Pedro Alves lança candidatura para “travar o ciclo de desvalorização” do Montepio

Pedro Alves apresentou a equipa e programa da lista D que concorre às eleições da Associação Mutualista. Tem como objetivo "travar o ciclo de desvalorização” e os prejuízos das empresas do grupo.

Pedro Gouveia Alves apresentou esta terça-feira publicamente a sua equipa e programa com que vai concorrer à liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), assumindo que tem como principal objetivo “travar o ciclo de desvalorização” e de resultados negativos das empresas do grupo.

“O Montepio não se pode dar ao luxo de continuar a perder dinheiro. O Montepio não pode continuar a perder dinheiro”, afirmou o candidato da lista D e presidente do Montepio Crédito num encontro com os jornalistas, antes de apresentação oficial no Teatro Tivoli, em Lisboa.

Segundo adiantou, desde que a mutualista registou mais de 800 milhões de euros em ativos por impostos diferidos no seu balanço (“foi um mal necessário”), em 2017, os capitais próprios em base consolidada caíram dos 495 milhões para os 85 milhões em 2020, em resultado das perdas geradas pelas empresas e pela própria mutualista neste período.

Pedro Gouveia Alves, 52 anos, explicou que não vai permitir que as empresas do grupo apresentem planos de negócios com resultados líquidos negativos. E aquelas que registarem prejuízos no final do ano terão de se explicar junto do acionista.

“É isso [os prejuízos] que queremos combater. Vamos ver isso a cada momento, porque, enquanto associação mutualista, temos responsabilidade sobre o controlo das nossas participações e empresas onde somos acionistas, e vamos exercer o nosso papel de acionista”, assegurou. O candidato ressalvou, contudo, que só será possível estancar a desvalorização dos ativos do grupo se a associação tiver “uma participação e relação estreita com as equipas de gestão”.

A estratégia passa por valorizar os ativos, como o parque de imóveis do grupo. “Vamos aproveitar a evolução favorável do mercado para valorizar os imóveis e colocá-los no mercado com níveis de rentabilidade que o Montepio persegue”, disse.

Sobre o banco e a seguradora, os principais ativos do grupo, Pedro Gouveia Alves reconheceu que “podiam ter maiores níveis de rentabilidade” e não fechou a porta à entrada de novos parceiros. “Para que isso aconteça é preciso estabilizar o valor das participações”, frisou.

Noutro âmbito, se vencer as eleições marcadas para 17 de dezembro, Pedro Gouveia Alves pretende reforçar a oferta mutualista para os associados. Entre outros, quer importar um serviço tradicional do Reino Unido para o Montepio, a chamada “hipoteca invertida”, em que o associado já na reforma dá a sua casa como garantia em troca de serviços disponibilizados pela mutualista, com direitos de preferência reservados aos herdeiros legais.

A lista D apresenta Pedro Gouveia Alves como candidato ao cargo de presidente do conselho de administração, ao lado dos candidatos a administradores executivos Pedro Líbano Monteiro, Paula Guimarães, Nuno Paramés e Maria Eduarda Osório e não executivos Fernanda Freitas e José Garção Cabeças.

Pedro Gouveia Alves adiantou que a sua lista “foi a única” a quem a ASF não impôs nenhuma recomendação à sua lista, nem pediu esclarecimentos adicionais depois de ter dado o registo inicial no final do mês passado.

Também foram apresentados os nomes para os outros órgãos, nomeadamente o conselho fiscal, a mesa da assembleia geral e a assembleia de representantes.

São quatro as listas que se candidatam e que têm como cabeças de lista Virgílio Lima, Pedro Corte Real, Eugénio Rosa e Pedro Gouveia Alves.

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Candidatos ao Montepio já conhecem as letras das suas listas

Virgílio Lima, Pedro Gouveia Alves, Pedro Corte Real e Eugénio Rosa: já foram sorteadas as letras para cada uma das quatro listas que estão na corrida à liderança da mutualista.

Já foram atribuídas as letras a cada uma das quatro listas que concorrem à liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), que tem eleições marcadas para o dia 17 de dezembro.

O sorteio realizado esta quarta-feira pela mesa da assembleia geral (representada através de Pedro Sameiro), e que contou com a presença dos representantes de cada lista e ainda duas técnicas da auditora EY, que vai acompanhar o processo eleitoral, ditou o seguinte resultado: Lista A – Virgílio Lima; Lista B – Pedro Corte Real; Lista C – Eugénio Rosa; e Lista D – Pedro Gouveia Alves. Veja aqui a composição das listas para o conselho de administração e conselho fiscal.

