Esta semana foram entregues as candidaturas. Dos 66 deputados eleitos em maio para o Parlamento que são candidatos a municípios a 12 de outubro, o segundo maior partido quase faz o pleno.
Será necessário recuar ao início do século, quando uma eleição autárquica levou um primeiro-ministro à decisão de se demitir, para ter um cenário eleitoral para Câmaras e Juntas de Freguesia com tanto em jogo. A 12 de outubro teremos a primeira investida do Chega nas câmaras desde que deixou de ser partido de deputado único. Há quatro anos, não passou de 19 vereadores nos cerca de 200 municípios onde concorreu. Nesta luta, os partidos políticos puxam de trunfos parlamentares como não é habitual ver, mas isso deve-se à estratégia do Chega, que numa metáfora usualmente futebolística, se poderia designar de “pôr a carne (quase) toda no assador”.
O partido de André Ventura quer provar que é mais do que um “one man show“, algo que não conseguiu nas europeias de há ano e meio, quando o Chega ficou pela metade dos votos nacionais e de Ventura candidato presidencial. Dos 57 deputados do Chega que vão a votos nas autárquicas – os dois do círculo da emigração ficam, tal como Ventura, de fora das contas autárquicas –, há candidatos a presidentes de Câmara, de Assembleia Municipal ou apenas membros de lista nestes dois órgãos. É o tudo ou nada para poderem chegar já em 2025 ao poder executivo.
Gabriel Mithá Ribeiro, candidato a Leiria, defende que “o Chega está numa fase de afirmação e precisa de fazer um trabalho junto às populações mais sólido e é natural que use caras um pouco mais conhecidas”. Facto curioso, foi também no Chega que um deputado cessou funções em São Bento após a sua eleição a 18 de maio, Francisco Lima, que preferiu dedicar-se à presidência da Câmara de Praia da Vitória, na Ilha Terceira.
A exigência do líder de todos irem a jogo não vale para si próprio, que se reserva para outra luta, a de presidente com “P” maiúsculo, ainda que só em meados de setembro se deva saber se concorre ou não ao lugar de Marcelo Rebelo de Sousa.


Para os demais partidos, os parlamentares eleitos a 18 de maio pouco impacto terão nas autárquicas. Se 95% dos 60 deputados do Chega correm para os municípios, nos restantes 170 deputados a quota não atinge sequer 10%. O PSD leva sete, a Iniciativa Liberal um e o CDS outro. Para atingir a dezena de deputados, é preciso olhar para um europeu, do PCP. A 12 de outubro, o partido com tradição autárquica terá o primeiro teste neste campo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
Após se ter reduzido à quase mínima representatividade em São Bento, com três deputados, houve necessidade de efetuar a viagem mais longa, até Bruxelas, para pescar João Ferreira, a quem Paulo Raimundo confiou a missão de manter o bastião de Évora, onde o atual presidente atinge limite de mandatos.
Do lado do PSD, que soma duas vitórias legislativas consecutivas, mas pelo meio perdeu as europeias, as autárquicas serão o “sim ou sopas”, o que empurra sete deputados para lides eleitorais meio ano após os eleitores lhes darem lugar em São Bento. Até um dos mais importantes ministros do Governo é chamado a jogo, Paulo Rangel, primeiro da lista à Assembleia Municipal na frente laranja para atacar a socialista Gaia. Já o parceiro de Governo, CDS, vai ter de mostrar o que ainda vale sozinho no mundo autárquico, onde governa a solo seis câmaras.

O primeiro-ministro e líder social-democrata, Luís Montenegro, esteve na festa do Pontal há dias com uma lista de anúncios e promessas que respondem a algumas das maiores reivindicações dos algarvios, um eleitorado que beneficiou o Chega nos dois últimos atos eleitorais legislativos. O que acontecerá agora no Algarve é uma das curiosidades
Coisa diferente sucede no PS, que dispensa deputados, apesar de ter quase 50 presidentes em limite de mandatos e de travar a luta pela manutenção de maior partido autárquico, após o rombo no porta-aviões parlamentar a 18 de maio, quando o Chega subiu a segunda força em São Bento.
Ao contrário dos adversários principais, e não obstante querer manter a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a associação de freguesias (ANAFRE), o PS não pescou no Parlamento, seguindo uma indicação do anterior secretário-geral, Pedro Nuno Santos, de que os candidatos a autarcas não entrariam na lista de deputados nas legislativas de 18 de maio.

Alexandra Leitão é um dos exemplos de destacados parlamentares socialistas que, por serem candidatos a presidentes de Câmara, não puderam ir nas listas às legislativas de 18 de maio. Por essa razão, ao contrário do PSD, CDS, IL e Chega, o PS não tem deputados a correr para as autarquias. Após a contagem dos votos, será interessante verificar se se constata ou não a preponderância do efeito proximidade (como defenderam politólogos e políticos ao ECO/Local Online) nas escolhas dos eleitores, considerando a dispersão geográfica dos deputados do partido pelo território nacional.
