Da alta gastronomia com estrelas Michelin à descoberta da região do Douro no Festival Octant

Susana Pinheiro,

Embarcamos numa viagem de luxo no Octant Douro, em Castelo de Paiva, para brindar à região e seus costumes, através da mestria de chefs estrelas Michelin, com o rio Douro aos pés.

Com o rio Douro aos pés e uma paisagem de tirar o fôlego como pano de fundo, embarcámos numa viagem sensorial de luxo, com alta gastronomia, sob a mestria de chefs estrelas Michelin, harmonizada com vinhos premium, no Festival Octant Douro, em Castelo de Paiva. Esta iniciativa serviu de mote para a Discovery Hotel Management (DHM), que gere a cadeia de hotéis Octant, “celebrar o seu posicionamento” no mercado, começa por contar ao ECO o diretor de marketing, Filipe Bonina.

Seguimos em direção às tendas montadas no prado, onde foram estrategicamente colocadas mesas de banquete em direção ao rio, ladeadas por minicozinhas improvisadas ao ar livre pelos chefs, portugueses e espanhóis. Pelo caminho, Filipe Bonina revela que 2025 está a ser “um ano muito bom” para a DHM, que em 2022 lançou a marca Octant Hotels. “Aproveitamos o bom momento que o setor vive”, vinca, antecipando “um crescimento de duplo dígito” no final deste ano.

Para 2026 está prevista a abertura de um hotel nos Açores e, a somar, o Octant Douro, onde nos encontrámos, tem outra novidade que contribui para o crescimento da marca: a recente inauguração das 20 novas casas da House Collection que acrescem aos 59 quartos e suítes já existentes.

Para trás deixamos o edifício principal do hotel — distinguido com uma Chave de Prata em 2025 —, que ostenta uma estrutura arquitetónica em vidro, betão e xisto, delineada em socalcos inclinados em direção ao rio. Tem como grandes trunfos o glamour e a promessa de tranquilidade, longe da azáfama das cidades. Continuamos a trilhar caminho em direção ao prado, com uma paisagem onde as carquejeiras abundam, para brindar às raízes e ao saber-fazer da região duriense, numa homenagem às tradições das gentes locais.

Octant Festival

Foram selecionados os melhores produtos endógenos e vínicos ibéricos para esta experiência de enoturismo de luxo, que contou com o apoio do Turismo de Portugal. Começámos por degustar a cozinha de autor confecionada no prado e não nos bastidores dos restaurantes como é habitual acontecer. Isso mesmo destaca o chef estrela Michelin Pedro Lemos.

Entre panelas e diversos utensílios de cozinha colocados nas bancadas, assistimos in locu à confeção do menu e ao empratar de “uma vitela maronesa assada em forno a lenha”, a que o chef Pedro Lemos juntou mais umas quantas batatas e um molho que, garante, é segredo da casa. “Quis trazer um pouco do Douro e de Trás-os-Montes”, sublinha, enquanto descreve o prato que vai servindo às centenas de participantes neste festival.

Uns passos mais à frente iríamos encontrar o chef Vasco Coelho Santos (Euskalduna Studio) a empratar “uma truta, esmagada de batata e ervas frescas”, como nos detalha atrás da bancada rodeada de curiosos para experimentar a sua cozinha de autor.

O arroz de javali com cogumelos do chef Óscar Geadas — estrela Michelin no restaurante G Pousada, em Bragança –, foi outro dos chamarizes desta explosão de sabores outonal. Conta, entre risos, que até já “tinha muitos pedidos de pessoas que quiseram repetir”. Elogia a iniciativa “de cozinhar ao vivo”, mas considera que deveria ser replicada “de Norte a Sul do país”.

Despertaríamos ainda as nossas papilas gustativas numa viagem pelas criações gastronómicas do chef residente deste hotel, Dárcio Henriques, com uma francesinha de cabrito que confecionou “em homenagem à região“, como conta ao ECO. Seguiríamos para as bancadas de David Jesus (Seiva), e depois para as cozinhas dos espanhóis Sara Ferreres e Victor Martin Garcia, dos restaurantes Taller Arzuaga (Ribera del Duero) e Trigo (Valladolid).

Uma experiência de luxo muito exclusiva e intimista: assistir a um concerto com o [artista indie-folk] José González para 300 pessoas, [desfrutar de alta gastronomia sob a mestria de] chefs de topo portuenses e espanhóis, e de uma curadoria de vinhos exclusiva.

Filipe Bonina

Diretor de Marketing da Discovery Hotel Management (DHM)

Mas o que leva um hóspede a desembolsar mais de 3.000 euros para viver esta experiência sensitiva e imersiva, durante um fim-de-semana? Para depois acordar num quarto, decorado a preceito com glamour e uma vista arrebatadora para o rio Douro, longe da azáfama da cidade. A resposta de Filipe Bonina não se fez esperar: “Pela experiência de luxo muito exclusiva e intimista: assistir a um concerto com o [artista indie-folk] José González para 300 pessoas, [desfrutar de alta gastronomia sob a mestria de] chefs de topo portuenses e espanhóis, e de uma curadoria de vinhos exclusiva”.

Neste programa de luxo personalizado com todo o requinte para um segmento premium, “nada foi feito ao acaso: cada detalhe foi pensado [para] uma celebração da arte, dos sentidos, do conhecimento e da conexão humana”, nota.

A nossa viagem terminaria a bordo de uma clássica embarcação atracada no cais privado do hotel, originária de 1936 e que chegou a transportar Vinho do Porto pelas águas do Douro, como nos conta o dono, Filipe Ferreira. Fruto de uma parceria com a unidade hoteleira, Filipe proporciona um passeio fluvial de charme aos hóspedes durante duas a quatro horas para criarem memórias nesta inebriante paisagem.

“Normalmente fazemos viagens de duas horas. Subimos o rio em direção à Ilha dos Amores e há zonas onde os clientes até podem mergulhar”, conta, entusiasmado.

Regressaríamos depois à azáfama citadina, revigorados que estavam corpo e mente.

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