Foi a primeira vez que a mutualista teve de sortear as letras pelas listas, mudança que resultou das novas regras eleitorais.

São quatro as listas que estão na corrida, depois de a Autoridade de Supervisão Seguros e Fundos de Pensões (ASF), que supervisiona as grandes mutualistas, ter dado luz verde na semana passada às candidaturas que pediram o registo inicial junto do regulador. Duas delas fazem a apresentação pública esta quinta-feira (no caso de Virgílio Lima) e sexta-feira (Eugénio Rosa)

As eleições de dezembro também vão escolher a nova assembleia de representantes, que substitui o extinto conselho geral, mas cujos candidatos não tiveram de obter aprovação prévia do regulador.

As últimas eleições foram vencidas por Tomás Correia, com 43,2% dos votos, em 2018, batendo outras duas listas concorrentes. Entretanto, Tomás Correia afastou-se do cargo um ano depois, após pressão da ASF, com a liderança da AMMG a passar para as mãos de Virgílio Lima.

A AMMG, que conta com 600 mil associados (embora o universo de votantes seja inferior, pois só são elegíveis associados admitidos há mais de dois anos), apresentou prejuízos consolidados de 89 milhões de euros em 2020.

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Banco Montepio perde 14 milhões até setembro penalizado por reestruturação

Banco liderado por Pedro Leitão registou prejuízos de 14,2 milhões nos primeiros nove meses do ano. Resultado foi penalizado pelos custos com a reestruturação.

O Banco Montepio registou um prejuízo de 14,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com o resultado a ser sobretudo penalizado pelos custos com a reestruturação em curso.

Ainda assim, trata-se de uma melhoria face às perdas que registava há um ano, na ordem dos 56,8 milhões de euros.

Em comunicado, o banco liderado por Pedro Leitão adianta que, retirando os impactos relacionados com o plano de ajustamento do quadro de colaboradores (no valor de 8,5 milhões de euros), a imparidade para o fecho de balcões (5,7 milhões) e os custos com a alienação de ativos não estratégicos, como a venda da Almina e da Monteiro Aranha (1,4 milhões), o prejuízo teria sido menor, de quase dois milhões de euros.

No âmbito da reestruturação, já foram encerrados 73 balcões “sem impacto material no negócio”, tendo saído 344 trabalhadores, com o banco a dizer que o ajustamento do quadro de pessoal a três anos segue em “linha com o delineado”.

Apesar do resultado negativo até setembro, o Banco Montepio registou um lucro de 19 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, facto que leva a instituição enfatizar o esforço que está a fazer na redução dos prejuízos ao longo de 2021.

Ao nível da operação, a margem financeira caiu quase 2% para 179 milhões de euros e o produto bancário cedeu mais de 5% para 260 milhões de euros, enquanto os custos operacionais caíram 0,1% para 196,6 milhões de euros.

A carteira de crédito encolheu 1,3% para 12,4 mil milhões de euros e os depósitos de clientes subiram 3% para 12,7 mil milhões.

Ao nível da qualidade do crédito, o banco dá conta de uma descida do rácio de NPE (non performing exposures) para 9,4% no final de setembro, sendo que está em curso a venda de uma carteira de malparado de cerca de 300 milhões e ainda uma operação para desconsolidar uma carteira de 1.000 milhões em malparado e imobiliário para um veículo externo.

Os capitais próprios do banco melhoraram, atingindo os 1.376 milhões de euros no final de setembro, data em que apresentava rácios de capital CET1 e total de 11,6% e 13,9%, respetivamente.

O Banco Montepio é detido pela Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), que tem cerca de 600 mil associados e vai a eleições no final do ano com quatro listas candidatas.

(Notícia atualizada às 16h44)

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Regulador dá luz verde às quatro listas candidatas ao Montepio

Virgílio Lima, Pedro Alves, Pedro Corte Real e Eugénio Rosa tiveram a autorização prévia da ASF para entrarem na corrida à liderança da Associação Mutualista, que tem eleições no final do ano.

O regulador dos seguros deu “luz verde” às quatro listas candidatas à liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) nas eleições de 17 de dezembro, uma decisão que surge três dias antes do fim do prazo para a entrega das candidaturas.