Com isto, inviabilizou a continuação na bancada em São Bento de nomes como Alexandra Leitão, Ana Abrunhosa e Ana Mendes Godinho, as candidatas a Lisboa, Coimbra e Sintra, respetivamente.
Entre os partidos com deputados únicos, Bloco de Esquerda, PAN e os madeirenses JPP, a opção foi por não mexer nos que estão no Parlamento.
As opções à esquerda variaram. No caso da CDU, João Oliveira vem de Bruxelas defender um bastião comunista, Évora. Do lado do BE, resta repescar um dos muitos deputados perdidos na razia das duas últimas legislativas, Pedro Filipe Soares, candidato em Matosinhos, município liderado pela socialista Luísa Salgueiro, que se recandidata.

Já o CDS coloca Paulo Núncio numa corrida a Vila Franca de Xira, onde, salvo algum fenómeno eleitoral inédito (em onze vereadores eleitos em 2021, coube à coligação PSD/CDS dois, e o histórico nunca é favorável à direita democrática) será carta fora do baralho autárquico.
Os deputados em São Bento podem acumular funções com vereação autárquica, desde que sem pelouros atribuídos, e com a presidência da Assembleia Municipal, mas não com o lugar de presidente ou vice-presidente da Câmara.
Norte

- Braga
Coordenador autárquico do Chega no distrito, Carlos Barbosa candidata-se à Assembleia Municipal de Braga. Enquanto vice-presidente da distrital de Braga, esteve acusado de “terrorismo político” por alegadamente se ter apoderado da conta na rede social Facebook do partido em Vila Verde, mas defendeu-se assegurando que a conta foi sabotada.
Mais ambicioso, o liberal Rui Rocha quer ser presidente, sucedendo ao social-democrata Ricardo Rio, que está em limite de mandatos. O avanço de Rocha, bracarense tal como o candidato do PSD, João Rodrigues, filho do dono da empresa gasolineira cliente da Spinumviva de Luís Montenegro, não agradou aos social-democratas, que assim veem um concorrente de peso à direita.
Difícil de aferir é se a oposição de Rocha, à data líder da IL, à desagregação de freguesias, que contemplou 18 uniões de freguesias no concelho de Braga, lhe criou algum tipo de anticorpos entre os seus conterrâneos.
- Cabeceiras de Basto
Coordenadora da juventude do Chega em Famalicão, Lina Pinheiro, jovem famalicense de 33 anos concorre a presidente da Câmara de Cabeceiras de Basto. Se ganhar, fica a cerca de 70 km de casa.
- Chaves
A escolha da “turbodeputada” Manuela Tender – como foi designada pelo Correio da Manhã em 2018, por a então deputada do PSD marcar presença, no mesmo dia, no Parlamento e em reuniões na Câmara de Chaves, onde era vereadora – para candidata a presidente pelo Chega na sua terra surpreendeu a própria, como confessou na apresentação. Está no Chega desde 2021, depois de em 2019 o PSD ter prescindido de si para as legislativas.
- Fafe
Natural de Fafe, distrito de Braga, Vanessa Barata, candidata-se à liderança da Assembleia Municipal na sua terra pelo Chega.
- Guimarães
Município socialista há mais de três décadas, Guimarães terá um novo timoneiro, na sequência do limite de mandatos de Domingos Bragança. A longevidade rosa na autarquia e o histórico de maiorias absolutas tornam desafiante a missão de Ricardo Araújo, vereador sem pelouro do PSD há 12 anos, para ser presidente. Pela frente, o ex-vice-presidente da distrital de Braga do PSD tem Ricardo Costa, ex-deputado do PS.
- Melgaço
No lado oposto à sua colega candidata em Vila Viçosa, Diogo Pacheco Amorim é o deputado mais velho com lugar na Assembleia da República, mas nem por isso deixa de, aos 76 anos, aceitar candidatar-se a presidente de Melgaço pelo Chega, de que é um dos ideólogos. O vice-presidente da Assembleia da República já militou no CDS, onde assessorou Freitas do Amaral e foi chefe de gabinete de Manuel Monteiro, com quem fundou o Partido Nova Democracia. Surge associado também a partidos nacionalistas e de extrema-direita. A Câmara socialista é uma daquelas com presidente em limite de mandatos a que o Chega aponta com deputados.
- Vila Verde
Nascido em Braga, onde iniciou a vida política na juventude do PSD, e em 2021 foi eleito para a Assembleia Municipal, Filipe Melo concorre a presidente da Câmara de Vila Verde pelo Chega. Ali, onde terá pela frente a incumbente, enfrentará também o vereador que o Chega elegeu em 2021 – altura em que coube ainda cinco ao PSD e um ao PS –, mas que se desvinculou do partido em 2023, surgindo agora como independente, com o apoio do CDS.
