na comparação em cadeia.

A deterioração da confiança dos consumidores perante um contexto de elevada incerteza internacional terá afetado já a economia portuguesa no primeiro trimestre. É pelo menos esta a expectativa da generalidade dos economistas, que já antecipavam um abrandamento do crescimento face ao forte desempenho registado no final de 2024, com uma queda esperada no consumo privado.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta sexta-feira a estimativa rápida da evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no arranque do ano. A publicação chegou a estar prevista para quarta-feira, mas foi adiada “devido à falha de energia que impediu a conclusão dos trabalhos”.

As estimativas dos economistas consultados pelo ECO apontam para um intervalo de entre 2,4% e 2,8% na comparação homóloga e 0,1% e 0,6% na comparação em cadeia. O desempenho abaixo do registado nos últimos três meses do ano passado já era esperado, devido ao efeito de base, uma vez que nesse período a atividade acelerou 1,5% face ao trimestre anterior e 2,8% na comparação homóloga. No entanto, a conjuntura internacional também terá tido impacto.

O Banco de Portugal prevê que a taxa de variação em cadeia do PIB seja de 0,2% no trimestre inicial de 2025. “No primeiro trimestre de 2025, o rendimento disponível nominal deverá reduzir-se 1,2% — revertendo parcialmente o aumento do quarto trimestre — e refletir-se numa retração do consumo privado, já corroborada pelos indicadores de conjuntura disponíveis“, escreve a instituição liderada por Mário Centeno no “Boletim Económico de março“.

Uma projeção na mesma linha do NECEP – Católica Lisbon Forecasting Lab e que, na comparação homóloga, aponta para 2,5%. Por seu lado, o Barómetro de conjuntura económica CIP/ISEG antecipa “uma desaceleração significativa” para um valor entre 0,1% e 0,2% no primeiro trimestre deste ano na comparação em cadeia e para um intervalo entre 2,4% e 2,5% em termos homólogos.

Os três primeiros meses do ano ficam marcados pela deterioração dos níveis de confiança dos consumidores, bem como pelo agravamento, comum aos diversos setores de atividade, do clima e perspetivas económicas do setor empresarial“, aponta.

O Fórum para a Competitividade admite um cenário mais otimista, estimando que a economia terá desacelerado nos primeiros três meses do ano, para entre 0,3% e 0,6% em cadeia, a que corresponde uma variação homóloga entre 2,5% e 2,8%. “No primeiro trimestre, o consumo privado parece ter mantido um dinamismo significativo, mas não tão dinâmico como no final do ano, enquanto o sector da construção terá mantido um bom desempenho”, justifica a análise.

O Fórum assinala também que “as exportações começaram o ano de forma favorável, mas com uma volatilidade significativa“. A venda de bens ao exterior cresceu 7,8%, enquanto as importações subiram 7,1% no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período do ano passado, segundo os dados divulgados pelo INE na terça-feira.

O cenário internacional degradou-se profundamente desde janeiro, sobretudo devido às medidas do novo presidente dos EUA. As novas políticas, já aplicadas ou anunciadas, envolvem as relações comerciais, a defesa, a desregulamentação e a imigração, entre outras. Para já, as mais gravosas têm sido as novas tarifas, muito elevadas, aplicadas de forma mais intensa sobre aliados do que sobre os outros países”, recorda o Fórum para a Competitividade, destacando que “sem clareza não há investimento nem contratações por parte das empresas, nem há grandes compras por parte dos consumidores“.

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a intenção de impor tarifas de 25% às importações de alumínio e aço. A decisão abrange também os países da União Europeia (UE), tendo entrado em vigor em março. A tensão comercial escalou e após anúncios de retaliação, negociações e avanços e recuos, a Administração Trump suspendeu as taxas adicionais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.