As listas são encabeçadas por Virgílio Lima (atual presidente da AMMG), Pedro Gouveia Alves, Pedro Corte Real e Eugénio Rosa. Agora, com o registo prévio da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), podem finalmente formalizar as suas candidaturas junto da comissão eleitoral.

A decisão da ASF surge “depois dos esclarecimentos adicionais prestados, das alterações promovidas e das consultas efetuadas aos demais supervisores financeiros”, segundo o comunicado divulgado esta quarta-feira.

O prazo para a entrega das listas terminava inicialmente a 15 de outubro, mas teve de ser prorrogado até dia 29, justamente por causa das demoras no processo de avaliação dos “pré-candidatos” que estava a decorrer ASF.

Nos últimos meses, o regulador esteve a avaliar a idoneidade e capacidade de mais de quatro dezenas de candidatos ao conselho de administração e ao conselho fiscal da maior mutualista do país, que conta com 600 mil associados (embora o universo de votantes seja inferior, pois só são elegíveis associados admitidos há mais de dois anos).

As eleições de dezembro também vão escolher a nova assembleia de representantes, que substitui o extinto conselho geral, mas cujos candidatos não tiveram de obter aprovação prévia do regulador.

O pré-registo da ASF era requisito obrigatório para apresentar candidatura à mutualista, uma novidade destas eleições que decorre da revisão do Código das Associações Mutualistas em 2018, e que criou um regime de supervisão financeira para as grandes mutualistas sobre a alçada do regulador dos seguros, atualmente liderado por Margarida Corrêa de Aguiar.

As últimas eleições foram vencidas por Tomás Correia, com 43,2% dos votos, em 2018, batendo outras duas listas concorrentes. Entretanto, Tomás Correia afastou-se do cargo um ano depois, após pressão da ASF, com a liderança da AMMG a passar para as mãos de Virgílio Lima.

A AMMG apresentou prejuízos consolidados de 89 milhões de euros em 2020.

Eis os candidatos:

Lista 1

Conselho de Administração:

▪ Pedro Alexandre da Rosa Corte Real – Presidente;
▪ Ana Cristina Barreiros de Albuquerque Nogueira – Vogal;
▪ Miguel Alexandre Teixeira Coelho – Vogal;
▪ Marcelo Agripino Alves Pereira da Gama – Vogal;
▪ Nuno Miguel Cunha Rolo – Vogal;
▪ Maria de Nazaré Rala Esparteiro Barroso – Vogal;
▪ Mário José de Matos Valadas – Vogal.

Conselho Fiscal:

▪ Rui Augusto da Silva Neves – Presidente;
▪ Víctor Manuel Pereira Dias – Vogal;
▪ José Esteves de Melo Campos – Vogal;
▪ Rui Manuel Sainhas de Oliveira – Vogal suplente;
▪ João António da Silveira e Carvalho – Vogal suplente.

Lista 2

Conselho de Administração:

▪ Virgílio Manuel Boavista Lima – Presidente;
▪ Idália Maria Marques Salvador Serrão – Vogal;
▪ João Carlos Carvalho das Neves – Vogal;
▪ Rui Pedro Brás de Matos Heitor – Vogal;
▪ Fernando Jorge Lopes Centeno Amaro – Vogal;
▪ Alípio Barrosa Pereira Dias – Vogal;
▪ Luís Manuel dos Santos Silva Patrão – Vogal.

Conselho Fiscal:

▪ Vítor Domingos Seabra Franco – Presidente;
▪ Ana Paula de Jesus Harfouche – Vogal;
▪ António Paulo da Silva Gonçalves Raimundo – Vogal;
▪ José Domingos Barão – Vogal suplente;
▪ António Mendes de Almeida – Vogal suplente.

Lista 3

Conselho de Administração:

▪ Eugénio Óscar Garcia da Rosa – Presidente;
▪ Joaquim Filipe Coelhas Dionísio – Vogal;
▪ Tiago Mota Saraiva – Vogal;
▪ Adelino Carranquinha Cardoso – Vogal;
▪ António Couto Lopes – Vogal;
▪ Catarina Canongia de Alpoim de Gouveia Homem – Vogal;
▪ Luís de Matos da Costa – Vogal.