- Viana do Castelo
Ex-deputado do PSD, sobre ele Rui Rio disse: “Em Viana do Castelo custa-me um bocado dizer mal do Chega, já não sabíamos como nos havíamos de ver livres do Dr. Eduardo Teixeira e o Chega levou-o, prestaram-nos um enorme serviço”. Eduardo Teixeira foi eleito para o Parlamento pelo Chega em 2024 e 2025 e agora Ventura pede-lhe que seja presidente da Câmara, atualmente socialista. Já ali foi vereador pelo PSD, partido que em 2024, antes de Teixeira se assumir como apoiante do Chega, o acusou de pressionar os colegas da bancada municipal.
Grande Porto

- Amarante
Natural e residente de Felgueiras, Sónia Monteiro chegou à Assembleia da República em 2024 e agora corre para presidente da Câmara de Amarante pelo Chega. Ali, é presidente desde fevereiro o social-democrata Jorge Ricardo, após o eleito em 2021 com maioria absoluta, José Luís Gaspar, ter transitado para a administração da ULS Tâmega e Sousa.
- Aveiro
O deputado eleito pelo círculo de Aveiro, Armando Grave candidata-se pelo Chega a líder da Assembleia Municipal de Aveiro, cargo que é ainda ocupado pelo cabeça de lista da coligação PSD/CDS/PPM às autárquicas, Luís Souto de Miranda. Este é irmão do adversário socialista, Alberto Souto de Miranda. O Chega parte com um resultado de 4% nas eleições de 2021 e 19% nas legislativas de 18 de maio. Apesar do crescimento, a crer nas palavras do atual presidente da Câmara, José Ribau Esteves, o partido de Ventura não elegerá aqui, ou em qualquer outra das autarquias do país, um presidente de Câmara.
- Baião
Eleito deputado municipal do Chega em Baião há quatro anos, Raul Melo nasceu em Gondomar, onde vive há perto de 20 anos. Em Baião, onde já foi presidente da Câmara o atual secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, Melo quer ser o edil pelo Chega.
- Estarreja
Pedro Tavares, eleito este ano deputado do Chega pela primeira vez, quer presidir à Assembleia Municipal.
- Gondomar
Secretário do Desporto de 2013 a 2015, Emídio Guerreiro corre para presidente, numa coligação do PSD e da IL. O número dois na lista é a estrela portuguesa de futsal Ricardinho. Num terreno que em tempos idos foi laranja com Valentim Loureiro, mas que agora tem apenas dois vereadores sociais-democratas em dez (o PS elegeu seis), a coligação enfrenta um PS que ganhou com maioria em 2021, mas, entretanto, sofreu uma cisão. O presidente eleito foi, em janeiro, para presidente dos Transportes Metropolitanos do Porto, e o sucessor, Luís Filipe Araújo, vai agora a votos pelo PS. Pela frente tem Carlos Brás, ex-deputado e vereador socialista e, entre outros candidatos a presidente, também o deputado nacional do Chega Rui Afonso, que é ainda deputado municipal na Câmara do Porto.
- Matosinhos
Natural do Porto, a jurista Idalina Durães foi eleita para deputada pelo círculo de Santarém e integra agora as listas à Câmara de Matosinhos, numa candidatura encabeçada pelo ex-socialista António Parada. Ele que em 2013 tentou ser presidente da Câmara de Matosinhos pelo PS, mas perdeu a corrida para Guilherme Pinto, ex-militante… do PS.
- Paços de Ferreira
Eleita para o Parlamento a 18 de maio pelo círculo do Porto, Patrícia Nascimento tenta conquistar a Assembleia Municipal da sua terra natal pelo Chega.
- Valongo
Definido pelo Chega como “profundo amante da ruralidade, da natureza e criador de pássaros”, José Carvalho candidata-se à liderança da Assembleia Municipal de Valongo. Assume-se “claramente um amante da ruralidade” e “dos animais”.
- Vale de Cambra
Natural de Vale de Cambra, Maria Aguiar quer liderar a Assembleia Municipal do seu município pelo Chega.
- JF Águas Santas
O luso-brasileiro Marcus Santos, nascido no Rio de Janeiro, ex-atleta de luta MMA e apoiante de Jair Bolsonaro, e que vai no segundo mandato consecutivo no Parlamento pelo Chega, tenta agora chegar a presidente da Junta de Freguesia de Águas Santas, na Maia.
Centro

- Castelo Branco
Concelho onde o Chega foi segunda força partidária a 18 de julho, à frente do PS, que governa a autarquia, João Ribeiro toma o lugar na corrida do Chega à presidência. Em 2021, o partido candidatou o agora proponente à Amadora, Rui Paulo Sousa.
