Crescer de dentro para fora, para um recrutamento de talento tecnológico eficiente

  • Carolina Rodrigues
  • 26 Janeiro 2023

Gestores de RH devem colocar em prática ferramentas que permitam rumar a uma realidade menos contraditória e mais balançada, para garantir uma estratégia de atração e retenção bem alinhada.

Quem dá o nome ao mês em que estamos é Jano, o Deus romano do passado e do futuro, dos começos e dos fins, das transições e das dualidades. Bate certo com o significado que todos nós costumamos dar a janeiro. O mês dos recomeços, das resoluções e das novidades. Esta vontade de viragem é também intrínseca às empresas, que aproveitam este mês para, normalmente, dar grandes novidades, ou colocar em andamento uma mudança enorme. Mas as mudanças não precisam de ser gigantes. Precisam, sim, de ser necessárias, consoante o contexto de cada empresa.

O mais recente estudo desenvolvido pelo ManpowerGroup, o ManpowerGroup Employment Outlook Survey, divulgado no início do mês, veio revelar conclusões muito interessantes. No caso, a área tecnológica está no pódio das que mais pretende contratar durante este trimestre, com 28% das empresas inquiridas a manifestar este interesse no talento tech. O ano é novo, mas a procura mantém-se. Mantém-se também a escassez de talento. É este o contraste que nos tem vindo a acompanhar durante os últimos anos. Será 2023 o ano da esperada transformação? Vale a pena relembrar o que disse inicialmente: as mudanças não precisam de ser gigantes, mas sim necessárias, de acordo com o contexto empresarial. Este ano, os gestores de recursos humanos devem colocar em prática ferramentas que permitam rumar a uma realidade menos contraditória e mais balançada, para garantir uma estratégia de atração e retenção bem alinhada.

  • Processos de recrutamento eficientes e rápidos

Os profissionais tecnológicos são instigados com oportunidades de trabalho a toda a hora, logo, as equipas de RH devem acelerar ao máximo todo o processo, não sendo aconselhável que existam várias fases de recrutamento.

  • Experiências de recrutamento imersivas

O talento tech procura desafios constantes, e gosta de trabalhar com equipas que o estimulem. Uma empresa deve conseguir mostrar muito bem a sua vertente tecnológica, especialmente no momento de atração e recrutamento de profissionais, o que pode ser feito através de experiências imersivas – especialmente tendo em conta que são vários os profissionais tech que vivem em diferentes lugares do mundo.

  • Formar talento tecnológico in-house

Mudar de carreira já não é algo impensável. Aliás, é cada vez mais normal. Melhor ainda quando é possível fazê-lo sem ter de deixar a “casa” em que estamos. Assim, as empresas podem e devem considerar formar o talento que já existe e oferecer-lhes as ferramentas necessárias para fazer uma transição de carreira rápida, retendo, ao mesmo tempo, o talento de topo que já têm.

Há muitas áreas que precisam de skills digitais e tecnológicas. Marketing, Finanças, Vendas ou mesmo os Recursos Humanos são apenas alguns exemplos de áreas que necessitam de perfis tecnológicos, de forma rápida. Existem várias opções educativas para permitir esta transformação de percurso profissional em apenas algumas semanas, como cursos intensivos de escolas tecnológicas, que preparam os profissionais para os desafios atuais, sem terem de passar por uma licenciatura ou mestrado tech. Uma das melhores formas de garantir a continuidade e fluidez de uma estratégia de RH é crescer de dentro para fora. Esta é a expressão-chave.

Líderes, abram caminho à formação que faz, realmente, diferença no quotidiano empresarial. Não precisam de mudar nada de grandioso no vosso negócio. Precisam apenas de encontrar as melhores opções para os vossos colaboradores. Ficará tudo alinhado para que o Deus romano Jano se sinta, finalmente, reconhecido.

  • Carolina Rodrigues
  • Outcomes Manager da Ironhack

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