Conselho Fiscal:

▪ António Rosa Zózimo – Presidente;
▪ Hélder Manuel dos Santos Caetano Nora – Vogal;
▪ Rogério Paulo Sardinha de Sousa Moreira – Vogal;
▪ Isabel O’Sullivan Lopes da Silva – Vogal suplente;
▪ Joaquim António Cruz Poças – Vogal suplente.

Lista 4

Conselho de Administração:

▪ Pedro Jorge Gouveia Alves – Presidente;
▪ Pedro Miguel Moura Líbano Monteiro – Vogal;
▪ Nuno Paulo Paramés Paz – Vogal;
▪ Maria Eduarda de Madureira Osório Botelho Fernandes – Vogal;
▪ Paula Alexandra Gonçalves de Oliveira Guimarães – Vogal;
▪ Fernanda Lucília da Silva Magalhães Freitas – Vogal;
▪ José João Garção Cabeças – Vogal.

Conselho Fiscal:

▪ Paulo Jorge Duarte Gil Galvão André – Presidente;
▪ Teresa Cristina Lima Fiúza Fernandes – Vogal;
▪ António José Miranda Lopes Coutinho – Vogal;
▪ Catarina Garcia de Albergaria Pinheiro – Vogal suplente;
▪ Carlos David Morgado Leão Trigo Antão de Oliveira – Vogal suplente.

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Banco Montepio põe à venda carteira de malparado de 300 milhões

Banco está a estudar transferência de de 1.000 milhões em ativos problemáticos para um veículo. Enquanto operação não avança, pôs à venda uma carteira de malparado de 300 milhões, apurou o ECO.

Novo Banco, BCP, Caixa Geral de Depósitos e agora… Montepio. O banco liderado por Pedro Leitão também está no mercado para vender uma carteira de malparado com o valor contabilístico bruto de 300 milhões de euros, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

Em causa está o chamado “Projeto Gerês”, uma carteira de crédito em incumprimento granular, cujo processo está a ser gerido pela KPMG, adiantaram duas fontes do mercado ao ECO. O montante de 300 milhões diz respeito ao valor dos créditos em termos brutos, isto é, não inclui as imparidades registadas pelo banco para este conjunto de contratos de empréstimos.

São vários os bancos com carteiras de ativos problemáticos no mercado, em alguns casos em fases mais avançadas, numa altura em que se preparam para o impacto do fim das moratórias bancárias. Mas esta operação reveste-se de especial importância para o Banco Montepio, que tem um dos rácios de ativos tóxicos mais elevados do sistema português.

A instituição financeira, controlada pela Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), chegou a junho com um rácio de NPE (non performing exposure) de 9,3%, segundo as contas do segundo trimestre. Isto quando o sistema bancário apresenta um rácio de NPL (nonperformingloans) de 4,3% na mesma data, abaixo dos 5% exigidos pelas autoridades europeias.

Na semana passada, os analistas da Fitch destacaram que o elevado nível de ativos problemáticos deixa o Montepio em posição de maior vulnerabilidade em relação aos outros bancos na transição para o fim das moratórias.

Contactado pelo ECO sobre esta operação, o banco não quis fazer qualquer comentário.

O banco avança para esta transação numa altura em que, juntamente com o acionista AMMG, se encontra a estudar a transferência de uma carteira de malparado e imobiliário entre os mil milhões e os dois mil milhões de euros para um veículo financeiro especializado, conforme o ECO revelou em primeira mão em março.

O objetivo passa por desconsolidar uma carteira de ativos tóxicos (carve-out) de forma a libertar capital no banco.

Esta solução ainda se encontra em estudo, sendo que o presidente da mutualista, Virgílio Lima, adiantou ao Jornal de Negócios (acesso pago) que o veículo estará pronto até final do ano, mas a operação ainda está dependente da “luz verde” do Banco de Portugal, que tem pressionado o grupo a encontrar uma solução estrutural para o problema do malparado.

“Conceptualmente está tratado. É um trabalho que se prolongou mais do que esperávamos inicialmente, mas há aqui que fazer avaliações exaustivas de muitos imóveis, do seu valor atual e potencial também destes créditos. (…) Mas antes de podermos implementar seja o que for, tudo isto tem de ser sancionado pelos supervisores do banco, sendo que os supervisores do grupo também estão a acompanhar esta situação”, disse Virgílio Lima em entrevista ao jornal.

O banco, que tem em curso um plano de reestruturação que está a implicar a saída de centenas de trabalhadores e o fecho de dezenas de agências, registou prejuízos de 33 milhões de euros no primeiro semestre. Virgílio Lima antecipou que a instituição financeira vai fechar o ano com prejuízos de “dezenas de milhões de euros”.