- Cantanhede
Eliseu Neves quer ganhar a Câmara da sua terra pelo Chega, repetindo a candidatura de 2021, após uma dúzia de anos no PS na freguesia de Outil. Em 2021, ao Público, identificava a rutura: “Deixei de me identificar com o PS nos tempos de José Sócrates”.
- Coimbra
Paulo Seco, líder da distrital do Chega em Coimbra é o cabeça de lista a Assembleia Municipal. Chegou a deputado após três anos como assessor político.
- Leiria
Dois deputados para uma cadeira de presidente. Sofia Carreira, PSD, já foi acusada pelo adversário socialista e atual presidente de ter um pé em Leiria e outro em Lisboa, devido à dupla condição de deputada e candidata à Câmara — que é rosa há mais de década e meia. A social-democrata quer “pôr Leiria no mapa”. Colega em São Bento, Luís Fernandes repete a candidatura à autarquia pelo Chega e assegura que os leirienses “são desrespeitados e ignorados”.
- Pombal
Município de maioria laranja e onde o presidente Pedro Pimpão é recandidato, Pombal é a terra da mulher de Mithá Ribeiro, que foi eleito para São Bento duas vezes pelo círculo de Leiria. Com isso, o deputado do Chega residente em Almada considera-se legitimado na sua pretensão à presidência.
- Seia
João Tilly foi residir para Seia aos sete anos. O engenheiro mecânico do Chega quer agora ser presidente. Muito ativo nas redes sociais, viu levantada a imunidade parlamentar para responder num processo de difamação de uma militante.
- Viseu
Mais um ex-membro do departamento de comunicação do Chega eleito para o Parlamento. Bernardo Pessanha quer ser presidente da Câmara de Viseu, a qual é liderada pelo recandidato Fernando Ruas, histórico do PSD.
Ribatejo

- Almeirim
Deputada do Chega, Catarina Salgueiro quer chegar a presidente da Câmara Municipal da sua terra natal, Almeirim. Em 2021, o partido, então apenas com dois anos, teve 7,9% dos votos, e em 2025 venceu as legislativas com 31,8%, adiante dos 26,7% do PS. A escalabitana tem uma missão teoricamente facilitada pela saída de Pedro Ribeiro, autarca em limite de mandatos, presidente da Associação Nacional de Autarcas Socialistas e candidato a Santarém.
- Benavente
O Chega propõe José Dotti, presidente da distrital de Santarém para presidir à Assembleia Municipal de uma autarquia que há dois meses viu o candidato socialista, Pedro Gameiro, envolto numa polémica relativa a uma mesquita em Samora Correia. Gameiro, deputado municipal, esteve na linha de fogo de camaradas de partido como Augusto Santos Silva e Fernando Medina, depois de dizer que não queria a mesquita no seu concelho. Mais tarde, veio explicar querer dizer que naquele terreno não poderia acontecer essa construção, por estar destinado a espaços verdes. Mas a polémica deixou a ferida aberta e na concelhia de Santarém do PS o tema é temido, perante a força que o Chega demonstrou nas legislativas, vencendo com uns claros 36,3%, à frente dos 25% do PSD e dos 18% do PS, e bem melhor que os 5,2% da CDU, que tem o seu autarca em limite de mandatos.
- Coruche
Município tradicionalmente socialista onde o Chega esteve a escassa margem de vencer nas legislativas, Coruche acolhe Rodrigo Taxa como candidato à liderança da Assembleia Municipal. Assessor político do Chega desde a fundação, o coruchense chegou ao Parlamento em 2024, pelo círculo de Braga.
- Santarém
Os escalabitanos elegeram Pedro Correia para deputado municipal em 2021, mas o político do Chega renunciou, tal como fez ali o camarada de partido e parlamentar Pedro Frazão, que deixou a vereação prematuramente há um ano (e agora corre para Oeiras). Natural do Entroncamento, Correia quer ser presidente da Câmara. Pela frente, entre outros, o socialista vindo de Almeirim e o incumbente social-democrata João Teixeira Leite, promovido a presidente há um ano, quando o eleito Ricardo Gonçalves foi liderar o Instituto Português do Desporto e Juventude.
Este é um dos municípios ribatejanos com forte presença tauromáquica onde o Chega apontou os seus deputados.
Grande Lisboa

- Almada
Patrícia Carvalho, ex-jornalista e ex-diretora de comunicação do Chega candidata-se à liderança da Assembleia Municipal de Almada. Há dias chegou a ser falada para assumir a corrida à Câmara de Setúbal, quando Lina Lopes recuou à 25.ª hora.
