Cibersegurança: mais de metade das PME reportam incidências

  • Diana Rodrigues
  • 1 Outubro 2024

Estudo sobre o estado dos ataques cibernéticos revela que cerca de 51% das PME reportaram ataques de ransomware em 2023, refletindo um ponto crítico e que exige atenção urgente.

Os ataques de ransomware continuam a liderar a lista de perigos para as PME, com cerca de 51% das PME a reportarem incidentes em 2023, segundo o estudo da Sophos, “Estado do Ransomware em 2024“. Estas investidas são apenas uma das várias ameaças que as empresas enfrentam no contexto dos negócios digitais, especialmente à medida que a IoT (Internet das Coisas), a Inteligência Artificial (IA) e os dispositivos conectados proliferam. Em 2023, Portugal viu um aumento significativo de ciberataques, incluindo o ciberataque ao sistema de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, que afetou milhares de pacientes, e a uma empresa de transporte, que interrompeu suas operações e gerou perdas financeiras consideráveis.

Internet das Coisas sublinha vulnerabilidades

A sigla IoT refere-se à Internet das Coisas, um conceito que implica a interconexão de objetos físicos com o ambiente digital. Esses objetos, que podem variar desde eletrodomésticos a veículos, são dotados de sensores e outros dispositivos que recolhem informações e as enviam para a internet. As plataformas assinaladas smart colocam informações pessoais vulneráveis a terceiros.

A exploração de vulnerabilidades em dispositivos IoT tem sido uma das tendências mais preocupantes. Com cerca de 17 mil milhões de dispositivos IoT em circulação, muitos dos quais utilizados em ambientes empresariais, a falta de segurança e atualizações adequadas representam uma porta aberta para hackers. Em 2023, os ataques relacionados com o IoT aumentaram 54%, segundo o relatório da Check Point Research, publicada na Global Security Mag Online. Estudo aponta que as empresas que adotam estas tecnologias colocam-se numa situação de elevado risco.

Outro fator a ter em conta é o crescente uso de inteligência artificial (IA) por cibercriminosos, o que torna os ataques mais sofisticados e difíceis de prevenir. A IA permite que hackers analisem grandes quantidades de dados para identificar vulnerabilidades nos sistemas das empresas de forma automatizada e em tempo real.

Também os conflitos geopolíticos digitais estão a intensificar-se, com países a utilizarem ciberataques como parte das suas estratégias em disputas internacionais. Em 2023, cerca de 35% dos ataques cibernéticos foram relacionados com tensões geopolíticas, afetando indiretamente as PME.

 

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