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Banco Montepio com prejuízos de 33 milhões no primeiro semestre

Saíram 296 trabalhadores do grupo durante o primeiro semestre, isto numa altura em que o banco está a implementar um plano de reestruturação que levará à saída até 900 trabalhadores.

O Banco Montepio registou prejuízos de 33 milhões de euros no primeiro semestre, um resultado que compara com as perdas de 51,3 milhões registadas no mesmo período do ano passado.

Em comunicado enviado ao mercado, a instituição diz que a evolução do resultado reflete um “menor nível de imparidade para o risco de crédito observado” na primeira metade do ano, isto apesar de ainda se sentir os efeitos económicos da pandemia.

A imparidade de crédito atingiu os 55 milhões entre janeiro e junho, adianta o banco, valor que compara com os 109 milhões de imparidades no mesmo período do ano passado.

Foi um semestre em que o negócio do banco liderado por Pedro Leitão caiu: a margem financeira recuou 5,8% para 114,3 milhões de euros e produto bancário derrapou quase 12% para 159,5 milhões de euros — desta vez registou menos-valias nos resultados com operações financeiras, quando há um ano apresentava ganhos de 14 milhões.

Do lado do ativo, o crédito a clientes (bruto) decresceu 1,1% para 12,3 mil milhões de euros, enquanto os depósitos de clientes aumentaram 1,9% para 12,6 mil milhões.

O rácio CET 1 caiu 0,1 pontos percentuais para 11,4%, enquanto o rácio capital total aumentou 0,1 pp para 13,6%.

Em termos de qualidade da carteira de crédito, o banco dá conta de um decréscimo de 2,7% pp do rácio NPE (non performing exposures) para 9,3% no final de junho.

Saíram 296 trabalhadores do grupo no último ano, isto numa altura em que o banco está a implementar um plano de reestruturação que levará à saída até 900 trabalhadores. Também fechou 57 balcões, contando agora com uma rede de 271 agências em Portugal.

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Baixa rentabilidade, rácios e malparado ameaçam rating do Montepio

Agência de notação mantém o banco com uma notação de "B", em nível de "lixo", com uma perspetiva "negativa". Vê vários desafios para o Montepio, sendo um deles o malparado, que deverá aumentar.

O Montepio está em reestruturação. A DBRS reconhece os esforços de Pedro Leitão para reforçar o balanço do banco, bem como para regressar a lucros, mas não são suficientes para um rating de qualidade. Mantém o banco com uma notação de “B”, em nível de “lixo”, com uma perspetiva “negativa” fruto dos desafios que vê adiante. Um deles é o malparado, que deverá aumentar.

A agência de notação financeira canadiana “confirmou o rating da Caixa Económica Montepio Geral de B” tendo em conta “as decisões adotadas pelo banco sob a tutela do novo CEO [Pedro Leitão] para reforçar o balanço da instituição e restaurar a rentabilidade no médio prazo”.

Contudo, a “perspetiva continua a ser negativa”. E a explicação da DBRS para manter a ameaça de corte do rating do banco está na “baixa rentabilidade” que a instituição apresenta, “os buffers de capital vulneráveis, mas também o elevado stock de crédito malparado”. “Acrescentando a isto, há ainda o impacto que a pandemia de Covid-19 terá na economia, que ameaça ainda mais o balanço do Montepio e o processo de reestruturação”, diz a DBRS.

Além da redução de pessoal, do encerramento de balcões, o “banco está a implementar medidas que visam fortalecer os seus rácios de capital, bem como para reduzir o malparado e a exposição a ativos não core”, como foi o caso da venda da posição na Almina.

O Montepio fechou 2020 com um rácio CET1 phased-in de 11,3% e um rácio total de 13,4%, tendo conseguido, entretanto, emitir 50 milhões de euros em títulos de dívida Tier 2. Mas os rácios são baixos e com a fraca rentabilidade, a DBRS teme pela capacidade de o banco reduzir o rácio de malparado.

Na perspetiva da DBRS, “os créditos em incumprimento deverão aumentar no final do período das moratórias, em setembro. No final do primeiro trimestre, o Montepio tinha cerca de 24% da carteira de crédito em moratória”.