- Amadora
Ex-candidato em 2021 por Castelo Branco, ex-candidato ao Parlamento no círculo de Santarém pelo partido Aliança, de Santana Lopes, Rui Paulo Sousa, próximo de André Ventura, quer amealhar a vitória na Amadora para o Chega. Aí, enfrenta, entre outros, o incumbente, Vítor Ferreira (que há um ano subiu de vice-presidente a presidente com a saída de Carla Tavares para o Parlamento Europeu) e a candidata da AD Suzana Garcia.
- Caldas da Rainha
É um dos municípios que motivam curiosidade para 12 de outubro. Na capital do Oeste, o PSD governou durante 36 anos, até 2021. Nessa altura, Vítor Marques, que era presidente de Junta pelo PSD desde 2013, deixou o partido e candidatou-se à Câmara como independente, vencendo-a, embora empatasse 3-3 no número de vereadores. É precisamente Vítor Marques, eleito como independente e agora recandidato, que Hugo Oliveira, deputado do PSD, vai ter de bater para recuperar o antigo bastião laranja e tornar-se presidente da Câmara. A tarefa não é fácil, até porque Fernando Costa, autarca pelo PSD durante 27 anos, apoiou o movimento Vamos Mudar. A apimentar ainda mais a contenda, o PS, que em 2021 se viu reduzido a um vereador nas Caldas (o qual acabou por rescindir com o partido e tornar-se independente), decidiu juntar o seu apoio ao movimento do ex-social-democrata.
- Loures
O socialista Ricardo Leão é o presidente e recandidato numa Câmara onde o Chega nasceu, através da candidatura social-democrata de Ventura em 2017. Loures tem por isso um significado especial para o líder do partido, que exigiu a Bruno Nunes, na apresentação da candidatura a presidente da Câmara, a vitória naquele concelho, onde a liderança tem sido alternada entre PS e as coligações encabeçadas pelo PCP. Na lista do Chega vai ainda Patrícia Almeida.
- Óbidos
Presidente da concelhia do Chega em Óbidos, Cristina Henriques quer presidir a Câmara da vila histórica. Natural de Lisboa e médica no hospital Amadora-Sintra, a candidata vive na “Vila Natal” e critica o PSD pelo excesso de eventos.
- Odivelas
Ricardo Reis, ex-assessor político do Chega, membro da juventude do partido e autor da frase “menos um criminoso… menos um eleitor do Bloco”, a propósito da morte do cidadão Odair Moniz, é candidato a presidente da Assembleia Municipal. Naquela Câmara, segundo o curriculum disponibilizado no site do Chega, já foi “account manager e conselheiro político”.
- Oeiras
Pedro Frazão, vice-presidente do Chega, foi cabeça de lista por Aveiro a 18 de maio. Antes, em 2024, fora cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Santarém, uma capital de distrito onde se candidatou nas autárquicas de 2021. Apesar da eleição para vereador, deixou a câmara em outubro passado. Lança-se agora para presidente em Oeiras. “Se querem tirar a corrupção, votem no Frazão”, disse, há dois meses, à CNN, numa alusão a Isaltino Morais. Num município onde o partido tem um deputado municipal e se intitula como “a única oposição de direita”, a proclamação do médico veterinário é “Libertar Oeiras”.
- Seixal
Concelho comunista desde 1976, o Seixal, onde a CDU venceu em 2021 com 37,8%, deu a vitória ao Chega nas legislativas, ainda que por escassa vantagem. O Chega teve 26% dos votos, o PS 25,5%, a AD 21% e a CDU apenas 6,9%. A perspetiva de governar um dos concelhos da Área Metropolitana de Lisboa com mais de 100 mil habitantes levou o Chega a candidatar aí três deputados, algo inédito. Marta Silva, candidata em 2021 pelo Barreiro, sua terra natal (onde os 8% permitiram eleger um vereador), e residente em Sesimbra, quer ser presidente da Câmara do Seixal. Já Cristina Rodrigues, a ex-deputada eleita pelo PAN, vai nas listas para a Assembleia Municipal, órgão a que o Chega candidata Daniel Teixeira.
O atual presidente, Paulo Silva, está no cargo desde setembro de 2022, após o autarca eleito, Joaquim Santos, renunciar ao cargo para, como explicou Paulo Silva ao ECO/Local Online, poder retomar a sua atividade profissional.
- Sesimbra
O concelho onde Nuno Gabriel quer ser presidente pelo Chega, Sesimbra, ganhou cores do partido num tom vivo a 18 de maio, com uma vitória de 31% contra 22,3% do PS. Das três freguesias, só perdeu na menor, onde não estão sequer 10% dos eleitores. Em julho, numa audição ao ministro da Educação, quando se discutia a educação sexual na escolas, Gabriel dirigiu-se a Filipa Pinto, deputada do Livre, da seguinte forma: “Senhora deputada Filipa Pinto, se me permite, essa coisa de andar sempre nisso do sexo e das crianças, com todo o respeito, pode não me ficar bem, mas arranje lá um quarto e faça aquilo que quiser”.