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Banco Montepio vende 19% de empresa de minas por 67 milhões

Banco liderado por Pedro Leitão desfez-se da posição que detinha na Almina, uma empresa mineira de Aljustrel e que esteve no centro de uma polémica há quatro anos.

O Banco Montepio vendeu a participação de 19% que tinha na Almina, uma empresa mineira de Aljustrel. A operação permitiu um encaixe financeiro bruto de 67 milhões de euros, mas terá impacto nulo no resultado deste ano.

Em comunicado enviado ao mercado, o banco liderado por Pedro Leitão adianta que o negócio terá um impacto positivo nos seus rácios de capital, “estimado em base proforma no final do primeiro trimestre de 2021, de 7 pontos base no rácio Common Equity Tier 1 e 9 pontos base no rácio de Capital Total, em ambos os casos traduzindo a diminuição dos ativos ponderados pelo risco”.

Em causa está a venda de 9.500 ações da Almina, equivalente a 19% do capital social da empresa de minas, com o banco a não revelar a identidade do comprador. Apenas diz que “a concretização desta operação materializa a estratégia do Banco Montepio de contínua redução de ativos não estratégicos e constitui uma das medidas de aumento dos rácios de capital conforme previsto no Plano de Financiamento e Capital”.

A Almina esteve no centro de uma polémica há quatro anos, quando o banco tentou desfazer-se do ativo através da criação de um veículo (Vogais Dinâmicas) com a Martifer.

A operação gerou muitas dúvidas. Seria o próprio banco a financiar a Vogais Dinâmicas para adquirir os 19% da Almina ao banco. No âmbito deste negócio, a EY avaliou a participação em 93 milhões de euros, o que iria permitir ao banco registar uma mais-valia de 24 milhões nas contas. A operação não chegou a avançar depois das dúvidas levantadas pela KPMG e de o conselho de supervisão do Montepio ter abortado o negócio.

O Banco Montepio, detido na quase totalidade pela Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), registou prejuízos de 16 milhões de euros no primeiro trimestre do ano.

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Quatro listas na corrida à Mutualista Montepio. Veja quem concorre

A Associação Mutualista Montepio Geral vai a eleições no final do ano. Há quatro listas na corrida, encabeçadas por Virgílio Lima, João Vicente Ribeiro, Pedro Corte Real e Eugénio Rosa.

Não uma, nem duas, nem três. São quatro as listas que concorrem à liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), que terá eleições no final do ano. As candidaturas têm de ser entregues até ao final desta quarta-feira na associação para aprovação do regulador dos seguros e das grandes mutualistas.

Encabeçam as listas Virgílio Lima, João Vicente Ribeiro, Pedro Corte Real e Eugénio Rosa, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Mas há muitas novidades. Veja as listas.

Lista de Virgílio Lima

Virgílio Lima (Presidente)
Idália Serrão
Rui Heitor
Fernando Amaro
João Carvalho das Neves

Não executivos
Luís Patrão
Alípio Dias

Lista de João Vicente Ribeiro

João Vicente Ribeiro (Presidente)
Maria Eduarda Osório
Nuno Paramés
Pedro Gouveia Alves
Pedro Líbano Monteiro

Não executivos
Paula Guimarães
Fernanda Freitas

Lista de Pedro Corte Real

Pedro Corte Real (Presidente)
Ana Albuquerque Nogueira
Miguel Teixeira Coelho
Marcelo Pereira da Gama
Nuno Cunha Rolo

Não executivos
Nazaré Barroso
Mário Valadas

Lista de Eugénio Rosa

Eugénio Rosa (Presidente)
Ana Drago
Tiago Mota Saraiva
Inácia Moisés
António Couto Lopes

Não executivos
Catarina Homem
Luís Costa

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Está lançada a primeira candidatura às eleições no Montepio

Grupo de associados incluindo Miguel Coelho, Ribeiro Mendes e Eugénio Rosa já pré-anunciou a candidatura às eleições do Montepio depois de mais um ano de prejuízos na mutualista.

Tal como o ECO avançou, um grupo de associados da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) que concorreram em listas separadas nas últimas eleições vai avançar com uma candidatura única às eleições de dezembro. A oficialização está por dias. Entre os membros está Miguel Coelho, antigo administrador da mutualista e que deverá encabeçar a candidatura, embora a lista ainda esteja em composição. Este grupo já tem marcada uma conferência para a próxima semana para discutir a situação do grupo e na qual poderá tornar a candidatura oficial.

Para já, há um pré-anúncio da candidatura do denominado grupo “Pelo futuro do Montepio”, o que acontece dois dias depois de a AMMG ter apresentado os resultados do ano passado, com prejuízos de 17,9 milhões de euros e mais reservas da parte dos auditores. Este é mesmo o pretexto para estes associados anunciarem a lista.

“O contínuo agravamento da crise financeira e de governo da AMMG torna cada vez mais difícil conceber e implantar soluções suscetíveis de a reparar sem que decorram graves e penosas consequências para a sua independência e para a situação dos seus associados e trabalhadores”, refere este grupo.

Acusando a atual administração de Virgílio Lima de “refugiar-se na negação irracional da crise” da mutualista e que não tem condições para enfrentar os “enormes riscos” que a instituição se confronta, estes associados dão assim o passo em frente na candidatura com vários objetivos, entre os quais, dotar o Montepio de “órgãos de gestão compostos por pessoas competentes e capazes” e desenvolver um “plano de saneamento da situação financeira”.

Este grupo de associados, que já agendou para o dia 12 uma conferência subordinada ao tema “Mutualismo: que futuro?”, tem vários nomes que fizeram parte ou apoiaram as listas da oposição a Tomás Correia nas últimas eleições. Além de Miguel Coelho, integram este grupo Fernando Ribeiro Mendes, Carlos Areal, Eugénio Rosa, Rui Leão Martinho ou Pedro Corte Real.

Não estão todos os nomes, notando-se as ausências deste grupo, por exemplo, de António Godinho e de João Costa Pinto, sendo que o primeiro encabeçou uma das listas concorrentes em 2018.

Resta saber quantas listas irão a concurso. Há três candidaturas em perspetiva, como o ECO avançou, sendo que a lista de Miguel Coelho acaba de oficializar a sua.

A candidatura de continuidade que emanará da atual administração e terá Virgílio Lima como cabeça-de-lista — Lima já tem a sua equipa pronta e da qual constará Idália Serrão e João Carvalho das Neves. A terceira alternativa poderá surgir do seio de um grupo de altos quadros do Montepio, havendo dois nomes a evidenciarem-se com mais força para assumirem maior protagonismo: Pedro Alves e Pedro Líbano Monteiro, presidentes da Montepio Crédito e da Montepio Valor.

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Disputa entre Montepio e PwC a caminho do Governo e regulador

Auditor deixou reserva nas contas da mutualista por causa dos créditos fiscais. Grupo de trabalho acusou PwC de fazer interpretação "cega" das normas de contabilidade e sugeriu levar tema ao Governo.

A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) e o auditor externo continuam às avessas por causa dos créditos fiscais de 867 milhões de euros contabilizados no balanço da instituição e que a PwC considera estarem sobreavaliados. Razão pela qual há nova reserva nas contas de 2020. Foi mesmo constituído um grupo de trabalho para resolver a disputa que, parecendo “insanável”, deve ser encaminhada ao Governo e ao regulador.

“A entidade não demonstra capacidade para gerar resultados tributáveis suficientes que permitam recuperar parte substancial dos ativos por impostos diferidos registados”, justifica o auditor Carlos Maia para emitir a certificação legal de contas com reservas.

O auditor da PwC acrescenta de seguida: “Desta forma, na nossa opinião, os ativos por impostos diferidos, os capitais próprios e o resultado líquido do exercício, constantes do balanço e da demonstração dos resultados da entidade em 31 de dezembro de 2020 e em 31 de dezembro de 2019, encontram-se sobreavaliados por um montante materialmente relevante, a magnitude do qual não estamos em condições de quantificar, dada a incerteza inerente às projeções dos resultados tributáveis”.

A divergência não é nova, vem do ano passado, e para resolvê-la foi inclusivamente criado um grupo de trabalho que incluiu especialistas externos, dirigentes do próprio Montepio, incluindo o presidente Virgílio Lima, e ainda o anterior auditor KPMG e a BDO.

Este grupo tentou demonstrar junto da PwC que está a fazer uma interpretação “à letra” das normas de contabilidade internacionais e interpretando-as “cegamente” e que não está a fazer uma avaliação correta da questão. Contudo, a PwC “permaneceu insensível à demonstração” e, como revela o conselho fiscal no parecer às contas. Já o grupo de trabalho, no relatório que elaborou sobre o tema, saiu da reunião que teve com a PWC “com a convicção de que esta não iria alterar o seu entendimento nesta matéria, embora tivesse mostrado disponível para submeter o caso a instâncias superiores, como o IASB”, o organismo responsável pela emissão das normas internacionais de contabilidade, que tem sede em Londres.