- Sintra
Rita Matias é uma das cabeças de cartaz do Chega para as autárquicas, posição cimentada pela proximidade ao líder e pelo resultado retumbante do partido nas legislativas de 18 de maio. Nesse dia em que o Chega remeteu o PS para terceiro partido no Parlamento, também derrotou os socialistas em Sintra, território que desde a chegada de Basílio Horta, autarca em limite de mandatos, nunca conhecera outra força vencedora em eleições. Se for eleita presidente, Rita Matias terá na mão um livro de cheques com 200 milhões de euros que Basílio deixou no banco.
- Torres Vedras
Felicidade Alcântara é candidata pelo Chega à presidência de Torres Vedras, cargo ocupado pela socialista Laura Rodrigues. Presidente desde maio de 2021, após a morte de Carlos Bernardes, Rodrigues candidatou-se e ganhou em setembro desse ano com maioria, sendo agora recandidata.
- Vila Franca de Xira
A biografia publicada pelo Chega indica que José Barreira Soares nasceu em Lisboa e com três dias de vida se mudou para Vila Franca de Xira, uma viagem que, curiosamente, coincide com a do colega de partido Pedro Pinto. Ali chegou a vereador em 2021. Licenciado em comunicação, preconiza que “Vila Franca Merece Mais e Melhor”. Outro dos deputados candidatos é Paulo Núncio, do CDS, que também quer tirar o lugar de presidente ao socialista e recandidato Fernando Ferreira, o que seria um enorme feito, considerando as votações residuais da direita democrática no município ribatejano da Grande Lisboa.
Alentejo
- Barrancos
Com várias funções já desempenhadas no Chega, de assessor político a chefe de gabinete e relações públicas, Ricardo Dias Pinto Blaufuks (que nas suas redes sociais se identifica como Ricardo Regalla Dias Pinto, adicionando um segundo nome e subtraindo o apelido de origem judaica Blaufuks) vive em Cascais e é candidato a presidente em Barrancos, terra de tauromaquia, atividade de que o monárquico é aficionado. Nas legislativas, o partido venceu o PS por 15 votos, num total de 709 votantes e 1265 eleitores inscritos. O município enquadra-se no grupo de pequenos concelhos com poucos eleitores que o coordenador autárquico do Chega e candidato a Faro, Pedro Pinto, destacou, em entrevista ao ECO/Local Online, como vitórias teoricamente mais à mão para o Chega.
- Cuba
Eleito por Lisboa, onde nasceu, e residente em Cascais, Pedro Pessanha viu o nome envolvido num alegado caso de violação a uma menor de 15 anos (já desmentido pelo próprio, que moveu uma queixa por difamação). O empresário e ex-bancário em Angola é o enviado do Chega para conquistar Cuba, no Alentejo. Ali, João Português, o autarca que recuperou a câmara para a CDU em 2013, derrotando o PS, atinge o limite de mandatos, seguindo agora para Ferreira do Alentejo. Há cerca de quatro meses, nas legislativas, o PS obteve 26,8% em Cuba e o Chega foi segundo com 25,6%, seguidos da AD com 20% e a CDU com 18,3%. Entre os adversários, Pessanha enfrentará o candidato comunista João Palma, um independente que é presidente da Assembleia Municipal desde 2013, e Francisco Orelha, socialista que liderou a autarquia entre 1997 e 2013.
- Grândola
Sónia dos Reis foi um dos últimos nomes a ser anunciado para as autárquicas. A deputada do PSD eleita em 2015, 2024 e 2025 candidata-se à presidência do concelho onde nasceu e reside. Está ainda na Assembleia Municipal há 12 anos. Apesar de o atual presidente, o comunista António Mendes, estar de saída, por limite de mandatos, a tarefa não é fácil: em 2021, a CDU teve quatro mandatos e o PS três. O PSD não passou da Assembleia Municipal.

- Évora
O eurodeputado da CDU João Oliveira quer ser presidente de Évora, num caminho inverso ao de colegas seus em Bruxelas, como as socialistas Carla Tavares e Isilda Gomes, que deixaram a Amadora e Portimão, ou o social-democrata Hélder Silva, de Mafra, que rumaram ao Parlamento Europeu em 2024, em situação de limite de mandatos autárquicos.
Já Oliveira vai a jogo para tentar manter uma das 19 Câmaras a que o PCP preside, e onde Carlos Pinto de Sá atinge os 12 anos máximos à frente da autarquia – regressando agora à casa de partida, com uma candidatura à autarquia onde foi presidente de 1993 a 2013, Montemor-o-Novo. Num concelho sempre dominado pelas coligações encabeçadas pelo PCP ou então pelo PS, o comunista enfrentará o socialista e ex-colega de parlamento Carlos Zorrinho.