Entre outras recomendações para resolver a contenda, o grupo de trabalho sugeriu dar conhecimento desta divergência ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (tutela administrativa) e à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (supervisão financeira), “com vista a minorar as consequências nefastas para a atividade e reputação da AMMG” e pedir pelo menos mais um parecer de um “autor conceituado e experiente” neste domínio.

A questão dos ativos por impostos diferidos é sensível. A AMMG regista no seu balanço cerca de 867 milhões de euros com estes ativos sem os quais estaria numa situação líquida negativa. Foi no tempo de Tomás Correia, em 2017, que a mutualista passou a registar DTA no seu balanço naquilo que foi considerado um “truque fiscal” para esconder o desequilíbrio entre ativos e passivos.

Esta não é, contudo, a única divergência que opõe a instituição e o auditor. Outro tema que se manteve em cima da mesa no fecho das contas de 2020 foi a avaliação atribuída ao Banco Montepio. Além da reserva, a PwC colocou uma ênfase por considerar que o banco se encontra também sobreavaliado no balanço da mutualista.

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Corrida a três para a liderança da Associação Mutualista Montepio

Além de Virgílio Lima e Miguel Coelho, haverá uma terceira lista para concorrer às eleições no Montepio. Grupo de quadros superiores prepara alternativa e há dois nomes em cima da mesa.

A corrida à liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) deverá contar com pelo menos três candidatos. Além da lista de continuidade do presidente Virgílio Lima (que já tem equipa pronta) e da candidatura do ex-administrador Miguel Coelho, um grupo de quadros superiores da instituição está a preparar uma terceira via que gira à volta das figuras de Pedro Alves e Pedro Líbano Monteiro, presidentes da Montepio Crédito e da Montepio Valor, de acordo com fontes consultadas pelo ECO.

As eleições na maior mutualista do país vão ter lugar no final deste ano e, ainda que nenhuma candidatura tenha sido ainda oficializada até ao momento, a corrida há muito começou nos bastidores.

Como o ECO já revelou, há um grupo associados que integraram as duas listas de oposição a Tomás Correia nas últimas eleições a movimentar-se no sentido de criar unidade em torno de uma candidatura com Miguel Coelho, antigo administrador financeiro da associação, à cabeça.

Contudo, esta não será a única candidatura que irá concorrer contra Virgílio Lima, que encabeçará a lista de continuidade emanada da administração (conforme mandam os estatutos da AMMG). De resto, Virgílio Lima, segundo apurou o ECO, também já montou a sua equipa para tentar um novo mandato e que contará com a atual administradora Idália Serrão e o professor universitário e membro da comissão de auditoria da EDP, João Carvalho das Neves, e está no terreno à procura de apoios.

De acordo com informações recolhidas pelo ECO, esta terceira lista está a ser trabalhada no seio de um grupo de quadros superiores do Montepio há algum tempo. E, embora ainda não tenha um candidato assumido, há dois nomes que surgem na pole position para liderar a candidatura que reunirá forte apoio junto dos quadros da instituição: Pedro Alves e de Pedro Líbano Monteiro.

Ao ECO, Pedro Alves disse ter “profundo conhecimento da situação atual” da mutualista,” dos desafios colocados no novo quadro regulamentar e dos que emergem das necessidades das famílias no contexto que vivemos”. Afirmou ainda que, na qualidade de associado, a sua “participação enquanto candidato não está em cima da mesa”.

Acrescentou que, “enquanto quadro superior, ou membro de órgãos sociais de entidades do Grupo Montepio, estarei, como sempre estive, sempre disponível para dar o meu contributo com lealdade, profissionalismo, responsabilidade e ponderação em todas as funções que me foram, são, ou serão confiadas“, disse.

Enquanto não há candidatos oficiais, a instituição encontra-se a preparar o regulamento eleitoral, depois do processo de consulta pública lançado no arranque do ano.

Há expectativa para saber se algumas das posições (críticas) manifestadas por um grupo de associados serão incorporadas nas regras finais, designadamente quanto ao voto eletrónico e ao requisito de registo prévio por parte da Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), entre outros pontos.

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