Da experiência anterior na capital de distrito, o eurodeputado e membro da Comissão Política do Comité Central do PCP conta com a direção da Associação de Estudantes da Escola Secundária Severim de Faria e membro da Assembleia de Freguesia da Horta das Figueiras. Nas legislativas de 2024, Oliveira falhou a eleição para a Assembleia da República enquanto cabeça de lista por Évora, sendo superado pelo Chega, que obteve quase o dobro dos votos dos comunistas e conseguiu eleger um deputado para São Bento (retirado ao PS face às legislativas de 2022 e mantido nas deste ano).
- Ourique
Num município liderado pelo PS, Gonçalo Valente, atual vereador do PSD sem pelouro, quer ser presidente. O incumbente, Marcelo Guerreiro recandidata-se pela terceira vez pelo PS, partido que tem três vereadores, enquanto a coligação PSD/CDS tem dois.
- Portalegre
Com alguns meses de experiência autárquica, após ter substituído, no início do ano, o deputado municipal Nuno Pardal Ribeiro em Lisboa (após a acusação contra este de pagar por sexo a um menor), João Aleixo chegou ao Parlamento pelo Chega em junho. Mas poderá nem aquecer a cadeira em São Bento, se a 12 de outubro ganhar a presidência do município liderado pela recandidata social-democrata Fermelinda Carvalho. Nas legislativas, o PSD ganhou no concelho, mas a nível do distrito de Portalegre foi o Chega a ter mais votos.
- Santiago do Cacém
O Chega candidata a deputada Cláudia Estêvão, autarca em Palmela desde 2023, a presidente da Câmara de Santiago do Cacém. O partido diz que o município “tem de se livrar do comunismo”.
- Vendas Novas
Mais um município alentejano onde o Chega ambiciona repetir a vitória de 18 de maio. Jorge Galveias é um dos 19 deputados do Chega a encabeçar listas para presidir a Assembleias Municipais. Em 2022 não conseguiu ser eleito para vice-presidente da Assembleia da República. No seu perfil na Wikipedia lê-se que no congresso do partido em 2021 “foi uma peça-chave para diminuir a contestação ao presidente do partido, não permitindo que sete movimentos críticos de Ventura fossem sequer votados”.
- Viana do Alentejo
Uma das caras mais jovens do Parlamento, Rui Cardoso, com 23 anos, tem ali as raízes da família materna, segundo disse à Lusa. Residente em Lisboa, o deputado do Chega vai à vila com frequência, assegura, e agora quer tirar a Câmara ao comunista Luís Duarte, recandidato. Se as legislativas servirem de barómetro, há esperanças: a 18 de maio, o Chega venceu com 30,1% e os comunistas ficaram em quarto, com 14,2%.
- Vila Viçosa
Em 2024, Madalena Cordeiro tirou o lugar de deputada mais jovem no Parlamento à colega do Chega Rita Matias. Madalena nasceu em Vila Viçosa, onde agora se candidata para ganhar a Assembleia Municipal.
Algarve

- Albufeira
Nascido em Loulé, onde já foi candidato do PSD às autárquicas de 2021, Rui Cristina foi o último dos candidatos no Algarve a ser anunciado pelo Chega. Para Albufeira chegou a ser equacionado o coordenador autárquico, Pedro Pinto, sabe o ECO/Local Online, mas a escolha acabou por recair em Cristina, com Pinto a concorrer a Faro. O candidato a presidente de Albufeira chegou ao Parlamento no ano passado através do círculo eleitoral de Évora, repetiu este ano, mas por Beja, liderou o PSD em Loulé e acaba a correr contra o atual autarca, José Carlos Rolo, presidente desde 2018, aquando do falecimento do seu antecessor, Carlos Sousa. A vitória do Chega em Albufeira nas últimas duas legislativas reforça expetativas numa região que lhe deu vitórias em 2024 e 2025.
- Faro
Mais um grande embate para 12 de outubro. Com o limite de mandatos de Rogério Bacalhau, sobe Cristóvão Norte a comandante da lista que reúne PSD/CDS/IL/PAN/MPT. Pela frente, outro deputado nacional, Pedro Pinto. Ao coordenador autárquico do Chega e ao presidente do PSD Algarve e vice-presidente do Parlamento no primeiro Governo de Montenegro, junta-se o atual autarca socialista de Olhão e presidente da comunidade de municípios algarvios (AMAL), António Pina, numa das lutas a três previsivelmente mais fortes no país.
Faro é uma capital de distrito de grande importância para o Chega, que aqui ganhou nas legislativas. Entre avanços e recuos, o líder parlamentar e coordenador autárquico do Chega lançou-se mesmo à liderança da Câmara. A sua vida passou por Lisboa, Vila Franca de Xira e Portalegre, mas é pelo círculo de Faro que conta três chamadas ao Parlamento. Numa entrevista ao ECO/Local Online há dois meses, Pedro Pinto dizia que a candidatura por aquele círculo eleitoral lhe trouxe o conhecimento da realidade da capital algarvia, ensaiando mesmo a exposição de alguns exemplos da realidade farense. “Tornar Faro grande outra vez” é a sua forma de se apresentar aos eleitores que a 18 de maio deram a vitória tangente ao PSD, partido que liderou a Câmara nos últimos anos, mas que agora têm de escolher novo presidente.
- Loulé
Vencer a Assembleia Municipal do maior município algarvio é a pretensão de Sandra Ribeiro, deputada municipal do Chega naquela cidade e eleita para São Bento pelo círculo eleitoral de Faro. Tal como Pedro Pinto, nasceu fora da região (Sacavém, Loures), mas no seu caso reside no concelho, em Quarteira. Foi apontada como autora da frase “dêm-lhe (SIC) com um calhau na cabeça sff” dirigida ao então primeiro-ministro António Costa, episódio que o Polígrafo validou como verdadeiro.
- Olhão
Num concelho onde se espera uma luta dura após o limite de mandatos de António Pina — atual autarca, que passa a fronteira para Faro –, Ricardo Moreira propõe-se para presidente de um município onde se vive uma guerra entre socialistas e onde o Chega ganhou com clara vantagem as legislativas.
O socialista Ricardo Calé, atual vice-presidente, terá pela frente, num movimento independente, o ainda presidente da freguesia de Olhão, João Evaristo, eleito pelos próprios socialistas em 2021. Mais recentemente, Evaristo viu-se preterido na corrida à concelhia do PS de Olhão, a favor de Calé. À frente deste movimento independente “É Agora” está Elsa Parreira, vereadora desde 2017, no Executivo de António Pina. Só que, ao candidatarem-se como independentes, Evaristo e Parreira foram afastados do Executivo esta semana.
No meio desta turbulência no partido que lidera a autarquia, as perspetivas para o vereador Ricardo Moreira não se apresentam más, segundo diz o coordenador autárquico do Chega. De lembrar que nas legislativas de 18 de maio, o partido venceu ali com 37,5% dos votos, acima dos 22,2% da AD (os social-democratas lançam para 12 de outubro o presidente da concelhia e deputado municipal António Andrade) e dos 20,4% do PS. Nas autárquicas de 2021, o PS teve 49% e cinco dos sete vereadores, mas agora há um novo candidato a presidente e a atual vereação divide-se em duas candidaturas, em simultâneo com a força inédita do Chega.
- Portimão
O deputado do Chega João Graça quer ser presidente da autarquia que é socialista desde 1976, e que Isilda Gomes liderou durante quase uma dúzia de anos, até se mudar para Bruxelas. Candidato do Chega a Vila Bispo em 2021, o líder do partido na região aparece em Portimão ao lado de Pedro Xavier, o vereador eleito pelo Chega em 2021 e que, anteriormente, enquanto eleito em Portimão pelo PSD, apoiou a governação da socialista Isilda Gomes. A João Graça aponta-se não ser natural de Portimão (nasceu em Esposende), o que também acontecia com a beirã Isilda Gomes, mas o candidato do Chega soma o facto de residir em Sagres, dois concelhos a oeste. Em sua defesa, nota que já trabalhou em Portimão e tem aí família. Para o Chega, a capital do Sotavento traz esperanças, considerando as vitórias nas legislativas de 2024 e 2025. Pela frente terá o incumbente socialista Álvaro Bila, substituto de Isilda Gomes há ano e meio, e o também portimonense Carlos Martins (que tentará a vitória que o seu pai, homónimo, nunca alcançou), pelo PSD/CDS/IL, além de Nuno Cordas, pela CDU.
Açores
- JF Porto Judeu
Terceira da lista pelo círculo dos Açores nas legislativas de 18 de maio, Ana Martins foi a escolhida pelo Chega para rumar a Lisboa. Os dois candidatos cimeiros mantiveram-se no Parlamento regional, a preparar as candidaturas a presidentes de Câmara na região. Agora, a engenheira candidata-se a presidente da pequena freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira.
Madeira
- Machico
Há um ano, Francisco Gomes fez parte de um encontro do Chega em que se considerou “um desígnio” aumentar a presença do partido na Região Autónoma da Madeira. Agora, vai tentar ganhar no Machico, onde o socialista que é presidente de Câmara atinge limite de mandatos.
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Chega empurra 95% da sua bancada parlamentar para as autárquicas. Ao todo há 66 deputados de quatro partidos na corrida
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